quinta-feira, 29 de julho de 2010

Inter "com uma mão" na classificação

O Internacional de Porto Alegre fez a lição de casa: Venceu o São Paulo por 1 a 0, no Beira-Rio, e está com uma mão na classificação para a final da Taça Libertadores da América.

Diferentemente do São Paulo, que entrou em campo apenas para se defender, o Inter foi quem impôs o ritmo da partida. Teve em torno de 70% da posse de bola e criou os lances mais perigosos do jogo.

Ao estilo Ricardo Gomes, o tricolor se limitou a fazer uma boa marcação no meio de campo, mas sequer ousou um chute ao gol do goleiro Renan, que ontem vestiu a camisa um. Assistiu a quase 90 minutos de pura pressão. Rogério Ceni, mais uma vez fazendo bem seu papel de guardião do clube, saiu de campo nervoso. E com razão.

Enquanto Taison, Andrezinho e Alecsandro infernizavam a defesa adversária, do outro lado Dagoberto abusava em errar o último passe, aquele que colocaria Fernandão na cara do gol. Sem contar que exagerou nas tentativas de jogadas individuais, enquanto Fernandão nem apareceu. Claro, a bola não chegava.

No meio de campo, a máquina que dá movimentação e criatividade ao tricolor esteve apagada. Hernanes jogou como um autêntico volante e não se preocupou em subir para criar as jogadas. Pareceu-me ordem do técnico.

As laterais, com Júnior Cesar na esquerda e Jean na direita, atuaram apenas defensivamente. Pouco apoiaram o ataque. Aliás, qual ataque?

Enfim, o São Paulo entrou no esquema 5-4-1 (claro que esse esquema não existe. Principalmente para uma equipe que quer avançar à final de uma competição Intercontinental). E um time que atua dessa forma merece, sem dúvida, a derrota. Aliás, seria muito injusto se o São Paulo, pelo que apresentou ontem, chegasse pelo menos ao empate. Deu sorte que não sofreu mais gols. Ponto positivo para o único setor que funcionou: A zaga.

E o técnico colorado, Celso Roth, tanto criticado pela imprensa e torcedores, sacou Andrezinho e colocou Giuliano que, minutos depois de entrar, marcou o gol da vitória. Uma substituição que pode ter definido a classificação do Inter para a final.

Na próxima quinta-feira, haverá uma partida muito diferente. O São Paulo será obrigado a entrar ofensivamente, o que de certa forma dará espaços para o Inter contratacar. Mas será a única, e última, esperança. Ricardo Oliveira, que "reestreou" ontem, deve ser titular. É o momento de Ricardo Gomes "ousar".

E que fique claro que não há nada definido. Tudo pode acontecer. Mas o Inter vai a São Paulo como grande favorito.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Missão "quase" impossível para o São Paulo

Internacional e São Paulo se enfrentam hoje, às 21h50, no estádio Beira-Rio, em partida válida pelas semifinais da Taça Libertadores da América. As duas equipes vivem momentos opostos. Antes da paralisação para a Copa da África, o Inter não vinha bem no campeonato Brasileiro. Durante o Mundial, acertou o retorno de Rafael Sóbis, Tinga e Ranan. Atualmente, a equipe colorada parece ter reencontrado o caminho da vitória. Venceu todas as partidas neste período pós-copa e entra em campo como favorito esta noite.

Diferentemente do São Paulo, que vinha numa crescente antes do início do Mundial da África. A equipe comandada pelo técnico Ricardo Gomes eliminou o Cruzeiro em grande estilo, vencendo as duas partidas das quartas de final. Mas no retorno às atividades do Brasileirão, o tricolor conquistou apenas 1 dos 12 pontos disputados e ocupa o 15º lugar na tabela.

Segundo o capitão Rogério Ceni, em entrevista a uma emissora de televisão após o término da partida contra o Santos, "há dificuldades, mas na Libertadores o São Paulo será diferente". O que eu acho algo inaceitável. Como pode haver duas posturas diferentes sendo que os dois campeonatos são de grandezas indiscutíveis? Como pode haver motivação para Libertadores enquanto para o Brasileiro falta "tesão"? Enfim...

A última vez em que Inter e São Paulo se enfrentaram pela competição Intercontinental foi em 2006, numa final em que o colorado levou a melhor. Aliás, era mesmo o ano dos gaúchos. Além da Libertadores, foram para o Mundial desacreditados, mas bateram o temido Barcelona de Ronaldinho Gaúcho (atualmente Ronaldinho é jogador do Milan).

Para o confronto de hoje, o favorito Inter deve contar com as presenças de Rafael Sóbis e Ranan (no banco), mas não terá Tinga, que cumpre uma suspensão por ter sido expulso justamente contra o São Paulo, em 2006.

No São Paulo, a novidade é o retorno de Ricardo Oliveira. Em 2006 o atacante não disputou a final contra o Inter porque seu clube, o Betis, não o liberou. Dessa vez, Ricardo terá a chance de disputar uma final de Libertadores, mas para isso o São Paulo terá a difícil, quase impossível, missão de bater o Inter. Ricardo Oliveira ainda não está 100% fisicamente, e deve começar no banco de reservas, mas será, sem dúvida, ótima opção para Ricardo Gomes.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Aniversário do "Mestre"

Toda homenagem que se faça ao grande mestre Telê Santana é sempre pouca.

Costumo citar constantemente o mestre neste blog e não é à toa. O ranzinza, como muitos o rotulavam, foi o melhor técnico de todos os tempos. Aliás, Telê tinha algo que não se vê mais no esporte. Ele "ensinava" a jogar, bater na bola, fazer um cruzamento, se posicionar dentro de campo, jogar sem a bola, e o mais importante, ser um cidadão do bem, honesto, de caráter. Faz falta...

Hoje, Telê faria 79 anos de idade. Sem dúvida ele nos deixou um legado que será eternizado.

Parabéns ao mestre Telê Santana que sem dúvida está brilhando ao lado de Deus...

Despedida de "gala"

Enquanto grandes clubes brasileiros seguem tropeçando pelo campeonato nacional, o Corinthians vai fazendo sua lição de casa. Ontem, no Pacaembu, no precisou de muito para bater o Guarani por 3 a 1 e voltar à liderança da competição.

Embora a vitória tivesse o peso de recolocar o timão na ponta da tabela, o sabor especial do tento foi maior por ter sido a despedida de Mano Menezes, que assumirá a seleção brasileira a partir desta segunda-feira.

Mano teve uma passagem vitoriosa pelo Parque São Jorge. Conquistou três títulos importantes, sendo um deles o que trouxe o timão de volta à elite do Campeonato Brasileiro. Por isso, a vitória na partida de despedida foi mais do que merecida.

Para o lugar de Mano, Andrés Sanches, presidente do Corinthians, trouxe Adilson Batista.

Neste Brasileirão, o Corinthians perdeu apenas uma partida, para o Atlético-GO, e soma 24 pontos. Na segunda posição, com 23 pontos, está o Fluminense do técnico Muricy, que recusou o cargo de treinador da Seleção Brasileira e abriu a porta para Mano Menezes. O Ceará segue na terceira colocação, com 20 pontos.

O clima alvinegro está pra lá de positivo e o timão é, ao lado do embalado Internacional, que ontem atropelou o Flamengo na vitória por 1 a 0 e se manteve na quarta posição (19 pontos), o favorito ao título deste Brasileirão.

Aliás, por falar em Internacional: O São Paulo que se cuide nesta quarta-feira, mas que se cuide MUITO BEM...

domingo, 25 de julho de 2010

Clássico SanSão sem brilho

O Santos conseguiu uma vitória importantíssima sobre o São Paulo, na Vila Belmiro, em partida equilibrada (mas longe de um clássico). Venceu o rival por 1 a 0 e foi aos 15 pontos, deixando a 12ª colocação e assumindo o 8º lugar.

Mas, embora tenha conquistado os três pontos, o peixe teve uma atuação abaixo do esperado. Chutou apenas uma bola com perigo ao gol do São Paulo, numa falta, ainda no primeiro tempo, quando Rogério Ceni praticou duas grandes defesas.

O gol santista aconteceu na segunda etapa, com uma ajuda incrível do fraco zagueiro são-paulino, Renato Silva. Aliás, não consigo entender o que faz um clube grande como o São Paulo manter no elenco um jogador de nível tão baixo.

Na próxima quarta-feira, tanto São Paulo como Santos terão compromissos importantes, no qual exigem um futebol mais concentrado e determinado. Mas, se mantiverem essa toada do Campeonato Brasileiro, nem um nem outro terá final feliz.

Apesar de ter sido um clássico apagado e sem emoções, o destaque da partida para Samuel, o mais novo zagueiro do São Paulo, que se mostrou um atleta de personalidade e com qualidade técnica. Além disso, não sentiu o peso da camisa, já que veio do discreto Joinvile.

Agora uma pergunta: Até quando a diretoria do Morumbi manterá Ricardo Gomes no comando? Não disseram até que Dunga já estava contratado (o que seria trocar seis por meia dúzia)?

Covardia na Fórmula 1

Peço licença a vocês, seguidores do blog, para falar de outro esporte que não é o nosso querido futebol: A Fórmula 1.

Acordei cedo para assistir à corrida e me surpreendi com o bom desempenho de Felipe Massa. Senti até que ele conquistaria o Grande Prêmio da Alemanha. Mas, de repente, o piloto brasileiro recebe ordens da Ferrari para deixar Fernando Alonso ultrapassá-lo.

A imagem do carro de Massa diminuindo a velocidade para o veículo de Alonso tomar a frente remete à covardia de Rubens Barrichello que praticava o ato com Michael Schumacher constantemente há alguns anos.

A Ferrari diz que prioriza a competição e não um piloto específico, o que no meu modo de ver continua sendo vergonhoso.

Ao final da corrida, com Alonso em primeiro e Massa em segundo, a reação de Mass deixou evidente o quanto ele se chateou com a decisão de sua equipe. Mas pergunto: Porque se render a um papel como esse?

Se para fazer parte da Ferrari é necessário ter de perder a dignidade, que vá correr então por outra equipe.

Duvido que o mesmo aconteceria com Ayrton Senna ou Nelson Piquet.

Juca Kfouri resumiu muito bem o assunto em seu blog. Veja abaixo:

Monte de babacas

O mundo da Fórmula 1 é um mundo feito de babacas.

Alguém poderá dizer que, pelo menos, o embuste é feito às claras, diferentemente de outras modalidades de competição, onde há doping, manipulação de resultados, compra de a ou de b, máfia de apito e de apostas etc.

Mas do mesmo modo que Rubens Barrichelo mostrou não ter sangue nas veias, Felipe Massa mostrou que não tem espinha dorsal.

Ambos se curvaram às ordens espúrias da Ferrari e entregaram vitórias ao alemão Michael Schumacher e ao espanhol Fernando Alonso.

Queria ver fazerem isso com Nelson Piquet.



Santos x São Paulo: clássico dos desesperados

Em busca de reabilitação neste Campeonato Brasileiro, Santos e São Paulo se enfrentam hoje, às 16h, na Vila Belmiro.

As duas equipes ainda não venceram após o retorno da Copa do Mundo. O São Paulo, de nove pontos disputados, conquistou apenas um. Já o Santos não pontuou. Perdeu o três jogos.

No futebol não há lógica. O Santos, atual campeão Paulista e conhecido como o time do "futebol alegre", não está conseguindo repetir as mesmas atuações na competição nacional.

Na próxima quarta-feira, a equipe comandada pelo técnico Dorival Jr. fará a primeira partida da final da Copa do Brasil contra o embalado Vitória, e corre risco de perder uma chance enorme de chegar à Libertadores da América de 2011 pelo caminho mais curto.

Já o São Paulo não vive uma fase tão boa desde o final do Campeonato Brasileiro do ano passado quando deixou escapar o título para o Flamengo. No Paulistão, chegou às semifinais, mas foi eliminado pelo próprio Santos.

Assim como os "meninos da vila", o tricolor Paulista terá uma missão difícil na quarta-feira, quando enfrentará a forte equipe do Internacional em partida válida pelas semifinais da Libertadores.

Além disso, o clima no Morumbi não é nada agradável. O clube deixou vazar a informação de que o técnico Ricardo Gomes seria demitido e que só estariam esperando a definição do novo comandante para oficializar a baixa do atual técnico.

Portanto, Santos (12º colocado) e São Paulo (13º colocado) farão o jogo dos desesperados. Somente a vitória interessa às duas equipes que possuem os mesmo 12 pontos na tabela.

Uma derrota neste clássico, e dependendo de combinações de outros jogos, o deixaria na zona do rebaixamento.

Em contrapartida, uma vitória seria como combustível para a decisão no meio da semana (O São Paulo na Libertadores ou o Santos na Copa do Brasil).

O Peixe terá força máxima, enquanto o Tricolor poupará 10 titulares.

Promessa de jogo bom para essa tarde de domingo.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Dois técnicos em menos de 24 horas

Nunca vi um técnico assumir uma seleção e em tão pouco tempo deixar o cargo. Muricy iniciou a manhã desta sexta-feira, 23, como técnico da seleção brasileira e terminou o dia fora do cargo.

Claro que a culpa não foi do treinador, que apenas cumpriu sua palavra, mas sim de seu atual clube, o Fluminense, que num ato egoísta, despatriota, não o liberou para servir o nosso país.

Sim, o brasileiro vive nessa miséria por ser mesquinho e pensar somente em si. O País não cresce porque as pessoas não honram a pátria. Pelo contrário. Há uma concepção totalmente diferente da palavra "Patriota".

Para seu lugar, Mano Menezes voltou a ser convidado depois de ter sido rejeitado, deixado de lado, de segundo plano. Sim, ele foi a opção "B" do plano da CBF que parecia infalível. E, segundo informações de Alexandre Praetzel no Blog do Milton Neves, Mano já aceitou a proposta e anunciará sua demissão no Corinthians na manhã deste sábado, em entrevista coletiva.

Infelizmente é o Brasil quem perde com isso. Continuo afirmando que Muricy "É" o mais bem preparado para a vaga.

Em contrapartida, valeu saber que o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, vai dormir essa noite com o gostinho da frustração. A contratação de Muricy, embora tivesse o intuito de dar peso, qualidade e competência para a seleção, tinha também um sabor de vingança contra o Fluminense que não o apoiou no Clube dos 13.

É obvio que Mano é um ótimo treinador, mas ainda falta "chão" para comandar a canarinho. Seja, mais uma vez, o que Deus quiser...

Muricy é o novo técnico da Seleção Brasileira

Parece que a CBF jogou água no Chopp de Mano Menezes. Depois de quase duas semanas sendo o mais cogitado para assumir a Seleção Brasileira, eis que uma surpresa toma conta dos noticiários nesta manhã de sexta-feira: Muricy Ramalho é o novo técnico da seleção canarinho.

O atual técnico do Fluminense, que se reuniu há pouco com toda cúpula da CBF, definiu sua contratação e comandará a Seleção na copa de 2014. Muricy deverá cumprir seu contrato com o clube carioca que termina no final deste ano (até o fim do Brasileirão), e depois deverá se apresentar à CBF. A não ser que peça demissão, o que acho muito provável.

Agora cá entre nós: É inquestionável a superioridade de Muricy em relação a Mano Menezes. E não estou dizendo apenas pelos três títulos brasileiros conquistados em 2006, 2007 e 2008, mas pelo comando, pela experiência, por ter sido discípulo de Telê, enfim. Ele está mais bem preparado.

Além disso, chega de técnico retranqueiro. Queremos ver a Seleção jogar bonito, pra frente. Boa sorte, Muricy...

Trocando seis por meia dúzia?

O São Paulo Futebol Clube ainda não divulgou oficialmente a demissão do técnico Ricardo Gomes, porém a notícia vazou e a pressão aumentou.

Embora o diretor de futebol do clube, João Paulo de Jesus Lopes, tenha garantido a permanência de Gomes até o segundo jogo da semifinal da Libertadores contra Internacional, está mais do que certo que o novo treinador poderá chegar até mesmo antes da partida contra o Santos, no próximo domingo.

As especulações sobre quem deverá assumir o lugar de Gomes começaram e Dunga é o nome mais cotado. Aliás, há quem diga, inclusive, que tudo está acertado entre o ex-comandante da Seleção Brasileira e o tricolor paulista. Segundo informações, só falta a assinatura no papel. O que seria, na minha opinião, trocar seis por meia dúzia.

As negociações estão bem adiantadas, mas o São Paulo continua negando o acerto com Dunga. Hoje pela manhã, Ricardo Gomes comandou o treino do tricolor e já pré-escalou a equipe que enfrentará o Santos.

Não sou a favor de Ricardo Gomes no São Paulo, e isso todos sabem, mas continuo afirmando categoricamente que o São Paulo errou, e está errando, no modo em que as coisas foram conduzidas.

Se havia uma vontade de não ter mais o técnico no comando da equipe, a diretoria deveria demiti-lo no mesmo momento. Isso que Juvenal Juvêncio e companhia estão fazendo é enganar um profissional que, querendo ou não, sempre respeitou o clube.

Fico imaginando como deve ser trabalhar sabendo que poderá ser dispensado a qualquer momento...

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Os fantasmas rondam o Morumbi

Não há mais como esconder que o São Paulo Futebol Clube não vive um bom momento nesta temporada. Três fantasmas assombram os corredores do Clube Paulista. Um deles, inclusive, já está virando uma novela: O caso Morumbi na Copa de 2014.

Aliás, essa história já passou da conta de tão maçante que se tornou. Depois de tantas polêmicas e do veto ao estádio, o Governador de São Paulo, Alberto Goldman, demonstra interesse e apoio ao Morumbi, porém o presidente do Comitê Organizador Local (COL) e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, está fazendo de tudo para o estádio tricolor ser esquecido.

Claro, depois do rompimento do clube paulista com a CBF não se esperava outra atitude por parte da entidade, principalmente partindo de Ricardo Teixeira, que passa muito longe da ética profissional. Além do mais, como fariam para se beneficiar das obras do estádio do Morumbi? É muito mais viável - para eles, claro - construir um novo estádio, no qual possa ser investido dinheiro público, no qual não há o mínimo de fiscalização, etc.

Hoje Juvenal Juvêncio esteve em Brasília a negócios. Ninguém sabe ao certo o que ele fazia por lá, mas me parece que o São Paulo não vai desistir de ter o seu estádio como sede de abertura da Copa, em 2014. Não vejo um desfecho positivo para essa história. E se nada for resolvido logo, o Estado de São Paulo ficará a ver navios.

Outro problema que preocupa também o torcedor é a indefinição da permanência ou não do técnico Ricardo Gomes no comando da equipe. A pressão contra Gomes é grande e hoje pela manhã a notícia de que ele teria sido demitido vazou na imprensa. Alguns veículos ainda estão cautelosos para soltar a informação concreta já que o São Paulo não oficializou a demissão.

Por causa disso, o clima no Centro de Treinamento, hoje, durante o treino da equipe, foi bastante pesado. Ricardo Gomes deixou muito claro que ficou chateado com os rumores de sua dispensa. E nisso a diretoria errou. Se pensava em descartar Gomes, deveria ter feito logo. Mas preferiu segurar a decisão simplesmente pelo fato de ainda não ter um substituto para seu lugar.

E se a situação é ruim, lembrando que o tricolor não ganhou nenhuma partida desde que voltou da paralisação da Copa do Mundo, ela ainda pode piorar. A CBF anunciou hoje a antecipação da janela, o que permite ao Internacional, adversário do tricolor nas semifinais da Libertadores da América, inscrever os três reforços que chegaram: Tinga, Rafael Sóbis e o goleiro Renan. O que no meu modo de ver é outra sacanagem da CBF em relação ao São Paulo.

Ou seja, o São Paulo nada, sozinho, contra a maré. E nesse momento só poderá contar com suas próprias forças para voltar a respirar aliviado. Que fase!

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Falta um maestro

Depois de uma atuação digna de um "clube de segunda", mais uma vez o São Paulo não conseguiu vencer dentro do seu próprio estádio. Dessa vez foi o Grêmio Prudente quem parou a equipe do Morumbi, num empate por 1 a 1.

A torcida são-paulina tem razão em pedir a cabeça do técnico Ricardo Gomes, já que fica evidente, a cada partida, que falta comando neste time. Os erros nas substituições são visíveis e têm feito o São Paulo perder o padrão de jogo. Não sabemos mais se a equipe joga com dois ou três zagueiros, um ou dois volantes, dois ou três atacantes, enfim, está uma bagunça.

Mas além do técnico fraco, os jogadores também deixam a desejar. Não estão fazendo por merecer o elevado salário que recebem. Com exceção de Rogério Ceni, que vira e mexe salva o São Paulo de um desastre maior, todos estão atuando de forma displicente.

Na zaga, nem mesmo o Miranda, craque de bola, tem conseguido desenvolver seu futebol. Será que o fato de não ter sido convocado para a seleção tenha desmotivado o atleta?

Outro craque que está em dívida com a torcida é Hernanes. Ele tem altos e baixos dentro de uma mesma partida. Em determinados momentos, faz dribles sensacionais e lançamentos certeiros, isso quando não marca belíssimos gols. Mas em outros momentos parece nem estar em campo. Não mantém uma regularidade há tempos. Será que essa indefinição de uma possível transferência ao exterior, que vem se arrastando desde o ano passado, possa estar mexendo com sua cabeça? Talvez.

O fato é que a equipe está perdida. Não tem orientação. Está desnorteada. Não vemos garra, vontade, suor, enfim. Falta mais do que isso. Falta vibração. Falta um maestro para reger o elenco. E quando isso acontece, o melhor é partir para uma renovação. Se Ricardo Gomes provou que não pode ser técnico de equipe grande e os atletas não conseguem retomar o "tesão" de jogar futebol, nada como um banho de água fria para acordar. E esse banho é a troca imediata do treinador.

A pergunta é: quem trazer?

Muricy, Mano, Felipão e Luxemburgo são os considerados "grandes" técnicos atuando no Brasil. Dos quatro, três jamais deixariam seus clubes: Muricy deve ter seu contrato renovado com o Fluminense ainda nessa semana. Mano Menezes está com um pé na seleção brasileira. Felipão fez, no domingo, sua partida de reestreia no Palmeiras. E Luxemburgo... Bom, Luxemburgo até poderia sair do Atlético, mas o São Paulo teria de oferecer uma boa grana ao técnico, além de romper com seus valores e políticas do clube (a atual diretoria já deixou claro que jamais contrataria Luxemburgo enquanto estivesse no poder).

Mas há uma quinta opção: Silas, que vive um mau momento na equipe que comanda, o Grêmio, poderia cair bem nesse time. Aliás, não tenho a menor dúvida que ele daria certo no Morumbi.

Por outro lado, a torcida tem pedido por Paulo Autuori, que atualmente dirige All-Rayyan, da Arábia. Autuori teve uma passagem rápida pelo clube paulista, mas o suficiente para fazer um excelente trabalho. Também acho que poderia ser uma saída.

O problema do Tricolor se torna maior ao lembrar que terá pela frente a equipe do Internacional, numa partida válida pelas semifinais do torneio mais importante da América, a Libertadores. Que por sinal, é o xodó dos são-paulinos. O Inter está de bem com a vida. Vem numa crescente dentro do Brasileirão e não há como negar que leva o rótulo de favorito sobre o São Paulo.

Esse é o momento de a diretoria do São Paulo provar, ou não, que realmente é diferenciada como dizem por aí. Agora, esperamos a decisão que o Sr. Juvenal Juvêncio, presidente do clube paulista, tomará em relação ao elenco. Que caminho o Tricolor vai seguir? Vai agir e tentar a reação ou ficar de braços cruzados esperando pela desclassificação na Libertadores e o fracasso no Brasileirão?

Veremos...

quarta-feira, 14 de julho de 2010

A "Copa" dos brasileiros está de volta

Tratando-se de futebol, o que mais tenho escutado nas ruas é que "agora sim começa a verdadeira Copa para os brasileiros". Essa frase quer dizer que a Copa do Mundo da África foi um verdadeiro fiasco para o povo do Brasil que, mesmo sabendo que a seleção formada por Dunga era fraca, acreditava num desfecho mais feliz. Como a decepção veio nas quartas de final, contra a Holanda, resta agora acreditar que o Brasileirão será o consolo do torcedor.

A expectativa para esse campeonato nacional é de que os grandes clubes iniciem uma disputa acirrada pela primeira posição e que isso se mantenha até a última rodada. É obvio que times considerados "pequenos" prometem dar trabalho. Tanto é verdade que o Ceará, que veio da série B, ocupa o segundo lugar, mas com o mesmo número de pontos que o líder Corinthians.

Ainda assim, não tenho a menor dúvida de que o título deve cair no colo de um dos quatro de sempre: São Paulo, Internacional, Santos e Corinthians. Acho até que poderemos ter uma quinta equipe no páreo, o Cruzeiro, que sempre chega forte. Desses cinco sairá o campeão.

Não vejo nenhuma equipe carioca brigando pelo caneco, embora acredite na força do Fluminense que está se reforçando e tem o comando do experiente Muricy Ramalho (três vezes campeão Brasileiro pelo São Paulo: 2006, 2007 e 2008). Deve ficar entre os 8 melhores. O Botafogo é fraco e no máximo disputará vaga na Sul-Americana. O Flamengo, atual campeão da competição, está em fase de "decomposição" (ou quem sabe seja mesmo uma composição, tratando-se de tranqueiras). As baixas são do goleiro Bruno, que está preso por suspeita de ter matado a ex-namorada, além de Adriano e Vagner Love que devem deixar o clube. A equipe deve brigar também por vaga na Sul-Americana.

Santos e Palmeiras farão, de cara, o clássico da rodada, nesta quinta-feira, 15/07, no estádio do Pacaembu. As equipes não se enfrentavam no estádio desde 1995, quando peixe levou a melhor. Para este confronto, o Santos faz mistério em relação à entrada de Ganso e Robinho. Se Ganso não jogar, entenderemos, pois o garoto fez, há pouco tempo, uma artroscopia no joelho e segue em recuperação. Mas o Robinho não tem desculpa. Chegou pela seleção, voltou mais cedo (devido à eliminação) e está em perfeitas condições. Se não jogar, será pura frescura.

Em contrapartida, o verdão deve ter o reforço do atacante Kléber e o retorno de Felipão ao comando da equipe. Ou seja, uma partida muito interessante para quem realmente gosta de futebol. Acho Felipão um dos melhores técnicos do Brasil e Kléber, o gladiador, como é conhecido, um dos melhores atacantes na atualidade, mas ainda assim creio numa vitória dos meninos da Vila. Duvido que eles tenham perdido a alegria de jogar.

domingo, 11 de julho de 2010

Futebol moderno

E a "zebrinha" desta Copa da África resolveu vestir as cores vermelho e amarelo, ou seja, deu Espanha contra a Holanda na final do Mundial.

Como já era de se esperar, tivemos 90 minutos de jogo truncado e sem emoção. As duas seleções não subiam com força máxima ao ataque com medo de deixar o posto desguarnecido e sofrer o gol que poderia ser fatal. Analisando friamente, a gente até entende, mas como torcedor de futebol, é inaceitável que duas equipes, que estão disputando a "Taça do Mundo", sejam tão covardes.

Às vezes me pego muito pensativo a respeito. Fico lembrando de grandes equipes que jogavam o mais "fino" do futebol. Lembro também das Copas que terminavam com disputa entre duas equipes brilhantes, taticamente e tecnicamente, e que davam show dentro de campo.

Parece que tudo isso acabou. Onde está o espetáculo, os dribles, as firulas, os gols de placa, a malandragem, enfim, o fascínio do esporte?

E que fique claro que isso não é desmerecer a atual campeã. Pelo contrário. Acho até que o título foi bastante justo, pois a Espanha foi a única que conseguiu manter uma regularidade (exceto no jogo de estreia, quando perdeu para Suíça, por 1 a 0). Sem contar que foi a Espanha quem eliminou a Alemanha, que na minha opinião era a seleção favorita ao título.
Isso, na verdade, é apenas um desabafo. Será que teremos que nos acostumar com esse novo modelo de futebol, sem espetáculo, sem emoção, sem craques, sem magia? Eu não aguentaria. Sinto falta do futebol arte, mas, de qualquer forma, Parabéns à Fúria pela conquista do Mundo.

Foto: Site IG

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Eu já dizia: "É a Copa do Mundo das zebras".

Muito se esperou dos considerados "favoritos", mas eles pouco fizeram este ano. A Argentina, que se classificou para a Copa na "bacia das almas", teve o melhor do Mundo em campo. Messi era a promessa para o evento esportivo mais esperado, mas conseguiu deixar a competição com o frustrante sabor de não balançar as redes uma vez sequer.

Por outro lado, no conjunto da equipe argentina, descobriu-se uma força que surgia desde a primeira partida como a surpresa do futebol. Diego Maradona, técnico dos "hermanos", despontava como figura central dessa Copa, não só por conseguir fazer sua equipe deslanchar, mas por mostrar que tem, mesmo que de forma bastante peculiar, certo carisma.

Mas o futebol prega peças inacreditáveis. A Alemanha foi o destino dos argentinos que não conseguiram repetir o show de bola dado na primeira fase do mundial. Ou seja, bastou enfrentar uma seleção diferente para que o sonho do título fosse por água abaixo.

E aí você me pergunta: Em que a seleção alemã é diferente? A resposta é simples e objetiva. Você se lembra da equipe do Santos que venceu o Campeonato Paulista e que jogava por música, com alegria? Pois eu te digo que a Alemanha foi o Santos nessa Copa do Mundo da África.

Entrou na competição sem maiores pretensões, com jogadores novos demais e pouco conhecidos. Perdeu, dias antes de estrear no torneio, Ballack, o único considerado referência dessa equipe. Assim mesmo os garotos sequer sentiram sua falta.

E de repente, esse time irreverente, que encantou torcedores do mundo todo, cai numa semifinal diante de uma seleção desacreditada: A Espanha. Aliás, embora tenha uma admiração universal, os espanhóis não tiveram um começo de Copa tão entusiasmante. Nem mesmo o jogo contra o Chile, que os classificou em primeiro lugar, convenceu o público.

Mas na partida contra a Alemanha, valendo vaga na final, eis que deram uma lição de superação, de garra e de espírito vencedor. Muito contrário do que ouvi pelas ruas após o jogo, não foi a Alemanha que jogou mal, mas sim a Espanha que deu um show e que agora vai à final com moral.

O mesmo aconteceu com a Holanda, a outra finalista da Copa. Discretamente, classificou-se para as oitavas e pegou a fraca Eslováquia. Fez uma partida normal, sem grandes emoções e venceu por 2 a 1. Foi para as quartas de final duelar contra o Brasil. No primeiro tempo foi desastrosa, mas não sentiu o gol sofrido e virou o jogo. Chegou à semifinal confiante e bateu o Uruguai, com atuações impecáveis de Robben e Sneijder.

Esse é o retrato do mundial na África do Sul. A fúria espanhola terá a chance de levantar o caneco pela primeira vez, mas para isso terá de passar pela força holandesa, que surpreendeu até os próprios holandeses.

Ainda assim você tem dúvida que foi a Copa da "zebrinha"? Basta saber de que cor ela será pintada: Vermelha ou Laranja?

Torço cegamente para a equipe que busca o ineditismo.

Foto (1): Blog Bolão da Copa
Foto (2): Site Fifa