sexta-feira, 28 de maio de 2010

Serão eles e pronto...

Os convocados de Dunga para defender a meta brasileira foram o incontestável Júlio César, que na minha opinião é o melhor do mundo na atualidade, o duvidoso Gomes e o rejeitado Doni. Há uma diferença técnica muito grande entre os três goleiros, na qual Júlio está, no mínimo, dez passos adiante em relação aos outros dois.

A titularidade do goleiro que da Internazionale no gol da Seleção Brasileira me pareceu ser unanimidade perante os torcedores brasileiros. Na comissão técnica canarinho, então, nem se fala. A indignação dos "190 milhões de treinadores" - expressão que se refere, ao se tratar de futebol, à população do Brasil - foi ao saber que Dunga vetou a ida de Victor, do Grêmio, e levou em seu lugar o Gomes.

Realmente não dá para saber o que aconteceu entre goleiro e jogador para que tal atitude fosse tomada. O pior foi saber que Doni, que na minha opinião hoje não jogaria nem na Ponte Preta, com todo respeito à Macaca, faria parte do elenco. A verdade é que nem Gomes, muito menos Doni, deveriam fazer parte dessa equipe. Muitos goleiros, inclusive atuantes no Brasil, mereciam as vagas.

De qualquer forma, a seleção está convocada, formada e é essa que teremos de torcer, com Doni, Gomes, além de Josué, Felipe Melo, Gilberto, dentre outros criticados. E mesmo sabendo que, se Júlio machucar teremos somente Gomes e Doni como opções, estou torcendo muito para que o Brasil saia vitorioso da África do Sul. E um dos motivos que me deixou empolgado foi a chegada de uma pessoa "do bem" à comissão técnica.

No treinamento de hoje, eis que uma visita ilustre apareceu para animar a vida dos três arqueiros brasileiros. Chamado pela CBF para ser o 'olheiro' da equipe, Taffarel, ex-goleiro da seleção brasileira de 1990, 1994 e 1998, não resistiu ao convite de Wendel Ramalho, treinador de goleiros do Brasil, para ajudar na preparação dos três escolhidos de Dunga.


"Fui chamado por Dunga para ser 'observador' da equipe, mas o Wendel pediu uma mãozinha. Aí eu dei um chuta aqui, disse umas coisinhas ali, ajudei com algumas outras coisas...", disse o ex-goleiro em entrevista coletiva.

A presença de Taffarel pode ser muito positiva, já que ele conquistou a Copa de 1994 sendo uma das principais peças do elenco formado pelo técnico Parreira.

Neste ano, Júlio César tem a chance de sair desse mundial como o melhor jogador da Copa. Tudo dependerá somente dele. Experiência ele tem de sobra. Condicionamento físico, então, ele esbanja. Já a técnica eu não preciso nem dizer. É o seu ponto forte.

Que os 'Deuses do Futebol' estejam ao lado dele (Júlio César) e da nossa seleção.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Quarta rodada do Brasileirão 2010

Não acompanhei todos os jogos dessa rodada da competição nacional, portanto comentarei apenas o jogo entre São Paulo e Palmeiras. Os demais apenas mencionarei os resultados:

O Clássico entre São Paulo e Palmeiras, que teve seu início às 20h30, no estádio do Morumbi, terminou com vitória dos donos da casa, por 1 a 0. Foi a primeira vitória do tricolor num clássico neste ano de 2010. O gol foi marcado pelo novo ídolo da equipe, o atacante Fernandão.

O São Paulo teve mais posse e volume de jogo do que o Palmeiras e outro resultado, que não fosse a vitória, seria injusto. No final da partida, aos 40 do segundo tempo, o árbitro marcou um pênalti para o verdão. Ewerthon bateu no canto direito e Rogério Ceni fez uma linda defesa, salvando, mais uma vez, o São Paulo. Pois é, repito aos críticos: Acho bom vocês reverem o que andaram dizendo sobre uma possível aposentadoria de Ceni. Com os três pontos conquistados, a equipe de Ricardo Gomes avança da 11ª posição para a 6ª colocação.

Em Presidente Prudente, o Corinthians arrancou um empate diante do Grêmio Prudente. Aliás, o placar de 2 a 2 foi muito injusto devido ao futebol apresentado pelo Corinthians. O timão foi superior ao adversário e merecia sair de lá com os três pontos. O Corinthians não tem mais 100% de aproveitamento, mas continua líder da competição.

O Cruzeiro, jogando em casa, bateu o Botafogo por 1 a 0 e neste momento assume a 3ª colocação na tabela. O gol foi do atacante Thiago Ribeiro, mas o goleiro Fábio foi o salvador da equipe mineira ao defender um pênalti. Pois é, resultado e situação muito parecidas com as que rolou no Morumbi.

No Maracanã, fim de um tabu de dois anos. O Fluminense bateu o Flamengo por 2 a 1. Muricy saiu ovacionado pela torcida. Claro.

O técnico Silas, que teve de se virar para escalar a equipe do Grêmio, venceu com tranquilidade o seu ex-clube, o Avaí, por 3 a 0. A noite foi do atacante Jonas que marcou dois dos três gols da partida.

Na Bahia, um jogo que fez a rede balançar 7 vezes. O Vitória bateu o Atlético-MG por 4 a 3. Acredite se quiser.

Para encerrar, os meninos da Vila venceram mais uma. Dessa vez o alvo foi Guarani. Sim, o mesmo Guarani que havia apanhado por 8 a 2, na Copa do Brasil. Dessa vez o placar foi menor, 3 a 1, mas que levou o Santos ao 2º lugar da tabela. Olha o Santos chegando aí. O Corinthians que se cuide. Por falar nisso, no próximo domingo as duas equipes se encontram no Pacaembu. E, se o Santos vencer, será o novo líder da competição, e aí para tirar deles...

quarta-feira, 26 de maio de 2010

"Choque-Rei": o clássico dos tabus

Enquanto descansa na Taça Libertadores da América, o São Paulo aproveita para se concentrar no Campeonato Brasileiro e correr atrás do pequeno prejuízo que já possui na competição, na qual ocupa a 11a colocação. Até o momento, foram três jogos. Na primeira partida, empatou com o Flamengo, no Maracanã, em 1 a 1. Perdeu em casa para o Botafogo, por 2 a 1 e venceu o Internacional no Beira-Rio, por 2 a 0.

Embora esteja embalado pelas duas incríveis vitórias sobre o Cruzeiro, na Libertadores e pelo ótimo resultado contra o Internacional, a missão do tricolor nesta quarta-feira é duríssima, pois enfrentará o arqui-rival Palmeiras.

O Verdão não vive sua melhor fase, mas goleou o Grêmio na última rodada do Brasileirão e motivação não deve faltar aos jogadores, principalmente por conta do novo treinador, que mostrou ser pé-quente, e por jogar um clássico. Todo jogador fica entusiasmado com clássicos.

A história do "choque-rei", como é conhecido o confronto entre as duas equipes, começa muito cedo, quando São Paulo Futebol Clube ainda era São Paulo da Floresta,e o Palmeiras ainda era o Palestra Itália, em 1930. Naquela ocasião, a disputa terminou empatada em 2 a 2.

De lá para cá foram 294 partidas, com uma leve vantagem do São Paulo sobre o Palmeiras: O tricolor possui 101 vitórias, enquanto o verdão possui 97. Já o número de empates é surpreendente. Foram 96.

A maior goleada no duelo entre as duas equipes aconteceu no ano de 1939, quando o São Paulo bateu o Palmeiras por 6 a 0, no estádio da Rua da Mooca, pelo campeonato Paulista.

Dentro do Morumbi, o verdão não vence o tricolor há 8 anos (15 jogos). Mas, embora as estatísticas apontem a favor do São Paulo, o time comandado pelo técnico Ricardo Gomes não venceu nenhum clássico paulista este ano (perdeu para Palmeiras, Portuguesa, Corinthians e três vezes para o Santos).

No dia 21 de fevereiro deste ano aconteceu o último "Choque-Rei", no Palestra Itália, no qual o alviverde saiu vitorioso balançando duas vezes o gol do tricolor. Portanto, hoje será um "clássico de tabus". O Palmeiras querendo vencer após 8 anos e o São Paulo em busca de sua primeira vitória num clássico o ano de 2010.
Foto: Acervo Tricolor

domingo, 23 de maio de 2010

Duelo de "gente grande"

Se realmente essa partida entre Internacional e São Paulo, que aconteceu há poucos minutos no Beira-Rio, for uma prévia do que veremos em julho quando essas equipes se encontram pelas semifinais da Libertadores, então é bom o Tricolor começar a se preocupar desde já.

Mesmo tendo vencido por 2 a 0 , a equipe do Morumbi viu o Internacional pressionar quase 75% da partida, mesmo entrando em campo sem três de seus principais jogadores (D´Alessandro, Alecsandro e Andrezinho, que entraram na partida após os 23 minutos do segundo tempo).

Para quem, como eu, esperava uma partida solta e ofensiva, eis que a decepção tomou conta. O meio de campo truncado e muitos erros de passes, além de um número excessivo de faltas e poucas jogadas perigosas, marcaram a primeira etapa da partida.

Somente aos 37 minutos do primeiro tempo surge o primeiro gol da partida. Mas não foi fruto de nenhuma jogada trabalhada. Hernanes bateu uma falta próximo da grande área e a bola bateu na barreira, voltando para o próprio Hernanes que bateu de primeira e enganou o goleiro colorado.

Resultado parcial injusto, já que o Inter estava melhor na primeira etapa. Não "muito", mas foi superior.

O segundo tempo tinha pinta de teríamos uma repetição do primeiro. Mas Muita coisa foi diferente. Novamente o Internacional partia para cima dos adversários até que, aos 18 minutos, Fernandão marca o segundo para o tricolor paulista e o seu primeiro com a camisa das três cores (vermelho-branco-preto).

Vale lembrar que Rogério Ceni fez uma excelente partida, defendendo, no mínimo quatro bons chutes ao gol. Isso prova aos críticos que eles deveriam repensar quando dizem que Ceni deve se aposentar.

Aos 23 minutos, o técnico Fossati resolveu pôr em campo as três estrelas do time, e iniciou uma pressão fortíssima ao São Paulo. Mas a equipe de Ricardo Gomes mostrou-se qualificada no que diz respeito à marcação, conseguindo, com eficiência, neutralizar o ataque do Internacional.

A partida terminou 2 a 0 para os paulistas e deixou no ar um clima de guerra (no bom sentido) entre as duas equipes que se enfrentarão após a Copa do mundo da África para decidir quem ficará com a vaga da final da Libertadores da América.

Será, sem dúvida, um duelo mais do que emocionante.

FOTO: Site GloboEsporte

Internazionale Campeã merecidamente

Após um jejum de 45 anos, a Internazionale vence o Bayern de Munique, por 2 a 0, e conquista a Liga dos Campeões da Europa. Os dois gols da Inter foram marcados pelo atacante argentino Diego Milito.

Esse é o terceiro título da equipe italiana, que já havia vencido em 1964 e 1965, quando enfrentou, em finais, o Real Madrid e Benfica. Além disso, a Inter conquistou a tríplice coroa nesta temporada: Campeonato Italiano, Copa da Itália e a Liga dos Campeões.

Fica aqui meus parabéns a essa equipe que fez uma excelente campanha, em especial para Milito, que mostrou ser um atacante completo, e para o brasileiro Julio César, que salvou a Inter em muitas oportunidades. Julio é, na minha opinião, o melhor goleiro do mundo em atividade.

Assista aos gols da Inter:

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Libertadores: Um brasileiro já é finalista

Muitos dizem por aí, e eu concordo plenamente com isso, que Libertadores da América é algo mágico, suado, que carece de determinação, superação, sorte. Nem sempre a equipe que joga mais bonito vence. É preciso mais que isso. É preciso "respirar" a competição.

Com certeza o torcedor do São Paulo já estava se sentindo mais aliviado ao ver, até os 42 minutos do segundo tempo da partida entre Estudiantes e Internacional, que seu oponente para a semifinal da Libertadores seria uma equipe estrangeira (da Argentina). Afinal, jogar conta outro brasileiro aumenta a dificuldade e o favoritismo se transforma, muita vezes, num martírio.

O Estudiantes vencia a partida por 2 a 0, mas brilhou em campo aquilo que chamamos de "estrela" de uma equipe. Aos 43 minutos, 2 para o fim da partida, Giuliano recebeu um passe perfeito de Andrezinho na entrada da pequena área e rolou para o fundo da rede. Esse gol assegurou a classificação da equipe colorada para a próxima fase da competição Intercontinental, além de ter garantido um brasileiro na final do campeonato.

Mais uma vez veremos o confronto entre São Paulo e Internacional, pela Libertadores. Em 2006 as duas equipes se encontraram na final da competição e o Colorado levou a melhor. Venceu o primeiro jogo no Morumbi, por 2 a 1, e empatou em casa, no Beira-Rio, em 2 a 2.

Este ano o duelo será válido pela semifinal e a vantagem de decidir em casa é do São Paulo. Em 2006, Fernandão foi o grande nome do Internacional naquela final. Por ironia do destino, eis que o atacante veste a camisa tricolor neste ano de 2010. O que deixa o espetáculo ainda mais emocionante. Jorge Wagner, atualmente meio-campo do Tricolor, também fazia parte do elenco Colorado.

O primeiro jogo entre São Paulo e Inter acontecerá após a Copa do Mundo da África do Sul, dia 28 de julho, no estádio Beira-Rio. Já a partida de volta acontecerá no dia 04 de agosto, no Morumbi, definindo de vez o finalista da competição.

Na outra chave da Libertadores, o Chivas foi primeiro classificado para as semifinais. A equipe mexicana foi a Assunção, no Paraguai, na última terça-feira, e perdeu para o Libertad, por 2 a 0, mas assim mesmo avançou para a próxima fase, já que havia vencido o jogo de ida, no México, por 3 a 0.

Ontem o Flamengo foi ao Chile enfrentar o "LA U", como é conhecido o Universidad do Chile. Embora tenha feito uma boa partida e até vencido o jogo, por 2 a 1, a equipe comandada pelo interino Rogério Lourenço não conseguiu a classificação para a próxima fase da competição. Somados os gols das duas partidas, cada equipe atingiu 5 gols, porém o "LA U" marcou mais fora de casa (na primeira partida, no Maracanã, o jogo terminou 4 a 3 para o Universidad). Chivas e Universidad se enfrentarão.

PONTOS FRACOS: O que me chateia é saber que ainda existe falta de profissionalismo dentro do futebol. Na partida entre Universidad do Chile e Flamengo, a torcida da casa atirou moedas e até bolinhas de golf nos jogadores do Flamengo. Enquanto na Argentina jogadores do Estudiantes agrediram os adversários após a desclassificação. O zagueiro Desábato partiu para cima do goleiro Abbondanzieri e daí virou uma guerra. Lamentável.


As semifinais ficaram da seguinte maneira:

Chivas x Universidad do Chile
São Paulo x Internacional

Fotos Giuliano e D´Alessandro/Veron: Blog do Lédio Carmona
Foto Wagner Love: Site GloboEsporte.com

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Comprovando a boa fase

Se faltou vibração à equipe do São Paulo durante o ano, nas duas últimas rodadas pela Taça Libertadores da América a equipe comandada por Ricardo Gomes esbanjou fibra, garra, vontade e determinação. E foi dessa forma que o tricolor do Morumbi superou o Cruzeiro, por 2 a 0, e avançou para a semifinal da competição Intercontinental.

Se a situação já era confortável depois de vencer os mineiros por 2 a 0 dentro do Mineirão, melhorou ao ter Kléber, atacante da raposa, expulso no primeiro minuto de jogo da partida de volta que aconteceu há poucos minutos no estádio do Morumbi, em São Paulo - o cartão vermelho foi aplicado corretamente já que Kleber acertou um tapa na cara de Richarlyson.

Com um placar favorável e um jogador a mais dentro de campo, a tendência era um São Paulo recuado e explorando apenas os contra-ataques, mas não foi bem isso que ocorreu na prática. O tricolor aproveitou a primeira etapa para partir ao ataque e tentar matar o jogo. Aos 23 minutos, Junior Cesar, que tanto defendi neste blog como titular absoluto do São paulo, fez boa jogada individual na lateral-esquerda passando por dois jogadores cruzeirenses e cruzou para trás. Neste momento, Hernanes, que vinha correndo do meio campo, invadiu a área adversária e emendou, de primeira, um belo chute no gol de Fábio, abrindo o marcador para os donos da casa.

O segundo tempo começou agitado. Logo aos 7 minutos, Fernandão, que aliás fez outra bela partida, tocou de cabeça para Dagoberto marcar, por cobertura, o segundo gol do tricolor.

Neste momento, o Cruzeiro parecia uma barata tonta sendo perseguida por um chinelo avassalador. O São Paulo dominou completamente a partida e teve mais algumas oportunidades de ampliar o placar, sendo uma delas com Marlos que não aproveitou a boa chance. O jogo terminou 2 a 0 para o São Paulo.

Além de Fernandão, que mostrou ter um futebol inteligente e necessário para essa equipe do São Paulo, Junior Cesar, Richarlyson, Hernanes e Dagoberto foram fundamentais para a classificação. Sem contar a ótima fase de Alex Silva, que provou ser o xerife da equipe.

Parabéns ao São Paulo que jogou brilhantemente nas duas partidas contra o Cruzeiro. Esse novo tricolor surgiu depois da vitória suada, nos pênaltis, contra o fraco Universitário. Além disso, Fernandão chegou para somar neste elenco e, além de mais futebol, mostrou que tem também mais sorte que Washington. Sem dúvida sua titularidade é mais do que certa.

O tricolor é o primeiro brasileiro classificado para a semifinal da Libertadores. A próxima parada será duríssima. Enfrentará o vencedor de Estudiantes (ARG) e Internacional, que farão um confronte de arrancar suspiros do torcedor, amanhã, às 19h15.

FOTO: Site GloboEsporte.com

Dia de decisão

“Sexta-feira coisa nenhuma”. O dia mais esperado por muitos brasileiros é a quarta-feira, principalmente quando a rodada esportiva está recheada de jogos importantes e decisivos.

Hoje teremos partidas importantíssimas que decidirão vagas para final e semifinal na Copa do Brasil e na Taça Libertadores da América, respectivamente.

Na Vila Belmiro, o Santos recebe a forte equipe do Grêmio e precisa de uma vitória simples para avançar à final da Copa do Brasil. Embora muitos especialistas em futebol tenham comentando que o Santos passará sem nenhuma dúvida sobre o tricolor gaúcho, acredito numa partida dura para as duas equipes, e que dificilmente se prevê um vencedor.

O Grêmio, comandado pelo técnico Silas, provou que é forte e que tem total condição de sair vitorioso diante de seu oponente. Já o Santos mostrou que não é imbatível e que há pontos vulneráveis na equipe comandada pelo técnico Dorival Júnior, sendo uma delas a entrada de Rodriguinho no lugar de Marquinhos. Sem contar a zaga que não passa segurança ao torcedor santista.

Claro que não dá para esquecer que se tratando de atacar o Santos é arrasador, e isso fará da partida de hoje um grande espetáculo imperdível. O meu palpite, talvez um pouco mais arrojado, é de que o Grêmio, com muito sufoco, passa para a final.

Na Taça Libertadores da América, um jogo que eliminará um brasileiro da competição: São Paulo e Cruzeiro se enfrentam no estádio do Morumbi, às 21h40. A primeira partida, realizada no Mineirão, na quarta-feira passada, o tricolor venceu por 2 a 0, o que deixa a equipe numa situação mais confortável, embora a dificuldade seja ainda maior, já que o Cruzeiro tem um esquadrão bastante ofensivo e jogará a partida de sua vida nesta noite. Aliás, o São Paulo é um time que não pode ter a vantagem em suas mãos porque tem o costume de se acomodar em campo, como mostrou em vários momento de decisão.

Mas caso o tricolor paulista vença, será como dar o troco na equipe mineira que no ano passado eliminou os paulistas da competição Intercontinental na mesma “quartas de final”, e com duas vitórias (uma no Mineirão e uma no Morumbi).

Na véspera do confronto, o técnico Ricardo Gomes resolveu deixar Washington de fora (o jogador não foi relacionado para a partida), alegando que o atleta precisa se recondicionar fisicamente para voltar à equipe.

Em contrapartida, o Cruzeiro terá força máxima com a volta do goleiro Fábio e do atacante Kléber, recuperados de lesões.

Sem dúvida será uma rodada de muita emoção. Não sei como farei para dar conta de acompanhar dois grandes jogos, talvez nem consiga fazer isso, porque o coração pede mais atenção ao São Paulo. Mas, independente disso, alguns lances de Santos e Grêmio serão inevitáveis de assistir.

Estarei conectado à internet comentando, via twitter (@fernandorichter), os melhores momentos de cada partida. Até a noite...

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Enfim, uma apresentação de gala

Há uma semana, tivemos uma partida, válida pela Libertadores, na qual dois grandes clubes brasileiros se enfrentaram. Corinthians e Flamengo protagonizaram um duelo de tirar suspiros dos torcedores.

Ontem, foi a vez de Cruzeiro e São Paulo se encontrarem nas quartas de final do torneio intercontinental num jogo de arrepiar. A cidade de São Paulo parou para assistir a partida que terminou com vitória do São Paulo por 2 a 0, dentro da casa adversária.

Um Mineirão lotado e uma festa maravilhosa da torcida do Cruzeiro iniciaram o espetáculo que estava previsto para acontecer dentro de campo.

Se enganou aquele que pensou que o Cruzeiro dominaria a partida, e eu sou um dos que acreditava numa vitória do Cruzeiro. Não por desacreditar do São Paulo, mas pela campanha e o momento que vive a equipe mineira. O palpite foi dado por questão de lógica.

Aliás, tenho que tomar um cuidado enorme ao falar em lógica dentro do futebol. Esse esporte mostra, a cada jogo, que lógica não existe. Dentro das quatro linhas tudo é possível. O futebol é jogado, é questão de vontade, de querer ser vencedor. Muitas vezes a raça supera a técnica.

Dentro de campo, um jogo eletrizante. O primeiro tempo foi completamente equilibrado, mas o São Paulo teve as melhores chances e foi para o intervalo do jogo já com um gol no placar. Fernandão, estreante - que por sinal fez uma excelente partida, entrando na equipe com o pé direito -, fez um belo passe, de primeira, para Marlos que cruzou para Dagoberto abrir o marcador.

Na segunda etapa, o esperado era ter o Cruzeiro pressionando o São Paulo, e isso aconteceu desde o início. Mas a equipe comandada pelo técnico Ricardo Gomes fez uma marcação impecável, neutralizando os pontos fortes da raposa, Kléber e Thiago Ribeiro, e aproveitando os espaços abertos para contra-atacar. Foi dessa forma que o tricolor chegou ao seu segundo gol. Hernanes lançou Fernandão que, num toque perfeito de calcanhar, voltou para Hernanes que dominou e chutou no canto esquerdo do goleiro Fábio.

Nesse momento, embora naturalmente o tricolor tenha se fechado no seu campo de defesa, a partida continuou equilibrada pelas subidas perigosas da equipe do Morumbi. Sem contar que houve um reforço na marcação quando Jean e Jorge Wagner entraram em campo.

O São Paulo sua melhor partida no ano. Enfrentou uma equipe muito forte e bem preparada. Fez uma marcação perfeita, soube aproveitar, com oportunismo, as chances de gols que apareceram e o mais importante: "vibrou" do começo ao fim. Rogério Ceni fez quatro grandes defesas e Júnior Cesar foi o salvador da pátria. Tirou uma bola em cima da linha. Foi, na minha opinião, o homem do jogo.

Dizem que a equipe que vibra e tem vontade de sair vencedora muitas vezes conta também com o fator sorte. Roger, que entrou no lugar de Gilberto, chutou uma bola que bateu nas duas traves e não entrou, para a alegria da nação tricolor.

LANCES POLEMICOS: Seria praticamente impossível uma partida tão disputada, acirrada, sem nenhum lance que causasse uma discussão. No segundo tempo, Fernandão recebeu lançamento na entrada da grande área e ficou de frente ao gol, mas foi derrubado pelo goleiro Fábio quase na altura da marca do pênalti. A infração não foi marcada porque o auxíliar já havia sinalizado impedimento. Nessa ocasião o São Paulo foi prejudicado pois o atacante tricolor estava em posição legal.

Já o Cruzeiro teve um gol (legal) anulado. O atacante Thiago Ribeiro recebeu uma enfiada de bola na entrada da grande área e bateu forte no ângulo central de Rogério Ceni, mas o auxiliar já havia levantado a bandeira. Dessa vez o prejudicado foi o time da casa.

Vale lembrar que os dois lances foram mal anulados por questão de poucos centimetros, o que não dá para acusar os auxiliares de leviandade.

Fora isso, a partida foi fantástica e o São Paulo sai na frente neste duelo que vale uma vaga nas semifinais da Taça Libertadores da América de 2010. De qualquer forma, é impossível negar que teremos um jogo digno de uma decisão na próxima quarta-feira. Desta vez o palco será o Morumbi, em São Paulo. "Haja coração", como diz Galvão Bueno.

FOTO (1): EFE / site GloboEsporte.com
FOTO (2): EFE / site GloboEsporte.com

Flamengo fora?

O Flamengo foi a decepção da noite.

Jogando em casa, perdeu para o Universid do Chile, por 3 a 2 e agora terá a difícil missão de encarar a equipe chilena sob pressão da torcida adversária.

Tudo pode acontecer, mas creio que a equipe carioca não se classifique para a próxima fase da competição Intercontinental.

Há quem diga que o papel do Mengo era tirar o Corinthians da disputa. Será?

Foto: www.globoesporte. com

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Cruzeiro e São Paulo: Duelo antigo

Nesta quarta-feira fria em São Paulo, nada como uma rodada quente de futebol para animar a todos. O Cruzeiro recebe o São Paulo, no Mineirão, pela Taça da Libertadores da América, e quem vencer o duelo, avança para a semifinal do torneio intercontinental.

A história entre as duas equipes é antiga. Dois dos maiores vencedores do futebol brasileiro, Cruzeiro e São Paulo trazem algumas curiosidades, sendo a maioria a favor do clube paulista.

O Tricolor possui um retrospecto mais vencedor em relação ao rival, além de ter o ataque mais positivo. Foram 51 jogos oficiais: 21 vitórias para o São Paulo, 13 para o Cruzeiro e 17 empates.

O primeiro jogo entre as duas equipes aconteceu em 25 de Fevereiro de 1943, num amistoso na cidade de Belo Horizonte no Estádio Independência. A partida terminou em 5 a 0 para os visitantes, com três gols do ídolo são-paulino Teixeirinha e dois de Américo.
Em 1997, o Tricolor Paulista repetiu a dose. Venceu os mineiros por 5 a 0, com 5 gols de Dodô, que se tornou, a partir de então, o maior goleador no clássico entre os dois times. Por incrível que pareça, as duas goleadas, com o placar de 5 a 0, do São Paulo sobre o Cruzeiro foram em Minas Gerais.

Mas o cruzeirense não esquece, jamais, da vitória sobre o tricolor na Copa do Brasil de 2000. Mineirão lotado. O empate favorecia os paulistas e a partida seguia empatada em 1 a 1 quando Rogério Pinheiro, zagueiro do São Paulo, faz falta em Giovani e o próprio fez o Gol na cobrança de falta, virando a partida e levando o Cruzeiro ao título.

Foi no Mineirão também que o goleiro artilheiro do tricolor, Rogério Ceni, passou a ser o recordista mundial. Tornou-se o Maior Goleiro-Artilheiro de todos os tempos, no ano de 2006, após marcar dois gols. Nesta mesma partida, Ceni ainda saiu como herói por defender um pênalti.
No ano passado, nas quartas de final da Taça Libertadores da América, o Cruzeiro eliminou o São Paulo depois de vencer as duas partidas (Morumbi e Mineirão).

Hoje, logo mais, às 21h45, teremos mais uma vez esse confronto entre os dois grandes do Brasil. E o mais interessante é que novamente vale a vaga para as semifinais da Libertadores. Quem leva essa?

terça-feira, 11 de maio de 2010

A lista de Dunga

Acaba de sair a lista dos convocados para a Copa do Mundo da África e, como se esperava, não houve nenhuma novidade inusitada. Aliás, inusitado mesmo só o próprio treinador.

O povo brasileiro é otimista e não deixou de acreditar que o treinador pudesse mudar de ideia, mas Dunga já havia alertado a todos que não faria mudanças de última hora. E assim foi feito.

Veja abaixo a lista:

GOLEIROS:
Júlio César, Gomes e Doni

LATERAIS:
Maicon, Daniel Alves, Gilberto e Michel Bastos

ZAGUEIROS:
Juan; Lúcio; Luisão; e Thiago Silva

MEIO CAMPO:
GIlberto Silva, Felipe Melo, Josué, Kléberson, Elano, Ramires, Kaká e Julio Baptista

ATACANTES:
Luís Fabiano, Nilmar, Robinho e Gaafite

O mais engraçado é escutar de Dunga, neste momento, em entrevista coletiva, dizer que convocou com coerência. Fiquei surpreso com a convocação de Gomes no lugar do goleiro Victor, do Grêmio. O arqueiro do tricolor gaúcho merecia estar no banco de Julio Cesar. E Gomes deveria ser o terceiro goleiro, expulsando literalmente Doni do posto.

Outra mudança foi no ataque. Adriano foi afastado e no seu lugar entrou Grafite. Neste caso, o próprio Adriano buscou sua saída da equipe. Não foram poucas as vezes em que o Imperador faltou nos treinos do Flamengo sem nem ao menos dar uma satisdfação ao clube. Dessa vez estou com Dunga.

Na minha opinião, Hernanes, do São Paulo, deveria estar no lugar de Josué, que não fez boas atuações com a camisa amarelinha. Sem contar que faltaram nesta lista Ganso e Ronaldinho Gaúcho.

Enfim, não adianta lamentar. Agora é torcer para que dê certo e que as individualidaes formem um conjunto que se encaixe. Pelo menos uma coisa Dunga tem de bom: ele está convicto.

Os "botões" de Dunga

Será que a esta hora, pouco mais de 1 da manhã, menos de 12 horas para sair a lista oficial dos convocados para Copa da África, o técnico Dunga está dormindo? Será que seus pensamentos, suas convicções, seus métodos, suas decisões estão alinhadas, assim como uma música que se encaixa diante de tantos instrumentos tocados diferentemente, mas que aos poucos chegam à linearidade? Será?

Será que ele (Dunga) conseguiu botar o rosto no travesseiro e descansar tranquilamente sabendo que em poucas horas será de sua vontade os nomes dos 30 brasileiros escolhidos para representar o nosso povo? Será?

Como eu gostaria de estar nesse momento navegando pelas ideias do técnico da Seleção Brasileira para desvendar o que se passa por lá. Apenas cinco minutinhos e tudo estaria resolvido. Conseguiria saber se teremos ou não alguma surpresa inusitada e até entender o por que daquela decisão tomada. Decisão essa que colocará dúvida em milhares de pessoas, talvez até em mim.

Não posso vir aqui, neste momento, e dizer que nunca critiquei algumas atitudes de Dunga. Estaria cometendo um ato que foge dos princípios do jornalismo, da ética profissional e até da ética moral. Simplesmente ignorar aquilo que tanto defendi mostraria um instante de fraqueza da minha parte e minhas próprias palavras me condenariam.

Mas hoje, pensando nas horas finais que antecedem a tal convocação, sinto-me cada vez mais na obrigação de apoiar a minha pátria, independente do esquadrão que a representará nessa batalha chamada Copa do Mundo. O que também não me impede de ser crítico quando for preciso. Nem só de passada de mão na cabeça se educa um filho, muitas vezes o puxão de orelha é fundamental.

O brasileiro, e eu me incluo nessa categoria, tem a mania de opinar, palpitar, pitacar, seja lá como quiser chamar. A tal frase que diz que "o Brasil tem 190 milhões" de técnicos de futebol não poderia ser mais feliz, se encaixa perfeitamente. O brasileiro sofre, vibra, xinga, grita, come as unhas, se descabela, pelo esporte. Alguém tem dúvida que somos o País do futebol?

E aí vocês devem me perguntar: "Sim, mas o que você quis dizer com isso?". E eu os respondo da forma mais simples possível:

Que estarei com o Brasil onde o Brasil estiver. Torcendo, sofrendo, xingando, gritando, criticando, apoiando, enfim, mas sempre do lado da minha pátria.

Às vezes pode não parecer, mas jornalista esportivo também é ser humano, e todo ser humano é torcedor...

Foto: Blog Rodrigo Ferraz

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Obrigação prejudica

Estou escutando o Esporte em Discussão da Jovem Pam e o assunto, no momento, é a desclassificação do Corinthians na Libertadores e o futuro do clube alvinegro no Brasileiro.

Aliás, esse assunto rende por um motivo muito simples: O timão é o único clube grande que ainda não possui o trofeu de campeão da Libertadores em sua galeria.

Não dá para culpar um ou outro individualmente pelo fracasso da equipe na competição. Há um conjunto de fatores que levaram os alvinegros à desclassificação, sendo o maior deles a própria pressão que torcida, mídia e clube impoem sobre os atletas.

O Presidente Andrés Sanches fez sua parte formando um bom elenco para ser vencedor no ano do Centenário. Mas só o fato de trazer tantos jogadores, muitos que jogam na mesma posição, já é um modo de pressionar.

Mano Menezes tinha tanta carta na manga que não soube decidir qual seria a que faria a diferença. Ele (Mano) não conseguiu definir o time titular para representar as cores "preto e branco".

Claro que, se tem alguém que precisa assumir essa culpa mais do que qualquer um é o técnico. Tenho que concordar com o comentarista do Grupo Bandeirantes, Neto, que disse que a equipe formada por Mano Menezes não consegue ser ofensiva. ele provou isso nos dois jogos contra o Flamengo. Mas tenho certeza que ele não queria ter escalado Ronaldo desde o começo da partida contra o mengo. É visível a falta de condicionamento físico do fenômeno. Só não vê quem não quer. Mas será que não houve certa "intimação" do patrocinador para que Ronaldo fosse titular absoluto?

O melhor caminho para o Timão conseguir conquistar o trofeu que falta à sua galeria é eliminar de vez essa obrigação que eles mesmos (diretoria, torcida e atletas) impoem sobre o Corinthians em vencer o torneio Intercontinetal.

Jogar com naturalidade é fundamental para manter a tranquilidade e atingir o objetivo. Acho que isso não é segredo nenhum, certo?

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Fernandão: Reforço ou problema?

Enfim, depois de tantas especulações, o Fernandão é o novo reforço do São Paulo para a temporada de 2010. Esse namoro entre o atacante e o clube do Morumbi é antigo. Existe há mais ou menos desde a conquista da Libertadores do Inter sobre o São Paulo em 2006.

Além de ser um jogador muito elogiado pela diretoria são-paulina, Fernandão teve o aval do capitão da equipe Rogério Ceni. Há quem diga que quando Ceni fala, muitos dizem "amém".

O futebol de Fernandão é inquestionável, porém há algumas duvidas que não podem ser ignoradas: Ele será produtivo para o São Paulo? Renderá aquilo que se espera? E o clima dentro do clube?

Acredito que dentro de campo ele contribuirá muito para a equipe. Será um tremendo reforço para o São Paulo, principalmente caso o tricolor passe pelo Cruzeiro na Libertadores. O problema talvez seja no relacionamento com alguns jogadores. Parece, segundo informações, que o Washington não aceitou a contratação e que, inclusive, já está querendo sair.

E a preocupação do coração valente é natural. Eu não consigo ver uma dupla entre Washington e Fernandão, e pelo que disse Ricardo Gomes, Fernandão chega para ser titular.

Já o novo atacante disse o contrário. Para ele o Washington tem uma função diferente, mais dentro da área, fixo, como um pivô. Além disso, Fernandão garante que não terá problemas de relacionamentos com o grupo e que isso às vezes é algo construído por pessoas que não têm a mesma garra que ele. " Se eu fosse ruim de grupo não teria tantos amigos. Às vezes a fama é construída por jogadores que não estão tão interessados. Quero vencer sempre e puxo os outros. Se tem alguém que não quer, talvez ache isso de mim. Quem jogou ao meu lado sabe da minha lealdade e companheirismo", disse Fernandão ao Globo Esporte.

O São Paulo está correndo para regularizar o novo atacante na Taça Libertadores da América. A ideia é que ele atue já na próxima partida contra o Cruzeiro, na quarta-feira.

Mas acho que não é momento de se criar polêmica. O ideal é esperar para ver como Fernandão se comportará na equipe. Eu acredito que será um sucesso.

FOTO: Site do Globo Esporte

Definidas as quartas de final da Libertadores

O Internacional de Porto Alegre recebeu o Banfild-ARG, no Beira Rio e venceu por 2 a 0, jogando um futebol que dá gosto de ver. Esse resultado classificou a equipe brasileira.

Jogando em casa, em Santiago, o Universidade do Chile bateu o Alianza Lima num jogo eletrizante. Após o gol de empate dos donos da casa, a partida ficou paralisada por quase 15 minutos, e por pouco o árbitro não saiu de campo espancado pelos jogadores do Alianza.

Tudo porque, ao marcar o gol que classificava o Universidad, o bandeirina não correu em direção ao centro do campo, o que caracteriza alguma irregularidade na jogada. Mas o árbitro entendeu que o gol foi legal e o validou. Com divergência entre árbitro e auxíliar, os jogadores peruanos partiram para cima da dupla atrapalhada. Com essa vitória o Universidad é o adversário do Flamengo nas quartas de final.

O Libertad recebeu o Once Caldas e venceu, de virada, por 2 a 1, causando-me uma imensa surpresa. Apostei cegamente na equipe colombiana.

Veja os confrontos das quartas de final:

Flamengo x Universidad do Chile
Chivas x Libertad
São Paulo x Cruzeiro
Internacional x Estudiantes

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Será a maldição do centenário?

Foi o jogo mais disputado, sofrido, aguerrido, além de esperado, da Taça Libertadores da América de 2010. O Corinthians de Ronaldo, Roberto Carlos e companhia, venceu há pouco o Flamengo de Adriano e Vágner Love, por 2 a 1, no Estádio do Pacaembu. Resultado que não foi suficiente para classificar a equipe de Mano Menezes para a próxima fase da competição Intercontinental.

A decepção do Corinthians em ser eliminado, ainda nas oitavas de final, tem quatro motivos bastante aceitaveis: Primeiro que ninguém gosta de perder uma decisão, principalmente tratando-se de uma competição como essa. Segundo que o Corinthians é o único grande de São Paulo que não possui um troféu desse porte. Terceiro que esse é o ano do "Centenário" do Timão. E quarto que, para esse centenário, a diretoria alvi-negra fez um forte investimento justamente para quebrar esse tabu de nunca ter conquistado uma Libertadores. Ou seja, houve uma frustração quadriplicada.

Dentro de campo aconteceu aquilo que esperávamos: um futebol aberto com as duas equipes subindo ao ataque. O Corinthians, na minha opinião, foi melhor que o Flamengo pelo menos em 60% da partida. Fez um primeiro tempo impecável e conseguiu abrir 2 a 0 sobre o adversário.

Mas não há o que contestar ao futebol que o Flamengo apresentou no segundo tempo. Fez o seu único gol com um toque de bola envolvente, no qual o Vágner Love aproveitou a melhor chance que teve e empurrou a bola para o fundo do gol de Felipe. Mas seria injusto falar do gol de "Love" sem enaltecer a boa atuação de Kleberson. O meia entrou no segundo tempo e foi dele o passe para Vagner Love marcar o gol da classificação do Mengo.

Assim como foi a final do Paulistão entre Santos e Santo André, é difícil dizer quem foi merecedor da classificação no duelo entre os dois clubes mais populares do Brasil. O timão fez a melhor campanha da competição na fase de grupos, o contrário do Flamengo que entrou na "bacia das almas". Mas por outro lado, o Flamengo venceu o primeiro jogo, dentro de casa, e veio a São Paulo para fazer aquilo que realmente precisava para se classificar. Ou seja, fica impossível dizer quem deveria ou não avançar.

Eu só queria saber o que estão pensando nesse momento os "videntes" do jornalismo esportivo que erraram, e feio, na previsão do campeão da Libertadores de 2010. Muito se escutou por aí que o Corinthians era o nome certo para levar o caneco.

Ouvi o Sr. Neto e o Sr. Ulisses Costa dizendo que esse ano o título da Libertadores "já é do Corinthians". Como assim? De que jeito? Será que ele fará a final mesmo eliminado?

A verdade é que no futebol não há previsões. O futebol jogado dentro de campo não é uma matemática exata. Hoje uma equipe pode ser a melhor do país, mas amanhã ela pode, por algum motivo, cair de produção e se tornar a decepção (não é o caso do Corinthians porque, independentemente de qualquer coisa, a equipe foi guerreira).

Vencer a Libertadores, além de tirar um grito entalado na garganta, seria também o momento de o Corinthians dar a volta por cima e tentar, dignamente, chegar ao Mundial da Fifa, limpando a mancha que ficou depois do "torneio" que venceu em 2000, no qual participou de forma bastante duvidosa (assunto já abordado neste blog).

Agora só resta ao Corinthians tentar o Campeonato Brasileiro, que começa neste próximo sábado, para tentar não sair de mãos vazias no ano em que o clube comemora os seus 100 anos de história. A equipe comandada por Mano Menezes perdeu o Paulista e a Libertadores, mas os torcedores rivais mais fanáticos fazem questão de lembrar que o clube ainda teve decepção no Carnaval, com a derrota da Gaviões da Fiel, e no torneio de Showbol, no qual o Timão perdeu na final também para o Flamengo. Há quem diga, inclusive, que os alvi-negros vivem a tal maldição do centenário...

O que é de se lamentar nessa história toda é que um jogo de tanta expressão como esse não poderia acontecer nas oitavas de final. Imaginem uma semifinal entre essas duas equipes. Seria maravilhoso.

Mas a Libertadores continua e o próximo duelo de brasileiros será entre São Paulo e Cruzeiro, pelas quartas de final. Se der a lógica, o Cruzeiro avança para a semifinal da competição.

Foto: GloboEsporte.com

terça-feira, 4 de maio de 2010

Que sufoco...

Antigamente, o Milton Neves dizia que "torcer para o São Paulo é uma moleza". Tenho certeza que essa frase mudou para: "torcer para o São Paulo tem que ter paciência".

Sim, o São Paulo venceu o Universitário (nos pênaltis) e avançou para as quartas de final da Taça Libertadores da América, mas jogou mais uma vez um futebol sonolento e respeitador até demais. Houve momentos em que a torcida pediu "raça" aos jogadores.

Ganhar nos pênaltis é como "ficar entre a vida e a morte". Um detalhe pode ser o fim. E dessa forma aconteceu com o São Paulo. O pior de tudo não é decidir a vaga para as oitavas de final nas penalidades, mas sim correr o risco de não se classificar diante de um adversário que na minha opinião não merecia sequer estar numa competição intercontinental.

O Universitário é a pior equipe que eu vi nesse torneio. Os caras fazem o favor de entregar a bola no pé do adversário. Parece que pedem, imploram, para tomar um gol. Mas o São Paulo também pede, implora, suplica, mas para ser vaiado, xingado etc.

E não venham falar que a torcida não ajuda. O Morumbi recebeu mais de 43 mil torcedores que não pararam de cantar um só minuto. Em alguns momentos, alternando entre gritos de incentivo e vaias ao técnico Ricardo Gomes.

É verdade que também faltou um pouco de sorte ao Tricolor do Morumbi. Foram duas bolas na trave e alguns lances de possíveis faltas que o árbitro não apitou a favor do São Paulo. Houve, inclusive, inversão na marcação de duas faltas. Mas não quero falar de arbitragem.

Está chato demais assistir às partidas do São Paulo. Chega a ser irritante a falta de padrão dessa equipe. E foram 90 minutos, fora os acréscimos, de nervoso. Sei lá, talvez estamos ficando mal acostumados com o time do Santos que joga por música e nos alegra.

Claro que não era o que o torcedor do São Paulo imaginava, mas os pênaltis deram um tom diferente para essa partida que no seu tempo normal foi horrível. Houve emoção, choro e gritos de alívio

O primeiro grande susto partiu do jogador mais importante - e que no final se tornou o heroi do jogo. Rogério Ceni, capitão da equipe são-paulina, cobrou o primeiro pênalti para o Tricolor, mas errou. Um silêncio absurdo tomou conta do estádio por uns 20 segundos.

Logo em seguida, Ceni, que trocou de camisa para as cobranças de pênalti (no tempo normal jogou com uma camisa laranja e nas penalidades com uma preta), praticou duas defesas seguidas, levando o São Paulo à classificação. Se não foi pelo time, que realmente deixou a desejar, a emoção valeu pela torcida que fez sua parte.

Aliás, por falar em torcida, destaco dois detalhes como, no mínimo, interessantes: Primeiro que arrepia ouvir mais de 43 mil pessoas gritando "Olê, Olê, Olê, Olê... Telê, Telê..." E o segundo detalhe foi que bastaram cinco minutos de comemoração da classificação e os gritos que vinham das arquibancadas mudaram de rumo: "Mengo! Mengo! Mengo!", gritou a torcida do São Paulo...

FOTO Comemoração: Gaspar Nóbrega/VIPCOMM/GloboEsporte.com
FOTO Rogério Ceni: GloboEsporte.com

domingo, 2 de maio de 2010

Santos: "O novo campeão" do Paulistão

Eles praticaram um futebol diferenciado, do jeito que os Deuses da bola gostam. Quase fizeram chover, nevar, ventar, esquentar. Foi dos pés de alguns meninos "atrevidos" que vimos sair as jogadas mais bonitas do Campeonato Paulista de 2010. Foi deles também a melhor campanha da competição estadual. Acho que ficou fácil saber que estou falando do Santos Futebol Clube. Aliás, quero parabenizá-los pelo 18º título conquistado há poucos minutos no estádio do Pacaembu, depois de bater o "incrível" Santo André.

A gente espera que a última partida de um campeonato seja a mais acirrada, a mais competitiva, a mais suada, a mais digna de uma final, propriamente dita. Mas nem sempre isso é possível. Nem sempre os melhores conseguem se enfrentar numa final. Quantas vezes você não presenciou um confronto de gala numa semi-final, ou numa quartas-de-final, ou quem sabe até numa oitavas-de-final? Isso é bem comum.

Neste Paulistão fomos presenteados com a finalíssima entre as duas equipes que mais jogaram o futebol esperado por todos os brasileiros. Embora tenha sido um duelo com muitos cartões vermelhos e amarelos, Santos e Santo André mostraram dois estilos de futebol que fazem brilhar os olhos daqueles que os assistem. Simplesmente algo mágico.

Mesmo sendo o campeão. é difícil dizer que o Santos mereceu o título e esquecer tudo que o Santo André fez, principalmente nessas duas partidas que decidiram o caneco.

Dentro de campo, ainda no primeiro jogo, o Santo André foi superior na partida. Isso é indiscutível. Na partida de hoje mais uma vez achei o ramalhão melhor, desde o primeiro minuto, quando abriu o placar aos 33 segundos de jogo, com o atacante Nunes.

É muito mais fácil analisar outras equipes do que a do nosso coração, e por isso prestei muita atenção nessa partida. Sei que alguns santistas vão dizer que estou querendo desmerecer o peixe, ou que não entendo de futebol, ou até mesmo que estou louco. Mas meu papel é dizer o que acho dentro daquilo que me pareça o correto.

Não quero falar sobre arbitragem, porque isso é muito subjetivo, embora há lances descarados que acabam denegrindo a imagem do árbitro, além de manchar o espetáculo. Mas na minha opinião o Santo André foi prejudicado.

O Neynar é um craque, e isso não é novidade para ninguém, mas hoje ele abusou de uma artimanha que considero anti-jogo. Ele foi o maior cai-cai da partida e o Sr. Sálvio Espínola, árbitro do jogo, sequer o advertiu verbalmente. Pelo que sei um pouco de regras, quando um atleta simula uma falta, um pênalti, ou tenta de alguma forma ludibriar o árbitro, o cartão amarelo tem de ser mostrado a esse jogador. E isso o Sálvio não fez. Deixou passar muitas vezes.

Depois houve um gol "LEGAL" anulado. Isso foi o ponto crucial para o Santos sagrar-se campeão, já que o 4 a 2 daria o título ao Santo André.

Fora isso, o segundo tempo foi marcado por muitas paradas, tanto por contusões de jogadores como por "cera" dos meninos do Santos, o que deveria ter sido recompensado pelo árbitro em forma de acréscimos. Aos 43 minutos da segunda etapa, subiu a placa com apenas 4 minutos de tempo extra. Um absurdo. E quando esse tempo extra já estava em andamento, o Santos segurou demais para fazer suas reposições de bola, o que no meu modo de vista deveria ter sido acrescentado mais tempo.

Enfim, são detalhes que poderiam mudar o jogo. É uma pena que coisas desse tipo ainda aconteçam no futebol, principalmente porque sempre sai perdendo o time considerado "pequeno". Há quem diga que, para alguns árbitros, a camisa pesa na hora de apitar uma decisão.

De qualquer forma, se pensarmos na campanha brilhante do Santos durante todo o campeonato, nada mais justo que o título fosse direto para a Vila Belmiro.

Por isso, como falei, é difícil dizer quem realmente mereceu levar o caneco para a galeria de troféus. E como também já falei neste blog, na semana passada, seja lá quem fosse o campeão (Santos ou Santo André), o título estaria em ótimas mãos, aliás, nas mãos de um dos mais merecedores. Deu Santos.

Agora, só espero que esses meninos do Santos continuem no Brasil para que o nosso Campeonato Brasileiro seja gostoso de assistir como foi esse Paulista!

FOTO Ganso/Neymar: Site Abril.com