sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Clube dos 13 perto do fim

O Clube dos 13 está rachado. Mais do que isso, está praticamente desfeito, para não dizer "quase extinto".

O jornalista da TV Cultura, Vladir Lemos, escreveu em seu blog (http://blogdovladir.blogspot.com/) algo que realmente nos faz pensar sobre o tema.

A pergunta quem não quer calar é: Como ficará o futebol depois disso tudo que está acontecendo?

Tomei a liberdade de reproduzir o texto do Vladir. Veja abaixo:



Era uma vez o Clube dos 13 ?


Por Vladir Lemos

Não há novidade no que vou dizer. O futebol é pródigo em dinamitar biografias. Risco elevado ao extremo quando alguém aceita o papel de dirigente. Patrícia Amorim, presidente do Flamengo, foi à sede da CBF receber um título vencido. A CBF queria cortejá-la ? Ou premiá-la por ter sinalizado em algum momento que se deixaria seduzir, apesar de ocupar uma das vice-presidências do Clube dos 13? Resta torcer para que as intenções do anfitrião sejam claras, ao menos, para a mandatária do time rubro-negro.

O fato é que o futebol visto pelo viés mercadológico em breve não será mais o mesmo. Homens vestindo ternos bem cortados entrarão em uma sala e entregarão suas propostas. A bola está com eles. Dirão a que horas você verá o seu time entrar em campo, quantas vezes, e para ser ainda mais cruel, terão decidido previamente quanto estão dispostos a pagar por essa sua paixão, quanto o seu encanto pelo futebol anda valendo no mercado.

A implosão do Clube dos 13, que cuidou dos interesses dos principais clubes do nosso futebol nos últimos vinte anos, sem dúvida, representa uma ruptura. Não é fácil aceitar derrotas, portanto, não causa espanto que na iminência dela os que se sentiram em perigo tenham se esmerado em tramar um jeito de driblar a tardia decisão do CADE - Conselho Administrativo de Defesa Econômica - determinando que a era da preferência na hora de negociar os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro deveria ficar para trás, acabar.

Quem sou eu para dizer o que está certo ou errado? Os dissidentes de agora, amparados na sua importância, na dimensão expressiva de suas torcidas, podem mesmo se dar bem. Que investidor não gostaria de se aliar às duas maiores torcidas do país e mais alguns seletos convidados?

Mas, diante de tantas jogadas e artimanhas porque não determinar que seja qual for o modelo adotado deverá valer sempre a melhor oferta, afinal, quando o CADE decidiu pelo fim da preferência queria preservar o futebol, o direito de quem der o maior lance. Ora, se a regra pode ser mudada de acordo com o interesse aí fica fácil ganhar o jogo.

A intenção do Clube dos 13 não era passar a negociar cada mídia em separado? TV aberta, fechada, internet e tal ? Então, uma vez rachado o Clube dos 13, deveria se estabelecer que os clubes terão que, individualmente, ou não, negociar seus direitos de transmissão sem exclusividade, quem der mais leva. Não era essa a regra? Bom, regras nunca são claras meus amigos, por mais que tentem nos convencer do contrário.

Como ficará o futebol depois disso? Com os ricos mais ricos e os pobres mais pobres? O momento que a gente atravessa nos faz ver o óbvio: A grande tabelinha do futebol brasileiro é feita entre a TV Globo e a CBF. Ou vocês acham que podendo negociar com um time, ou alguns de cada vez, o interesse não será maior pelos que representam o filé? Aos que chegarem atrasados para o banquete, sem muito a oferecer, restarão migalhas.

Bendito ano de 1987, que viu a criação do Clube dos 13 e que viu nascer a malfadada Copa União que virou argumento para que as raposas apostassem na desunião dos clubes. Está decidido? Ainda não. Era uma vez o Clube dos 13 como a gente conheceu? Talvez. A partir de agora é um pouco cada um por si. Resta saber se vai dar Liga.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Corinthians deve fechar com o volante Wilian Magrão

Por Breno Benedito

Após a saída do volante Jucilei para o futebol russo, o Corinthians procura um substituto e o mais provável poderá ser o volante gremista Willian Magrão. O jogador está se recuperando de uma contusão no joelho e não está inscrito para a Taça Libertadores da América.

O Grêmio está disposto a conversar com o clube paulista, porém não aceita emprestá-lo. A diretoria do tricolor gaúcho pretende receber uma proposta de 3 milhões de reais para abrir uma negociação. Quem indicou o jogador ao timão foi o ex zagueiro Willian, hoje gerente de futebol do Corinthians, que atuou com o volante em 2007, pelo próprio Grêmio.

A equipe do Sul só aceitou conversar a respeito de uma possível negociação porque o Corinthians mostrou-se ético: ao invés de procurar o atleta, preferiu conversar primeiramente com a direção do Grêmio, como diz Antonio Vicente Martins, vice-presidente de futebol. "O Corinthians foi absolutamente correto, nos procurou primeiro, e a partir de uma avaliação da cláusula rescisória e do próprio interesse do jogador é que a gente deu o seguimento na negociação".

Outro fato que possa ter pesado é que o técnico Renato Gaúcho tem outras peças consideradas prioritárias em seu elenco. Além disso, ele (Renato Gaúcho) costuma atuar apenas com um volante de contenção. “O Willian Magrão é prata da casa, é cria do Grêmio, mas às vezes acontecem essas coisas, e quem sabe com a saída do Willian a gente possa dar chance para o crescimento do Fernando (Também formado na base)”, finalizou Renato.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Não aguentamos mais Taça das Bolinhas, Ricardo Teixeira e CBF

Para simplificar o que penso sobre CBF, Ricardo Teixeira e Taça das Bolinhas.

Em 1987 o Flamengo foi o Campeão da Copa União (módulo Verde). Neste mesmo ano, o Sport conquistou a Taça Roberto Gomes Pedrosa (módulo Amarelo).

O regulamento da CBF dizia que para que fosse declarado um único campeão daquele ano teria de acontecer um confronto entre os campeões de cada módulo, ou seja, uma "espécie de final" entre Flamengo e Sport.

O Flamengo se recusou a jogar essa "final". A CBF, por sua vez, declarou "coerentemente" o Sport como o único e verdadeiro campeão Brasileiro de 1987.

A equipe carioca, não satisfeita, entrou na justiça comum para tentar uma virada na situação, mas não teve sucesso. Em 1994 a justiça declarou o Sport campeão, respaldando legalmente a CBF.

Em 2007 o São Paulo Futebol Clube conquistou seu quinto campeonato Brasileiro, o que lhe deu direito de levar para sua galeria a tal famosa Taça das Bolinhas (cujo seria entregue ao 1º clube pentacampeão).

Ah, meus amigos. Isso mexeu com os colegas cariocas.

O Mengão ficou desesperado ao saber que a Taça seria entregue ao Tricolor do Morumbi.

Enquanto o Flamengo brigava e ameaçava entrar novamente na justiça comum, Ricardo Teixeira continuava firme com sua palavra. "O campeão de 87 é o Sport".

Estranho. Muito estranho. O presidente da CBF tomando atitudes coerentes? Ressalto: muito estranho...

A decisão durou até que muito tempo, já que estamos falando de uma postura de Teixeira a favor do São Paulo. Sim, ninguém aqui é bobo o bastante para não enxergar a briga política que há entre o clube paulista e a entidade máxima do futebol brasileiro.

Para tremendo desgosto da presidente do Flamengo, Patrícia Amorim, nesta semana o Tricolor recebeu de vez a tal "Taça das Bolinhas".

Patricia resolveu então procurar Ricardo Teixeira, em seu escritório na entidade. Bastaram algumas horas de conversa e o "magnífico" presidente resolveu jogar toda sua palavra para o ar e reconhecer oficialmente o título de 1987 ao Flamengo. O que foi dito entre os dois? Ninguém sabe.

Mas é certo que foi um toque mágico, algo espetacular, uma jogada de mestre de Ricardo Teixeira. Foi, na verdade, aquilo que já vimos diversas vezes quando se trata de clubes cariocas: uma "virada de mesa".

Está evidente que Teixeira premeditou tudo. Fez o São Paulo acreditar que teria apoio da CBF e que a Taça das Bolinhas era algo que deveria ser trazido para o clube e, quando isso de fato aconteceu, resolveu mudar sua opinião, contrariando inclusive a justiça comum, dando força para o Flamengo se sentir no direito/obrigação de ter de volta a tal Taça.

Tudo isso para causar uma briga entre os dois clubes, já que o Flamengo já disse que não vai descansar até resgatar a Taça, enquanto o São Paulo garante que a Taça não sai do Morumbi por nada nesse mundo.

Há, na minha modesta opinião, três coisas a serem banidas do futebol:

1º) Taça das Bolinhas, assim evitaria briga entre clubes e a exposição ao ridículo, como estão fazendo São Paulo e Flamengo.

2º) Ricardo Teixeira, pois ninguém mais aguenta seus "trambiques" políticos que tanto denigrem o futebol.

3º) CBF, que é como o Palácio do Planalto. Parece não ter mais solução. Se sair o comandante atual, possivelmente entrará outro parecido ou pior. Os clubes deveriam se unir e elaborarem campeonatos por conta própria.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Nova cara Tricolor

O São Paulo recebeu o Bragantino, pelo Campeonato Paulista, e venceu por 4 a 0, numa noite pra lá de inspirada da molecada que disputou o Sub-20 pela Seleção Brasileira e da dupla Dagoberto e Fernandinho.

A volta dos garotos que estavam na seleção canarinho não só reforçou a equipe do Morumbi, mas deram outra cara a esse time que parecia ter perdido a vontade de jogar.

Mais maduros, confiantes e com personalidade, Lucas e Casemiro comandaram o meio de campo tricolor com passes geniais, dando mais rapidez nos contra-ataques. Lucas, após marcar um dos gols da equipe, comemorou o feito beijando o escudo do clube que fica na altura do meio do campo. Uma atitude que ganhou de vez a confiança do torcedor.

No ataque, Dagoberto e Fernandinho, tanto criticados pelo blogueiro aqui, fizeram uma excelente partida, mostrando entrosamento e eficácia. E a entrada de Lucas deu qualidade ao ataque, já que o garoto é um meia-ofensivo inteligente, rápido e habilidoso.

Já o estreante Wilian José, também jogador da seleçãozinha, iniciou sua jornada com a camisa das três cores em grande estilo. Logo que entrou em campo, no segundo tempo, arriscou um chute de fora da área e marcou um golaço. Sem dúvida tem tudo para virar titular da equipe.

Quem ainda não  me agrada é o lateral esquerdo Juan, que continua parecer perdido. Precisa atuar  com mais calma. Está nervoso demais e isso atrapalha seu desempenho dentro de campo.

Mas no geral a equipe melhorou. E o que tudo isso significa?

Significa que o tricolor precisava renovar. Mas renovar com atletas dignos de jogar no São Paulo. E, quando falamos em mudanças, não significa que há a obrigação de contratar jogador, mas sim de dar valor aos "pratas da casa".

Além de Lucas e Casemiro, no banco de reservas estava Henrique, mais um garoto das categorias de base e que arrebentou no Sub-20. Ainda não foi testado pelo técnico Carpegiani.

Quem foi ao Morumbi notou que houve grande mudança no estilo de jogo do clube.  Com  Casemiro no lugar de Rodrigo Souto, Lucas como meia-atacante e Wilian José entrando no segundo tempo, o São Paulo esteve taticamente 100% ofensivo. e é dessa forma que a equipe tem de continuar: valente.

A vitória serviu para dar confiança ao elenco, embora não podemos dizer que tudo está resolvido no clube. O tricolor precisa provar sua força batendo grandes clubes. No próximo domingo, por exemplo, terá o primeiro desafio. Receberá o Palmeiras no Morumbi e precisa vencer para não se afastar da liderança, além de mostrar que realmente está na briga pelo título.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Liédson muda a cara do ataque corintiano

A princípio, a ideia da diretoria do Corinthians era aposentar a camisa "9" junto com Ronaldo. Desistiram. E desistiram sabiamente.

Liédson é o novo dono da "9" e está dando conta do recado. Aliás o novo atacante do timão chegou muito mais produtivo do que o craque fenômeno. E explico o por quê:

Exceto no Paulistão, que Ronaldo fez um bom campeonato e foi decisivo em algumas partidas, a presença do pentacampeão na equipe do Parque São Jorge foi pra lá de abaixo do esperado. Deixou a desejar.

Tratando-se de marketing Ronaldo foi fundamental. Isso é inegável. Atraiu muitos investidores e fez o Corinthians estourar em ganhar dinheiro com patrocínios. Recheou os cofres do clube que estavam "mau das pernas". Esse ponto é importante ressaltar.

Mas o torcedor não quer saber se o clube está ganhando dinheiro. O torcedor é 100% paixão. Ele prefere ver o clube na "pindaíba", mas com títulos na mão. Não há nada mais frustrante para o torcedor do que ver o seu time investir em tantos craques e jogadores renomados e não conquistar um só título, virando, inclusive, motivo de chacotas para os torcedores adversários.

O maior exemplo disso é que bastou a equipe alvinegra ser eliminada da Pré-Libertadores da América para que todo o amor que os "fieis" tinham sobre Ronaldo se transformassem num profundo ódio.

O Corinthians tinha um elenco "caro" e favorito a todos os títulos que disputou (Paulista, Brasileiro e Libertadores), mas não venceu nenhum.

Agora, sem Elias, Roberto Carlos, Ronaldo, além da possível saída de Jucilei, a equipe se torna novamente comum. Não estou dizendo que deixa de ser "grande", mas que volta a ser um clube dentro da realidade do próprio clube. E não sendo o centro das atenções as coisas ficam muito mais fáceis porque a pressão diminui. O trabalho é feito com mais tranquilidade.

A troca de Ronaldo por Liédson no ataque é benéfica porque ganha mais velocidade e pouco perde no que diz respeito à técnica.

Além disso, o Fenômeno centralizava todas as jogadas nele mesmo. Ele era mais do que um ponto de referência. Era, na verdade, o que muitos chamavam de "o principal", como se fosse um salvador, um messias do futebol. E, convenhamos, isso não existe.

Uma coisa é certa: toda equipe que joga em função de um único jogador, não tem sucesso e acaba sem conquistar nada. Foi assim com Adriano no São Paulo, com Valdívia no Palmeiras (no seu retorno ao clube) e, portanto, com Ronaldo no Corinthians. Lembrando, meus amigos, que o clube em si é muito maior do que um simples jogador que "vem e vai" dentro do esporte, independente se é um craque, um apaixonado pelo clube, um mito ou até mesmo uma lenda...

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Godói (ex-árbitro) é baleado em SP

O ex-juiz de futebol e jornalista esportivo Oscar Roberto Godói foi baleado durante uma tentativa de assalto na noite desta quarta-feira, 16, em Perdizes, na Zona Oeste da capital paulista. Segundo testemunhas, ele reagiu e chegou a brigar com o infrator que acabou disparando quatro tiros.

Godói continua internado no Hospital das Clínicas e deve passar por uma cirurgia no começo da manhã desta quinta-feira.

Dos quatro tiros que levou, dois foram de raspão. Já os outros dois ocasionaram lesões mais graves: um no peito e outro no pescoço.

Os médicos confirmaram que a situação de Godói é delicada e grave, e que ainda não é estável o quadro do comentarista de esportes.

A polícia ainda não tem nenhum sinal de quem cometeu o crime.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Presente para o Mengão

Só faltava essa.

Depois da entrega definitiva da "polêmica Taça das Bolinhas" ao São Paulo Futebol Clube, que ocorreu ontem, no Tribuna Federal Regional da capital paulista, o Flamengo resolveu entrar com uma ação judicial contra a CBF e Caixa Econômica Federal (criadora do troféu).

O Clube carioca, que em 1987 se negou a disputar a chamada "finalíssima" que seria entre os primeiros e segundos colocados dos módulos "amarelo" e "verde", acredita cegamente ser o único e legítimo campeão do ano citado. E mais: acredita ser o primeiro pentacampeão Brasileiro, o que lhe daria direito à Taça das Bolinhas.

Porém, num ato sensato e coerente da CBF, o que de certa forma devemos considerar raro à instituição, legitimou o Sport como o campeão daquela competição. Sendo assim, o São Paulo teria o direito sobre o troféu, já que venceu, "na bola", os campeonatos de 77, 86, 91, 2006 e 2007.

E foi o que ocorreu na tarde de ontem. Juvenal Juvêncio, ao lado do capitão Rogério Ceni e do ex-goleiro Zetti, receberam da CEF a taça que deve ir para a galeria do clube.

O departamento jurídico do Mengo já ingressou com o pedido de busca e apreensão do troféu na 50ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio.

Sim, leitores. Não é piada.

Oras, São Paulo F.C, para que fazer questão de um "símbolo" tão polêmico como esse? Afinal de contas, não é o Tricolor que possui uma mancha escura na história depois de um papelão tão feio como este que os Rubro-Negros estão prestando.

Depois de tanta fixação pela tal "taça", quem não garante que ela não esteja amaldiçoada pelas forças supremas do Rio? E para eles isso é tão importante. É mais importante do que conquistar um campeonato de forma digna, na bola, sem ajuda do STJD.

Se eu fosse o Sr. Juvenal, mandaria o troféu para eles ainda na próxima semana, com um wisk importado acompanhando o presente. Aliás, mandaria de brinde algumas peças como Renato Silva, Dagoberto, Cleber Santana, Marlos, Marcelinho Paraíba, dentre outros. Seria, de fato, a libertação do clube do Morumbi.

Acabou a "mamata"...

O São Paulo, por não ter conseguido classificação para a Taça Libertadores da América deste ano de 2011, fará sua estreia na Copa do Brasil nesta quarta-feira. O adversário será o "embalado" Treze da Paraíba, que não perde em casa há 39 partidas.

Geralmente, equipes de pouco prestígio, consideradas "pequenas", costumam engrossar para cima dos "grandes". Na Copa do Brasil não é diferente. Quem não se lembra do Palmeiras, em 2002, desclassificado pelo Asa de Arapiraca?

Porém não será o Treze o principal adversário são-paulino nesta noite. A dificuldade maior será encarar o terrível estádio oferecido pelo seu oponente.

Um dos muitos buracos do estádio Amigão
O palco da batalha de hoje, o estádio Ernani Sátyro, mais conhecido como "Amigão", está em péssimo estado. O gramado está cheio de buracos (conforme foto do Marcelo Prado, do GloboEsporte.com, à esquerda), o que deve dificultar bastante para uma equipe mais técnica como o São Paulo.

Além do gramado ruim, os vestiários do estádio, principalmente o de visitantes (que hoje será utilizado pelo São Paulo), está praticamente alagado por causa de forte vazamento, causado pela falta de uma válvula. Inacreditável.

Parece mesmo um campo de várzea. Aliás, ao ler essas notícias de falta de infraestrutura me recordo da época em que eu disputava a Taça São Paulo (categorias infanto e infanto juvenil, hoje substituídas por Sub-15 e Sub-16) e Campeonato Estadual (conhecido como DEFE) pela queridíssima Escola de Futebol da Aclimação (por sinal, tem uma estrutura muito boa para uma escola de futebol) e que tínhamos de jogar em campos que davam até medo.

Agora, uma coisa é encarar essas dificuldades no futebol amador, outra coisa é o futebol profissional tolerar esse tipo de problema. Enfim, aí entramos num problema muito maior e bem mais polêmico que é a desorganização dos idealizadores, além de outros pontos pra lá de discutíveis.

Portanto, meus amigos. Acabou a moleza para o clube do Morumbi, tão desacostumado em atuar pelos "campinhos de terra" do Brasil. Boa sorte, Tricolor...

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Brasil massacra Uruguai e conquista o Sub-20

A dança dos novos Deuses da bola

Confesso que, quando soube que o Brasil enfrentaria o Uruguai na decisão da Sul-Americana Sub-20, me assustei. Enfrentar essa seleção não é e nunca será tarefa fácil. Aliás, para quem não sabe, o primeiro principal rival do Brasil no futebol não foi a Argentina, mas sim os uruguaios.

A minha preocupação se dava pelo fato de o Brasil entrar em campo como o franco favorito. À minha cabeça vieram as imagens (embora ainda nem meu pai era nascido) da partida histórica do mundial de 1950 quando a nossa querida seleção, à época também favorita, deixou a emoção e o espírito de "já ganhou" dominar a equipe que enfrentaria os tais uruguaios. 

Naquela ocasião, o Brasil jogava por um simples empate, mas acabou derrotado, por 2 a 1, em pleno Maracanã, ou seja, "alvejado dentro de sua própria casa", com toda uma torcida a favor que chorou as lágrimas mais dolorosas da história do futebol brasileiro.

Hoje, 61 anos após a maior tragédia, o Brasil conseguiu, mesmo que de forma singela, já que falamos de uma Sul-Americana e não de uma Copa do Mundo, vingar-se em grande estilo. Batendo os rivais por 6 a 0 e levantando o caneco.

Vendo a "seleçãozinha" desde o começo na Sub-20 acreditava num final feliz, claro. O que não esperava jamais era um placar tão elástico.

Neymar foi, sem dúvida, o grande craque dessa equipe. Mas a surpresa foi o tremendo futebol apresentado por Casemiro e Lucas. Na partida de hoje, que definiu o título e deu vaga para a próxima Olimpíada, em Londres, os dois jovens atletas do São Paulo F.C. conseguiram até ofuscar (no bom sentido, claro) o menino da Vila.

A equipe está de parabéns. Jogou o mais fino da bola e esteve muito, mas muito mesmo, próximo da perfeição. Aquela perfeição que o mestre Telê Santana tanto prezava. A perfeição que, alinhada à lealdade, ao futebol sem pancadaria, sem maldade, fazia do futebol algo mais do que simplesmente um jogo, mas uma magia inexplicável.

E, se tem alguém que merece todos os méritos por esse grupo ser tão unido, competente e leal, esse alguém é o técnico Ney Franco, que teve tranquilidade, tato e liderança, sem usar das artimanhas de um ditador, para comandar esse fabuloso esquadrão.

Volto a dizer que o Brasil está novamente no caminho certo. Voltamos a nos esperançar com Copa do Mundo. Há uma enorme luz no fundo do túnel. Teremos novamente a chance de levantar o caneco dentro de nossa própria cancha. É também a chance de tirar o grito que está entalado em nossas gargantas há quase 61 anos.

Antes, essa mesma garotada deve brilhar em Londres, e pode marcar história conquistando a primeira Olimpíada para o País.

Enfim, fica aqui um parabéns a toda equipe e comissão técnica. Novamente posso dizer que sinto orgulho do nosso futebol.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Oportunista ou sortudo?

Roberto Carlos não é mais jogador do Corinthians.

O principal motivo  de sua saída foi as ameaças de morte que ele e sua família receberam de torcedores do clube nos últimos dias.

Claro, se isso realmente estava acontecendo, sua permanência no clube colocaria a vida dele e dos familiares em risco. É obvio que nesse caso a solução seria escapar o quanto antes.

Por outro lado, recebeu uma proposta pra lá de irrecusável, principalmente pela idade avançada que o atleta tem (38 anos).

Seu destino será o Anzhi Makhachkal, da Rússia, onde receberá 10 milhões de euros (R$ 22,5 milhões), por dois anos de contrato. Ou seja, Roberto uniu o útil ao agradável. 

Há quem diga que a saída foi premeditada e que RC teria inventado, ou quem sabe exagerado, a história das ameaças.

Não é do jogador esse tipo de atitude. E também não é primeira vez que ouvimos casos de ameaças a jogadores aqui no Brasil.

Sorte, o pentacampeão deu uma tremenda sorte. Essa é a verdade. Recebeu uma ótima proposta no momento em que já havia decidido deixar o clube.

Quem perde com isso é o futebol brasileiro. Aliás, quem perde é o Corinthians. Diga-me quem poderá substituí-lo nesse momento de carência extrema que o Brasil enfrenta na lateral-esquerda?

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Medo de continuar no país

Roberto Carlos, lateral-esquerdo do Corinthians, anunciou ontem que pode deixar o clube devido às constantes ameaças de morte que vem sofrendo, principalmente após a eliminação da equipe na fase "pré" da Taça Libertadores da América.

Mais uma vez o futebol, que deveria ser levado como puro e simples meio de diversão, é canal para atuações de bandidos e ignorantes infiltrados na nossa sociedade.

Como disse o amigo Jota Junior, narrador do canal SporTV, " o ser humano, um ser pensante, e que se diz inteligente, cai ao último grau de inteligência e de dignidade quando apela para tal. E principalmente quando o assunto é futebol, algo tão menos importante do que muitas coisas das nossas vidas".

A paixão que envolve o esporte é tão grande que é capaz de cegar o indivíduo, ignorando raça, sexo, cor, cultura, condição social, enfim. Dentro de um estádio de futebol todos são iguais. E muitos desses torcedores se sentem no direito de agredir, seja o torcedor adversário, seja o juiz da partida, ou até mesmo o jogador do próprio clube pelo qual jura "amor eterno".

Aliás, será mesmo amor? 

Segundo o saudoso Nelson Rodrigues, "a base sentimental da torcida é o ódio, e não o amor. Sem o ódio não há torcida possível". Talvez isso explique os tantos atos de violência causados pelas "organizadas" do mundo todo.

O que Roberto Carlos e sua família estão passando, não é o primeiro e nem será o último caso. Infelizmente existe algo ainda maior do que apenas o "amor e ódio". Como disse, há bandidos e ignorantes infiltrados em nossa sociedade, e o futebol, por lidar com sentimentos pessoais, não está isento desses atos criminosos. Uma pena.

O futebol brasileiro perde muito com isso, já que mais um jogador de nome decide deixar o País por medo.

Enquanto isso, as autoridades assistem tudo de camarote sem tomar as devidas providências. Preocupante...

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Corinthians vence, "Seleção" principal dá vexame e garotada Sub-20 salva a reputação

Parece que dessa vez Andrés Sanches acertou em cheio na contratação.

A expectativa para a estreia de Liédson era grande e o atacante não decepcionou. Fez dois dos quatro gols da vitória do timão sobre o Ituano.

Diferentemente de Ronaldo, que briga constantemente com a balança e não consegue, de forma alguma,  perder peso, Liédson chegou fininho, assim com Rivaldo no São Paulo, e provou por "A mais B" que o bom condicionamento físico para um atleta é fundamental.

Essa é a segunda partida em que o Corinthians não sente, nem um pouco, as ausências de Ronaldo, Roberto Carlos e Dentinho. A primeira foi no domingo passado, no clássico contra o Palmeiras.

Na minha opinião, a camisa 9 deveria mudar de dono.

SELEÇÃO BRASILEIRA

Enquanto o Corinthians ainda sente o vexame da desclassificação na Taça Libertadores da América, a seleção Brasileira faz questão em manter o tabu de não vencer a seleção francesa. Ontem, jogando com uma equipe pra lá de sem graça, com Hernanes expulso ainda na primeira etapa, a seleção canarinho perdeu por 1 a 0 e confirmou a "freguesia".

A salvação para a nossa nação ficou mesmo nos pés da garotada do Sub-20.

Com um gol do jovem são-paulino Casemiro, a "seleçãozinha" venceu o Equador e ficou com a classificação praticamente garantida. Isso porque o craque Neymar não jogou (cumpriu suspensão automática).

A equipe comandada por Ney Franco tem mostrado, a cada jogo, personalidade, simplicidade, união e, acima de tudo, competência.

Isso é apenas a prova de que realmente a seleção formada por Dunga, na última Copa do Mundo, não poderia e nem merecia chegar à final.

Se querem saber, mesmo que Dunga tivesse levado os jogadores que tanto a torcida pediu (Ronaldinho Gaúcho, Ganso e Neymar) a história não teria sido diferente.

Ronaldinho Gaúcho não estava, como ainda não está, na sua melhor fase. Não faria a diferença. Tenho certeza.

Já levar Neymar e Ganso seria arriscado demais. Ambos muito novos e sem experiência nenhuma. Diferentemente de hoje, que na minha opinião os dois seriam titulares absolutos, embora Ganso ainda esteja se recuperando de uma operação.

A verdade é que o Brasil deu azar. À época, no Mundial, a "geração" não ajudou, com muitos jogadores limitados, abaixo da média, sem craques. Não havia profissionais no nível de "seleção". Para piorar, um técnico fraco e teimoso - nesse caso atribuo a culpa 100% à CBF.

Para 2014 não há dúvida de que teremos um esquadrão forte. O sonho do País pode voltar a ser realidade: ver novamente o Brasil jogando o verdadeiro e conhecido "futebol arte".


domingo, 6 de fevereiro de 2011

Venceu na sorte

Futebol é incrível. Incrível a ponto de nos pregar peças surpreendentes.

O Pacaembu teve casa lotada, porém prevalecendo as cores em verde e branco.

O primeiro tempo até foi equilibrado. Palmeiras e Corinthians tiveram boas chances de abrir o placar, mas pararam nas mãos de Marcos e Júlio César.

Muitas faltas duras e pouca ação do árbitro. O primeiro cartão amarelo saiu apenas nos acréscimos da primeira etapa, quando Leandro Castan subiu com o cotovelo na cabeça de Kléber.

O Segundo tempo teve um Corinthians um pouco melhor no toque de bola, mas o verdão continuou superior. Aliás, só deu Palmeiras.

Porém, há dias em que nada dá certo. E sorte também entra em campo.

Quase 40 minutos do segundo tempo, na primeira boa jogada do Corinthians, Alessandro bate forte e marca o único gol da partida.

Sorte? Sem dúvida.

Quem não faz toma? Talvez.

Uma vitória para espantar a má fase? De jeito nenhum.

O Corinthians precisa mostrar muito mais do que isso. Vencer um clássico é sempre muito bom, mas ele só é válido para início de uma recuperação quando o clube vence jogando bem. E não foi o caso do Corinthians que viu seu oponente dominar a partida toda e contar com a "falta de sorte". Principalmente nos minutos finas em que até na trave a bola bateu.

O torcedor corintiano não é bobo e sabe que o clube precisa reencontrar o futebol se quer realmente pensar em reabilitação.

Vale ressaltar a boa fase individual de um único atleta da equipe: o goleiro Julio Cesar. Hoje, simplesmente foi o homem do jogo.

Mas... os fantasmas da crise ainda não foram afastados do parque São Jorge.

Enganando a quem?

As ausências de Ronaldo, Roberto Carlos e Dentinho na partida de hoje contra o Palmeiras, pelo Campeonato Paulista, é mais uma "tacada" da diretoria corintiana.

Depois da eliminação da Pré-Libertadores, no qual a equipe esteve 99% completa (apenas o lateral Roberto Carlos esteve fora),  o clube resolveu mudar de tática para não assumir a crise existente.

O motivo para o veto aos dos três principais jogadores do timão no clássico do Pacaembu é a falta de condicionamento físico, sugundo o clube paulista. O que acho a desculpa mais "esfarrapada". Quer dizer, exceto quando se fala sobre Ronaldo, que está prá lá de gordo.

Mas a quem eles querem enganar? Ficou evidente que, para não piorar a situação entre clube e torcida, a diretoria alvinegra optou em não escalar o time completo para fugir da responsabilidade, caso o time perca para o Palmeiras (o que, particularmente, acredito que vá acontecer).

Claro, fica muito mais fácil dizer: "Perdemos porque não estávamos com força total".

Hoje, com o Palmeiras embalado na competição, o Corinthians não tem a menor chance. Essa história de que em clássico não há favoritos não se encaixa, nem de longe, na realidade dos dois clubes. O verdão é superior e, portanto, favoritíssimo.

Podem anotar: O Palmeiras goleia o Corinthians dentro Pacaembu.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

"É nois, mano"

Muito do que vemos na internet é montagem. Isso não precisa eu vir aqui falar. Porém, há imagens que que são legitimadas por todo um contexto histórico. A foto abaixo é "real", além de impressionante. Perdoem-me, amigos corintianos. Essa eu não poderia deixar passar.


O mais engraçado é que um deles escreveu errado e o outro confirmou o equívoco. Ou seja, eles acreditam cegamente que "Incompetência" se escreve com "EM" e sem o acento.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Romário continua driblador

Simplesmente "genial" a capa da edição de hoje do jornal Extra, do Rio de Janeiro.

Para quem não sabe, Romário, ex-jogador e agora Deputado, não apareceu na Câmara. Estava doente? Passou mal? Não, foi à praia...

Pouco desempenho e indisciplinado

Não é de hoje que venho dizendo que o São Paulo precisa urgentemente de um atacante.

Fernandão e Fernandinho (isso parece dupla sertaneja) não conseguiram se firmar. O primeiro é alto e lento demais. Às vezes me lembra o Washington. O segundo, baixinho e rápido, mas sem objetividade. Muito abaixo do que se espera de um atleta de "time grande".

Porém, o grande problema no setor tem outro nome: Dagoberto.

O jogador foi contratado junto ao Atlético-PR em 2007, mas até hoje não mostrou para que veio. Passou pelas gestões de Muricy, Ricardo Gomes, Baresi e, agora, Paulo César Carpegiani.

Além de um fraco desempenho desde sua chegada ao Morumbi, Dagoberto nunca mostrou empenho durante as partidas. Ele tem lampejos de boas jogadas e de velocidade que, às vezes, resultam em gols. Mas, na maioria das vezes, o que percebemos é uma tremenda falta de profissionalismo. Sem contar suas inúmeras atitudes irônicas e sarcásticas dentro de campo.

Na partida de ontem, contra o Linense, Dagoberto mostrou-se descontrolado: xingou a torcida duas vezes e ainda brigou com o treinador durante a partida, com a bola rolando, num ato de total desrespeito.

Após o jogo, em entrevista coletiva, Carpegiani deixou bem claro sua posição. "Não preciso dizer em alto e bom som que aqui quem manda sou eu", disse o comandate são-paulino ressaltando que sempre deu apoio ao jogador. "Antes, eu fazia de tudo para mantê-lo no grupo. Agora, se surgir alguma proposta não serei eu quem irá segurá-lo. Se ele quiser sair, vou deixar", disse.

O problema é que ninguém o quer em time nenhum. Vai ser difícil o São Paulo se livrar dessa encrenca. A culpa é da diretoria tricolor que não aproveitou a única chance que teve para vendê-lo. Sem contar que deixou escapar Ricardo Oliveira. Esse erro é imperdoável. Deve aguentar as consequências...

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

A volta de um craque


A princípio, a dúvida.

A notícia de que Rivaldo estaria de malas prontas para jogar no São Paulo me causou certa desconfiança. Afinal, um jogador com 38 anos e que esteve longe do futebol brasileiro durante tanto tempo não poderia nos dar garantia nenhuma de sucesso.

Em contrapartida, um craque como ele, que fez história em todos os clubes em que atuou, inclusive no Barcelona, no qual recebeu o prêmio de melhor  jogador do mundo, em 1999, além do título de campeão do mundo com a  seleção Brasileira, em 2002, merece, no mínimo, um voto de confiança.

A estreia do novo reforço tinha data marcada: hoje (03/02) , no estádio do Morumbi, contra o Linense, em partida válida pelo Campeonato Paulista.

Todas as atenções estavam voltadas a Rivaldo. Desde o primeiro toque na bola a torcida presente vibrava como se fosse um gol.

O primeiro tempo não houve novidades. O São Paulo teve bom toque de bola, mas sem muita objetividade. Dagoberto se movimentou bastante, mas Fernandinho, como sempre, não dava opção.

As melhores oportunidades saíram dos pés dele, do estreante, que fez a bola rolar com qualidade no setor de meio campo. Porém, a primeira etapa terminou em 0 a 0.

Na volta para o segundo tempo, Carpegiani resolveu ousar. Sacou Ilsinho, que havia retornado à equipe depois de alguns jogos ausente, e colocou Marlos, deixando o time ainda mais ofensivo.

Mas foi o Linense que abriu o placar, com Eric, aos seis minutos. O Susto serviu para o Tricolor acordar. Aliás, para despertar a fera. 

Rivaldo passou a distribuir passes precisos, além de meter uma caneta e um chapéu inacreditável, com a bola no chão, o que torna a jogada ainda mais difícil. E, para completar, recebeu lançamento dentro da área, aplicou outro chapéu e marcou seu primeiro gol com a camisa das três cores. Um gol de craque para ninguém botar defeito.

A torcida explodiu nas arquibancadas. De fato, ninguém esperava uma estreia tão positiva. Nem mesmo os mais otimistas. Talvez, nem mesmo o próprio estreante. O sorriso dele nos disse isso.

E essa alegria que partia de Rivaldo, refletia nos torcedores e voltava para dentro de campo. Contagiou a todos de uma maneira em que o São Paulo passou a jogar por música, confiante, com vontade, inspirado. Como eu não presenciava há tempos.

Não demorou muito para o Tricolor virar a partida. Dessa vez o gol foi de Marlos, que recebeu ótimo passe na entrada da grande área e, na saída do goleiro Paulo Musse, chutou forte no ângulo direito. Um golaço.

Mas o melhor ainda estava por vir. Aos 40 minutos, Rogério Ceni bate falta com perfeição e marca um belo gol, na gaveta. 

E nem mesmo o gol do Alessandro, descontando para os visitantes, apagou a vibração da equipe do Morumbi.

Se é a "boa fase" retornando ao Morumbi, não sabemos. O fato é que Rivaldo mostrou-se um tremendo pé-quente, além de provar que fôlego, habilidade e inteligência não faltam a ele. 

Para o sucesso, basta repetir a dose nas próximas partidas. Carpegiani terá uma missão difícil pela frente: trabalhar o psicológico da equipe para manter a mesma pegada.

E, para Rivaldo,  os meus parabéns. Seja bem-vindo novamente ao futebol brasileiro.

Rivaldo comemora golaço em estreia


 

Será o fim do casamento?

Parece que a lua de mel entre Ronaldo e torcida do Corinthians chegou ao seu fim.

Após a eliminação para o Tolima na fase Pré-Libertadores, ontem, na Colômbia, torcedores revoltados protestaram contra o clube e Ronaldo foi o alvo central. O dia foi agitado.

Primeiro, nesta madrugada, os muros do Parque São Jorge foram pichados com ofensas ao jogador por aproximadamente 50 torcedores. Além do "fenômeno", Roberto Carlos, que estranhamente sentiu dores na véspera da partida, o técnico Tite e o presidente Andrés Sanches também foram criticados.

Mas não parou por aí. Nesta manhã vândalos invadiram o estacionamento do Centro de Treinamento Joaquim Grava, na Rodovia Ayrton Senna, e apedrejaram alguns veículos de jogadores e funcionários do clube.

Durante a ação, novamente o nome de Ronaldo foi citado. A torcida pede a saída do jogador.

No ano passado o jogador disse em entrevista à Rede Globo que deixou de amar o Flamengo porque o Corinthians havia entrado em sua vida.

A torcida, por sua vez, o recebeu de braços abertos e dizia, até a eliminação, que Ronaldo era um dos maiores ídolos da história do clube (o que discordo profundamente).

Agora, em crise, será que Ronaldo manterá seu amor pelo clube? Vamos ver até que ponto ele aguentará a pressão da massa corintiana que faz barulho quando quer algo.

Não vejo final feliz para essa história, o que provará que não há "amor" sem resultados...

Vergonha em "preto e branco"

Nunca, na história da Libertadores da América, uma equipe brasileira deixou de se classificar na fase "pré" da competição. O Corinthians conseguiu essa proeza.

Confesso que há tempos não assistia a uma partida profissional tão medonha. Em determinado momento, pensei estar assistindo a um jogo de várzea.

Se o Tolima exagerava nos erros de passe, o Corinthians fazia o favor de retribuir.

Logo na entrada ao campo, os sinais de nervosismo e tensão estavam estampados no rosto dos jogadores. Não havia uma expressão de otimismo, um sinal esperança. Já entraram derrotados, como se a tragédia já estivesse anunciada.

Durante a partida, a equipe se manteve apática, como no Pacaembu. Faltou vibração.

O Corinthians enfrentou um time horrível e fez questão de se igualar tecnicamente a eles. Foi o pior jogo do clube desde a chegada de Ronaldo.

Por falar nele, creio que sua fase como jogador tenha acabado junto com o sonho de conquistar uma Libertadores, ainda como atleta, que fique claro. Quer dizer, atleta ele não é há muito tempo. Está completamente fora de forma, longe do perfil de um "atleta".

E, além dá má formação que Tite deu à equipe, outro grande erro é que o Corinthians joga em função do Ronaldo. E todo time que mantém essa ideologia perde a identidade. Futebol foi, é e sempre será "coletivo".

Oras, se jogar em função de apenas um "atleta" já é complicado, imaginem apostando num cara que está no mínimo quase o dobro do peso.

Às vezes acabo acreditando que certos clubes não nasceram para determinadas competições, assim como certos jogadores não nasceram para vestir a camisa da seleção Brasileira.

Para o Corinthians, o ano acabou. Nem mesmo o Paulista e o Brasileiro podem salvar o barco que se afundou com a âncora alvinegra. A frustração é tamanha.

Quero ver qual torcedor terá a coragem, misturada à cara de pau, de dizer que "alguns vivem de títulos, nós vivemos de Corinthians"...


Tristeza misturada à vergonha

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Corinthians joga por vaga na Libertadores

Por Breno Benedito

Na noite desta quarta-feira, acontece o jogo de volta da fase pré-libertadores. O Corinthians, que já está na Colômbia, enfrentará o Tolima, no estádio Manuel Murillo Toro, na cidade de Ibagué, às 22h. O primeiro confronto, que ocorreu na semana passada, terminou em 0 a 0. Um novo empate sem gols leva a decisão para os pênaltis. Porém, qualquer empate com gols classifica o Corinthians para a fase de grupos da competição continental.

A fase de pré-libertadores começou em 2005. Desde então, nenhum clube do Brasil que passou por essa fase foi desclassificado. Todos tiveram sucesso: Palmeiras (três vezes), Goiás-GO, Santos, Paraná-PR e Cruzeiro-MG (duas vezes). E neste ano é a vez de Corinthians e Grêmio tentarem o feito.

O técnico Tite mudará a escalação em relação ao jogo passado. O esquema 4-3-3, utilizado no Pacaembu, dará lugar ao 4-4-2. E, para esta noite, o técnico alvinegro sacará Bruno César e em seu lugar dará nova oportunidade a Paulinho. Com isso, Jorge Henrique fará a função da armar. O treinador explicou o motivo. “Está definido que é o Paulinho. Ele tem entrosamento com o time”, comentou.

A equipe alvinegra não contará com o seu lateral-esquerdo, Roberto Carlos, que sentiu dores na coxa direita. Fábio Santos, que estreou no último domingo, no empate contra o São Bernardo, valido pela quinta rodada do Campeonato Paulista, será o substituto. “O Roberto ficou alguns dias com um problema que está incomodando. Ele foi substituído no primeiro jogo em função disso e fez a recuperação. Fiz o trabalho (segunda-feira) para ver a reação do atleta. É justamente isso que falta, intensidade para ir para o jogo”, resume o comandante.

Fábio Santos, substituto imediato de Roberto Calos, comemora a oportunidade num jogo que definirá o futuro do Corinthians na Libertadores da América. “Estou feliz. A oportunidade veio mais rápido do que eu esperava. É uma grande chance. Para jogar aqui no Corinthians, tem que ter responsabilidade. É um grande desafio para toda a equipe. Estou motivado em fazer uma grande partida”, completou o atleta.

Pelo lado da equipe Colômbia, o meia Rafael Castillo sabe que das dificuldades, mas com o resultado que aconteceu no Pacaembu, empate de 0 a 0, dá confiança para a partida de hoje. “Estamos tranquilos, mas não satisfeitos. Creio que demos um passo importante com o empate no Brasil, mas agora precisamos ganhar”, disse o meia do Tolima.

E o atacante Medina também está de acordo com o seu companheiro de time. “Restam 90 minutos. O Corinthians é uma grande equipe, mas igual a nós. Fizemos com que eles jogassem mal porque colocamos a bola no chão e estivemos muito bem. Sabemos da nossa responsabilidade em casa, então temos de ganhar”, concluiu o atacante.



Ficha Técnica:

Tolima: Silva; Vallejo, Julian Hurtado, Arrechea e Noguera; Chara, Bolívar, Castillo e Murillo; Santoya e Medina.

Técnico: Hernán Torres

Corinthians: Julio César; Alessandro, Chicão, Leandro Castán, Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Jucilei, Jorge Henrique; Dentinho e Ronaldo.

Local: Estádio Manuel Murillo Toro, em Ibagué (COL)

Data e Hora: Dia 2 (quarta-feira), às 22h

Árbitro: Roberto Silveira (FIFA/URU)

Assistentes: Maurício Espinosa (FIFA/URU) e Carlos Changala (FIFA/URU)

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

"Treino é treino, jogo é jogo"

Ronaldinho, no Flamengo, tem treinado bastante e feito belos gols de falta. Já Rivaldo, no São Paulo, tem feito bem o papel de armador da equipe e hoje até marcou um gol praticamente do circulo central. Um golaço. Lembrando que tudo isso tem sido cenas vistas apenas nos treinos, já que os dois ainda não estrearam pelo seus novos clubes.

Calma lá, meus amigos!

Não vão se iludindo apenas pelo que a mídia vem noticiando a respeito das boas atuações (nos treinos) de Ronaldinho Gaúcho e Rivaldo, pelo Flamengo e pelo São Paulo, respectivamente. Como já dizia o sábio Didi, "treino é treino, jogo é jogo".

Apenas como um adendo a quem não sabe, a frase ficou famosa em meados de 1958, quando o técnico Vicente Feola preparava a seleção Brasileira para a Copa na Suécia e alguns jogadores estavam sendo barrados pela comissão técnica. Daí, Didi, que estava para ser cortado também sob a acusação de não estar se esforçando como deveria nos treinamentos, soltou a tal pérola.

A princípio, pareceu um tremendo drible do jogador para cima da comissão, com o intuito de permanecer na equipe. Talvez nem mesmo o próprio Didi tivesse a percepção de que ele havia dito algo muito verdadeiro e que ficaria registrado na história do esporte mais querido do mundo por toda a eternidade.

Para legitimar máxima de Didi, darei o maior exemplo que conheci: Romário, o "baixinho". O atacante passou por quase todos os grandes clubes do Rio de Janeiro, além de muitos outros esquadrões, inclusive o competente Barcelona, mas nunca foi fã de treinamentos. Porém, quando chegava nos jogos chamava a responsabilidade para si e arrebentava.

Que fique claro que não sou partidário do jogador indisciplinado. Longe disso. Prezo muito o modelo de atleta que Telê Santana gostava de trabalhar: humilde, responsável, leal, trabalhador, esforçado. Apenas quis dizer com isso que uma coisa é o cara "comer a bola" no treino, outra coisa é esse mesmo cidadão entrar no jogo e fazer toda a diferença. São duas pontas completamente diferentes.

Não estou querendo dizer também que tanto Ronaldinho quanto Rivaldo não darão certo nesse retorno ao Brasil. Muito pelo contrário. Aposto na capacidade, habilidade e inteligência de ambos. Apenas acho que devemos esperar a bola rolar de verdade para os dois craques. Afinal de contas, cautela nunca é demais e futebol se vê apenas dentro de campo, na hora do "vamos ver".

Resumo das notícias

O "resumão" começa com a seleção Brasileira Sub-20 que ontem venceu o Chile, por 5 a 1, com mais um show de Neymar, Lucas e companhia.

O primeiro tempo terminou empatado em 1 a 1 e dava pinta de jogo complicado para os meninos do Brasil. Porém, segurar essa nova geração canarinho não é tarefa fácil.

Dá gosto de ver aquela zaga sólida chegando em todas as bolas com vontade e segurança. Dá gosto de ver o toque de bola pra lá de refinado no meio de campo. Dá gosto de ver a velocidade e eficiência do ataque. Enfim, dá gosto de ver essa seleção atuar.

Como já falei neste blog, é o futebol arte ressurgindo. É o futebol bonito, leal, igual àquele de Telê Santana, sendo resgatado através dos pés desses brilhantes jovens promissores do esporte. Estamos no caminho certo.

Aliás, por falar em caminho certo, parece que o recado foi dado ao presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio.

Primeiro que ele (Juvenal) decidiu aumentar o salário do Lucas e renovar seu contrato até o final de 2015. Segundo, que andou declarando após o jogo contra o Santos que vai atrás de reforços para a temporada. E terceiro que começou a "limpeza" no elenco atual.

O atacante Mazola, o lateral Carleto e o zagueiro Renato Silva foram dispensados do clube.

Mazola veio da categoria de base, mas pouco foi aproveitado. É um jogador mediano e pode dar certo em outros clubes com menos "peso de camisa". Mas deve mesmo compor o elenco do Shandong Luneng (CHI).

O lateral Thiago Carleto foi contratado no meio do ano passado, mas não agradou a comissão técnica. Sem contar as inúmeras lesões que o levaram à terceira opção do técnico Paulo César Carpegiani. Além disso, com a chegada de Juan e o retorno de Junior César, a situação ficou ainda pior para Carleto. Seu destino deve ser o Olimpia (PAR).

Mas a torcida tricolor comemora mesmo é com a saída do zagueiro Renato Silva, que está no clube paulista desde janeiro de 2009, quando deixou o Botafogo. A sua baixa qualidade técnica e lentidão nas saídas de bola, além das consecutivas falhas nas oportunidades que teve, o tornaram um vilão dentro clube. Esse sim vai tarde.

Agora,  a notícia que tem sido assunto nas ruas é a volta de Liedson ao Corinthians. A grande pergunta que tenho escutado é: Será que o Corinthians precisa de mais um jogador de idade avançada (para o futebol, claro)?

Assim como Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho e Rivaldo, recém contratado pelo São Paulo, acho que Liedson merece um voto de confiança. Claro que não podemos compará-lo com os três citados, que foram, cada um na sua época, os melhores do mundo. Mas aparentemente o jogador naturalizado português está em boas condições físicas, e isso ajuda muito. Porém, embora tenha sido, como já disse, o mais comentado, esse não é o assunto mais importante para os alvinegros. Libertadores é a pauta:

O Timão vai à Colômbia, amanhã, enfrentar o Tolima pela Taça Libertadores da América, e isso é o que realmente preocupa os jogadores, principalmente por não terem conseguido um resultado favorável no Pacaembu, diante de sua apaixonada torcida.

Só mesmo uma mudança radical na conduta e no modo de pensar por parte dos atletas e de toda comissão técnica trará a classificação à equipe do Parque São Jorge.