quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
E ainda tem gente que não grita o nome dele
A Semana já andava estranha no Morumbi.
Primeiro, Ricardo Gomes, técnico do São Paulo, diz que Rogério Ceni, o maior ídolo da história do clube paulista, não será mais o cobrador de pênaltis oficial da equipe. Depois, pede paciência aos torcedores para que só o cobrem após o dia 10, qundo se inicia a Taça Libertadores da América. E, agora, ele escala um São Paulo que não chega a nível da equipe que está disputando a Copinha.
Claro. É começo de temporada. Apenas o segundo jogo do Campeonato Paulista. Para que se preocupar? Estou certo, sr. Gomes?
Será que a torcida e a diretoria são-paulina entendem dessa mesma forma? Será que tirando a autoridade do capitão e resolvendo escalar todos os recém-chegados juntos de garotos da base é a solução dos problemas?
É obvio que não. O que assistimos hoje, na partida contra o Mirassol, foi mais um vexame tricolor.
Não, meu amigos. Não é exagero. Uma equipe grande como a do São Paulo, que possui um elenco tão forte, com jogadores tão experientes, não pode começar uma competição com pinta de quem vai brigar para não cair.
Não é no jogo que se faz "experiencias" na equipe. Para isso existe os treinamentos. Para montar, desmontar, trocar, experimentar, enfim. Falo isso porque foi o próprio Ricardo Gomes quem disse que, neste ano, a Libertadores não seria priorizada. Que o São Paulo montaria um esquadrão forte para vencer todos os campeonatos que disputasse. Desse jeito?
Ora, se ele diz "todos os campeonatos", o Paulistão está incluído.
Hoje, contra o Mirassol, a equipe do Morumbi tomou um "vareio" de bola. Isso porque enfrentou uma equipe relativamente fraca.
Fez um primeiro tempo horroroso. Sofreu o gol antes dos dez minutos e sequer resolveu reagir. Só deu Mirassol na primeira etapa.
O segundo tempo parecia que seria do mesmo jeito. Evandro, atacante do Mirasol e autor do gol, fez a zaga do São Paulo, composta pelo estreante André Luis e pelo sonolento Renato Silva, bater cabeça. Por pouco os donos da casa não ampliaram.
Somente após os 20 minutos da segunda etapa, quando Mazola deixou o gramado para a entrada de Sérgio Mota, é que o Tricolor começou a jogar bola. O meia é rápido e deu velocidade à equipe, iniciando um toque de bola mais envolvente. Dessa forma, o São Paulo passou a dominar o jogo e as bolas começaram a chegar na área adversária.
O único problema é que o Tricolor contratou um segundo Washington. Sim, mais um "campeão" em perder gols. Roger teve, no mínimo, 4 boas chances e disperdiçou todas.
Fico imaginando se Ricardo Gomes, que anda meio maluco, resolvesse deixar como dupla de ataque Roger e Washington. Meu Deus. É uma dupla que não serve para time grande. Washington já teve sua chance, em outros clubes, há algum tempo. Não dá mais. E Roger, bom, esse nunca foi "bolão". Não será no São Paulo que ele vai desencantar. São jogadores para equipes de menos expressão no Brasil como Avaí, Portuguesa, Santos enfim. Com todo respeito à todas essas equipes.
Mas voltando ao jogo. O São Paulo tem de agradecer a Richarlyson, que há muito tempo tem jogado bem e sequer tem seu nome gritado pela ignorante torcida do São Paulo. Nos últimos minutos da partida, com muita raça, como sempre, ele fez uma jogada individual e empatou o jogo para o Tricolor marcando um belo gol.
Na minha opinião, o São Paulo não merecia o empate por dois motivos: primeiro, pela terrível mexida do Ricardo Gomes na hora errada e local inapropriado. Segundo, porque a equipe foi uma decepção na partida de hoje. Só não perdeu porque o Mirassol é fraco e também falhou bastante.
Deixo um aviso: Roger será mais um Washington no Morumbi.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário