Quando a gente pensa que a novela está chegando a seus capítulos finais, eis que surge um fato novo para prorrogá-la e deixá-la ainda mais chata.
Na manhã desta quarta-feira, o São Paulo obteve a cassação da liminar do Flamengo, no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, e garantiu, pelo menos por enquanto, a permanência da famosa Taça das Bolinhas.
Dias atrás, a CBF foi obrigada a reconhecer o título do Sport depois que o clube pernanbucano entrou com uma ação judicial.
Mas o Flamengo não pretende esquecer o caso. Para Rafael de Piro, vice-juríco do Flamengo, a decisão não tem tanta importância quanto o São Paulo imagina.
"A liminar não foi simplesmente cassada, não é bem assim. A Justiça apenas decidiu que o caso deve ser de responsabilidade da CBF", disse Piro ao site GloboEsporte.com.
Agora será vez do Flamengo recorrer à decisão e a briga deve durar por mais tempo, ridicularizando cada vez mais os dois clubes.
Eu já disse: a melhor maneira de acabar com isso é ou botando fogo nesse troféu ou crinando uma nova taça, assim cada clube ficaria com uma.
O fato é que essa história já cansou.
Clique aqui e saiba quando e como surgiu a polêmica que envolve a Taça das Bolinhas
Liédson, autor de três gols na goleada sobre o Tricolor
O Corinthians venceu o São Paulo, no Pacaembu, por uma goleada histórica de 5 a 0.
Mas a tragédia já estava anunciada.
O São Paulo foi a campo com um enorme desfalque de 8 (oito) jogadores.
Pior que isso, para substituir os titulares o técnico Paulo César Carpegiani resolveu escalar alguns garotos da base, ignorando totalmente os mais veteranos Ilsinho e Rivaldo, que ficaram no banco.
Desde o primeiro tempo, o domínio foi total da equipe alvinegra. O São Paulo não viu a cor da bola.
Rogério Ceni fez algumas grandes defesas, enquanto, lá na frente, Dagoberto perdia duas boas oportunidades de abrir o placar. "Quem não faz, toma!"
Ainda assim, o meio de campo Tricolor não conseguia segurar a posse de bola e possibilitava os contra-ataques do rival.
Não bastasse parecer uma barata tonta, o São Paulo se viu em situação ainda mais delicada ao perder Carlinhos Paraíba, que deixou o campo expulso.
O segundo tempo começou a todo vapor. O Corinthians, com a vantagem de um jogador sobre o São Paulo, não pensou duas vezes ao partir para cima do clube do Morumbi.
Antes mesmo do primeiro minuto de bola rolando, Danilo, ex-São Paulo, com toda liberdade do mundo, abriu o placar para os donos da casa.
Nesse momento é que Carpegiani deveria ter mexido na equipe. Era visível que faltava a presença de um cara experiente no meio de campo. Era o momento de Rivaldo entrar.
Isso não aconteceu. Permaneceu a teimosia do treinador que, não fosse a multa contratual absurda de mais de 1 milhão de reais, já era para estar bem longe do Tricolor Paulista.
Daí para frente, o que era dificuldade passou a ser desespero para o São Paulo.
Tocando bem a bola e colocando o rival na roda, como se diz na gíria do futebol, não demorou muito para o Timão chegar ao segundo gol. Aliás, depois do segundo a porteira abriu de vez.
Embalado pelo "olé" que vinha da torcida, o clube do Parque São Jorge marcou mais três, fechando a goleada de 5 a 0.
Claro que é uma vitória que dá muita moral ao clube e que pode ser decisiva lá na frente da competição, quando um único ponto pode fazer toda a diferença.
Mas o torcedor do Corinthians tem mais é que aproveitar para brincar, tirar sarro, enfim. Porém, não pode se iludir.
Primeiro porque o Corinthians não tem lá uma equipe tão forte assim. Segundo porque esse resultado está fora da realidade. Bateram num time de garotos, sem experiência (alguns fizeram até sua estreia como titular) e que atuou grande parte do jogo com um jogador a menos.
A vitória rendeu ao Corinthians a vice-liderança da competição, com 13 pontos e um jogo a menos.
Ao São Paulo, nada mudou. Segue líder da competição com 15 pontos ganhos.
Veja os gols do Corinthians na goleada sobre o São Paulo
Definitivamente não sei o que acontece com o Ronaldinho Gaúcho. Há tempos ele não faz bons jogos. Isso desde os tempos de Europa.
Aqui no Brasil, mais precisamente no Flamengo, Ronaldinho vem sido criticado e até pressionado. Não apenas pela torcida rubro-negra, mas, principalmente, pela mídia carioca.
No meio da semana, chegou a cogitar uma possível aposentadoria antecipada.
Há poucos minutos o Flamengo venceu o Atlético-MG, no Engenhão, por 4 a 1. Por incrível que pareça, o homem do jogo foi ele, Ronaldinho Gaúcho.
No primeiro tempo, embora tenha sido muito abaixo do que se espera das duas tradicionais equipes, só deu Galo. O Mengão apenas assistiu. Por pouco não sofreu o gol.
Já o segundo tempo foi bastante diferente. O Flamengo entrou em campo mais disposto, mas sofreu o gol logo aos sete minutos. Dudu Cearense aproveitou cobrança de falta e, de cabeça, botou a bola no fundo da rede de Felipe.
Para quem achou, como eu, que o Flamengo ficaria perdido com o gol sofrido, se enganou.
Foi aí que, surpreendentemente, Ronaldinho entrou em cena. Passou a se movimentar bastante até marcar o gol de empate. Por sinal, um golaço. (Veja o vídeo abaixo)
Depois disso, cresceu ainda mais na partida e fez bons passes para os colegas.
Mas, independente da boa vitória do Flamengo, ficará o grande mistério sobre como serão as próximas atuações de Ronaldinho Gaúcho.
É obvio que sempre haverá expectativa de que ele vá ser aquele Ronaldinho que o mundo viu ser o melhor do esporte há alguns anos. Porém, não creio que ele consiga manter uma regularidade. Os "baixos" serão muito mais dos que os "altos". E isso independe da idade.
Acabou o futebol dele? Ele perdeu a vontade jogar? Ou será que nunca foi o que achávamos que fosse?
A verdade é que o caso "Ronaldinho" é um mistério que se estende há anos e que dificilmente será desvendado.
Corinthians e São Paulo proporcionam o que chamamos de "maior rivalidade" do futebol paulista. Aliás, o duelo entra como um dos mais acirrados do país.
E isso independe da atual situação de cada equipe no campeonato (Brasileirão). Independe também se ambas as equipes conquistaram ou não algum título nos últimos anos.
A rivalidade, que já era grande devido à grandeza e aos tantos encontros dos dois clubes nos mais importantes campeonatos de futebol do País, aumentou ainda mais depois das gestões de Andrés Sanchez, pelo Corinthians, e Juvenal Juvêncio, pelo São Paulo.
Os dois presidentes resolveram incendiar as relações entre os dois clubes, porém usando métodos que ultrapassam o campo da rivalidade. Agressões verbais e provocações passaram a ser constantes. Elas estão empregadas nos discursos de ambos. Eles (presidentes clubísticos) não perdem sequer uma oportunidade para alfinetar, e até mesmo ofender, um ao outro.
O problema nessa história toda é o incentivo à violência que essa rincha leva. Algumas facções, que fogem do perfil 'torcedor', inspiram-se em declarações dadas por pessoas como Sanchez e Juvêncio para atuar como verdadeiros vândalos.
Amanhã é dia de clássico. É dia de mais um "Majestoso".
O presidente do Corinthians já andou dizendo suas besteiras. O do São Paulo, no entanto, anda até quieto demais. Provavelmente está preparando alguma resposta do mesmo baixo nível.
E isso porque os dois chegaram a propor, meses atrás, um fim nessas brigas fúteis.
Sinceramente, está se tornando cada vez mais insuportável ter de ouvir as entrevistas dadas pelos dois cartolas. Eles estão misturando rivalidade, que deve ser apenas dentro de campo, com falta de respeito e de responsabilidade.
Que amanhã o futebol seja limpo e digno da grandeza das duas equipes, e que a violência esteja longe, muito longe, do estádio do Pacaembu.
O goleiro da seleção do Canadá, livre para avançar até quase o meio de campo, lança a bola para dentro da grande área da Inglaterra. A bola engana o atacante canadense e o zagueiro inglês, cobre o goleiro adversário e vai morrer no fundo da rede. Um golaço, sem dúvida, porém totalmente sem querer. A imagem é bacana. Por sinal, esse tipo de gol (de goleiro) é inédito em uma competição de seleções da Fifa.
Neymar comemora o primeiro gol do Santos contra o Peñarol
Outro resultado seria pra lá de injusto.
Injusto pela festa que a torcida fez lotando o Pacaembu.
Injusto pelo que a equipe fez durante todo o campeonato.
Injusto pelo Muricy, que é o melhor treinador do Brasil.
Enfim, seria injusto com o próprio futebol.
Mas os deuses da bola estão sempre a favor do justo, do competente, do honesto. E, dessa forma, o Santos, depois de fazer um segundo tempo de causar inveja, com uma atuação mais do que perfeita de Arouca, bateu o Peñarol por 2 a 1 e sagrou o tricampeão da Taça Libertadores da América.
Para aqueles que duvidaram desse time e até criticaram o potencial de Muricy, eis que a resposta veio em grande estilo.
Já o seu adversário, no entanto, perdeu tudo o que podia: o jogo, a cabeça, a esportividade, o respeito.
Não tiveram a humildade de reconhecer o melhor. Não souberam abaixar a cabeça e aplaudir a quem merecia ser aplaudido.
Ao escutarem o apito final, os jogadores do Peñarol partiram para a agressão física. Foi uma cena terrível. Típica de marginais. Aliás, atitude já vista tempos atrás pela mesma equipe. Deprimente.
Mas o melhor é esquecer esse fato isolado porque o que vale mesmo é a festa e a alegria que tanto acompanharam essa nova geração da equipe do Santos durante todo o torneio.
O Brasil se orgulha desse time que joga para frente, com amor, com dedicação.
Parabéns ao grande Muricy. O melhor técnico do Brasil, sem dúvida alguma.
E olha que teve time grande por aí que se deu ao luxo de demiti-lo, por incrível que pareça.
Agora, sou Santos no Mundial de Clubes. Que venha o Barça...
Daqui a pouco, às 21h45 desta fria quarta-feira em São Paulo, o Santos poderá sagrar-se "tricampeão" da Taça Libertadores da América jogando no estádio do Pacaembu, ao lado de sua torcida. Um torneio que dá ao vencedor o status de melhor equipe do continente americano e que é o xodó de qualquer clube brasileiro. Sem contar que possibilita disputar o título mundial de clubes.
Sei muito bem o que sente o torcedor santista neste momento. É um frio na barriga inexplicável. Uma sensação que não há como relatar. E por mais que a gente se esforce, não é possível controlar a euforia e manter a calma.
A tremedeira pelo corpo começa dias antes do jogo e só termina após apito final do árbitro. É coisa de louco mesmo. Acredite.
Passei por isso cinco vezes (92, 93, 94, 2005 e 2006). Três delas, em 92, 93 e 2005, a ansiedade terminou em pura emoção. A alegria tomou conta do meu ser, tornando a tal "sensação maluca" ainda mais inexplicável. Que saudades. Lamento aquele que nunca viveu isso...
As chances do Santos levantar o caneco são imensas. Uma vitória simples da equipe praiana é suficiente para fazer do Santos o "campeão absoluto deste ano", como diz o próprio hino do clube.
E se isso realmente acontecer, teremos o enorme prazer de ver o duelo do século. O encontro de dois gênios do esporte mais querido do mundo. Um é craque já consolidado, que já disputou Copa e é considerado o melhor do Mundo. O Outro, já deixou de ser promessa e se tornou uma tremenda realidade. Alguns, mesmo que exageradamente, já o comparam ao rei Pelé. Estou falando de Messi e Neymar.
Não apenas os torcedores de Barcelona e Santos deverão desfrutar desse espetáculo, mas o futebol em si deverá se deliciar com um duelo tão recheado de emoções e de astros. Repito que, se isso acontecer, veremos o que será considerado o "jogo do século". E, nesse caso, que os deuses da bola soprem a favor do melhor.
Casemiro, Wellington e Lucas, três garotos promissores
São só quatro rodadas de Campeonato Brasileiro, mas não há como negar que o São Paulo tem feito bons jogos.
Com jogadores que vieram da base, o Tricolor foi a campo neste sábado e bateu o Grêmio por 3 a 1, no estádio do Morumbi.
Impressionante como mudou da água para o vinho. Calma, não estou dizendo que o São Paulo é o favorito ao título, apenas que os ares são outros.
Tempos não tão distantes - cerca de um mês atrás - o Tricolor se despedia da Copa do Brasil, o técnico Paulo César Carpegiani foi demitido - e readmitido no mesmo dia devido a politicas internas -, e o clube paulista entrava numa crise profunda.
Hoje, segue na liderança isolada da competição nacional e, como disse o capitão Rogério Ceni após a partida, "o torcedor está, pelo menos, confiante na equipe, principalmente porque os jogadores estão mostrando dedicação dentro de campo". Assim é o futebol.
Carpegiani fez mudanças no elenco, algumas até forçada devido às baixas por lesões, que surtiram efeito: Na zaga, com Rhodolfo e Miranda machucados, Xandão vem se firmando a cada jogo. Surpreendendo muito, por sinal. A sua dupla de zaga é o jovem Luiz Eduardo, também das categorias da base, que mostrou-se bom jogador, de muita personalidade. Está dando conta do recado.
Rhodolfo deve ter sua volta garantida. Já Miranda, como todo respeito, merece brigar de igual para igual por uma vaga. Seu rendimento após a negociação com o Atlético de Madri despencou bruscamente.
Outra mudança aconteceu no meio de campo. Carlinhos Paraíba, que até então era peça intocável no time de Carpegiani, perdeu vaga para a dupla Rodrigo Souto e Wellington. Esse segundo, que também veio da base são-paulina, tem sido destaque nos últimos jogos. Hoje, contra o Tricolor Gaúcho, Wellington foi fundamental no esquema de marcação da equipe.
Mais à frente, Casemiro, autor de dois gols - um a favor e outro contra - fez dupla com o craque Lucas. Aliás, que dupla. Conforme disse Rogério Ceni, "essa nova cara do time se dá pelo fato de a equipe ser jovem". Concordo com Ceni.
Porque além da habilidade desses novos talentos, há a questão da velocidade que causa pânico nos adversários. É dessa forma que o Santos vem conquistando tantos títulos, por manter uma equipe de garotos bons e rápidos.
Na frente, Dagoberto teve o apoio de Marlos. Ou seja, o treinador deu nova oportunidade ao "fominha" Marlos, que continua insistindo em não passar a bola para seus companheiros melhores posicionamentos concluírem a jogada. Se não fosse o gol que ele fez - o segundo do SP -, com certeza a torcida não o perdoaria.
No mais, o São Paulo está numa nova fase. Com o retorno de Luis Fabiano - que deve reestrear ainda no primeiro turno da competição -, o clube paulista tende a melhorar ainda mais. Porém, minha confiança total está nesses garotos que jogam por música. Eles são a esperança não apenas do São Paulo, mas também de uma nova Seleção Brasileira. Podem escrever.