domingo, 29 de julho de 2012

Ceni volta e o espírito da equipe muda

É com enorme prazer que volto a escrever neste blog num dia tão especial para o futebol brasileiro.

Rivalidade à parte, o retorno do maior goleiro artilheiro da história do futebol mundial à equipe do São Paulo Futebol Clube é motivo de alegria.

Dificilmente meus futuros filhos, netos ou até mesmo bisnetos, conhecerão uma figura de tanta personalidade como Rogério Ceni.

Além de competente debaixo das traves, Ceni é o exemplo do amor à camisa, da superação e do profissionalismo.

DO AMOR À CAMISA porque é um dos poucos - atualmente, depois da aposentadoria do Marcão, é o único - a mostrar seu verdadeiro respeito pelo clube que tanto ama. Reconhece e retribui a chance que o clube deu para o seu crescimento profissional. Recusou ofertas milionárias para deixar o São Paulo. Talvez essa paixão declarada pelo clube das três cores é que motivou os torcedores adversários a rotular o goleiro de "arrogante". E talvez ele seja mesmo, mas quem somos nós para julgá-lo?

DA SUPERAÇÃO porque é a segunda grande cirurgia que ele enfrenta de forma incrível, surpreendendo médicos, comissão técnica, imprensa, torcedores e o que mais existir.

DO PROFISSIONALISMO porque, diferentemente de outros nomes grandes dentro do esporte, Rogério Ceni se dedicou dia a dia para que sua recuperação fosse plena. Dias após a cirurgia no ombro o goleiro e capitão tricolor já estava plantado no Reffis do CT da Barra Funda para iniciar suas sessões de fisioterapia. Não faltou a nenhuma e teve dias em que Ceni entrou no Centro de Recuperação cedinho, com o sol raiando, e saiu apenas à noite, quando muitos já estavam em suas casas descansando.

Assim é Rogério Ceni.

E hoje, em seu retorno, não só a torcida (mais de 35 mil pagantes) ficou entusiasmada com o ídolo em campo, mas toda a equipe do São Paulo que jogou diferente, com espírito renovado.

Faltava um líder dentro de campo. E foi com Ceni cobrando, gritando, dando bronca, aplaudindo, orientando que o São Paulo bateu o Flamengo por 4 a 1 no estádio Cícero Pompeu de Toledo. Até o Fabuloso, que andava meio de mal com o gol, voltou a balançar a rede, e por duas vezes.

Que seja o início de novos ares pelos lados do Morumbi.