O futebol, assim como qualquer outra coisa na vida, vive de momentos. Nem sempre o clube do seu coração é o protagonista da vez. Muitas vezes não passa de mero coadjuvante.
Neste sábado, 23, aproveitei o tempo frio e chuvoso da capital paulista para acompanhar, dessa vez pela televisão, à partida entre São Paulo e Bragantino, que aconteceu no estádio do Morumbi, em jogo válido pelo Campeonato Paulista.
O São Paulo fez a lição de casa e bateu o visitante por 2 a O, mas apresentou um futebol bem abaixo daquilo que se espera de um clube grande, com estrutura similar à de um clube europeu. Aliás, assim tem sido as apresentações da equipe do Morumbi em todas as partidas.
A grande aposta do Tricolor, Paulo Henrique Ganso, ainda não conseguiu fazer uma grande partida e cair nas graças da torcida. E dessa vez não há desculpa, pois o meia jogou os 90 minutos. Enquanto isso, o principal goleador do time, Luis Fabiano, voltou a balançar a rede, mas continua nos passando a impressão de que perdeu o prazer de jogar futebol. Os demais, com excessão de Rogério Ceni, que novamente teve uma boa atuação, tiveram atuações discretas. Ou seja, é um São Paulo muito apático, sem brilho, sem emoção, sem vibração.
A primeira colocação na competição estadual não condiz com o momento do São Paulo. A classificação para a segunda fase da Taça Libertadores da América, que é o campeonato que o clube tanto prioriza, está ameaçada. E, sinceramente, não acredito que o São Paulo avance. Se isso ocorrer, a chance de dar um vexame logo nas oitavas de final é grande.
O Bragantino, por sua vez, vem fazendo uma campanha que está dentro do planejamento do clube. É bem possível que ainda briguem por uma vaga nas quartas de final do Paulistão. Porém, se isso não acontecer, terminar em nono ou décimo não seria de todo o mal para um clube considerado pequeno e que tem um elenco pra lá de limitado.
Agora, devo confessar algo. Enquanto a bola rolava, me lembrei de uma fase incrível vivida por essas duas equipes no início dos anos 1990. Foram duas partidas incríveis que aconteceram entre as duas equipes em 1991. O primeiro jogo foi no dia 5 de junho, no Morumbi, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro. Foi o primeiro jogo da final e o Tricolor venceu por 1 a 0, com gol de Mário Tilico.
Só para não passar batido, o São Paulo, à época, era comandado pelo grande mestre Telê Santana e foi a campo com com jogadores como Zetti, Cafu, Ricardo Rocha, Leonardo, Raí e Muller. Do outro lado estava o então técnico Carlos Alberto Parreira, atualmente coordenador técnico da Seleção Brasileira e tetracampeão mundial com o Brasil, em 1994. Em campo, os destaques do Bragantino ficavam por conta do volante Mauro Silva e do atacante Mazinho.
A segunda e decisiva partida aconteceu no dia 9, no estádio Marcelo Stéfani, que mais tarde se tornaria o Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista. Não houve gols e o Tricolor Paulista sagrou-se tricampeão Brasileiro.
Pois é, meus amigos. Há fases e fases. E a atual é triste...
Nenhum comentário:
Postar um comentário