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Para se vencer um clássico é necessário algo além de dedicação e seriedade. É preciso manter a concentração e tentar não errar. Aquele que erra menos e aproveita com eficiência as oportunidades sagra-se vitorioso.
Na partida de ontem à tarde, o Santos venceu o São Paulo por 2 a 0 atuando dentro dessa linha que citei acima. Errou menos que o Tricolor e aproveitou as poucas oportunidades que teve. Enfim, foi mais objetivo e mereceu a classificação para a final do Campeonato Paulista de 2011.
O São Paulo entrou em campo com três consideráveis desfalques .O primeiro foi o xerife da zaga, o grande Rhodolfo, que sentiu a panturrilha na partida contra o Goiás, pela Copa do Brasil. O segundo, foi o atacante Fernandinho que já está longo período afastado por lesão. Já o terceiro, e esse considero o mais importante, foi Lucas, o craque da equipe e que ainda não se recuperou de uma forte contusão.
Por outro lado, o Santos entrou em campo com força máxima, completinho. E isso, senhores, também fez a diferença.
Para o lugar de Fernandinho, Marlos, que tem um péssimo hábito de achar que é craque, tem sido o substituto no ataque. Obviamente Fernandinho não é nehum "monstro", mas Marlos dentro de campo causa nervosismo a qualquer telespectador. Substituindo Lucas, Ilsinho tem feito bom trabalho, mas longe, muito longe de chegar aos pés do menino camisa 7. E na zaga, o inexperiente Xandão atuou ao lado de Miranda e Alex Silva. Uma pena. Rhodolfo é, no mínimo, 10 vezes melhor, mais completo e frio, sem medo de enfrentar seja lá o clube que for.
E acho que foi começando pela escalação que o São Paulo perdeu o jogo. Carpegiane foi brilhante durante a competição inteira, mas cometeu um deslize justamente quando não poderia. Montou, para o duelo de ontem, um time com três zagueiros sabendo que um deles não aguentaria a bronca. Esse foi o primeiro ato equivocado.
No primeiro tempo o domínio foi absolutamente são-paulino. Dagoberto, Ilsinho e Jean tiveram chances incríveis, quase inacreditáveis, de abrir o placar. Falharam. E como eu disse no começo do texto, aquele que erra menos e aproveita as oportunidades sagra-se o vitorioso.
No intervalo do jogo, a dura de Muricy surtiu efeito. Por sinal, ele postou a equipe na defensiva sabendo que o São Paulo avançaria ao ataque e, acreditando no potencial de seus homens de frente, chegaria ao primeiro gol. Foi assim que o Santos marcou o primeiro com Elano.
Se por um lado o técnico santista acertou sua equipe, do outro Carpegiane cometia uma sequência de erros. Primeiro tirou Casemiro para a entrada de Fernandão. O atacante estava parado desde fevereiro. Não tinha a menor condição de atuar numa semifinal de campeonato diante de uma situação como essa, um clássico contra a equipe mais forte da competição. Depois, aos quase 30 minutos da etapa final, sacou Marlos para a entrada de Rivaldo, que, ao meu ver, deveria estar em campo desde o começo do segundo tempo, atuando como um meia-armador. E, por último, trocou Ilsinho por Wilian José. Esse sim deveria ter entrado antes, junto com o jovem Henrique.
Enfim, Paulo César Carpegiani errou do começo ao fim da partida. E é por esse motivo que o Santos mereceu sair de campo classificado.
Ao São Paulo resta agora o tentar esquecer o fiasco na competição estadual e focar todas as suas forças na Copa do Brasil, cujo passou a ser obrigação à equipe do Morumbi.
Um comentário:
Gostei do seu texto, mas vi a partida de outra forma também.
O Santos não jogou para frente como faz sempre e creio que um pouco disso é com a intenção de se poupar para o jogo da libertadores.
Acho que o São Paulo jogou bem, não dominou o primeiro tempo todo, no começo Santos estava até melhor, mas o fim do primeiro tempo foi do São Paulo.
Agora em uma coisa eu concordo plenamente com você, esse jogo o Muricy ganhou do Carpegiani. Ele trocou o Zé Eduardo (atacante importante) para colocar o Bruno Aguiar (zagueiro) liberando os meias para dar seu show.
Acho que o Santos tem mais time que o São Paulo (não por eu ser santista) mas o elenco que o São Paulo tem é talvez o melhor do Pais, com várias peças de reposição, o que vai ajudá-lo muito para a disputa do Brasileirão.
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