quinta-feira, 25 de junho de 2015

Há 22 anos Rogério Ceni estreava no São Paulo

Rogério Ceni completa hoje exatos 22 anos de sua estreia com a camisa do São Paulo Futebol Clube, a única que vestiu em toda sua carreira como jogador de futebol profissional.
 
O jogo que deu a Ceni a chance de atuar pela primeira vez foi contra o Tenerife (ESP), pelo Troféu Santiago de Compostela, em 1993.
 
Coincidentemente, a estreia do "mito" aconteceu exatamente no jogo seguinte à despedida de outro ídolo, o Raí, que se transferia a Paris para defender o Paris Saint Germain.
 
Logo em sua estreia, Ceni mostrou qualidade defendendo um pênalti que o classificou para a final da competição.
 
Na partida seguinte, contra o River Plate, o arqueiro tricolor repetiu o feito e sagrou-se campeão pela primeira vez. Foi, na verdade,  primeiro de muitos que estavam por vir.
 

Foto: Site Oficial do São Paulo
"Quando defendi o pênalti contra o Tenerife ganhei confiança e daí em diante fui me firmando. Na final contra o River, consegui pegar mais um pênalti e fomos campeões", disse Ceni ao portal oficial do São Paulo.
 
Embora tenha estrado naquela oportunidade, Rogério Ceni teve de trabalhar a paciência para de fato assumir a titularidade do time, já que a camisa 1 tinha um dono incontestável.
 
O grande Zetti, campeão da Libertadores e do mundial de clubes pelo Tricolor Paulista, estava vivendo a melhor fase em sua carreira e ainda vestiria as cores do clube do Morumbi por mais três anos.
 
"Na época, o Zetti estava na Seleção Brasileira e surgiu a oportunidade de estrear. Quando viajei para a disputa do torneio, eu esperava ficar no banco, mas na preleção fui informado que iria para o jogo. Fiquei muito contente e ansioso, porque tinha apenas 20 anos de idade e iria defender o São Paulo pela primeira vez", relembrou.
 
 
De lá para cá, Ceni colecionou diversos títulos importante e bateu vários recordes. Foram 27 títulos (12 conquistados dentro de campo), mais de mil jogos e balançou as redes 129 vezes. Há pouco tempo, superou a marca de Raí e se tornou o décimo artilheiro do clube.
 
Com certeza é o maior ídolo do São Paulo ao longo da história do clube, não apenas pelas grandes marcas, mas principalmente por mostrar o amor que tem pelo tricolor.
 
Dificilmente um jogador de futebol atua tanto tempo, jogando em alto nível, pelo mesmo clube que o revelou.
 
Isso está fora da realidade do futebol atual.
 
E, embora eu defenda sua aposentadoria há pelo menos uns dois anos, até para que Ceni evite tantos desgostos e frustrações com a atual situação do clube (que não vence um torneio importante desde 2008, quando se sagrou tricampeão brasileiro), é muito bonito ver a dedicação de um profissional a uma instituição que lhe abriu as portas quando ainda era apenas um garoto cheio de sonhos.
 
Que o exemplo de Rogério Ceni, regado de muita dedicação e profissionalismo, sirva aos futuros boleiros que estão começando no esporte e que já vislumbram o sucesso.
 
FICHA TÉCNICA DE SÃO PAULO 4 X 1 TENERIFE:
 
Local: Estádio Municipal San Lázaro, Santiago de Compostela (ESP)
Data: 25/06/1993
Árbitro: Puentes Leira de Ferrol (Espanha)
Público: 2 mil pessoas
Gols: Guilherme (4)
SÃO PAULO: Rogério Ceni; Vítor, Lula, Ronaldão (Gilmar, 37/2) e Ronaldo Luís (Marcos Adriano, 37/2); Pintado, Dinho, Toninho Cerezo (Juninho, 25/2) e Gustavo Matosas; Douglas (Jamelli, 37/2) e Guilherme.. Técnico: Márcio Araújo.
TENERIFE: Agustín; Llorente, Toño, Matta (Toni) e Berges; César Gómez/capitão, Chano, Felipe e Quique Estibaranz; Castillo e Dertycia. Técnico: Jorge Valdano.

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