segunda-feira, 29 de junho de 2015

Há 10 anos o Santo André participava pela 1ª vez da Libertadores

Por Breno Benedito
(edição final:Fernando Richter) 
 
 
O futebol definitivamente é cheio de surpresas.
 
Não foram poucas as vezes em que a zebra falou mais alto e deixou o torcedor de queixo caído.
 
A Copa do Brasil é um grande exemplo de times que podem surpreender. Um campeonato de tiro curto que permite façanhas incríveis. 
 
E foi exatamente nesse cenário que, há 10 anos (2004), o Santo André calou um Maracanã lotado ao vencer o Flamengo, franco favorito ao título. 
 
A conquista permitiu que o clube da região do Grande ABC disputasse, no ano seguinte, pela primeira vez em sua história, a tão temida e respeitada Libertadores da América.
 
Até então, o clube jamais havia competido em um torneio continental.
 
Para relembrar esse momento, conversei com o lateral-direito Dedimar, um dos destaques da equipe nessa fase tão importante para o Santo André.
 
“Com certeza foi um momento muito maravilhoso na minha carreira, não apenas pelo fato de disputar a tão sonhada Libertadores da América, mas também por vencer o grande Flamengo em pleno Maracanã, um ano antes, na Copa do Brasil”, comenta Dedimar.
 
 “Essa fase incrível jamais esquecerei. Ficará eternamente na minha memória e na história do clube. Pra todos nos é um motivo de orgulho”. 
 
Obviamente chegar a uma Libertadores exige mais do que talento. É necessário o que chamamos de malandragem do futebol.
 
Atuar diante de equipes sul-americanas nunca foi tarefa fácil para clube nenhum. É preciso conhecer os caminhos certos para chegar ao sucesso (título).
 
Basta ver o Corinthians, que é um dos grandes clubes do Brasil e que levou uma eternidade para conseguir conquistar sua primeira taça.
 
“Faltou um pouco mais de experiência para todos nós. A gente não sabia como se comportar dentro da competição, que é completamente diferente a tudo que se disputa aqui no Brasil”, disse o lateral. 
 
E cá entre nós, a missão do Santo André não foi das mais fáceis. O clube do grande ABC caiu no grupo 4, que tinha Cerro Porteño (PAR), Palmeiras e o Deportivo Tachira (Ven).
 
A estreia foi fora de casa, contra o Deportivo Tachira, e logo na primeira partida uma derrota por 1 a 0. 
 
Depois uma boa sequência de resultados, com dois empates - 2 a 2 contra o Cerro Porteño, 1 a 1 contra o Palmeiras. 
 
No retorno, iniciou com uma vitória sobre o Verdão, por 2 a 1, mas logo em seguida caiu diante do Cerro, pelo mesmo 1 a 0. Para encerrar a participação na competição, emplacou uma bela vitória sobre o Deportivo Tachira, por 6 a 0.
 
"Ficou uma pontinha de frustração por não atingirmos o nosso objetivo, que era a classificação para a segunda fase da competição. Mas ao mesmo tempo nos enche de orgulho por saber que por muito pouco não tiramos o Palmeiras na nossa primeira participação no torneio”, diz.
 
Aliás, esse duelo com o Palmeiras tem deu o que falar.
 
Em 2004, pela Copa do Brasil, as duas equipes fizeram dois grandes jogos, com 14 gols.
 
A primeira partida aconteceu no ABC, com um empate por 3 a 3. Já no retorno, no Palestra Itália, outro empate, dessa vez por 4 a 4, o que rendeu a classificação ao Santo André, por marcar mais gols fora de casa do que o Palmeiras.
 
Dedidar relembra esses jogos com o Palmeiras, tanto pela Copa do Brasil como pela Libertadores, como se tivessem acontecido ontem.
 
“Foram momentos diferentes, mas que acirraram bastante os duelos na Libertadores, que com certeza foram partidas ainda mais disputadas. De certa forma fomos uma pedra no sapato do Palmeiras, sempre aprontando”, comenta Dedimar. 
 
“A gente se entregou de corpo e alma ao time. Todos estavam na torcida e apoiando. Quando vencemos o Flamengo, na Copa do Brasil, a festa parecia de Copa do Mundo na cidade. Jamais esquecerei esse momento.”
 
Atualmente o Santo André disputa a Série A2 do Campeonato Paulista.

Palmeiras arrebenta com a vida do São Paulo

Será que anotaram a placa do caminhão que atropelou o São Paulo?
 
Alguns torcedores do São Paulo ficaram chateados comigo ontem nas redes sociais por conta da crítica que fiz ao clube do Morumbi após a derrota vexatória para o Palmeiras.
 
Desculpem-me, amigos, mas não tiro uma só vírgula do que escrevi ontem (28/06).
 
Perder para um rival não é e nunca será o maior dos problemas. Perder faz parte de quem disputa algo, desde que se perca jogando futebol digno.
 
O que realmente está em jogo nesse momento é a forma como o São Paulo entrou em campo ontem.
 
Não sei se você já percebeu, mas há alguns anos o São Paulo adotou uma postura que virou padrão quando enfrenta seus arquirivais (principalmente Palmeiras e Corinthians).
 
A gente nota no semblante do jogador, antes mesmo do apito inicial, que o tricolor não vai vencer.
 
O torcedor mais atento, e não menos apaixonado, não consegue sentir firmeza no olhar daqueles que em campo estão.
 
Ontem, bastou a câmera focar em Luis Fabiano e Ganso para eu ter certeza que o pior estava por vir.
 
E não é que eu seja pessimista. longe disso. É apenas uma leitura de quem acompanha essa equipe com olhos de lince.
 
O desânimo é visível.
 
Na mesma hora pensei: Se o São Paulo não fizer o primeiro gol a partida terminará em goleada para o oponente (Palmeiras).
 
Não deu outra.
 
Se de um lado Pato e Michel Bastos desperdiçavam importantes oportunidades para o São Paulo, do outro Leandro Pereira e Victor Ramos, do Palmeiras, não perdiam viagem e iniciavam o que seria o tormento tricolor.
 
O São Paulo foi para o vestiário com a cabeça doendo. Além dos 2 a 0, ainda tinha o efeito do baile que tomou na primeira etapa.
 
Se estava ruim dessa forma, pior ficou depois.
 
O segundo tempo veio para lacrar de vez o caixão sãopaulino.
 
Rafael Marques e Cristaldo ainda balançaram duas vezes, decretando a goleada alviverde (4 a 0), fora o show.
 
E poderia ter sido mais, não fossem os gols perdidos.
 
Enquanto tudo acontecia, Ganso, com sua sonolenta vontade, assistia o jogo do melhor camarote do estádio (dentro do campo). Por pouco não ofereceram uma cadeira, pipocas e bebidas ao jogador.
 
Mas a culpa não foi somente dele. Um time que conta com dois laterais fracos como Carlinhos e Bruno, além de uma zaga péssimo com Rafael Tolói e Dórea batendo cabeça, não poderia vencer um rival que, a seu oposto, tinha tanta vontade de vencer.
 
Rogério Ceni, ao final da partida, tentou amenizar a situação com suas comoventes desculpas. "Estavamos melhores na partida, até sofrermos o primeiro gol. Depois nos perdemos um pouco", disse.
 
Obvio, não, Sr. Ceni? Isso não precisava o Sr. vir a público dizer. Não seria muito melhor assumir a incompetência do time, como fez Robinho no sábado, após a eliminação da Seleção Brasileira na Copa América?
 
Há 7 anos o São Paulo não conquista uma competição de peso. A culpa? Oras, só pode ser da arrogante diretoria desse clube, que continua com aquela empáfia em pensar "somos os maiores do mundo".
 
A sorte desse São Paulo atual é que o nível este ano do Brasileirão é muito ruim e ainda há equipes muito piores, o que lhe dará a chance de disputar uma vaga para a Libertadores do ano que vem.  
 
Caso contrário...

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Há 22 anos Rogério Ceni estreava no São Paulo

Rogério Ceni completa hoje exatos 22 anos de sua estreia com a camisa do São Paulo Futebol Clube, a única que vestiu em toda sua carreira como jogador de futebol profissional.
 
O jogo que deu a Ceni a chance de atuar pela primeira vez foi contra o Tenerife (ESP), pelo Troféu Santiago de Compostela, em 1993.
 
Coincidentemente, a estreia do "mito" aconteceu exatamente no jogo seguinte à despedida de outro ídolo, o Raí, que se transferia a Paris para defender o Paris Saint Germain.
 
Logo em sua estreia, Ceni mostrou qualidade defendendo um pênalti que o classificou para a final da competição.
 
Na partida seguinte, contra o River Plate, o arqueiro tricolor repetiu o feito e sagrou-se campeão pela primeira vez. Foi, na verdade,  primeiro de muitos que estavam por vir.
 

Foto: Site Oficial do São Paulo
"Quando defendi o pênalti contra o Tenerife ganhei confiança e daí em diante fui me firmando. Na final contra o River, consegui pegar mais um pênalti e fomos campeões", disse Ceni ao portal oficial do São Paulo.
 
Embora tenha estrado naquela oportunidade, Rogério Ceni teve de trabalhar a paciência para de fato assumir a titularidade do time, já que a camisa 1 tinha um dono incontestável.
 
O grande Zetti, campeão da Libertadores e do mundial de clubes pelo Tricolor Paulista, estava vivendo a melhor fase em sua carreira e ainda vestiria as cores do clube do Morumbi por mais três anos.
 
"Na época, o Zetti estava na Seleção Brasileira e surgiu a oportunidade de estrear. Quando viajei para a disputa do torneio, eu esperava ficar no banco, mas na preleção fui informado que iria para o jogo. Fiquei muito contente e ansioso, porque tinha apenas 20 anos de idade e iria defender o São Paulo pela primeira vez", relembrou.
 
 
De lá para cá, Ceni colecionou diversos títulos importante e bateu vários recordes. Foram 27 títulos (12 conquistados dentro de campo), mais de mil jogos e balançou as redes 129 vezes. Há pouco tempo, superou a marca de Raí e se tornou o décimo artilheiro do clube.
 
Com certeza é o maior ídolo do São Paulo ao longo da história do clube, não apenas pelas grandes marcas, mas principalmente por mostrar o amor que tem pelo tricolor.
 
Dificilmente um jogador de futebol atua tanto tempo, jogando em alto nível, pelo mesmo clube que o revelou.
 
Isso está fora da realidade do futebol atual.
 
E, embora eu defenda sua aposentadoria há pelo menos uns dois anos, até para que Ceni evite tantos desgostos e frustrações com a atual situação do clube (que não vence um torneio importante desde 2008, quando se sagrou tricampeão brasileiro), é muito bonito ver a dedicação de um profissional a uma instituição que lhe abriu as portas quando ainda era apenas um garoto cheio de sonhos.
 
Que o exemplo de Rogério Ceni, regado de muita dedicação e profissionalismo, sirva aos futuros boleiros que estão começando no esporte e que já vislumbram o sucesso.
 
FICHA TÉCNICA DE SÃO PAULO 4 X 1 TENERIFE:
 
Local: Estádio Municipal San Lázaro, Santiago de Compostela (ESP)
Data: 25/06/1993
Árbitro: Puentes Leira de Ferrol (Espanha)
Público: 2 mil pessoas
Gols: Guilherme (4)
SÃO PAULO: Rogério Ceni; Vítor, Lula, Ronaldão (Gilmar, 37/2) e Ronaldo Luís (Marcos Adriano, 37/2); Pintado, Dinho, Toninho Cerezo (Juninho, 25/2) e Gustavo Matosas; Douglas (Jamelli, 37/2) e Guilherme.. Técnico: Márcio Araújo.
TENERIFE: Agustín; Llorente, Toño, Matta (Toni) e Berges; César Gómez/capitão, Chano, Felipe e Quique Estibaranz; Castillo e Dertycia. Técnico: Jorge Valdano.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Copa América de 1993: A derrota de um time que convencia

A Seleção Brasileira vai encarar a Seleção do Paraguai, no próximo sábado, às 18h30 (Brasília), em partida válida pelas quartas de final da Copa América 2015.

O que mais tem se falado nesse momento é punição que o atacante Neymar recebeu após se envolver em confusões na partida contra a Colômbia.

Tudo isso porque Neymar, que indiscutivelmente é um grande jogador, deixa nesse momento a Seleção Brasileira órfã na competição.

É inegável que há uma "Neymar-dependência" nessa equipe comandada por Dunga.

Não que a culpa seja do nosso atual treinador e sua comissão técnica.
Embora eu discorde de algumas convocações, a começar pelo goleiro Jefferson, reputo esse mal momento à péssima geração de atletas e ao modelo estrutural adotado pelo CBF, que ao meu ver parou no tempo e hoje vive arrogantemente do nome construído ao longo do últimos anos.

É real a chance de o Brasil sequer passar pelo Peru no próximo sábado. O que não seria nenhuma novidade.

Não sejamos arrogantes (como a própria Seleção Brasileira) ao ponto de achar que chegaremos tranquilamente na decisão dessa competição porque seria o mesmo que acreditar que o Massa será o próximo campeão da Fórmula 1 de 2015.

A atual situação da equipe brasileira me fez relembrar uma partida da mesma Copa América, na mesma "quartas de final", só que 22 anos atrás (1993), e contra a arquirival Argentina.

Embora o Brasil tenha sido desclassificado (nos pênaltis), há um enorme diferença daquela partida realizada nos anos 1990 para qualquer resultado que aconteça no próximo sábado, a começar pela escalação.

Enquanto hoje depositamos toda nossa esperança em um único jogador, em 1993 havia uma disputa de craques que poderiam chamar a responsabilidade e resolver qualquer parada.

Além disso, era notória a vontade dos atletas em representar o país. Você percebia a garra, a vontade, o espírito, além, é claro, da qualidade técnica que transbordava no futebol brasileiro. E não me refiro a essa partida, mas a essa antiga geração dos anos 90.

Na partida contra a Argentina o Brasil entrou em campo com a seguinte escalação:

Zetti, Cafu, Antonio Carlos, Valber, Robertos Carlos, Luisinho, Boiadeiro, Zinho, Palhinha, Muller e Edmundo.

No banco ainda tinha Taffarel (que na verdade era o titular na competição), Viola, Marquinhos, César Sampaio, Edilson, Elivélton, entre outros.

Ou seja, uma máquina de jogadores prontos para encarar de igual para igual qualquer desafio que lhe parecesse assustador, todos atuando no Brasil, com excessão de Taffarel que já havia sido transferido para o Parma.

O JOGO

No geral, o Brasil foi melhor do que a Argentina no tempo normal.


Comandou o primeiro tempo com as jogadas geniais do ataque tricolor formado por Muller e Palhinha, com apoio do lateral direito, também do São Paulo, Cafú.

E foi com Muller, numa de suas típicas jogadas, quando avançava pela esquerda, invadindo a área e cortando para a direita, que o atacante abriu o placar depois de mandar uma bomba no canto direito do goleiraço Goicoechea.

Cafú teve uma ótima chance quando invadiu a área e, mesmo derrubado pelo defensor argentino, chutou de perna direita e acertou a trave do adversário.

Só dava Brasil.

Um toque de bola bonito, envolvente, no estilo brasileiro, sim, porque naquela época ainda podíamos dizer que esse era o estilo brasileiro...

A Argentina conseguiu equilibrar a partida na segunda etapa.

Zetti não teve muito trabalho e foi efciente nas situações que exigiram um pouco mais de trabalho.

Até que Leo Rodrigues acertou um bonito cabeceio e mandou a bola na gaveta de Zetti. O goleirão da seleção canarinho se esticou todo e por pouco não chegou na bola que, antes de morrer no fundo do gol, beliscou carinhosamenta o travessão.

O Brasil ainda tentou o gol da vitória, mas parou nas mãos de Goicoechea e na falta de sorte de Muller e Palhinha.

O jogo termina 1 a 1 e a decisão vai para a disputa de pênaltis.

Infelizmente Boiadeiro bate mal (muito mal), na meia altura, fácil para o camisa 1 argentino defender.

Na sequência, Jorge Borelli converte e dá a classificação à Argentina para a semifinal da competição.

Sim, foi uma desclassificação, mas de forma totalmente diferente à situação que vive o Brasil hoje.  
Mesmo perdendo, o torcedor com certeza ficava satisfeito, porque o futebol era bonito e impunha respeito.
Respeito esse que acabou há alguns anos, principalmente depois do fatídico 7 a 1 sofrido na última Copa do Mundo, aqui mesmo no Brasil, contra a Alemanha. 
Muitos me chamam de saudosista, e talvez eu seja mesmo.

O fato é que é impossível não sentir falta do Brasil das copas passadas, dos tempos em que a arte fazia questão de grudar nas chuteiras dos nossos atletas.
Será que um dia voltaremos a ser o Brasil de antigamente?  

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Parma (ITA) decreta falência

Mais uma notícia ruim do mundo da bola.
 
E dessa vez não estou falando sobre a corrupção na FIFA, mas sim da informação que acabo de ler na internet envolvendo o Parma, um clube italiano que acompanhei bastante no início da década de 1990.
 
Card do campeonato Italiano 1992
Eu tinha mais ou menos uns 9 anos quando comecei a acompanhar o campeonato italiano.
 
Assistia a algumas partidas que eram transmitidas pela TV Bandeirantes e tinha uma coleção enorme, quase completa, de cards, vendidas na banca de jornal instalada à frente do prédio onde eu morava, em São Paulo.
 
Por conta da presença do excelente goleiro Taffarel (clique aqui para ver a lista dos melores goleiros que vi jogar), minha torcida à época era para o Parma.
 
Esse mesmo clube que tanto torci alguns anos atrás, declarou hoje que entrará em processo de falência.
 
Em abril, o clube italiano foi colocado à venda pelo preço de saída de 20 milhões de euros (R$ 65,5 milhões).
 
O valor foi autorizado pelo juíz responsável pelo caso envolvendo o time campeão da Copa da UEFA em 1994/1995 e 1998/1999. O presidente do clube, Pietro Rogato, considerou propício o parecer emitido pelo comitê de credores e autorizou a venda por esta quantia até o dia 6 de maio.
 
A ideia era que um novo investidor assumisse as dívidas milionárias do clube, avaliadas em 74 milhões de euros (R$ 242,6 milhões), como forma de manter a agremiação na divisão de elite da campetição nacional.
 
Como não houve interessados, a falência do Parma foi de fato decretada.
 
Por conta disso, o clube terá de recomeçar suas atividades pelas ligas amadores do país, o que é bastante triste para o torcedor.
 
Dono da pior campanha na última edição do Campeonato Italiano, o novo Parma terá de passar pelo processo refundação e  pelo constrangimento de atuar na Série D, a maior liga amadora da Velha Bota, como manda o regulamento esportivo do futebol italiano.
 
O Parma ficou muito conhecido mundialmente por conta dos grandes investimentos que fez na década de 1990. Além dos brasileiros Taffarel, Amoroso, Júnior, Alex, Zé Maria e Adriano, diversos jogadores renomados passaram pelo clube, como Buffon, Cannavaro, Crespo, Verón e Asprilla.
 
Infelizmente o clube foi muito mal administrados nos últimos anos e hoje está pagando por erros que cometeu.
 
Muito triste para o torcedor e, principalmente, para o futebol italiano, que tem caído muito a qualidade por conta des escândalos de corrupção que envolvem, inclusive dirigentes e a famosa máfia do apito.
 

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Minha lista "Top 10" dos goleiros do Brasil

Outro dia, parei para conversar com um amigo vascaíno, o Ronaldo, sobre os melhores goleiros que vimos jogar.

Coicidentemente, durante a final da Champions League 2015, troquei mensagens com o meu irmão Fábio, um são-paulino apaixonado, sobre as grandes defesas que Buffon estava praticando naquela final e acabamos falando sobre o mesmo assunto que tive com Ronaldo.

Tanto Ronaldo e Fabio como eu somos nascidos na década de 1980, e acabamos pegando a incrível fase dos anos 90.

Eu digo "incrível fase" porque a década de 90 foi muito generosa com o futebol. Ela nos deu uma safra de artilheiros inacreditável.

Apenas no Brasil, caras como Romário, Bebeto, Viola, Muller, Palhinha, Evair, Edmundo, Túlio, Jardel, Paulo Nunes, Ronaldo, Jairo Lenzi, Marquinhos, Renato Gaúcho, Nélio, Djalminha, Luizão, Amoroso, entre muitos outros que não vou lembrar agora, balançavam as redes com golaços e mais golaços.

Eram verdadeiros tormentos para os goleiros.

Mas os anos 90 foi também uma geração de arqueiros incríveis. Não foram poucos os "camisa 1" que fizeram sucesso e se destacaram em partidas eletrizantes.

Arrisco a dizer que foi a época do maiores goleiros da história. Será?
 
Para me ajudar a decidir quem foi o melhor goleiro que vi jogar, elaborei uma planilha listando os grandes arqueiros que tive o prazer de assistir e os avaliei em 10 quesitos:  1) Elasticidade 2) agilidade/velocidade 3) reposição de bola com a mão. 4) reposição de bola com os pés. 5) saída de bola pelo alto. 6) saida de bola pelo chão. 7) reação. 8) defesas firmes. 9) segurança. 10) habilidade com os pés.
 
Com base na avaliação que fiz de cada um deles, cheguei a conclusão que o grande Zetti foi o melhor deles.
 
Veja a lista abaixo:
 
 
 
Como não sou o dono da verdade e aquilo que vejo como bom, pode ser visto como ruim por outros, resolvi iniciar uma pesquisa.
 
Diversos jornalistas, ex-atletas, profissionais do esporte, pessoas ligadas ao futebol e grandes amigos que gostam de futebol estão participando.
 
Até o momento a disputa está acirradanas cinco primeiras colocações.
 
Não vou passar nenhuma parcial para não influenciar quem ainda não fez a avaliação.
 
O que posso dizer é que você também pode participar da pesquisa. Será um prazer saber quem são os maiores goleiros na sua opinião.
 
Para participar basta enviar um email para contatopapodebola@hotmail.com e solicitar a tabela de preenchimento.
 
Nessa tabela você encontrará 20 goleiros, selecionados por profissionais da área, que fizeram ou que  ainda fazem história no futebol brasileiro.

A pesquisa se encerra no dia 1 de julho.

Participe!
 
IMPORTANTE: Vale ressaltar que a pesquisa se limita aos goleiros da década de 1990 até a atualidade, e que atuam ou atuaram no Brasil. 
 

terça-feira, 2 de junho de 2015

BOMBA: Joseph Blatter renuncia ao cargo de presidente da FIFA

Joseph Blatter renunciou, nesta terça-feira, ao cargo de presidente da FIFA.

O mandatário, que havia sido reeleito um dia após a prisão de sete dirigentes, não suportou a pressão e preferiu deixar o comando da entidade máxima do futebol.

Com certeza a notícia é uma grande surpresa e cai como uma bomba, mesmo porque Blatter havia pedido apoio de todos para seguir adiante em mais um mandato.

O ex-presidente está sendo acusado de inúmeros envolvimentos em corrupção, mas até o momento negou qualquer participação em esquemas ilegais.

Blatter afirmou que em breve haverá novas eleições para eleger o novo presidente, mas que por enquanto continuará exercer sua função.

Ainda não há datas para a nova eleição, que será definida pelo Comitê Executivo da entidade.

Segundo informações, isso pode ocorrer entre dezembro e março,em processo de transição que será comandado por Domenico Scala, membro do comitê.

Se realmente foi comprovado que Blatter tenha qualquer ligação no esquema de corrupção, o fato de ter renunciado não o livrará das punições cabíveis.

A grande questão é: Quem será o grande corajoso a assumir essa encrenca (presidência da Fifa) em um momento pra lá de crítico?

Apostas?

Façam as suas.

Corinthians: do céu ao inferno em tão pouco tempo

O futebol realmente é algo muito louco.

Há pouco mais de um mês o Corinthians era visto como um dos principais candidatos aos títulos da Libertadores da América e do Campeonato Brasileiro.

Na competição continental, fez uma campanha incrível na primeira fase. Bateu Danúbio, São Paulo e San Lorenzo. Sofreu apenas uma derrota, para o São Paulo (jogo de volta), na última rodada, quando já estava classificado.

Enquanto isso, estreava com vitória pelo Brasileirão, dando pinta de campeão.

O time se portava de maneira arrasadora, marcando no campo de ataque, tocando a bola e utilizando todos os cantos do campo. O meio de campo interligava o setor defensivo ao ofensivo sem nenhuma dificuldade.

Tudo funcionava, principalmente no ataque, que balançava as redes em praticamente todos os jogos.

Tite era visto como o grande responsável por fazer esse time engrenar.

Estava tudo perfeito.

Era bonito ver o Corinthians jogar. Mais bonito do que o próprio timão campeão da Libertadores em 2012.

De repente, eis que a magia acaba.

Os problemas financeiros que o clube enfrenta vieram à tona.

Jogadores passaram a externar suas insatisfações com relação ao salário, e com razão, já que alguns estavam com 8 meses de direitos de imagem atrasados.

Além disso, muito burburinho rolando nos bastidores entre atletas, que contestavam salários de seus colegas.

Sem contar a grande dívida da Arena Corinthians, que com certeza tem tirado o sono do atual presidente alvinegro, Roberto de Andrade.

A eliminação "em casa" na semifinal do Campeonato Paulista para o rival Palmeiras até poderia ser vista como um "grande azar" se tudo fosse compensado nas outras competições.

Poderia. Apenas poderia...

Visivelmente os atletas estavam abatidos e caíram de produção com todos esses fantasmas rondando o Parque São Jorge.

Logo no primeiro jogo pós-fase de grupos, ou seja, nas oitavas de final, o Corinthians encarou o  Guarani do Paraguai.

Equipe considerada "fraca", pelo menos para a diretoria alvinegra, que comemorou como se fosse um título ao tomar conhecimento de que eles seriam o próximo adversário.

Houve diretor que deu até graças a Deus. "Presente de Deus", exclamou Sergio Janikian, Diretor de Futebol.

Há quem acredite que o Corinthians entrou de salto alto contra o Guarany. Não acredito nisso.

O problema foi muito maior.

A crise financeira passou a assumir o controle (ou descontrole) da equipe.

A dura porrada que levou ao ser eliminado pelo "fraco" Gaurany paraguaio deixou os alvinegros ainda mais na corda bamba.

A torcida já ensaiava seus primeiros gritos de protesto.

Restou o Brasileirão. Oras, afinal de contas ainda estamos nas primeiras rodadas da competição. Há muito que rolar. Certo?

Mesmo porque, o campeonato Brasileiro, pela longa duração, permite que equipes que não começaram bem se recuperem e até briguem pelo título.

O São Paulo que o diga. No ano passado (2014) teve um começo pra lá de pífio e no final da competição por pouco não chegou no Cruzeiro. Acabou em segundo colocado.

Mas já sabemos que torcedor não pensa assim. Torcedor quer saber de vitórias e soluções a curto prazo.

Tem que ser "para ontem".

Bom, sobre os tais direitos de imagem, o clube quitou boa parte, amenizando um pouco essa questão.

Com um pé na crise, a diretoria, que já não sabe mais de onde tirar dinheiro, anunciou as saídas de Emerson Sheik e Guerrero e cogitou as negociações de Elias e Petros com clubes brasileiros (esses ainda podem deixar o clube).

O grande problema é que tudo isso aconteceu às vésperas de um clássico contra o arquirival Palmeiras, que também não vem lá fazendo grandes jogos, mas que costuma complicar a vida do Corinthians.

Não deu outra.

O Palmeiras deu um baile de futebol sobre o Corinthians, venceu por 2 a 0 e instaurou de vez a crise no timão.

Tudo que faltava para a torcida alvinegra perder a paciência e reunir cerca de 180 manifestantes na porta do clube, na zona Leste da capital.

O principal alvo foi o Gerente de futebol, Edu Gaspar.

A polícia precisou ser acionada para conter os ânimos da organizada.

Ou seja, de um mês e meio para cá, praticamente, o Corinthians foi do céu ao inferno.

Creio que o Corinthians enfrentará tempos difíceis daqui para frente neste Brasileirão.

Haverá um desmanche que irá minar as forças de Tite no comando da equipe e que, possivelmente, dará ao Corinthians a chance de brigar apenas no meio da tabela. Sem grandes pretensões.

Não vejo o Corinthians lutando para não cair para a série B. Absolutamente. Mas também não imagino o Corinthians brigando por título.

Podem escrever...