terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Morre Catê, ex-craque são-paulino

Dia muito triste para o mundo do futebol, principalmente aos torcedores do São Paulo que acompanharam o famoso expressinho tricolor, também comandado pelo mestre Telê Santana, no período de 1991 a 1994.

Morreu nesta manhã, 27, no quilômetro 131 da rodovia ERS 122, no município gaúcho de Ipê, Marcos Antônio Lemos Tozze, o Catê, campeão Mundial pelo São Paulo Futebol Clube.

O carro do ex-jogador, um Fiat Uno preto, se chocou com um caminhão Scania. Catê foi levado para o hospital com vida, mas não resistiu aos ferimentos.

Veja no vídeo (gravado por cinegrafista amador) como ficou o carro do ex-jogador:



O JOGADOR CATÊ

Catê teve boas passagens por grandes clubes profissionais. Jogou no Cruzeiro, no Flamengo, no Esportivo-RS e no Brusque-SC. Fora do país, atuou no Sampdoria, da Itália, e no Universidad Católica, do Chile, onde foi ídolo.

Mas sua grande fase, sem dúvida, foi vestindo a camisa das três cores do Morumbi.

Sua explosão como jogador de futebol aconteceu em 1991, quando fazia parte do chamado "expressinho tricolor", um time de garotos da base do São Paulo no qual o professor e mestre Telê Santana fazia questão de acompanhar de perto. Era a equipe que representava o clube quando os titulares estavam jogando alguma competição de maior importância.

À época eu tinha de 8 para 9 anos e já me encantava com o fabuloso futebol desse time.

Jogadores como Rogério Ceni, Bordon, Pavão, Caio Ribeiro, Jura, Denilson, André Santos, Jameli, Juninho Paulista, dentre outros craques, formavam o tal "expressinho", e Catê era o ponta-direita do time (posição extinta no futebol atual). Era ele quem começava as grandes jogadas que resultavam nos golaços de Juninho Paulista.

O futebol arrojado, veloz e inteligente de Catê o levou ao time principal de Telê. O menino, além, de tudo, tinha uma tremenda habilidade com a bola nos pés. Aliás, todos diziam que Catê era Catê de "categoria". Eu concordo.

Em 1993, sagrou-se Campeão do Mundo com o São Paulo, no Japão. Foi o primeiro grande título, talvez o mais importante, do atleta.

Já em 1994, novamente com o "expressinho", Catê foi importantíssimo para a conquista da Copa Conmebol.

Na semifinal da competição, contra o arquirival Corinthians, que por sinal jogou com o time completo, o ponta marcou o terceiro gol do São Paulo, que acabou vencendo a partida por 4 a 3, no estádio do Pacaembu.

No jogo de volta o timão precisava vencer a todo custo. E conseguiu. Bateu o São Paulo por 3 a 2, em pleno Morumbi, levando o jogo à decisão por pênaltis.

A classificação à final da competição ficou para o time da casa depois de dois pênaltis defendidos por Rogério Ceni, considerado o herói da partida.

Veja o vídeo dos melhores momentos dos dois jogos entre São Paulo x Corinthians:




A FINAL E A CONSAGRAÇÃO DE CATÊ

Após passar pelo Corinthians, o São Paulo foi à final encarar o tradicional Peñarol, do Uruguai. Ou seja, jogo para deixar os nervos à flor da pele.

A primeira partida aconteceu no estádio do Morumbi e o Tricolor foi avassalador.

Catê, em noite inspiradíssima, e isso me lembro muito bem, já que assisti à partida ao vivo, com transmissão da TV Bandeirantes e narração do grande Jota Júnior, marcou o segundo gol do São Paulo num lance de puro oportunismo. Aproveitou rebote e, de primeira, balançou a rede adversária. Em seguida, fez linda jogada pela linha de fundo, do lado direito, e tocou para trás, resultando num golaço de bicicleta de Toninho.

Mais tarde, marcou o quinto do tricolor numa jogada muito parecida com a do seu primeiro gol no jogo. E foi ele quem fechou o placar (6 a 1) com um tremendo golaço (o seu terceiro na partida). 

Foi, sem a menor dúvida, a grande estrela dessa primeira partida da decisão da copa Conmebol.   
Com um resultado tão elástico, o São Paulo pôde se dar ao luxo de ir ao Uruguai e ainda perder de 3 a 0 para os donos da casa que assim mesmo foi o grande vencedor do torneio.

Veja o vídeo da grande final da Conmebol com atuação perfeita de Catê:



Há poucos dias, Catê participou de um jogo beneficente, organizado pela jornalista Ana Carla Portella, que homenageou o mestre Telê Santana. A partida aconteceu no estádio Ícaro de Castro Melo, no Ibirapuera, e contou também com as presenças de Zetti, Muller, Pintado, Cafú, dentre outros alunos de Telê. Pode ter sido esta a última partida de Catê. (Clique aqui e assista ao vídeo).

Enfim, a nós, torcedores e admiradores do jogador, cabe relembrar dos grandes feitos, das grandes jogadas, dos belos gols e de tudo de bom que o craque Catê fez pelo futebol.  

Obrigado, Catê.
Vá com Deus...


FOTO: LanceNet. Catê nos tempos de Tricolor

domingo, 18 de dezembro de 2011

Venceu o melhor... do mundo!

FOTO: GloboEsporte.com
Agora não resta mais dúvidas, se é que elas existiam: O Barcelona é, definitivamente, o melhor do MUNDO.

Venceu o Santos por 4 a 0 na final do Mundial da Fifa e mostrou não só à equipe santista, mas ao mundo todo, o que é jogar futebol de verdade.

Eu disse, aqui mesmo nesse blog, que o encontro de Santos e Barcelona seria o jogo do século. Enganei-me. Para haver um "jogo do século" seria necessário que duas equipes extraordinárias estivessem se enfrentando. E isso não ocorreu. Foi um jogo de um time só.

Vimos que não há, pelo menos por enquanto, um clube que faça frente ao Barcelona.

Não querendo menosprezar o Santos, de forma alguma, mas a diferença entre os dois é imensa e o que acontrceu não foi surpresa.

O Barcelona é um time completo, que joga bonito, que toca a bola de primeira, que faz o jogo rodar com velocidade, enfim, é um time fora do normal.

O Santos, muito guerreiro ao conquistar a Libertadores da América, chegou até onde poderia chegar. 

Porém vencer o Barcelona, embora ninguém tenha escondido a torcida para que isso acontecesse, é missão praticamente impossível não apenas para o Santos, mas para qualquer clube do mundo na atualidade.

E como disse o Neymar após a derrota, o que vimos hoje foi "uma aula de como jogar bola".

Parabéns ao Barcelona. Parabéns ao Melhor do Mundo.

 

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Dia de alegria em três cores

PARABÉNS, SÃO PAULO F.C., PELOS 76 ANOS DE MUITAS GLÓRIAS E ALEGRIAS.

TORCER PARA O TRICOLOR PAULISTA É ALGO QUE NÃO TEM EXPLICAÇÃO.

É SENTIR-SE VITORIOSO TODOS OS DIAS POR TUDO QUE ESSE CLUBE MARAVILHOSO NOS PROPORCIONA.

OBRIGADO, CLUBE BEM AMADO DAS TRÊS CORES. OBRIGADO.

E PARA LHE HOMENAGEAR, NADA COMO UMA FOTO DE DOIS GRANDES ÍCONES DO FUTEBOL MUNDIAL QUE SE CONSAGRARAM VESTINDO O MANTO SAGRADO.

Raí e Telê no vestiário após a conquista da 1ª Libertadores, em 1992

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Agora é pensar no Barça

FOTO: Site R7 Esportes
Pronto!

A lição de casa o Santos já fez.

Bateu o "café com leite" Kashiwa Reysol por 3 a 1 e agora vai à final do Mundial de Clubes enfrentar o grande e temido Barcelona.

Sim, eu sei que o Barcelona ainda não está na final, mas é praticamente impossível uma derrota do clube espanhol contra o Al Sadd, amanhã, em Yokohama.

Embora a equipe do Barcelona esteja mantendo o discurso modesto com relação à partida de amanhã, no fundo todos sabem, inclusive os jogadores, que não há com o que se preocupar.

O Barcelona é o time a ser batido e entrará para essa final como franco favorito.

Creio que será um jogo magnífico. Será o "Jogo do Século".

As duas equipes que mais fazem espetáculos estarão frente a frente num duelo recheado de fortes emoções e disputas individuais.

De um lado, o técnico Pep Guardiola, que foi jogador e teve como seu professor o grande Cruyff, vem se destacando como o grande mentor desse fabuloso Barcelona. Do outro lado, Muricy, que acompanhou a trajetória do São Paulo no mesmo Mundial de Clubes como estagiário de Telê Santana, em 1992, agora tem a chance de ser reconhecido mundialmente, assim como o seu mestre na década de 1990.

Mas dentro de campo os holofotes estarão voltados aos dois maiores jogadores de futebol da atualidade: Neymar (Santos) e Messi (Barcelona).

Tudo que a gente sempre quis ver agora será possível.

Façam suas apostas, meus amigos. Votem na enquete que está na página principal e deixem comentário.


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

O título inesquecível de uma equipe inesquecível

Há exatos 19 anos, quando eu tinha nada mais do que 9 anos de idade, o futebol já era algo bastante presente na minha vida.

A paixão pelo meu clube do coração se tornou ainda maior no dia 13 de dezembro de 1992.

O São Paulo Futebol Clube subia ao pódio mais alto do futebol mundial depois de bater uma das equipes mais temidas e respeitadas do esporte bretão: o Barcelona.

Dentro de campo, a equipe comandada pelo professor e mestre Telê Santana entrou determinada à vitoria. Saiu atrás no placar, mas virou a partida porque tinha algo que há tempos não vejo no futebol. Era uma equipe que jogava por música, que tinha brio, que jogava bonito, com classe, sem violência, com toque de bola refinadíssimo.

Obviamente o futebol mudou bastante de lá para cá. Mas dificilmente haverá uma equipe tão completa como a do São Paulo de 1992.

Dias atrás, disse a um amigo que o São Paulo de 92 seria o time ideal para fazer frente ao grande Barcelona de hoje. Cheguei a comentar que acreditaria numa vitória tricolor caso houvesse essa disputa.

Fui chamado de louco, de fanático, de lunático, enfim...

... Mantenho minha humilde opinião. Quem viu aquele time, viu. Quem não viu, uma pena, não verá nunca mais. 

Assista aos melhores momentos de São Paulo x Barcelona - Mundial de Clubes 1992

O dia da Consagração

Há certas sensações que são impossíveis de descrever.

Ontem, por exemplo, tive o prazer de conhecer a alegria de ter meu Trabalho de Conclusão de Curso  aprovado, com nota 9, no curso de Jornalismo da Universidade de Santo Amaro.

Toda tensão e medo que tomavam meu corpo durante a apresentação se transformaram numa mistura de alegria e alívio. Parecia que um carro estava me esmagando e alguém chegou para tirar esse peso das minhas costas.

Melhor dizendo, me senti num estádio de futebol vendo meu time prestes a deixar escapar a chance de conquistar um título mundial e, de repente, quando tudo já estava se desenhando para o pior, o ídolo do clube acerta um chute certeiro e marca o gol sagrado.

Sim, me senti como um torcedor vibrando freneticamente esse tal gol salvador. O coração veio à boca.

Para falar a verdade, mal consigo lembrar o que passava na minha cabeça naquele momento. Talvez, em poucos segundos, enquanto minha orientadora fazia seu rápido discurso para nos dizer a nota, tenha passado o filme de tudo que fiz durante os quatro anos de curso. Não sei. Não sei mesmo.

O que posso garantir é que agora sou, com muito orgulho, um "Jornalista Formado". É como consquistar um título.

Obrigado a todos que sempre acreditaram em mim.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Jornalismo Vs Paixão: Onde vai parar?

Muito me preocupapa a atitude de alguns jornalistas esportivos que deixam o coração falar mais alto.

Isso é grave.

Depois da vitória do Corinthians sobre o Figueirense, que levou a equipe paulista a precisar apenas de um simples empate para levantar o caneco, alguns profissionais do jornalismo fizeram comentários desnecessários e reacendem questões polêmicas que não fazem sentido a essa altura do campeonato.

Oras, o que eles estão querendo com isso? Estragar o que ainda existe de bom na profissão?

Num determinado programa de debates, um repórter conseguiu discutir "sozinho", ou talvez com a câmera que está lhe filmando, sobre o gol do Corinthians que, segundo ele, foi muito questionado por torcedores de outras equipes.

O engraçado é que não vi nada de anormal no gol corintiano. Pelo contrário, na minha opinião foi gol legítimo, sem nenhuma sombra de dúvida.

Parece que alguns profissionais da comunicação, por não conseguirem separar o trabalho do coração, encontram alternativas para levantar/criar assuntos que na verdade eles gostariam que tivesse existido.

Tudo para justificar a forma como eles tratam do time do coração. 

O que poderia ter sido dito, e isso não foi colocado em pauta em momento algum, é que o "Figueira" foi extremamente superior na etapa inicial da partida. 


Porém, dificilmente ouviremos isso da bocas desses apaixonados. Eles não têm a capacidade de elogiar, quando necessário, o arquirival. Não conseguem esconder o amor pelo clube do coração e se deixam levar pela emoção.

Um deles, se bem que esse sequer podemos chamá-lo de jornalista, pois realmente não é sua profissão, chegou a ficar vermelho de raiva depois que a apresentadora do programa discordou de uma opinião.

Esses fanáticos que têm o poder de falar ao público estão transformando o jornalismo esportivo em algo fútil, sem graça, de baixa cultura, ou seja, em algo que não contribui em nada a nossas vidas. Isso realmente é triste.


Nelson Rodrigues: Exemplo de profissionalismo
 E enquanto vamos perdendo jornalistas que seguem na linha de Nelson Rodrigues, Mário filho, Armando Nogueira, dentre outros craques da profissão, os "fanáticos" e "chulos" vão crescendo e dominando a classe.

Culpa das grandes emissoras que não estão se preocupando com a qualidade. Contratam pessoas desqualificadas para um trabalho que deveria ser visto com mais carinho.


Neste caso, tiro o chapéu para a TV Cultura que possui um jornalista de muita competência e extremamente profissional. Falo de Vladir Lemos, apresentador do programa Cartão Verde.


E que fique claro que não estou dizendo que o jornalista não pode ter time de futebol, religião, partido político, ou sei lá o que mais. Apenas acredito que quando está no campo profissional, o jornalista deve procurar manter o máximo de objetividade e imparcialidade possível. E isso é o que não vejo atualmente.

Assim como Lemos, outro que devemos preservar é Juca Kfouri. É um dos poucos jornalistas que tem seu clube assumido, mas que consegue manter um trabalho mais independente da paixão.


domingo, 13 de novembro de 2011

Vasco bate Botafogo e cola no líder

Jogo bom, na minha opinião o melhor da rodada, foi entre Vasco e Botafogo, no estádio do Engenhão, no qual a equipe cruzmaltina levou a melhor. Venceu por 2 a 0 e voltou a colar no líder Corinthians.

Tecnicamente as duas equipes se portaram muito bem dentro de campo, mas logo no ínicio o Vasco já dava sinais de superioridade.

Aos 15 da etapa inicial, Felipe Bastos abriu o Placar depois de uma eficiente arrancada vascaína.

O Botafogo sentiu com o gol sofrido e o goleiro Jeferson passou a ser bastante exigido. Aliás, aos 33 minutos o goleiro botafoguense defendeu um pênalti mal cobrado por Diego Souza e foi muito ovacionado.

A defesa do goleirão deu novamente confiança ao Botafogo que voltou a equilibrar a partida.

Mas o Vasco estava realmente disposto a sair de campo com o três pontos.

Aos 14 minutos da etapa complementar, Dedé, que roubou a bola na intermediária e tocou de lado para Romulo, subiu para a área do adversário e, de cabeça, ampliou para o Vasco.

Foi o gol que definiu a partida.

O Botafogo tentou chegar com perigo, mas não teve força suficiente para furar a meta do inimigo.

Já o Vasco, no entanto, apenas administrou a boa vitória que o levou aos 61 pontos. Os mesmos 61 pontos do líder Corinthians, que está à frente apenas por ter uma vitória a mais.

A briga será muito interessante nessa reta final.

Alguém arrisca um palpite?


Timão vacila, mas vence e continua líder

Para quem viu o começo da partida no Pacaembu, parecia que o Timão iria atropelar o fraco Atlético - PR.

Aos 4 minutos de bola rolando o timão já estava vencendo por 2 a 0 e dando pinta de que mataria a partida ainda no primeiro tempo.

O primeiro gol surgiu logo aos 2 minutos, com Paulinho chutando rasteiro no canto esqeurdo de Renan. O segundo gol saiu dos pés de Emerson Sheik, que acertou uma pancada de pé direito, de fora da área.

A partir daí o Corinthians iniciou uma tremenda pressão para cima dos adversários. O clube paranaense sequer conseguia respirar, mas a primeira etapa terminou apenas com os dois a zero para os donos da casa.

No segundo tempo, a mudança: O Atlético - PR mostrou outra postura em campo. Paulo Baier passou a trabalhar como o cérebro do time e a bola foi melhor trabalhada no meio de campo.

Dessa forma, a equipe comamdada pelo técnico Antonio Lopes diminuiu o placar com um gol duvidoso de do próprio Baier.

Além disso, os visitantes ainda acertaram a trave duas vezes e passaram a mandar no jogo.

O Corinthians, que parecia uma locomotiva no primeiro tempo, tomou um verdadeiro sufoco no segundo e, por pouco, não viu o empate ser desenhado nos minutos finais da partida.

Com a vitótia, o timão chega a 61 pontos e continua na liderança da competição. Porém, anda vacilando em jogos fáceis. Se não abrir os olhos poderá ter surpresa desagradável no apagar das luzes.

Desencantou?

FOTO: Site Placar / Fernando Dantas Gazetapress
Até que enfim o atacante do São Paulo Luis Fabiano balançou a rede neste Brasileirão. E por duas vezes.

O Tricolor do Morumbi recebeu o até então vice-lanterna Avaí e, com dois gols do "Fabuloso", conquistou a vitória dentro de casa, o que não acontecia há quatro jogos.

No primeiro gol, o atacante lavou a alma. Não fosse o menino Lucas, Luis Fabiano poderia até ter tomado amarelo na comemoração, já que ele tentou tirar a camisa para extravasar, mas foi impedido pelo garoto.

O São Paulo fez um primeiro tempo apático e acabou barrado na forte marcação adversária.

Já no segundo tempo, com a entrada do atacante Fernandinho, o clube das três cores melhorou a movimentação pelo lado esquerdo ofensivo até chegar ao primeiro gol.

Também pela esquerda, Cícero fez boa partida e pode ter colocado de vez o Juan no banco de reservas, o que a torcida são-paulina deve estar comemorando muito.

Com a vitória, o Tricolor chega aos seus 53 pontos e sobe para a sétima colocação. Porém, para se manter na posição, terá de torcer para o Internacional não vencer o Cruzeiro, hoje, às 19 hs, na Arena do Jacaré, em Minas Gerais.

A intensa luta da equipe do Morumbi até o final da competição é por uma vaga na Taça Libertadores da América de 2012. 

Assista aos melhores momentos da partida



Documentário: "Goleiros - Onde não Nasce Grama, Surgem Ídolos"

Meus amigos,

Depois de longo tempo ausente deste blog (foram quase seis meses sem dar a atenção que o leitor tanto merece), eis que "nasce" o trabalho que havia me tirado da ativa do Papo de Bola.

Trata-se do documentário "Goleiros - Onde não Nasce Grama, Surgem Ídolos", que mostrará o surgimento do goleiro no futebol, o início dos treinamentos específicos, o goleiro como "herói" e sua importância para a sociedade.

Assista abaixo o trailer do documentário.



Em breve postarei o vídeo completo. Fique ligado e não perca. Vale a pena ver esse trabalho dedicado à posição mais ingrata do futebol.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

São Paulo é desclassificado e vê Libertadores cada vez mais longe

Definitivamente, quando a fase não é boa, não há nada que mude o cenário.

Se a situação no Campeonato Brasileiro já não é das melhores para o São Paulo, pior ainda na Copa Sul-America.

A equipe comandada pelo técnico Leão foi ao Paraguai enfrentar o Libertad e saiu de lá desclassificado após perder por 2 a 0.

Fez um primeiro tempo tecnicamente bom, mas sofreu o primeiro gol logo no começo de jogo, com Aquino, após um pênalti cometido por Luis Fabiano em cima de Maciel.

Já o segundo tempo o Tricolor mal levou perigo ao gol de Medina.

Enfim, a equipe do Morumbi está fora da Sul-Americana, o que eu considerava o caminho mais fácil para se chegar à Libertadores da América de 2012, mesmo porque a jornada no Brasileirão, daqui para frente, é duríssima.

O São Paulo vive uma fase terrível. Parece que tudo que o clube tenta fazer para solucionar os problemas, vão por água abaixo.

Sinto que a classificação para a competição continental está cada vez mais longe.

É bom o torcedor começar a se preparar para o pior... 

Acabou a festa...

Foto: Diário de S. Paulo
Há tempos não via uma declaração sensata de Juvenal Juvêncio, presidente do São Paulo.

Segundo ele, a contratação de Emerso Leão para o comando da equipe Tricolor até o final do Brasileiro foi "emergencial".

O presidente disse que sua paciência chegou ao fim e que, se as coisas não melhorarem com o novo treinador, ele trocará o time inteiro.

Não é de hoje que venho dizendo que o São Paulo precisa de um "linha dura" no comando e que alguns medíocres jogadores deveriam estar bem longe do Morumbi.

Com a saída do professor Muricy Ramalho o São Paulo virou uma "várzea". Todo mundo fala o que quer, faz o que quer, e se acha craque por estar vestindo um manto tão importante.

No dia em que Leão foi anunciado, percebi a revolta de alguns amigos são-paulinos que são totalmente contra a contratação.

Ouvi dizerem que Leão é fracassado, mal treinador, briguento, marrento, arrogante etc.

Sobre ser briguento, marrento e arrogante até concordo. Ele nunca foi dos mais simpáticos. Pelo contrário, está muito longe disso. Mas dizer que o cara não é bom seria o cúmulo da ignorância.

O trabalho que ele fez no Santos, revelando Robinho, Diego e companhia, além de ter montado aquele maravilhoso time do São Paulo de 2005, que depois sagrou-se campeão da Taça Libertadores da América do mesmo ano, é a prova de sua competência.

Sou da mesma opinião de Juvenal: o jogador que não mostra o mínimo de vontade e dedicação não pode ficar em um clube tão grandioso e de tradição como o São Paulo.

Na pele de Leão, logo de cara afastaria Juan, Xandão, Wellington, Dagoberto, Marlos e outros mais que nem compensa citar. Aliás, daria para montar uma equipe de afastados.

Juvenal disse, também, que está cansado de ver o time do São Paulo ser chamado de "bonzinho", como nomeou Ronaldinho Gaúcho.

E esse é outro motivo pelo qual o presidente são-paulino optou por Leão. Para botar ordem na casa e acabar com o chamado corpo mole.

Posso estar enganado e amanhã vir aqui novamente para dizer que me equivoquei, mesmo porque errar faz parte de qualquer ser humano, mas sinto que dessa vez o Juvenal fez a escolha certa.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Botafogo vence o Corinthians e volta a brigar pelo título

Se o campeonato estava bom, agora ele ficou ainda mais emocionante.

O Corinthians foi a campo defender a liderança e acabou derrotado por 2 a 0 pelo Botafogo, dentro do Pacaembu. (gols de Loco Abreu e Maicosuel)

Se o Corinthians jogou mal? Negativo. Pelo contrário. Teve muito mais posse de bola que o adversário, porém o Fogão foi mais eficiente nas poucas chances que teve.

A vitória colocou, definitivamente, o clube carioca na briga pelo título nacional. Com 49 pontos já é o terceiro colocado, com apenas dois pontos atrás do líder (Corinthians), porém com um jogo a menos.

O JOGO

O Primeiro tempo foi bastante equilibrado, mas, enquanto o Timão esbarrava nas mãos do Renan (goleiro que substituiu Jefferson, ausente por ter servido à seleção Brasileira), os visitantes abriam 2 a 0.

Aliás, vale ressaltar que, além de melhor da partida, Renan provou ser um jogador que merece titularidade em clube grande.

Já a segunda etapa foi bastante atípica. 

O Botafogo se fechou no seu campo de defesa, o que obrigou Renan a trabalhar bastante, e esperou outras oportunidades nos contra-ataques. Isso já era esperado, claro.

O que me surpreendeu foi a quantidade de bolas alçadas pelo Corinthians na grande área adversária. O que não é, e nunca foi, característica do time do Parque São Jorge.

Obviamente isso teve dedo do "estrategista" Tite.

No momento em que ele colocou Adriano em campo a ordem deve ter sido: "vá para a área e resolva". Não resolveu. Mesmo porque futebol não é resolvido em individualidades, mas sim em conjunto.

Aliás, todo time que joga em função de um único jogador acaba, de alguma forma, prejudicado.

No São Paulo isso aconteceu com o próprio Adriano. Não foi uma, nem duas e nem 100 vezes, mas sim quase sempre em que esteve em campo com a camisa das três cores, que vi o Imperador ser lançado na fogueira com a missão de salvar a pátria.

Não adianta. Isso não funciona. Nem mesmo se Adriano estivesse no seu 100% de forma física, o que na verdade não está nem perto de acontecer.

O fato é que o Corinthians sente, e muito, as ausências de Emerson "Sheik" e Liédson. O segundo principalmente, pois era dos pés dele que surgiam os gols mais impossíveis. 

Para Liédson não há bola perdida. Ele acredita em todas as jogadas, não é firulinha, não é cai-cai e chama a responsa.

É, na minha opinião, um dos atacantes mais eficientes desse Brasileirão. 

Hoje o Vasco entra em campo e pode assumir a liderança da competição, caso vença o Atlético-PR, na Arena da Baixada.

Acredito na vitória vascaína, mas ainda assim aposto no Corinthians como campeão desse Campeonato Brasileiro de 2011.

domingo, 9 de outubro de 2011

Na estreia de Adriano, Corinthians passeia no Pacaembu

Foto GloboEsporte.com
O Corinthians atropelou o Atlético-GO - 3 a 0 fora o baile -, no Pacaembu, e assumiu novamente a liderança do Brasileirão.

E é aí que o Corinthians se diferencia dos outros grandes clubes. Quando vê a possibilidade de passar à frente, não desperdiça.

Aproveitou que o Vasco foi goleado pelo Inter, também por 3 a 0, e entrou em campo decidido a vencer bonito.

Não demorou muito tempo para o Timão abrir o placar. Logo aos 9 minutos de bola rolando Leandro Castán subiu no terceiro andar para escorar de cabeça e balançar a rede pela primeira vez na partida.

O gol deixou o Atlético desnorteado. Por pouco o goleiro Márcio não protagonizou o que seria uma tremenda  lambança: Leandro Castán deu um balão do meio de campo e pegou o goleiro adversário adiantado, mas Márcio conseguiu voltar e saltar para evitar o pior.

Daí para frente, o time comandado por Tite deitou e rolou. Acabou com a partida ainda no primeiro tempo.

Aos 37 minutos, Willian, que não marcava há 16 rodadas, acertou um chute de fora da área e marcou um golaço. Aos 41 foi a vez de Alex balançar a rede.

O segundo tempo mais parecia um treino recreativo do que um jogo oficial. O Corinthians tocou a bola com facilidade e só não ampliou o placar porque não quis.

Com a partida ganha, Tite aproveitou para experimentar Adriano, que entrou faltando dez minutos para o apito final. Sua atuação foi bastante discreta, mas muito comemorada pela torcida alvinegra que não parou um só minuto de ovacioná-lo.

No final do jogo, o Imperador disse estar muito feliz pela estreia, mas que ainda tem muito para melhorar. O que estou em pleno acordo com ele.

Independente do retorno de Adriano, como eu já havia dito neste blog, o Corinthians é o maior candidato ao título desta competição. 

Se vencer o Botafogo e o Cruzeiro nas próximas rodadas,  e contando com a instabilidade das outras equipes, dificilmente o Corinthians deixará a liderança novamente.

Santos vence o Palmeiras, mas preocupa para o Mundial

Confesso que ando preocupado com esse time do Santos que terá, em dezembro, o torneio Mundial de Clubes para disputar.

Depois de vencer a Libertadores da América em grande estilo, jogando um futebol envolvente e animado, sua campanha no Brasileirão é deprimente.

Embora tenha vencido o Palmeiras nesta tarde de domingo, na Vila Belmiro,por 1 a 0, a apresentação dos donos da casa não convenceu os torcedores. Pelo contrário.

A sensação que ficou é de que o time comandado pelo técnico Muricy Ramalho está perdido. Mais do que isso, carente de um bom meia-armador.

A verdade é que a partida de hoje, principalmente no primeiro tempo, foi muita fraca tecnicamente. Enquanto o Palmeiras pouco subia ao ataque, o Santos mal via a cor da bola.

O meio-campo santista pouco criou e a bola não chegava no ataque, o que é um desperdício sabendo que o homem de frente é o goleador Borges. E é aí que o Ganso faz falta nesse time, para armar as jogadas e ligar o meio ao ataque. É isso que falta para o Santos.

Apenas na segunda etapa a equipe praiana melhorou sua marcação e passou a comandar o toque de bola, envolvendo o adversário.

Em uma das poucas chances que teve, Borges subiu de cabeça e marcou o gol da vitória. 

Mas repito, para uma equipe que pretende ser campeã do Mundo sobre o Barcelona (isso se vencer a semifinal), o futebol apresentado nos últimos meses está muito abaixo do ideal. Se continuar assim vai levar uma surra até vergonhosa.

sábado, 17 de setembro de 2011

Vasco e São Paulo goleam e assumem as primeiras posições

No Morumbi, o São Paulo recebeu o Ceará e venceu a partida por 4 a 0. Isso mesmo, 4 a 0.

Até seus 20 minutos de bola rolando o Tricolor Paulista havia levado perigo ao gol adversário uma única só vez com Henrique, que subiu de cabeça e exigiu uma importante defesa de Fernando Henrique.

No mais, era a equipe cearense quem comandava o ritmo do jogo. Aliás, não fosse o zagueiro João Filipe, que salvou o Tricolor diversas vezes, o Vovozão poderia ter aberto o placar ainda na primeira etapa.

Nas arquibancadas, a torcida são-paulina, que compareceu em bom número (quase 23 mil torcedores), já iniciava seus gritos de convocação a Rivaldo.

E foi no momento em que o São Paulo parecia mais atordoado que Juan, o lateral-esquerdo, aquele que venho criticando desde que chegou no clube, aproveitou bom cruzamento pelo lado esquerdo para abrir o placar da partida.

O Ceará sentiu pouco o gol e continuou atacando. Mas, no finalzinho da primeira etapa, Pires recebe cruzamento dentro da grande área e, de primeira, chuta para o fundo da rede.

E, se no primeiro tempo o Tricolor parecia perdido, no segundo a história foi completamente diferente. A equipe da casa melhorou o passe curto e chegou ao terceiro gol com Casemniro acertando uma pancada de fora da área. Um golaço.

Aos 13 minutos, o técnico Adilson Batista resolveu ouvir o pedido que vinha das arquibancadas e colocou Rivaldo em campo. A substituição rendeu ao São Paulo mais qualidade no toque de bola e o quarto gol do clube, já que o craque da camisa 10 não perdoou ao receber cruzamento de Lucas. Pegou de primeira num certo "mini-voleio" e balançou a rede. Mais um golaço no jogo.

No final da partida, em entrevista aos repórteres de campo, Rogério Ceni ressaltou a vontade do grupo no segundo tempo e salientou a importância de Lucas para a equipe.

Com a vitória, o São Paulo dorme na segunda colocação, já que o Vasco atingiu a liderança depois da vitória sobre o Grêmio.

Veja os melhores momentos de São Paulo e Ceará




VASCO VENCE E É O LIDER, PELO MENOS POR ENQUANTO...

Assim como o São Paulo, o Vasco foi 4 vezes impiedoso nesta tarde de sábado.

Recebeu o Grêmio, no estádio São Januário, e goleou por 4 a 0.

Embalado pela sua torcida (foram mais de 16 mil pagantes), a equipe cruzmaltina não teve a menor dificuldade para atropelar o tricolor gaúcho, com uma atuação impecável de Diego Souza, que marcou um golaço e participou de outros dois.

Com a vitória, o Vasco chega aos 45 pontos e assume a liderança, pelo menos até amanhã, já que o Corinthians enfrenta o Santos no Pacaembu e, se vencer, atinge os 46 pontos e retorna à primeira colocação.

Já o Grêmio teve sua arrancada freada. A equipe comandada por Celso Roth vinha de três vitórias seguidas e estacionou nos 30 pontos, na 12ª colocação.

Campeonato bom é campeonato embolado.

Veja os melhores momentos de Vasco e Grêmio


domingo, 11 de setembro de 2011

São Paulo perde para o Grêmio e o Timão continua líder

Foto GloboEsporte.com
Depois do empate do Vasco com o Figueirense (1 a 1) e da derrota do Botafogo para Coritiba (5 a 0), o único que poderia tirar a liderança do Corinthians, que perdeu para o Fluminense (1 a 0), era o São Paulo.

Porém, a equipe do Morumbi, que foi ao Rio Grande do Sul encarar o Grêmio, saiu de campo derrotado e ainda perdeu uma posição na tabela (de segundo caiu para terceiro colocado).

A partida começou bastante disputada. As duas equipes com um bom toque de bola e a marcação firme no meio de campo, mas pecando no passe final, aquele que deixa o atacante na cara do gol.

No segundo tempo o São Paulo passou a dominar a partida. e foi justamente neste momento que o Grêmio, numa jogada isolada do jogo, chegou ao gol da vitória.

Tudo começou com o São Paulo no ataque. Juan, que mais uma vez foi o pior em campo, acertou, sei lá como, um cruzamento perfeito na cabeça de Casemiro que só escorou para o fundo da rede. Mas o árbitro Héber Roberto Lopes "achou" uma irregularidade do volante são-paulino e anulou, equivocadamente, o gol do Tricolor Paulista.

Logo em seguida, na saída de bola, o Grêmio encaixou uma boa jogada que resultou no gol de Douglas.

Daí para frente o São Paulo iniciou uma pressão para cima dos donos da casa, mas nada que levasse perigo ao gol de Victor.

Dessa forma, o clube do Morumbi cai uma posição na tabela (veja a tabela completa ao lado) e mantém o Corinthians na liderança da competição. Aliás, o Timão deve agradecer a incompetência de Vasco, Botafogo e São Paulo. 

Corinthians joga mal e perde para o Fluminense

O Corinthians não jogou hoje contra o Fluminense, nem de longe, metade do que jogou quinta-feira contra o Flamengo, quando venceu a partida de virada após um espetáculo dentro de campo.

Na partida de hoje, viu o Fluminense dominar o primeiro tempo até chegar ao único gol da partida, com Fred batendo falta.

O segundo tempo até parecia que seria diferente. A equipe comandada por Tite partiu para cima dos donos da casa para tentar empatar a partida, mas o poder ofensivo não durou mais do que 15 minutos. Logo o Flu voltou a equilibrar o jogo. Aliás, o Tricolor carioca se fechou no campo de defesa e ficou apenas à espera do contra-ataques.

Isso aconteceu diversas vezes, porém todas sem perigo ao gol do goleiro Júlio César.

Com o Corinthians sem conseguir furar a marcação adversária e o Flu ineficiente nos contra-ataques a partida terminou 1 a 0 para o Fluminense. resuktado que pode tirar a liderança do Timão caso o São Paulo, que está jogando neste minuto, vença o Grêmio no Olímpico.

Vasco e Botafogo poderiam ter assumido a liderança caso tivessem vencido seus jogos. Porém a equipe Cruzmaltina apenas empatou com o Figueirense, enquanto o Botafogo foi goleado pelo Coritiba por 5 a 0.

sábado, 10 de setembro de 2011

Obrigado, Rogério Ceni. Você é 1000

Há momentos nessa vida que merecem ser registrados e guardados a sete chaves. No esporte não é diferente.

Os títulos mundiais do São Paulo, em 1992, 1993 e 2005, as coquistas das Copas do Mundo pela seleção Brasileira, em 1994 e 2002, o retorno de Ronaldo (fenômeno) ao futebol brasileiro, defendendo a camisa do Corinthians, o gol de número 100 de Rogério Ceni, uma marca incrível se tratando de um goleiro, dentre outras situações inesquecíveis que pude acompanhar, graças a Deus, ficarão eternamente guardados na minha memória.

A última, no entanto, aconteceu na quarta-feira passada, feriado de 7 de setembro, e teve um gostinho especial para mim, principalmente porque estive presente. O São Paulo bateu o Atlético-MG, no Morumbi e assumiu, provisoriamente (porque no dia seguinte o Corinthians venceu o Flamengo e voltou à primeira posição na tabela), a liderança da competição.

Porém, o resultado foi o que menos interessou aos mais de 60 mil presentes no estádio do Tricolor Paulista. A torcida são-paulina, e eu me incluo nessa, queria mesmo era festejar a marca dos 1000 jogos do goleiro artilheiro Rogério Ceni.

A diretoria do clube preparou uma festa bonita que começou desde a entrada no estádio. Para todos os pagantes que foram assistir ao espetáculo foi dada uma bendeira e uma braçadeira de capitão com mensagens parabenizando o jogador são-paulino.

Queima de fogos, músicas a gosto do goleiro e dois telões enormes passando o DVD comemorativo dos 100 gols foram as surpresas que incendiaram as arquibancadas. Por sinal, o torcedor também fez a sua parte. Além de lotar o estádio, não parou um só minuto de ovacionar o ídolo.

Veja o vídeo gravado de dentro das arquibancadas com a festa tricolor


Rogério Ceni merece todo o respeito daqueles que acompanham futebol, independentemente de ser ou não são-paulino. É um dos poucos jogadores no mundo que criou uma identidade de amor ao clube e que permaneceu por tanto tempo vestindo uma única só camisa.

E é por isso que eu, mesmo que atrasado, venho fazer uma homenagem ao maior goleiro artilheiro do mundo.

Parabéns, Rogério Ceni. É uma tremenda satisfação poder ter acompanhado sua carreira desde o seu primeiro dia de jogador de futebol profissional. Terei o maior orgulho em dizer aos meus filhos, netos e quem sabe até bisnetos, que vivenciei a "era Rogério Ceni" e que estive no estádio no seu jogo de número 1000 da carreira.

Obrigado!

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Enfim, São Paulo vence com folga

Parecia uma partida de Libertadores da América.

Daquelas em que o adversário é um clube argentino e que já fez o resultado dentro de casa, vindo para o Brasil apenas para segurar o empate.

Foi assim que o Ceará se comportou no primeiro tempo da partida de ontem (quarta-feira) contra o São Paulo, no estádio do Morumbi.

Veio a São Paulo na intenção de segurar o empate e, no máximo, aproveitar um contra-ataque para matar de vez a partida, já que no primeiro encontro das duas equipes venceu por 2 a 1.

A primeira etapa realmente dava pinta de que os donos da casa não seguiriam adiante na competição.

Porém, logo no iníco do segundo tempo o Tricolor mostrou uma postura mais ofensiva.

Com Cícero no lugar de Fernandinho, que deixou o gramado machucado, o São Paulo formou um ataque com três atacantes, já que Lucas passou a atuar ao lado de Dagoberto, porém caindo pelo lado direito, onde ele rende muito mais.

Por sinal, foram deles (Cícero, Lucas e Dagoberto) os gols que sacramentaram a vitória da equipe do Morumbi e que levaram o clube à classificação para a próxima fase da Sul-Americana.

A bola murcha, mais uma vez, fica para Juan, que ainda não conseguiu mostrar futebol à altura de um clube como o São Paulo.

Continua errando passes curtos, cruzamentos e ainda perdendo chances claras de gol. Minha nota a ele é "3".

O destaque, no entanto, fica para um jogador que não faz gol e sequer chega perto da área adversária. Estou falando do zagueiro João Filipe, que foi fundamental nos desarmes das jogadas do Ceará. Ele e o menino Lucas recebem nota 8,5.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Enquanto São Paulo e Flamengo dão vexame, Corinthians sobra na competição

O Corinthians vem, a cada rodada, provando que é o maior candidato ao título desse Brasileirão 2011. Na última quarta-feira, foi a Minas Gerais enfrentar o Galo e venceu o jogo com uma virada heróica.

Perdia por 2 a 0 até o início do segundo tempo. Porém, o técnico Tite, que particularmente acho muito fraco, mexeu muito bem na equipe durante o intervalo e o Timão voltou com outra postura. Dessa forma, virou a partida vencendo por 3 a 2.

O que falta na maioria dos clubes atuais, sobra no Corinthians: confiança,  garra e vontade de ser campeão. Aliás, o clube do Parque São Jorge entendeu que, para conquistar o título, tem de fazer de cada jogo uma final.

O Flamengo, segundo colocado na tabela, foi goleado por 4 a 1, ontem (quinta-feira), pela fraca equipe do Atlético-GO, em pleno Engenhão, com toda sua enorme torcida a favor.

Segundo o técnico Vanderlei Luxemburgo, não há com o que se preocupar e a derrota pode servir "para acordar".

Será? 

Tenho dito desde o começo que o Flamengo será o maior cavalo paraguaio desse campeonato. Posso até me enganar, mas é isso que sinto dessa equipe rubro-negra.

Já o São Paulo empatou novamente contra um time fraquíssimo. Ontem foi a vez do América-MG arrancar alguns pontinhos da equipe do Morumbi.

O primeiro tempo foi medonho. Não houve sequer uma boa jogada, exceto a bola na trave de Rivaldo aos dois minutos de bola rolando.

O Tricolor até melhorou na segunda etapa, mas não foi o suficiente para agradar o torcedor. Pelo contrário, os poucos são-paulinos presentes no estádio Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, não perdoaram o técnico Adilson Batista que diversas vezes foi chamado de "burro". Principalmente quando sacou Dagoberto para colocar Fernandinho em campo.

O único bom momento desse confronto foi os cinco minutos finais. O São Paulo abriu o placar aos 41 minutos com o gol de Marlos após uma jogada no mínimo estranha.

Obviamente, pelo futebol apresentado pelas duas equipes, o empate seria o resultado mais justo. E isso aconteceu dois minutos depois graças ao golaço de Kempes, que acertou uma bicicleta dentro da grande área e deixou tudo igual. Final: 1 a 1.

Não foi a primeira, nem a segunda, nem a terceira, nem a décima e não será a última vez, acredito eu, que o São Paulo perderá a chance de assumir posições melhores.

Ontem, com a derrota do Flamengo, seria a grande chance de abocanhar o segundo lugar e encostar no líder Corinthians. Como eu disse, seria...

E é por isso que ainda acho o Corinthians o forte candidato ao caneco. Porque é uma equipe que tem um pensamento diferente. É um time focado e com poder de reação, não só dentro de uma partida, mas dentro de todo o campeonato.

Isso faz a diferença!




domingo, 31 de julho de 2011

A fé que vem das quatro linhas

Maradona ultrapassa os limites do esporte, torna-se famoso, vira ídolo e, de repente, é considerado um deus, com direito a igreja, bíblia e dez mandamentos dedicados a ele


Quando se fala de futebol, logo se imagina duas equipes diferentes lutando acirradamente pela vitória de seu time. A primeira imagem que nos vem à cabeça é a da bola balançando o lado de dentro da rede. É o “gol”, o momento mais esperado de um jogo de futebol. Porém, poucos sabem que há muito mais a ser discutido sobre o assunto. Muito mais do que, simplesmente, o esporte jogado em si. Há, inclusive, uma contextualização antropológica profunda e que explica como o cidadão comum mantém sua fé e suas crenças nos dias atuais.

O esporte mais praticado pelo mundo todo nasceu na sociedade industrial e, desde então, exerce diferentes funções na vida das pessoas em geral. Uma delas, por exemplo, é a de ser uma alternativa sagrada, já que, segundo o pesquisador e professor de História Medieval da Universidade de São Paulo (USP), Hilário Franco Júnior, em seu livro ‘Dança dos Deuses’, “muita gente parece substituir as antigas divindades por clubes de futebol, pois há um vazio espiritual do mundo ocidental de hoje, cuja lógica é criar falsas necessidades às quais se devem aderir para contar com respeito social”.

Dessa maneira, entende-se com facilidade o que o professor quis dizer ao relatar que gestos religiosos, sejam eles ortodoxos ou não, cercam todo o ambiente futebolístico. “Os jogadores são ‘ídolos’, a camisa e a bandeira do clube, ‘manto sagrado’, os gols aparentemente e lógicos, ‘espíritas’, as defesas incríveis são ‘milagrosas’ e seus autores ‘santos’ ”, ressalta Franco Jr.

Assim como na religião, o futebol possui seu templo sagrado (estádios) no qual seus fieis (torcedores) se reúnem espontaneamente com a mesma função religiosa: orar pela mesma divindade, ou seja, torcer para o mesmo clube, evocando seus deuses em forma de cânticos (gritos e hinos do clube) e acreditando que uma força maior trará a boa sorte e a graça, enfim, será alcançada (vitória). Nesse momento, não há nenhuma barreira capaz de diferenciá-los sociologicamente. “Alguns vão ao estádio de automóvel e ficam nas numeradas, outros vão de ônibus e ficam nas arquibancadas”, é o que diz o professor.

Levando em conta que realmente o futebol é religião, é natural que haja comparações e reverências de jogadores, que são os principais personagens, a deuses. A imprensa e os próprios jogadores costumam fazer o papel de glorificar os melhores da profissão. Mas são os torcedores quem realmente endeusam seus ídolos.

Missa na Igreja Maradoniana
Na Argentina, por exemplo, a glorificação a Maradona, considerado pelo povo argentino o verdadeiro “deus do futebol”, excedeu a qualquer limite já visto na história.

No dia 30 de outubro de 2002, noite em que Maradona comemorava seus 53 anos de idade, amigos do ex-jogador, que viviam na cidade de Rosário, na Argentina, tiveram a ideia de fundar uma igreja para a consagração religiosa de seu deus. Sim, um templo exclusivamente dedicado a Diego Armando Maradona.

Para a celebração da nova religião, que nasceu do amor eterno de torcedores argentinos fanáticos pelo seu maior ídolo, a Igreja Maradoniana realizou uma cerimônia de lançamento conduzida pelos dois grandes amigos do craque, os jornalistas Alejandro Verón e Hernán Amez. Além deles, mais de 400 pessoas compareceram ao evento “religioso”.

A igreja "A Mão de Deus", como também é chamada, em alusão ao gol feito por Maradona contra a seleção inglesa, na Copa de 86, quando a Argentina foi bicampeã mundial, foi inspirada na Igreja Católica, e até tem os seus peculiares dez mandamentos. Um deles, e esse talvez seja o mais dos fervorosos ensinamentos da religião, é batizar os filhos com o nome de Diego. Já o Natal é comemorado no dia de aniversário de Maradona. Por incrível que pareça, existe uma Bíblia, cujas palavras são nada mais do que a própria biografia do ex-jogador.
Gol de mão feito por Maradona na final da Copa de 86
Rodrigo, que prefere não ter seu nome completo revelado por questões particulares, é um brasileiro de 32 anos apaixonado por futebol e que foi morar na Argentina em março de 2005. A princípio, quando chegou no país, sentiu um calor semelhante ao do Brasil no que diz respeito ao futebol. Percebeu, inclusive, que as pessoas também se reuniam em bares para ver os grandes jogos, dos campeonatos locais e do nacional, e que rojões também são estourados a cada gol importante.

Surpreendeu-se com o amor que os torcedores do Boca Júniors têm pelo clube do coração que, para ele, fez lembrar da torcida apaixonada do Corinthians. “Sou são-paulino, mas quando pisei pela primeira vez no estádio La Bomboneira parecia estar dentro de um caldeirão lotado de corintianos. Em certos momentos deu medo, confesso, mas depois me acostumei e até entrei na farra. O coração parecia vir à boca”, disse Rodrigo sem perder a oportunidade de exaltar seu time de coração. “Quando fui ao estádio Monumental de Núñes, assistir River Plate e Independiente, a sensação foi outra. O estádio é mais sólido, parece mais organizado, melhor estruturado, além de estar situado num local mais elitizado. Lembrou-me os tempos em que eu frequentava o Morumbi para assistir aos jogos do meu tricolor querido”.

Mas não foi a paixão dos torcedores do Boca e nem muito menos o clima caseiro e amistoso que sentiu no Monumental que deixou o brasileiro encantado. Depois de ouvir falar bastante sobre a Igreja Maradoniana, que tanto criticou aos amigos argentinos, seguidores da nova religião, Rodrigo resolveu conhecer o tal santuário.

Ainda a caminho do local, em Rosário, Rodrigo fez piadinhas e chegou a dizer que criar uma igreja para reverenciar um ex-jogador de futebol já era absurdo, principalmente por se tratar de uma figura pra lá de polêmica. Afinal de contas, Maradona já havia tido muitos problemas com drogas. Numa delas até ficou internado, correndo risco de morte. Mas, segundo Rodrigo, absurdo mesmo era alguém, sabendo de todos os “pecados” cometidos pelo ex-jogador, pisar num santuário como esse. “Antes de chegar ao local, comentei com um de meus amigos, seguidor fervoroso da tal igreja, que eu só poderia estar louco”, ressaltou.

Assim que o brasileiro chegou à frente da igreja, percebeu que algo a mais tinha no olhar daqueles fieis que, à porta, esperavam o início do culto. “Dava para perceber que não era apenas uma brincadeira, um simples fã clube se divertindo. O negócio era sério”.

Tão sério que um dos fundadores da igreja, Hernán Amez, em entrevista ao portal UOL, afirmou que Maradona é um deus vivo, presente de carne e osso, e não apenas de espírito, na vida das pessoas. “Nós podemos vê-lo na TV dando entrevistas, podemos ver imagens dele dentro de campo ou até mesmo escutá-lo no rádio, enfim, ele é um ser presente”, exaltou Amez.

A primeira pergunta que Rodrigo fez ao entrar na igreja causou certo nervosismo por parte dos fieis. “Para alguém ser considerado deus algum milagre teria de ser registrado. E foi justamente isso que perguntei a um deles”. A resposta, segundo o brasileiro, veio de um seguidor em tom áspero e nada amigável. “Ele (Maradona) provou ser um deus do esporte ao trazer o título mundial de 1986. Já Batista e Burrochaga (companheiros de Maradona na conquista do mundial) são santos, porque estiveram presentes no momento do milagre”.

O brasileiro ouviu os argumentos do argentino e permaneceu calado, pensativo. E embora não concordasse, respeitou a fé e a crença não apenas daquele que lhe deu a resposta, mas de todos os presentes naquela sala. Minutos depois, o culto deu início com uma oração dedicada ao “deus” Maradona. Rodrigo, mais uma vez, apenas observou de longe. Olhou nos olhos de cada um, inclusive de seu amigo que o levou àquela situação. No final, as pessoas se abraçaram umas às outras, como se fossem todos de uma só família.

“Fiquei um tanto quanto deslocado, mas pude sentir de perto o que é religião, o que é acreditar em algo, enfim, o que é, de fato, a fé. Cada um acredita naquilo que lhe parece seguro”, explicou Rodrigo, porém deixando claro que a sua fé continua no Deus criador do universo. “Para mim, Deus é um só. E é aquele que nos colocou no mundo, o criador de tudo isso que conhecemos como vida. Já no futebol, os hermanos que me perdoem, mas igual a Pelé, nem mesmo se tivessem nascido dois Maradonas”, sorriu.