quarta-feira, 28 de abril de 2010

Mengo sai na frente com gol do "Imperador"

Flamengo e Corinthians, o jogo mais esperado por todos nessa Libertadores, terminou há poucos minutos no Maracanã com vitória do time da casa, por 1 a 0, com gol do Imperador Adriano.

Embora tenha vencido o duelo, a situação do Mengão não é nada confortável. A partida de volta será no Pacaembu, e com certeza a torcida corintiana fará a mesma festa vista hoje no Maracanã, pelos rubro-negros.

Mas a partida só não foi um verdadeiro espetáculo porque a chuva castigou novamente o Rio de Janeiro, e no primeiro tempo o gramado estava completamente alagado. Parecia uma piscina. Estava impossível concluir uma jogada sem que a bola parasse numa poça d´água.

Aliás, o maior prejudicado com essa chuva, na minha opinião, foi o Flamengo que desde o início do jogo mostrou que entrou mais aceso para o clássico. Tão aceso que o meia Michel acabou passando dos limites nas faltas e foi expulso logo na primeira etapa, desfalcando o Mengo.

A chuva só deu uma trégua no segundo tempo e, assim, o Flamengo, que não se abateu com a perda de um atleta, passou a dominar novamente a partida. Chegou muito perto de fazer o segundo gol em três oportunidades, sendo uma delas interceptada pelo goleiro Julio Cesar no cabeceio de Adriano. O timão também atacou, mas nada que levasse perigo ao gol de Bruno.

Não há nada definido, pelo contrário. A classificação ainda está aberta. Eu, inclusive, acho que o timão reverte esse resultado, mas não podemos deixar de dizer que o Flamengo foi muito superior na partida de hoje. Mereceu vencer por mais gols.

Mal posso esperar para assistir a partida de volta entre essas duas grandes equipes do futebol Brasileiro...

Obs: Essa foto é do GloboEsporte.com e eu gostaria de saber o nome do fotógrafo. Ficou muito boa. Parabéns ao profissional que conseguiu esse enquadramento.

No Peru, a festa foi de horrores


Acabou o jogo no Peru - Graças a Deus - onde se enfrentaram Universitário e São Paulo, pelas oitas-de-final da Taça Libertadores da América.

Embora pareça repetitivo, mais uma vez o São Paulo foi uma decepção dentro de campo. Levando em consideração que jogou fora de casa, convenhamos que o empate não foi um resultado ruim. Mas por se tratar da equipe do Universitário, digamos que esse empate é como um derrota por goleada. E não é exagero.

Geralmente, quando uma equipe pequena enfrenta uma grande, a pequena tende a igualar o nível do grande, pela vontade, garra, etc. Mas no jogo de hoje foi ao contrário. O grande (São Paulo) fez questão de igualar ao nível do pequeno (Universitário), nos proporcionando um verdadeiro "show de horrores".

Não há como negar que essa equipe está sem comando. Infelizmente o Ricardo Gomes não serve para o tricolor. Estava na cara que o Richarlyson, que já tinha cometido uma falta dura no início do primeiro tempo e continuou a bater sem dó, seria expulso. Era questão de tempo. Mas o técnico são-paulino não percebeu o perigo, e o previsível aconteceu. Richarlyson foi expulso e deixou a equipe com um a menos quase o segundo tempo inteiro.

Obiamente, a tendência seria uma pressão da equipe da casa, já que tinha um atleta a mais. Sendo assim, o São Paulo jogaria no contra-ataque. Nesse momento, o que deveria fazer o Ricardo Gomes?

O correto seria tirar o Washington, que é lento, e colocar um jogador de velocidade para tentar surpreender o adversário. Mas ele não fez isso, claro. Tirou o Marlos para a entrada de Junior César, pensando em recompor a defesa. Ou seja, ele prova, a cada partida, que é medroso. E é por isso que a torcida e grande parte da imprensa pega no pé dele.

Enfim, o São Paulo se classifica se empatar em 0 a 0 ou se vencer por qualquer resultado. e esperamos que o jogo de volta, no Morumbi, na próxima terça-feira, seja diferente, porque como disse o competente comentarista do canal SporTV, André Rizek, "está chato assistir jogo do São Paulo este ano".


FOTO: Site GloboEsporte.com

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Quem disse que os injustiçados não comemoram?

Quero homenagear a figura mais xingada do futebol. Geralmente o grande alvo da equipe quando o resultado não é dos melhores. A posição mais ingrata da profissão. E não pensem que estou falando do árbitro.

Hoje, 26 de abril, comemoramos o "Dia do Goleiro". Um data que poderia passar batido aqui nesse blog caso eu não fosse tão vidrado nessa profissão.

Talvez muitos não saibam, mas ou goleiro desde meus 9 anos de idade, quando assisti um jogo do São Paulo em que o Zetti estava ausente - não me lembro por que - e no seu lugar atuava o reserva Alexandre, que faleceu pouco tempo depois em acidente de carro. Nessa partida, Alexandre fechou o gol e fez defesas milagrosas, o que me motivou bastante.

Foi quando passei a ver o São Paulo com outros olhos e analisar o comportamento dos goleiros.

Agradeço a Deus por ter vivido a fase mais gloriosa do São Paulo, na qual o grande Zetti fechava a meta da equipe comandada por Telê Santana. Zetti foi, sem dúvida, o melhor goleiro que vi jogar. E olha que naquela época o Gilmar ainda fazia milagres no Flamengo e o Ronaldo, no Corinthians, praticava defesas inacreditáveis, embora seu comportamento dentro de campo não o ajudava. Sem contar que no sul o Danrlei já despontava como revelação no Grêmio, ou seja, uma década de muitos goleiros bons.

Aliás, nessa mesma década, Taffarel, que foi o grande nome da Copa de 94, não estava bem no Parma (Ita) quando foi convocado pelo técnico Parreira para assumir a camisa 1 da Seleção Brasileira, e foi à Copa como uma das incertezas dessa equipe. Mas durante o Mundial, a história foi outra. Ele representou muito bem não só a Pátria, mas também a profissão de goleiros.

Enfim, fica aqui minha homenagem a todos os goleiros, não apenas os grandes da história do futebol mundial, mas também aos que estão começando, aos amadores e a todos que apreciam essa tão sofrida...

Aproveito o momento para indicar um livro sobre o assunto: Chama-se "Goleiros" do jornalista Paulo Guilherme. Vale a pena ler. Lá você saberá como surgiu a profissão e como ela evoluiu ao longo desses anos.


FOTO: Jogo Beneficente - O destino do cruzamento era o garoto Neymar, que já havia marcado um golaço no primeiro tempo, mas nesse lance consegui interceptar.

domingo, 25 de abril de 2010

Duelo digno de final

Quem foi que disse que para uma final ser emocionate tem de ser apenas entre dois clubes grandes?

Santos e Santo André fizeram hoje a primeira partida da final do Campeonato Paulista de 2010. Confesso que me surpreendi com o desfecho do jogo. Eu esperava uma goleada dos meninos da Vila de no mínimo três gols de diferença, quando na verdade não foi nada disso. A gente tem por hábito "achar" que o "grande" tem 100% de supremacia sobre o considerado "pequeno".

A partida terminou 3 a 1 para o peixe, mas o Ramalhão mostrou uma dedicação e uma raça fora do normal, tanto que foram eles que abriram o placar no Pacaembu, incendiando a partida.

A equipe de Dorival Jr. virou o jogo para 3 a 1, mas o Santo André não se intimidou com a mulecada do Santos e quase diminui no minuto seguinte do terceiro gol.

A partida foi equilibradíssima. Não dá para dizer que o Santos foi superior visto que o goleiro Felipe fez defesas importantíssimas salvando a vida do peixe.

Obviamente, com o resultado de hoje a situação fica praticamente irreversível para o Santo André, já que precisam vencer por dois gols de diferença para conquistar o título.

Sem dúvida o Santos, que teve a melhor campanha neste paulista, é o maior merecedor desse caneco, mas também não seria nada injusto caso o Santo André levasse a melhor no duelo final, no próximo domingo, mais uma vez no estádio do Pacaembu. A verdade é que o troféu de Campeão Paulista de 2010 está completamente em boas mãos.

Parabéns ao Santos e ao Santo André, ambos merecedores. E que domingo vença o que realmente for o melhor...

FOTO: GloboEsporte.com

sábado, 24 de abril de 2010

Kaká: Pronto para segurar o 'rojão'?

Após 45 dias afastado dos campos de futebol por lesão muscular, Kaká volta ao Real Madrid e contribui com a equipe marcando o gol da vitória sobre o Zaragoza, por 2 a 1.

Que o Kaká é um grande jogador, isso não há como negar, mas o torcedor, e até alguns sites esportivos, chegaram a dizer que o atleta poderia estar se poupando para chegar à Copa do Mundo intacto. O que também não acho que seja algo ruim. Defender a pátria deveria estar à frente de qualquer outra obrigação, mesmo que isso lhe custasse algumas partidas fora de seus clubes pagadores de seus salários. Aliás, os clubes deveriam ser os primeiros a preservar seus craques.

Mas se essa história é verdade ou não, jamais saberemos. O fato é que Kaká entrou muito bem no duelo contra o Zaragoza válido pelo Campeonato Espanhol, calando os críticos, ou pelo menos parte deles.

Minha maior dúvida está mesmo se Kaká aguentará ou não a pressão de vestir a camisa 10 da seleção brasileira, já que é evidente que Ronaldinho Gaúcho não fará parte dos convocados de Dunga.

Não que Kaká seja "pipoqueiro" como já escutei alguns corneteiros de plantão dizerem por aí, mas sim porque ele será a única "estrela a brilhar nesse céu ofuscado". Terá de chamar a responsabilidade inteira para si, sem ter com quem dividir a responsabilidade caso haja algum resultado inesperado por todos. E é justamente aí que não sei se Kaká está preparado. Experiência ele tem, mas seleção brasileira é diferente, e muitas vezes ela é dura e cruel, principalmente com os bons atletas que acabam virando alvo de críticas injustas e culpados por todo fracasso de um conjunto.

Ronaldinho Gaúcho, além de ter recuperado o bom futebol, jogando no Milan, ele seria mais um para dividir o centro das atenções. Além do mais, não sinto segurança no rendimento físico de Kaká. Há quem diga, inclusive, que ele está com um sério problema em um dos joelhos e que só não operou até hoje por medo de perder a vaga na Copa da África. Outro ponto que jamais saberemos se é verdade ou apenas meros boatos.

Independente do qualquer situação, torço muito por Kaká, não só por ser um jogador excelente e exemplar, mas por ser uma pessoa do bem, de berço, que nunca se meteu em nenhuma confusão dentro e fora de campo. E isso tem sido cada vez mais raro no futebol.

Esperamos, também, que ele volte a ser o Kaká que brilhou em 2007 e que foi premiado pela Fifa como o melhor jogador do mundo.

No blog do Juca

Eu conheço muita gente que ama o futebol e odeia o jornalista esportivo Juca Kfouri. Claro, não é a maioria. Para aqueles que apreciam um futebol visto com outros olhos, um comentário mais inteligente, com coerência, Juca é e sempre será uma referência no jornalismo esportivo.

Leio seu blog sempre que possível e na maioria das vezes concordo com 100% do que ele diz. Não que ele (Juca) seja uma unanimidade - e como dizia Nelson Rodrigues: "Toda unanimidade é burra" -, até porque, como já citei, há pessoas que não reconhecem o seu trabalho.

Seu último post no http://blogdojuca.uol.com.br/ ele resumiu com poucas palavras aquilo que não precisa ser "nada inteligente" para entender. Senti, alí, uma leve crítica ao Torneio do Mundial de 2000. Veja o que disse Juca:

Corintiano gozador

Por Juca Kfouri

O que o corintiano gozador mais quer é perder a final da Libertadores para um time mexicano.

Assim, iria do mesmo modo ao Mundial e, ao vencê-lo (sim, o corintiano gozador quer ser bicampeão mundial), provaria, pela segunda vez, que é possível ganhar o título da Fifa sem ter vencido a Libertadores…

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Libertadores: São Paulo terá moleza?

Assim que a última rodada da Taça Libertadores da América terminou, muitos sites e blogs esportivos noticiaram, além do milagre da classificação do Flamengo, que a tabela já estava montada com os jogos das oitavas-de-final. Inclusive, dois pontos foram levantados: o 1º é que o Flamengo, logo de cara, pegará o melhor da fase de grupos, o Corinthians; o 2º ponto foi que, dos clubes brasileiros, o São Paulo teria ficado com o adversário mais fraco. Concordo em partes.

Realmente o grande jogo será entre Corinthians e Flamengo, sem dúvida. É verdade que os cariocas entraram no "apagar das luzes" e que a campanha não agradou ninguém. Tanto que o técnico do time, Andrade, já não pertence mais ao Flamengo. Há poucos minutos foi anunciada a sua demissão. Mas o fato é que, numa Libertadores, e se tratando de um clássico com tanta expressão como esse, não há favoritismo, embora eu acredite na força corintiana para o duelo.

Já o São Paulo, realmente deu a sorte de pegar uma equipe fraca, aliás, a mais fraca dentre os classificados para essa fase. Mas seria interessante reparar na tabela abaixo:



Caso o São Paulo passe do primeiro desafio, que será contra o Universitário, do Peru, ele enfrentará o Cruzeiro, que deve passar pelo Nacional do Uruguai. Enquanto isso, Estudiantes e San Luís brigão para enfrentar Internacional ou Banfield. Ou seja, se o São Paulo passar também pelo Cruzeiro, só terá "pedreira" pela frante. E cá entre nós, se jogar como jogou contra o Once Caldas, pode ter certeza que não passa nem do Universitário.

TABELA: GloboEsporte.com

Para sempre, Minuca...

Morreu hoje mais uma figura emblemática do futebol brasileiro. Nos deixa, aos 66 anos de idade, o ex-zagueiro do Palmeiras, Minuca, depois de um infarto fulminante.

Sua carreira no verdão foi cheia de conquistas na qual venceu a Taça Roberto Gomes Pedrosa, em 1977 e 1979, a Taça Brasil, em 1967 e o Paulistão, em 1966.

Mas o que realmente posso falar de Minuca é como pessoa. Alegre, brincalhão, trabalhador, honesto, cara do bem, ele tinha uma característica bastante peculiar: contar histórias.

Quantas vezes, após um jogo de confraternização, geralmente organizado por José Orlando, diretor de esportes do Parque da Aclimação, zona sul de São Paulo, parávamos para escutar uma "nova-velha" história de Minuca.

Aliás, Minuca era uma atração à parte. Eu, paticularmente, caía na risada.

Se as pessoas adoravam as crônicas do falecido jornalista Sandro Moreyra, que delatavam (no bom sentido) os bastidores do futebol brasileiro, principalmente no Botafogo, é porque nunca viram um conto do amigo Minuca. "Ai se ele tivesse sido jornalista".

Sem muito o que dizer, deixo aqui meus profundos sentimentos em memória dessa grande figura que nos deixa hoje, desse plano, para alegrar ainda mais o nosso Deus.

Eterna saudade...

FOTO: Blog do Milton Neves

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Agora o 'bicho pega'

Encerrou a primeira fase (de grupos) da Taça Libertadores da América.

Por incrível que pareça, o Flamengo conseguiu se classificar para as oitas-de-final. Isso porque a combinação que a equipe da Gávea precisava aconteceu: O Racing empatou com o Cerro Porteño; O Cerro do Uruguai apenas empatou com o Emelec; Além do Internacional, que goleou o Deportivo Quito.

E se o Flamengo passou um sufoco danado para seguir adiante na competição intercontinental, agora, classificado, a situação é mais séria ainda. Para dor de cabeça dos rubro-negros, o próximo oponente será o Corinthians, que teve a melhor campanha na fase de grupos - terminou em primeiro lugar com 16 pontos.

Por falar em Corinthians, apenas tenho que ressaltar aqui, mais uma vez, que o Timão está jogando direitinho a Libertadores. Fez uma campanha pra lá impecável. Venceu há pouco o Independiente de Medellín provando que é o time a ser batido. Sem dúvida o favorito ao título.

O Inter também fez sua parte ao atropelar o Deportivo Quito, por 3 a 0, e se classificando em primeiro lugar do grupo 5.

Dos cinco brasileiros que disputam a Libertadores, todos avançaram à próxima fase, mas apenas Flamengo e Cruzeiro não conseguiram a liderança de seus grupos.

Veja os confrontos das oitavas-de-final:

Jogo 1 - Corinthians x Flamengo
Jogo 2 - São Paulo x Universitário
Jogo 3 - Estudiantes x San Luís
Jogo 4 - Vélez Sarsfield x Chivas Guadalajara
Jogo 5 - Libertad x Once Caldas

Jogo 6 - Internacional x Banfield
Jogo 7 - Nacional (URU) x Cruzeiro
Jogo 8 - Univ de Chile x Alianza Lima

E nas Quartas-de-final :

Vencedor jogo 1 x vencedor jogo 8
Vencedor jogo 2 x vencedor jogo 7

Vencedor jogo 3 x vencedor jogo 6

Vencedor jogo 4 x vencedor jogo 5

Situação delicada

A última rodada da fase de grupos da Taça Libertadores da América se encerrará nesta noite de quinta-feira. Serão quatro jogos importantes, sendo que dois clubes brasileiros estarão em campo.

Um deles é o Corinthians que enfrenta o Independiente de Medellín, em casa, mas já está classificado para a próxima fase. O grando objetivo do Timão nessa partida é pelo menos empatar o jogo para terminar em primeiro lugar na classificação geral, pois, conquistando um ponto, chegará aos 14 e ninguém consegue alcançá-lo.

Caso o Corinthians perca o duelo, o São Paulo será o primeiro colocado, já que bateu o Once Caldas por 1 a 0, ontem, no estádio do Morumbi, e chegou aos mesmos 13 pontos que os alvinegros, porém com melhor saldo de gols.

O outro brasileiro em campo será o Internacional de Porto Alegre que ainda busca a classificação. Diferentemente de Corinthians, São Paulo e Cruzeiro, que já estão classificados, o Colorado precisa de uma vitória simples para avançar às oitavas-de-final. Nada de muita dificuldade. Enfrentará o Deportivo Quito em casa, ou seja, já está com um pé na próxima fase.

Mas, além de torcedores de Corinthians e Inter, os flamenguistas (torcida, jogadores, comissão técnica, diretoria...) estarão ligadíssimos nessa última rodada. Isso porque o Flamengo é o único brasileiro que corre "sério" risco de não classificar.

Mesmo com a vitória suada sobre o Caracas, ontem, no Maracanã, o momento é delicado. O Mengo terá de torcer por três resultados para continuar na competição intercontinental: O Racing-URU não pode vencer o Cerro Porteño-PAR por mais de três gols de diferença, em Assunção.O Cerro-URU também não pode vencer o eliminado Emelec por mais de 2 gols de diferença. E o Inter não pode, de jeito nenhum, empatar com o Deportivo Quito, no Beira-Rio.

Claro no que futebol tudo pode acontecer, mas se der o provável, o lógico, o Flamengo estará fora.


Feriado agitado no futebol


A Quarta-feira de feriado - 21 de Abril, dia da Inconfidência Mineira - teve a rodada esportiva mais sofrida para os grandes clubes do Brasil e do Mundo.

Na Alemanha, num jogo feio, o Bayern de Munique sofreu para vencer o Lyon por 1 a 0, na primeira partida da semi-final da Liga dos Campeões da Europa.

No Morumbi, foi a vez do São Paulo sentir dificuldades para vencer o confronto por 1 a 0. E não que o Once Caldas tenha feito uma brilhante partida, longe disso. O São Paulo é que não acordou, mais uma vez, em campo. Entrou apagado e pouco assustou o adversário. Aliás, quem tomou um baita susto foi o tricolor paulista que viu uma bola na trave e outra que obrigou o Rogério Ceni a praticar uma belíssima defesa, daquelas que eu não via há muito tempo um goleiro praticar.

Por falar nisso, apenas os defensores fizeram boa partida. Alex Silva, muito raçudo e com espírito de vencedor, esteve muito bem posicionado e levou a melhor em todas que disputou com seu oponente. O mesmo aconteceu com Miranda, que formou ótima dupla de zaga com Alex, fechando bem o setor. Cicinho também esteve bem. Conseguiu manter uma regularidade na partida, correu batante e fez bons cruzamentos.

Vale a pena ressaltar também que a torcida fez sua parte. Compareceu - mais de 50 mil torcedores - e incentivou a equipe.

Os nomes em baixa na equipe do Morumbi foram: Richarlyson, que ainda não consegue sequer tocar a bola para seu companheiro, além de ter cometido faltas desnecessárias que poderiam resultar numa tragédia; Dagoberto, que na minha opinião, depois do chute que deu no jogo contra o Santos mostrando falta de comprometimento, eu o teria mandado embora do time. Na partida de hoje, deixou claro que realmente é o "Pinóquio" do time; E para finalizar, o técnico Ricardo Gomes, que escalou a equipe errada novamente, sem contar que substituiu mal. Sacou um atacante para a entrada de um volante, recuando a equipe.

Mas o São Paulo conseguiu terminar a primeira fase como primeiro do grupo e é possível, inclusive, que termine em primeiro na classificação geral, caso o Corinthians não vença seu confronto contra o Independiente de Medelin, o que particularmente acho difícil, mas não deixa de ser possível.

Ainda pela Libertadores da América, nada poderia ter sido mais sofrido do que a vitória do Flamengo sobre o Caracas, por 3 a 2. Dentro do Maraca, a torcida percebeu que a situação seria difícil logo aos 14 minutos, quando Castellín abriu o placar para os visitantes. Aos 16, Ronaldo Angelim empatou e um minuto depois Michael chutou rasteiro e cruzado, virando para os rubro-negros.

Mas aos 22 minutos do segundo tempo, o estádio voltou a se calar quando Gómez marcou um golaço, no ângulo, depois de dribrar a zaga toda do Flamengo, deixando tudo igual novamente. A sorte é que, aos 29, David fez o terceiro para o Mengo. Que dizer, sorte o Flamengo ainda terá de ter.

A vitória não foi suficiente para classificar a equipe da Gávea que, para avançar, terá de torcer para os seguintes resultados:

- O Racing-URU não vencer o Cerro Porteño-PAR por mais de três gols de diferença, em Assunção.

- O Cerro-URU não vencer o eliminado Emelec por mais de 2 gols de diferença.

- O Inter não empatar com o Deportivo Quito, no Beira-Rio.

Ou seja, é uma situação muito complicada. Não acredito na classificação do Flamengo para as oitavas-de-final.

E para finalizar, na Copa do Brasil o Palmeiras conseguiu o empate com o Atlético-PR nos minutos finais com um gol do Lincoln. Esse resultado garantiu a classificação do verdão para a próxima fase da competição.

Mas cá entre nós, quando a fase é ruim, é ruim de verdade. Ainda no primeiro tempo, o Palmeiras teve um pênalti marcado ao a seu favor - embora eu não tenha visto infração - e Robert resolveu dar uma paradinha esquisista. No momento de bater, abaixou a cabeça, fechou os olhos e chutou em cima do goleiro.

Aí eu pergunto: Se o cara faz a paradinha, que tem como intenção deslocar o goleiro para colocar a bola do lado contrário, como o cidadão abaixa a cabeça no momento de chutar e rola a bola para o mesmo lado que o goleiro caiu? Alguém ousaria tentar responder?

FOTO: GloboEsporte.com

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Enquanto isso, na Liga dos Campeões...

Dois grandes jogos deram inicio às semi-finais da Liga dos Campeões da Europa.

Há poucos minutos, o Bayern venceu o Lyon, em casa, por 1 a 0, e vai à França na próxima semana com pequena vantagem para avançar na competição.

Superior quase 90 minutos de jogo, o Bayer pecou nas finalizações, e assim perdeu a chance de ampliar o placar. Claro que a vitória deixa a equipe alemã mais tranquila, mas se tratando de Liga dos Campeões, tudo é possível, sem contar que o Lyon terá o apoio de sua torcida.

Só não entendi porque o Louis van Gaal, técnico do Bayern, sacou o melhor do jogo e autor do gol da vitória da equipe de Munique, o Robben. E, ao ser substituido, o camisa 10 quase partiu para a agressão ao comandante do time.

Em sua totalidade, o jogo não foi bom, principalmente se comparado ao clássico de ontem entre Internacionale de Milão e Barcelona. Por falar nisso, Acompanhei esse duelo e me surpreendi com alguns pontos.

Como era de se esperar, o Barça começou a todo vapor. Mal o árbitro deu início no espetáculo e Messi foi para cima do adversário com pinta de que seria mais um dia de show. Tanto que os espanhois abriram o placar. Enganaram a todos.

A Inter mostrou um poder de reação inacreditável e um dos destaques da partida foi justamente um argentino, mas o de Milão: Milito. Inclusive, ele participou dos três gols da equipe milanesa. Sem contar as atuações do "gigante" Lúcio e do "monstro" Julio Cesar, que defendeu até pensamento.

Embora o jogo tenha terminado 3 a 1 para a Inter, algo me diz que o Barcelona conquistará a vaga para a finalíssima do competição europeia.

Sem ficar em cima do muro como muitos jornalistas esportivos, acredito numa final entre Barcelona e Bayern de Munique.

Quatro anos sem o 'mestre'

Dia 21 de Abril é comemorado o dia da Inconfidência Mineira, uma data de muito orgulho, principalmente para a população do estado de Minas Gerais. Ironia do destino ou não, foi num feriado de 21 de abril, em 2006, que o futebol perdeu uma das figuras mais importantes de toda a história do esporte. Falecia naquele dia Telê Santana da Silva. Digo ironia porque Telê também era mineiro, de Itabirito, e se tornaria, a partir de então, um mito.

A história de Telê no futebol começa muito cedo. Desde seus primeiros jogos, ainda como amador, o jovem "Fio de Esperança", como ficou conhecido mais para frente por seu porte físico magro, já se destacava entre os colegas e não demorou muito para assinar contrato com o clube do seu coração, o Fluminense, em 1950. Lá ele conquistou o campeonato Carioca, em 51 e 59, além da Copa Rio, em 52.

Mas não foi como jogador que seu nome ficou definitivamente registrado nos arquivos do futebol. Telê construiu uma brilhante carreira como treinador de futebol, passando por grandes clubes do Brasil, além de ter comandado por duas vezes a seleção Brasileira.

Sua característica era bastante peculiar, e sempre que se fala de Telê Santana, associa-se a um futebol que dá gosto de assistir, que joga bonito, com classe, com categoria, limpo, sem violência. E "ai" daquele que não entrasse nesse perfil...

Iniciou na profissão de treinador em 69, comandando exatamente o clube que tanto defendeu como jogador, o Fluminense. Não demorou para sagrar-se o campeão estadual, além de formar a base que, pouco tempo depois, seria campeã do Torneio Roberto Gomes Pedrosa.

O primeiro Campeonato Brasileiro veio em 1971. Nesse época, Telê dirigia a equipe do Atlético-MG, sendo o primeiro a conquistar um Campeonato Nacional. Seis anos mais tarde, em 77, venceu o Campeonato Gaúcho pelo Grêmio, quebrando um tabu de oito anos de domínio do rival Internacional no Rio Grande do Sul. Em 79, foi a São Paulo comandar o Palmeiras. Fez um trabalho maravilhoso no Verdão, levando a equipe à semifinal do Brasileiro.


Com tantas glórias conquistadas dentro de grandes clubes brasileiros, o então presidente da CBF, Giulite Coutinho, o convidou para ser o comandante da seleção canarinha na Copa de 82. Telê, que adorava desafios, não hesitou em aceitar o convite.

Há quem diga, e não são poucos, que essa seleção foi a melhor de todos os tempos. A seleção que jogava por música, que fazia até chover. Uma equipe que encantava os olhos de quem a assistia. Dizem também, que talvez tenha sido mais "time" do que a equipe campeã de 1970, comandada pelo técnico Zagallo, e orquestrada dentro de campo por Pelé. Infelizmente eu não era nascido em nenhuma das duas seleções para dar o meu "pitaco" a respeito.

Mas nem sempre o melhor vence. No futebol, e Copa do Mundo mais ainda, o detalhe faz a diferença. Um simples descuido e tudo pode ir por água abaixo. Às vezes, nem mesmo o descuido, mas o fator sorte também pode ser fatal e decisivo.

Não sei explicar o que de fato aconteceu, mas o Brasil perdeu para a Itália, nas quartas-de-final, por 3 a 2, em tarde inspirada do italiano Paolo Rossi. foi a primeira decepção de Telê.

Foi dessa forma que Telê decidiu não mais comandar uma seleção. Ainda chateado, o treinador aceitou uma proposta dos sauditas para comandar o Al-Ahly. Seu trabalho por lá foi bastante satisfatório, mas outro desafio chegou a Telê: ser o técnico da seleção Brasileira na Copa de 86. E ele aceitou mais esse desafio.

Novamente não teve sucesso com a camisa verde e amarela. Dessa vez foi desclassificado pela França, de Platini, nos pênaltis. Assim surgiu a fama de pé frio, que aliás durou pouco porque quatro anos depois, Telê calaria de vez os críticos. Em 1990 o seu destino estava traçado e tinha um nome: São Paulo Futebol Clube.

Foi no Tricolor do Morumbi que o "mestre", como ficou conhecido pela torcida, deu a volta por cima e conquistou títulos inesquecíveis. Talvez os títulos mais importantes de toda sua carreira. No campeonato paulista teve dobradinha, vencendo em 1991 e 1992. Também em 91, conquistou o Campeonato Brasileiro, que lhe daria direito de disputar a Taça Libertadores da América do ano seguinte.

Com um estilo 100% Telê Santana de ser, o São Paulo venceu duas vezes a Libertadores e o Mundial Interclubes (92-93), reascendendo novamente seu nome no futebol brasileiro e legitimando sua competência que um dia havia sido colocada em xeque.

Os títulos não pararam por aí. Ainda pelo Tricolor Paulista, levantou a Taça da Supercopa da Libertadores, em 93, contra o Flamengo - por sinal um dos jogos mais emocionantes que assisti -, e duas Recopas Sul-Americanas, em 93 e 94.

Quisera seu maior problema fosse apenas não levar uma Copa do Mundo. Em 1996, sofreu uma isquemia cerebral que o obrigou a fazer aquilo que ele mais temia: deixar o futebol precocemente.

Dez anos depois, o nosso "mestre" nos deixaria. Perdemos o melhor técnico de todos os tempos. Aliás, Telê não era apenas um técnico, mas um professor de futebol. Ele tinha o "dom" de formar jogadores. E não apenas formá-los como atletas, mas como pessoas, como cidadãos.

E eu, como são-paulino assumido, digo que jamais me esquecerei dos momentos mais gloriosos que o São Paulo já teve. Aquela equipe de 1992/1993 ficou rotulada como "a era Telê", e assim será conhecida eternamente.

Embora pareça redundante: " Quem viu, não esquece. Mas quem não viu, infelizmente, perdeu um dos melhores esquadrões da história.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Eu te explico...

Muitas pessoas me perguntaram qual o motivo do meu silêncio após a desclassificação do São Paulo diante do Santos no Campeonato Paulista. Perguntaram-me, inclusive, se eu estava esperando passar minha raiva.

Não, pessoal. Eu sequer fiquei com raiva. E por um simples motivo: É muito fácil a gente, ao ver o nosso time perder, dizer que foi porque a equipe está ruim, que o técnico não presta, que o volante não marcou, que o atacante perdeu gol, que o goleiro falhou etc.

É mais cômodo atribuir a derrota a um ponto fraco da equipe do que dizer que o nosso adversário foi superior e consequentemente mereceu a vitória. A impressão que dá é de que elogiar o oponente é algo que depõe contra nossos princípios, que se fizermos, estaríamos cometendo uma atrocidade como negar a própria nação num campo de guerra, por exemplo.

Quando na verdade não é nada disso. O futebol é uma disputa e somente um pode sagrar-se campeão. Apenas um pode alcançar o topo e ser coroado pela conquista do objetivo máximo, o "título".

O melhor tem de vencer.

Obviamente não serei hipócrita a ponto de dizer que eu não critiquei, não xinguei, não fiquei nervoso. Claro que sim, afinal, sou ser humano e tenho sentimentos como todos. Mas graças a Deus, não durou mais do que o fim do jogo para eu virar para o lado e dizer aos que estavam à minha volta que "o Santos é o melhor do Brasil e mereceu a classificação, assim como merece levar o caneco".

Hoje em dia, não basta ser o meu time jogando, tem de ser o melhor time dentro de campo. E se o time do meu coração não desempenhar o melhor, o que há de errado em dizer que o adversário foi superior?

Por isso, ao invés de comentar o que todo mundo viu no último domingo, e que eu não precisaria ser redundante, prefiro reservar o espaço para dizer o quanto me agrada ver os Meninos da Vila dentro das quatro linhas, jogando um futebol alegre, brincalhão, mas, ao mesmo tempo, envolvente, objetivo.

Isso me faz sentir saudades do São Paulo de 92/93. Em contrapartida, aumenta a minha frustração por não ter vivido a época do Flamengo, de 82, e do Santos, de 62.

Parabéns ao futebol mais alegre do Brasil.

sábado, 17 de abril de 2010

Seleção ou Teimosia?

É impossível falar de Copa do Mundo, ou melhor, de Seleção Brasileira, e não questionar se Ronaldinho Gaúcho deve ou não fazer parte do elenco de Dunga. Sem contar que muito se discute alguns pontos vulneráveis dessa equipe comandada por Dunga:

NO GOL: Deus me livre se algo acontecer com o arqueiro Júlio César. Está muito claro que a topeira, ops, o Dunga deve levar o Doni - sim pessoal, o Doni - para a reserva de Júlio. Imaginem o Doni atuando numa Copa do Mundo. Além de ser um fiasco como jogador, seria também até motivo de gozação.

NA ZAGA: Essa parte eu pulo. Não há o que dizer de Lúcio e Juan. Ainda tem o Luizão que poder ser um quebra-galho de bom nível.

NAS LATERAIS: Esse é um dos problemas. Na direita, Maicon, que ainda não aprendeu a cruzar, ou Daniel Alves, que fez "algumas" partidas boas, mas que não agradou a ninguém, quer dizer, ele agrada, e muito, o comandante da seleção, por incrível que pareça. Na esquerda, Michel Bastos ou Gilberto, os dois muito abaixo do nível de uma seleção brasileira. Para a direita confesso que não sei quem eu levaria, caso fosse técnico da seleção - lembrando que é algo que jamais faria na vida, sem querer menosprezar a tão sofrida profissão. Às vezes sinto falta da garra, da velocidade e da vontade de vencer do Cafú, ou até mesmo de um Cicinho jogando aquele "fino" futebol de 2005. Na esquerda, pode juntar os dois possíveis convocados que não dá metade do André Santos. Até o veterano Roberto Carlos daria mais certo.

NO MEIO-DE-CAMPO: Ferrou! Talvez seja o maior problema da seleção, a começar pelos volantes - Gilberto Silva, Felipe Melo, Josué e Kléberson. Não vi até hoje uma partida desses quatro jogadores que encantasse o público. Acho , inclusive, que o Hernanes (São Paulo) e o Cristian (ex-Corinthians) merecem uma chance, nem que fosse no banco de reservas.

Na meia, a preocupação é ainda maior. Provavelmente os relacionados serão Ramirez e Júlio Baptista para o "banco" e Kaká e Elano como titulares. Ramirez é um tremendo jogador, mas, assim como muitos, não conseguiu se adaptar ao peso da camisa verde e amarela. Mas pode até surpreender e vale a pena apostar. Júlio Baptista é forte, habilidoso, mas muito lento. Travaria o meio-de-campo. No caso de Elano, ele não é aquele mesmo que jogava no Santos. Deixa muito a desejar, principalmente quando precisa chamar para si a responsabilidade. Já o Kaká, por sinal o homem que deve ficar com a 10, não passa por boa fase física. Seu grande problema é que anda se machucando demais. Há quem diga que ele tem uma séria lesão no joelho que precisa de cirurgia, mas que, por decisão própria, Kaká não opera para não perder sua vaga no time. Já imaginaram se Kaká se machuca pra valer no meio da Copa? quem faria seu papel?

Por isso acho que a presença de Ronaldinho Gaúcho seja fundamental nessa equipe. Além de ter reencontrado o bom futebol no Milan, ele seria mais uma referência, um cara que pode chamar a responsabilidade, independente se Kaká estiver ou não em campo.

Com todo respeito a todos os jogadores da posição, mas, com exceção de Kaká, não troco Ronaldinho Gaúcho por nenhum jogador citado acima.

NO ATAQUE: É possível que a dupla seja Luís Fabiano e Robinho, com Nilmar e Adriano na reserva. Mas seria interessante ver Luís Fabiano e Nilmar atuarem juntos. Um trombador, com raça, artilheiro e o outro habilidoso, rápido e inteligente. Posso parecer louco, mas, assim como Zico, eu apostaria em Neymar fazendo parte do elenco. Está merecendo pelo menos a convocação.

FOTO Ronaldinho Gaúcho: Site do Estadão
FOTO Dunga: Site Abril

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Gostei muito

Muito interessante o texto do amigo Wagner Belmonte, no site www.santistaroxo.com.br

Segue abaixo a reprodução:

Falta ao Santos um gol de placa

Por Wagner Belmonte

As ruas do centro de Campinas devem ter um "belo" desfile de camisas da Ponte Preta numa das cidades mais importantes do País. A medicina, a cultura, as universidades e a economia daquela região têm importância inegável. O futebol, em contrapartida, é motivo de vergonha.

Ao chegar à faculdade em que trabalho, ouvi do meu chefe, o Prof. Ary Rocco, a escalação dos times da Ponte e do Guarani na década de 70. Jogar contra a Ponte ou o Guarani em Campinas impunha medo a qualquer outro "grande".

À Ponte, embora tivesse um timaço, coube protagonizar o fim do jejum corintiano naquele 1x0 num Morumbi lotado, em 1977. Desde o título do quarto centenário (1954), os alvi-negros da capital não saboreavam o gosto de um título. (VÍDEO YOUTUBE - CORINTHIANS 1X0 PONTE) Além de Valdir Perez, a Ponte teve Oscar, que foi zagueiro do São Paulo e principalmente da inesquecível seleção de 82. Teve Polozzi. Teve, principalmente, Dicá, meia à moda antiga. Dicá seria hoje titular absoluto de qualquer equipe do País.

O Guarani foi além. Em 1978 (VÍDEO YOUTUBE - GUARANI 1X0 PALMEIRAS - FINAL DO CAMP. BRASILEIRO DE 1978), num jogo cercado muita polêmica, o alvi-verde do interior superou o da capital e sagrou-se campeão brasileiro. Entre os jogadores daquele time, Zenon, que depois se tornaria ídolo no Corinthians, e Careca, algoz do próprio Guarani no Campeonato Brasileiro de 1986, com a camisa do São Paulo montado pelo técnico Cilinho e que traria à superfície os "Meninos do Morumbi", chamados também de "Menudos do Morumbi" por boa parte da imprensa. (VÍDEO YOUTUBE - SÃO PAULO 3X2 GUARANI - FINAL DO CAMP. BRASILEIRO DE 1986).

Não há como não estar feliz com os 8x1 de ontem. Mas eles também são ironicamente tristes. Eles selam que o Guarani e a Ponte Preta, apesar de uma bela história, são figurantes. E vivem dessa remota e irresgatável história. Nós, santistas, corremos o mesmo risco e acho que não tivemos uma percepção mais aprofundada dele.

Tão importante quanto a estabilidade econômica que os tucanos - esse exótico grupo político que acha que só tem virtudes - alardeiam como a maior obra do século passado para toda a humanidade, sem dúvida, foi a Lei de Responsabilidade Fiscal. Seria muito interessante algo similar para o futebol. Isso faria com que Eduardo José Farah e Beto Zini, entre outros tantos dirigentes, explicassem por que ficaram tão ricos e o clube deles, coincidentemente o Guarani, tão pobre, tão inexpressivo.

Os torcedores da Ponte que sairão às ruas com as camisas de seu time, numa provocação até saudável e sarcástica dos 8x1 de ontem, deviam pensar que essa briguinha de marido e mulher entre alvi-negros e alvi-verdes campineiros torna ambos muito menores. A rivalidade, claro, deve existir. Ela é fundamental no futebol.

Perder de 7x1 para o Corinthians no Camp. Brasileiro de 2005 foi doloridíssimo. Perder de 6x0 do Palmeiras em 1996 - e na Vila - também foi. Mas acho que passa, cada vez mais, pela percepção da importância do adversário o restabelecimento do futebol de Campinas. Sem hipocrisia: claro que estou feliz da vida. Vejo meu time, que durante anos foi figurante, ganhar de 8, 9, 10 gols. Vejo-o jogar para frente. Vencer e convencer. Vejo-o ainda resgatar as vocações mais legítimas do futebol brasileiro. Entre elas, o atrevimento de atacar o tempo todo, duramente punido naquela burocracia tática de Lazaroni na Copa de 1990 (e que bom que foi punido).

Mas o grande gol que o Santos ainda precisa fazer é levar às últimas, sem corporativismo, sem os folclóridos representantes da quase inexistente e fictícia ONG Santos Vivo - aqueles mesmos que deram "atestado de qualidade" para a chapa de oposição e, depois, sem constrangimento nenhum, arrumaram cargos na gestão Marcelo Teixeira - a investigação dura, responsável, séria sobre as contas do clube nas gestões anteriores.

É sobre esse último gol que deve recair a nossa esperança de um futuro estruturalmente promissor. A imprensa cai na tentação de comparar Neymar a Messi. Se Neymar é Messi, o Guarani é o Arsenal?

Teremos a mesma estrutura que o Barça tem para preservar e manter os nossos talentos sempre próximos?

Timão classificado e Peixe arrasador

Simplesmente jogando um futebol mais que perfeito na Taça Libertadores da América.

O Corinthians acaba de vencer o Racing do Uruguai, em Montevidéu, e se tornou o primeiro brasileiro a se classificar para as oitavas-de-final da competição intercontinental.

Ouvi muitos corintianos descrentes de uma vitória do Timão para a partida de hoje. Um amigo, Fiel torcedor, disse até que apostaria num apagão da equipe de Mano Menezes. Pelo contrário, o único apagão que teve foi no estádio Parque Central.

As luzes se apagaram aos quase 2 minutos de bola rolando. Houve uma paralisação de 15 minutos, mas quando tudo voltou ao normal o Timão fez a lição de casa. Abriu o placar com Dentinho, aos 18 minutos. Daí pra frente apenas administrou o resultado.

Parecia que a partida terminaria com esse resultado, mas o Timão tem Elias - craque de bola - que ampliou o placar e decretou a vitória alvinegra.

Sei que ainda é muito cedo, mas o Corinthians é o brasileiro que mais me agrada nessa competição, além de ser um dos favoritos ao título, enquanto a decepção é o Flamengo, que perdeu para o Universidad Católica.

A equipe carioca foi ao Chile em clima de finalíssima, precisando da vitória, mas entrou apático em campo e assistiu a vitória dos anfitriões por 2 a 0. Com esse resultado o Flamengo permanece com 7 pontos, sendo o penúltimo dos segundos lugares de cada chave, ou seja, e se a primeira fase terminasse hoje, o mengo estaria desclassificado para as oitavas.


COPA DO BRASIL

O Santos enfrentou o Guarani de Campinas e goleou por 8 a 1, com 5 gols de Neymar que já está sendo chamado de "Messi brasileiro".

Sobre o resultado da partida nem vou comentar nada. Aliás, acho que nem é preciso. O Peixe tem a melhor equipe do Brasil e isso não é novidade para ninguém.

O que realmente me preocupa são essas comparações do menino da Vila com o craque argentino. Neymar tem tudo para se tornar o melhor do País e, futuramente, o melhor do mundo. Mas isso leva tempo e amadurecimento.

Essas comparações acabam pressionando o menino que tem um futuro brilhante a traçar. É preciso ter calma para não prejudicar o garoto.

Foto Dentinho: Globo Esporte.com
Foto Santos: Globo Esporte.com

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Aí tem...

Chega ao fim a polêmica sobre a "Taça da Bolinhas" que envolve os clubes Flamengo e São Paulo.

A CBF anunciou nesta quarta-feira que o destino da tal taça será o Morumbi. Sim, isso mesmo, será do São Paulo, por incrível que pareça. Sinceramente estou surpreso.

O motivo de tanto espanto é pela decisão tomada a favor de algo certo, coerente, honesto. Não esperava por isso. Minhas convicções eram plenas de que o destino seria o clube da Gávea.

Esse assunto já deu o que tinha que dá, é verdade. Mas também é verdade que não há outro merecedor nesse assunto do que o São Paulo Futebol Clube.

O Flamengo, como eu já disse milhares de vezes, não é Hexa, e sim Penta. Já o São Paulo é o único Hexacampeão Brasileiro.

Bom, felizmente esse é um assunto que pretendo não abordar mais. A Taça vai para seu devido lugar e ninguém mais falará de Taça das Bolinhas.

Agora, me preocupa essa atitude da CBF. Para eles terem feito algo realmente honesto é porque alguma coisa inusitada deve estar por vir...


segunda-feira, 12 de abril de 2010

E deu peixe de novo


Telê Santana dizia: "Prefiro perder jogando bem, do que ganhar jogando mal". Muitas pessoas não entendem o significado dessa frase, por mais clara que ele seja.

O São Paulo perdeu mais um clássico no Campeonato Paulista de 2010. Não venceu nenhum dos grandes (Palmeiras, Portuguesa, Corinthians e Santos), e hoje foi derrotado novamente pelo peixe.

Assim mesmo, posso dizer que foi o melhor jogo do São Paulo em clássicos neste Paulistão, embora algumas pessoas entendam o contrário.

Fui ao Morumbi ver de perto o que se dizia uma final antecipada e saí satisfeito com a qualidade da partida. Um jogaço.

O São Paulo começou bem a partida, mostrando que poderia reverter a vantagem santista. Com Marlos e Dagoberto, a equipe estava veloz e fez o peixe ficar atordoado.

Em sua primeira boa jogada, o Santos conseguiu abrir o placar, com um gol contra. Léo fez cruzamento para dentro da área são-paulina e Júnior César rolou para dentro de sua própria meta.

Logo em seguida Marlos foi expulso. com um jogador a menos, o São Paulo é quem passou a ficar desnorteado no duelo.

Assim foi o restante da primeira etapa que, de tanto precionar o adversário, o peixe chegou ao segundo gol com o atacante André aproveitando um belo passe de Neymar.

O segundo tempo começou com um chute de Robinho que assustou Rogério Ceni, logo nos primeiros minutos. Mas o São Paulo mostrou uma superação fantástica. Iniciou uma pressão sobre os meninos da Vila que mal viram a cor da bola.

Washington saiu para a entrada de Cicinho. O São Paulo jogava num 4-4-1, já que Marlos havia sido expulso. Mesmo com apenas um atacante, o São Paulo chegou ao empate com um gol de Hernanes e outro do atacante Dagoberto.

Mas quando falo que sorte conta muito no futebol ninguém acredita. Primeiro que o gol contra, no primeiro tempo, já era um sinal de que "os ventos" estavam a favor dos meninos da Vila, segundo que, aos 44 minutos da etapa final, Miranda comete uma falta desnecessária na lateral esquerda. Na cobrança, Rogério Ceni falha ao sair do gol e Durval faz o terceiro.

Esse resultado praticamente coloca o Santos na final, isso é bem provável. Mas que justiça seja feita: o São paulo fez uma ótima partida, com raça, vontade. Faltou um pouco de sorte. Aliás, faz tempo que as coisas não acontecem a favor do São Paulo. Em dois clássicos (Corinthians e Santos) foram dois gols contra que comprometeram a equipe.

Acho que uma oraçãozinha lá no Morumbi não faria mal nenhum à equipe. Enquanto isso, o Santos está com uma mão na taça.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Quem é "Rei" nunca perde a majestade

Não é a primeira vez que escuto dizerem por aí que "tal jogador" é melhor que "fulano de tal". Isso é algo normal no meu cotidiano. São comparações entre jogadores de equipes rivais, de equipes que estão se destacando, de seleções e, principalmente, comparações entre craques atuais e craques do passado.

Atualmente, as atenções estão voltadas para um jogador considerado fora do normal, algo raro no futebol. Não é o brasileiro Kaká nem muito menos o português Cristiano Ronaldo. Aliás, para desgosto da nação canarinha, o nome mais badalado dentro do esporte mais cativante do mundo é "argentino".

Lionel Messi está arrebentando na Liga dos Campeões (Champions League) atuando pelo Barcelona. Com uma característica bastante peculiar, seus dribles são curtos, além de desconcertantes e sua velocidade, misturada à habilidade, fazem dele praticamente um peixe "liso", cujo ninguém cosegue detér, e que para ser parado só mesmo uma rede, no caso dele a do gol.

Por falar nisso, fazer gol para ele não basta. Tem de ser golaços. E isso ele tem sido provado em suas partidas pelo clube catalão. Em 2009, foi eleito pela FIFA, e merecidamente, o melhor jogador do mundo. Neste ano, com possibilidades de ser o campeão da Chanpions League, além de ter uma Copa do Mundo para disputar, em julho, suas chances de voltar a ser o "melhor dos melhores" aumenta.

Acho que vocês perceberam o quanto sou fã do craque "hermano". Pelo menos não deixei dúvidas no que escrevi. Aliás, não poupei palavras para elogiá-lo. Mas tudo tem seu limite.

Ainda esta semana, andei discutindo com alguns de meus amigos (Breno Benedito e Rafael Carrieri) sobre uma questão mais do que polêmica. Eles (meus amigos) acreditam cegamente que o jovem Messi é melhor do que o "Rei Argentino". Sim, estou falando de Maradona. Claro que discordei dos três na mesma hora.

Com todo respeito aos meus amigos, fiquei indignado com o que escutei. Por alguns instantes cheguei a pensar que eles (meus amigos) estivessem querendo brincar comigo. Quem sabe até me provocar. Difícil mesmo foi quando percebi que eles falam do fundo do coração. Aí, meu pensamento, em frações de segundos, fez com que eu acreditasse que eles sequer leram sobre Maradona, e que na verdade opinaram sem nenhum embasamento. Só posso acreditar nisso.

Se existe uma outra polêmica na qual discute que Maradona possa ter sido melhor que Pelé - embora não haja dúvida de que ninguém foi melhor que Pelé - e estão dizendo que Messi é melhor que Maradona, logo Messi é melhor que Pelé? É isso?

Não. Messi não é melhor que Maradona nem muito menos melhor que Pelé. Messi é o grande craque do momento, o melhor do mundo na atualidade, mas falta muito, mas muito mesmo para atingir níveis extraordinários como de Pelé e Maradona.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

O "Paulistão" chegou

Disse ontem que não acreditava numa vitória do São Paulo sobre o Santo André e que o timão ficaria com a última vaga para as semi-finais do Campeonato Paulista. Errei.

O Corinthians fez sua parte. Jogou "em casa", no Pacaembu, e atropelou facilmente a equipe do Rio Claro por 5 a 1, com mais uma tremenda atuação do lateral-esquerdo Roberto Carlos que, por sinal, deixou um golaço na goleada de ontem.

Tudo isso de nada adiantou ao timão, já que o Grêmio Prudente fez o esperado - venceu o São Caetano, por 1 a 0 -, enquanto o São Paulo, jogando em Piracicaba, surpreendeu até mesmo os próprios torcedores.

A vitória do tricolor paulista por 3 a 1 garantiu à equipe a classificação para o quadrangular final. O próximo desafio será contra a melhor equipe da competição, o "temido" Santos.

Embora toda imprensa, além de jogadores, esteja tentando driblar o assunto, não há como negar que o clássico San-São será uma final antecipada.

Há quem diga, inclusive, que a equipe do Santos está mascarada e que, mesmo se passar pelo São Paulo, entrará em campo de salto alto e perderá o título para quem quer que seja. Eu não acredito nisso. E digo mais: Sem querer menosprezar as equipes do interior, quem vencer o San-São já pode vestir a faixa de campeão.

1º) Jogo - 11/04/2010

São Paulo x Santos
Local: Estádio do Morumbi - às 16h

Grêmio Prudente x Santo André
Local: Estádio Eduardo José Farah - às 18h30

2º Jogo - 18/04/2010

Santos x São Paulo
Local: Estádio Vila Belmiro - às 16h

Santo André x Grêmio Prudente
Loca: Estádio Bruno José Daniel - 18h30

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Começo do "Paulistão"

Eu sou mais um daqueles que acha que o Campeonato Paulista realmente só começa na fase do quadrangular. Assim como a Copinha, os estuduais perderam muita qualidade. É disputado por muitas equipes fracas. Não há dúvida que até a metade da primeira fase não passa de uma extensão de pré-temporada.

Hoje teremos a última rodada antes do "Paulistinha" se tornar o "Paulistão", com jogos decisivos que valem vaga para as duas últimas vagas da semi-final da competição. Todos os jogos começarão no mesmo horário, às 21h50.


Santos e Santo André já estão garantidos, enquanto Grêmio Prudente, São Paulo, Corinthians e Portuguesa brigam pelos terceiro e quarto lugares.


Em São Paulo, no estádio do Pacaembu, o Timão enfrenta o Rio Claro e precisa vencer a todo custo, além de ter de secar o São Paulo e o Grêmio Prudente.

Já o Tricolor Paulista só depende de si mesmo para avançar para a próxima fase. A equipe de Ricardo Gomes enfrentará o Santo André, em Piracicaba, com time completo em campo. Se bem que não dá para saber o que é time completo já que o treinador tem feito um rodízio que ora funciona, ora é um desastre.

O Grêmio Prudente também depende de suas próprias pernas e poderá se classificar com um empate caso o São Paulo ou o Corinthians não vençam suas partidas.

Para a Portuguesa a situação é mais complicada. A Lusa tem de vencer o duelo dentro de casa contra o Ituano, que fará o jogo de sua vida, já que corre risco de rebaixamento, além de ter de torcer para Corinthians e São Paulo não pontuarem nesta noite.

Posso me engar, afinal, futebol é mesmo uma caixinha de supresas, mas creio que a semi-final será formada por:

1) Santos x Corinthians
2) Santo André x Grêmio Prudente

Amigos tricolores que me desculpem, mas tirando como base os últimos jogos do São Paulo - exceto contra o Botafogo - o tricolor tem sido sonolento demais e não passa confiança. Aliás, se olharmos para o adversário, o Santo André, vemos uma equipe que é sinonimo de vontade, garra, superação. Diferentemente do São Paulo, que em muitas situações desse torneio teve a faca e o queijo na mão mas deixou o resultado escapar.
Acho, inclusive, que se o São Paulo vencer o Santo André, mas estou falando do Santo André que fez um excelente campeonato, com a equipe titular etc, será a superação da equipe do Morumbi. E aí sim teremos uma semi-final bastante interessante, pois será mais um "San-São", com o São Paulo bastante mordido da última partida em que Robinho, Neymar e companhia deitaram e rolaram.

Contradizendo o que disse no começo do texto, o "Paulistão" começa hoje, na última rodada do "Paulistinha".

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Quem é mesmo prepotente?

Assim como quase 100% dos brasileiros que gostam de futebol, sou um tremendo admirador do futebol do Santos, que joga com alegria, com vontade, com inteligência, por música.

O Santos de hoje, mesmo que ainda não tenha conquistado sequer este Paulista, embora tudo leve a crer que o título já é deles, me faz lembrar esquadrões que encantaram e que ficarão para a história do futebol. Sim, me lembra o Flamengo e a seleção brasileira de 82, o São Paulo de 92/93, o Palmeiras de 94 e até mesmo o próprio Santos de 62, do rei Pelé. Infelizmente, de todas essas equipes que citei, apenas o São Paulo eu pude acompanhar. Os outros tive de recorrer a pesquisas no Google ,vídeos no YouTube etc.

Mas hoje tomei conhecimento de um fato que me decepcionou. A delegação do Santos visitou uma instituição que abriga menores com deficiência neuro-motores. Pelo que entendi, 11 jogadores desceram e presentearam essas crianças como ovos de Páscoa, além de levarem alegria a essas pessoas.

O que me deixou muito chateado, além de indignado, foi a atitude de alguns jogadores como Robinho, Neymar, Paulo Henrique e André, que se negaram a entrar na entidade. Houve, inclusive, jogador que alegou que não entraria na instituição porque ela é espírita, e não bate com a sua crença.

Isso é um verdadeiro absurdo. Vejo tanto santista pregando a moralidade, dizendo que torcedores de outros clubes são prepotentes, donos da verdade, e de repente uma atitute tão desumana por parte de pessoas que deveriam ser exemplos do bem.

No Mesa Redonda Futebol Debate de hoje,meu amigo Flávio Prado resumiu o assunto com uma frase espetacular: "Atitude imbecil! Isto está acima de qualquer religião, trata-se de uma questão humana", disse.

Não me lembro de ter visto algo parecido com delegações do Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Flamengo, Vasco, Botafogo, Fluminense, Internacional, Grêmio, Atlético-MG, Cruzeiro, dentre outros grandes. E olha que quase todos que citei são muito mais expressivos que o Santos...

Lamentável o que aconteceu. Parte desse Santos que me encanta dentro de campo, me decepciona fora das quatro linhas.

domingo, 4 de abril de 2010

Rumo à reta final do Paulistão

Depois da rodada de hoje, tudo aponta para uma disputa entre São Paulo e Corinthians, valendo a última vaga para a fase do quadrangular do Campeonato Paulista.

O Corinthians foi a São José do Rio Preto e teve de suar a camisa para vencer o Ituano. Há quem diga que o timão não fez uma boa atuação, embora tenha dominado a partida inteira. Mas foram dos pés de Jucilei e de Ronaldo que saíram os gols da vitória alvinegra. Aliás, uma vitória que deixou o timão muito "vivo" na competição. Chegou aos 32 pontos, assumindo a quinta colocação do Paulistão.

Para chegar à classificação, o Corinthians precisa vencer sua próxima partida, que será nesta quarta-feira, contra Rio Claro. Além disso, terá de secar o Grêmio Prudente, que enfrentará o "sem pretenções" São Caetano, e torcer para que o São Paulo não vença o Santo André, também na quarta-feira.

Aliás, o São Paulo jogou hoje, no Morumbi, e ganhou do Botafogo-SP por 5 a 0. Claro que a equipe do Morumbi terá pela frente um adversário forte que, embora já esteja classificado, não fará corpo mole contra o tricolor. Afinal, qual time considerado "pequeno" não quer vencer um "grande"?

Já o Santos dispensa qualquer comentário. Bateu o São Caetano por 3 a 1 e mostrou que é, sem dúvida, a melhor equipe da competição estadual.

Se o campeonato terminasse hoje estariam classificados: 1) Santos 2) Santo André 3) Grêmio Prudente e 4) São Paulo. O que formaria a seguinte semi-final:

Santos x São Paulo
Santo André x Grêmio Prudente

Não há dúvidas de que a atração principal nesta situação seria entre Santos e São Paulo, claro. E, mesmo que pareça o obvio, apostaria numa final entre Santos e Santo André, com o título caíndo no colo do peixe.

FOTO: www.todopoderosotimão.com.br

Até tentei, mas...

Até queria ter visto a boa vitória do Corinthians sobre o Ituano, em São José do Rio Preto, por 2 a 1, mas infelizmente não deu. Queria ter visto também o massacre do São Paulo (5 a 0 sobre o Botafogo-SP), no Morumbi, mas também não deu. Ah! Também não pude ver o Santos, que venceu por 3 a 1 a equipe do São Caetano, no estádio Anacleto Campanella.

O motivo é simples: passei meu feriadão prolongado no litoral norte de São Paulo e tentei retornar após o almoço. Saí de lá por volta das 12h30, com intenção de chegar na capital no máximo às 15h30, mas fui surpreendido por um transito insuportável. Fiquei simplesmente 8 horas na estrada a caminho de casa. Acredite.

Quando percebi que não seria possível chegar a tempo de acompanhar a penúltima rodada da primeira fase do Paulistão, desencanei. Desliguei o rádio e pensei: "Vou esperar chegar em casa, aí ligo minha televisão e vejo todos os resultados". A ideia era fazer certo mistério comigo mesmo.

Em determinado momento do trajeto a São Paulo, o trânsito parou completamente, a ponto de ter ser necessário desligar o motor do carro. Por ironia do destino, olho ao meu lado esquerdo e, no carro que estava parelho ao meu, vejo um amigo chamado Cláudio Assumpção. Um são-paulino roxo que não pensou duas vezes para me dar a seguinte notícia:

- Grande Fernando, tudo bem?
- Grande Cláudio, tudo em paz, e você? retruquei.

E Cláudio não exitou em dizer:

- Estou bem, muito bem. Principalmente por causa do chocolate do tricolor.

Claro que neste momento não pude conter a euforia de perguntar tudo.

- Chocolate? Quanto foi a partida?
- Vencemos por um resultado de 5 a 0, fora o baile.

Depois disso, fiquei alguns segundos quieto, pensando o que poderia ter acontecido no jogo, o que fez o São Paulo para ter vencido com uma goleada tão elástica. Pensei comigo mesmo: "Será que o tricolor é que jogou muito, ou o Botafogo é que entregou a partida?"

Foi quando Cláudio interrompeu meu pensamento com a seguinte frase:

- Mas o Corinthians venceu o Ituano por 3 a 1, com gol de Ronaldo.

E aí perdi mais alguns segundos de pensamento imaginando: " Será que o Timão foi mais uma vez matador?"

Nenhuma dessas dúvidas eu esclareci com meu amigo que praticamente também não deve ter assistido à partida, mas sim escutado pelo rádio, porque se ele estava alí, no mesmo lugar que eu, não poderia ter assistido nem mesmo o 1º minuto de cada partida.

Para não perder um pouco do mistério, decidi não perguntar sobre o Santos. Por sorte, os carros começaram a andar e eu só tive tempo de mandar um abraço a ele (Cláudio).

Continuamos a seguir viagem, com uma vontade enorme de chegar rápido em casa para ver os gols da rodada e saber de quanto o Santos havia ganho seu jogo, já que seria impossível uma derrota dos meninos da Vila. Além disso, cheguei à conclusão de que não consigo ficar longe de futebol, mesmo quando eu tento. É, sem dúvida, meu destino.

Agora vou assistir alguns programas esportivos para ver todos os gols. Logo comentarei sobre os grandes de São Paulo.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Bolinha para lá, bolinha para cá... Quem fica com o troféu?

Mais uma vez Flamengo e São Paulo se enfrentam frente a frente. Dessa vez não é a busca pelo título brasileiro e nem muito menos um encontro na Taça Libertadores da América, embora isso não seja difícil de acontecer nessa edição do torneio intercontinental.

A disputa, na verdade, vem se estendendo desde o ano de 2007, quando o clube paulista se tornou o "primeiro" e "legítimo" pentacampeão brasileiro (77/86/91/2006 e 2007).
Segundo uma regra da CBF, a primeira equipe que conseguisse conquistar três títulos brasileiros seguidos, ou cinco alternados, teria o direito "legal" de levar para sua galeria de troféus a então mais cobiçada "Taça das Bolinhas".

Em 1987, o Flamengo venceu o módulo verde da Copa União e o Sport Recife conquistou o módulo amarelo. Neste caso, o regulamento previa um confronto entre os dois primeiros colocados de cada módulo, mas o Flamengo e o Inter - vice-campeçao do módulo verde - se recusou a disputar um quadrangular envolvendo Sport e Guarani - primeiro e segundo colocado do módulo amarelo. Sendo assim, a CBF declarou que a equipe de Recife seria a campeã brasileira de 87. Essa decisão foi confirmada em maio de 1994, numa sentença do Tribunal Regional Federal.

Atualmente, tanto a torcida do Flamengo, como dirigentes do clube, preferem passar uma borracha sobre o que aconteceu neste ano, além de afirmarem categoricamente que o clube carioca é "Hexa" - já que venceu o último Brasileirão, em 2009 -, sem contar que não querem, de forma alguma, abrir mão do "Taça de Bolinhas".

Já o São Paulo disse que não vai desistir do direito de levar o troféu para sua galeria no estádio do Morumbi. E com razão. O Tricolor foi o primeiro a conquistar cinco vezes seguidas o título de campeão Brasileiro, na bola, sem virada de mesa, sem máfia do apito, enfim, sem nehuma mancha em seus títulos.

Claro que essa definição não dependerá apenas de um comum acordo entre São Paulo, Flamengo e CBF. O caso foi parar no jurídico da CBF e deve ter sua sentença final ainda neste mês de Abril. Pelo menos foi o que disse o presidente da entidade Ricardo Teixeira.

"Já encomendei ao departamento Jurídico um estudo para dar destino definitivo para a Taça das Bolinhas, Eles é que darão o parecer sobre o caso", disse Ricardo Teixeira ao site Globoesporte.com.

O diretor jurídico da CBF disse ao jornal esportivo 'Lance' que "Será coisa de dias. Até a metade do mês de abril esperamos ter a questão resolvida. Vamos pegar o arquivo morto da CBF para vermos os documentos. Será um trabalho exclusivamente de pesquisa", ressalta.

Claro que, para este caso, não é preciso ser mágico, mago, bruxo, profeta nem muito menos um Messias, para saber qual será o destino final dessa taça. Com três perguntas básicas eu te dou o nome do clube que sairá vencedor da disputa:

1) Em que estado do Brasil a CBF está instalada?
2) De onde é o departamento jurídico que cuidará do caso?
3) Em que estado do Brasil o Clube de Regatas Flamengo tem sua sede?

Acho que não preciso dizer mais nada, certo? Ou até hoje, na história do futebol brasileiro, alguém viu algo diferente? Quais os clubes que sempre estão se beneficiando com viradas de mesa absurdas? Quais os clubes que dificilmente são punidos pelo STJD?

Por isso, amigo são-paulino, não vale a pena acreditar em Papai Noel, Coelhinho da Páscoa e etc. Se bem que milagres podem acontecer. E como dizem que o São Paulo é o clube da fé...