Não é de meu costume, mas hoje vou abrir espaço no blog “Papo de Bola” para falar sobre uma verdadeira “Lenda” do esporte mundial que não viveu o mundo da bola. Aqui, no PB, nós abordamos, discutimos e comentamos assuntos relacionados ao futebol, mas certas figuras de outros esportes, presentes ou não no nosso meio, merecem total respeito. Assim será com Ayrton Senna da Silva.
Quando criança, nos meus três ou quatro anos de idade, minha mãe me levava para a escolinha acompanhada de uma amiga vizinha, que também levava sua filha para a mesma escolinha. Essa amiga não perdia a mania de sempre fazer o mesmo comentário. “Nossa, o seu filho é a cara do piloto Ayrton Senna”. De tanto escutar a tal vizinha, comecei a assistir as corridas. Daí para frente, comprei figurinhas, comprei um boné igual o que ele usava, escrito Banco Nacional, brinquei de corrida com meus colegas, enfim. Virei um fã mirim de Senna.
No dia 1 de maio de 1994, um domingo, acordei cedo e fui ao parque do Ibirapuera jogar bola, Cheguei em casa por volta do meio dia. Almocei e sentei para ver a corrida. Na época, tinha apenas 12 anos de idade, mas pude perceber que as coisas não estavam boas. A imagem de Senna preocupado com a corrida, pois no dia anterior, em treino oficial, um piloto havia falecido naquela mesma pista, parecia querer nos dizer algo. Aliás, o que passou na cabeça dele? Um mistério que jamais será desvendado.
Essa seria sua última corrida. Senna veio a falecer, ainda na pista, depois de um acidente que até hoje não sabemos as verdadeiras causas. Um acidente que, de certa forma, diretores e organizadores do evento preferiram abafar, esfriar. Será que por Interesses? Não tenha dúvida.
Lembro-me que nessa mesma data, era dia de clássico no estádio do Morumbi. Palmeiras e São Paulo se enfrentaram, mas antes de começar a rivalidade dentro das quatro linhas, as duas torcidas se uniram e cantaram juntas, por alguns minutos, um grito que só se ouvia nos autódromos em que Senna fazia aquilo que mais gostava na vida, correr: “Olê, Olê Olê Oláááá... Senna, Senna”. Jamais esquecerei essa imagem emocionante das torcidas rivais.
Se no futebol há uma “lenda” viva chamada Pelé, no automobilismo existiu uma chamada Ayrton Senna, que viverá eternamente nos corações de quem o viu correr. Hoje se completa 15 anos sem um dos maiores ídolos que o mundo já teve.
Como dizem por aí: Acelera Ayrtonnnnnnnnnnnnnnnnn
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