domingo, 1 de maio de 2011

17 anos sem o grande Ayrton Senna

Há 365 dias, ou seja, um ano atrás, escrevi um pequeno texto para falar de um personagem marcante do automobilismo. Resolvi resgatar esse texto e reproduzí-lo aqui para vocês:


Não é de costume do blog, mas hoje vou abrir espaço no “Papo de Bola” para falar sobre uma verdadeira “Lenda” do esporte mundial, mas que não fez parte do mundo da bola. Aqui, no PB, abordamos, discutimos e comentamos assuntos relacionados ao futebol, mas certas figuras de outros esportes, presentes ou não no nosso meio, merecem total respeito. Assim será com Ayrton Senna da Silva.

Quando criança, nos meus três ou quatro anos de idade, minha mãe me levava para a escolinha acompanhada de uma amiga vizinha, que também levava sua filha a essa escolinha. A tal amiga tinha como costume dizer "seu filho é a cara do piloto Ayrton Senna”. De tanto escutar a tal vizinha, comecei a assistir as corridas e virei um fã mirim de Senna.

No dia 1 de maio de 1994, um domingo, acordei cedo e fui ao parque do Ibirapuera jogar bola, Cheguei em casa por volta do meio dia. Almocei e sentei para ver a corrida. À época, tinha apenas 12 anos de idade, mas pude perceber que as coisas não estavam boas. A imagem de Senna preocupado com a corrida, pois no dia anterior, em treino oficial, um piloto havia falecido naquela mesma pista, parecia querer nos dizer algo. Aliás, o que passou na cabeça dele naquele momento? Um mistério que jamais será desvendado.

Essa seria sua última corrida. Senna veio a falecer, ainda na pista, depois de um acidente que até hoje não sabemos as verdadeiras causas. Um acidente que, de certa forma, diretores e organizadores do evento preferiram abafar, esfriar, ou seja, esconder de todos os culpados por tirarem a vida do mito.

Lembro-me que nessa mesma data era dia de clássico no estádio do Morumbi. Palmeiras e São Paulo se enfrentaram, mas antes de começar a rivalidade dentro das quatro linhas, as duas torcidas se uniram e juntas cantaram por alguns minutos uma música que fez escorrer dos olhos de todos as mais verdadeiras lágrimas de tristeza: “Olê, Olê Olê Oláááá... Senna, Senna”. Jamais esquecerei essa imagem emocionante das torcidas rivais.

Se no futebol há uma “lenda” viva chamada Pelé, no automobilismo existiu uma chamada Ayrton Senna, que viverá eternamente nos corações de quem o viu correr. Hoje se completam 17 anos sem um dos maiores ídolos que o mundo já teve.

Como dizem por aí: Acelera Ayrtonnnnnnnnnnnnnnnnn

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