terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Morre Catê, ex-craque são-paulino

Dia muito triste para o mundo do futebol, principalmente aos torcedores do São Paulo que acompanharam o famoso expressinho tricolor, também comandado pelo mestre Telê Santana, no período de 1991 a 1994.

Morreu nesta manhã, 27, no quilômetro 131 da rodovia ERS 122, no município gaúcho de Ipê, Marcos Antônio Lemos Tozze, o Catê, campeão Mundial pelo São Paulo Futebol Clube.

O carro do ex-jogador, um Fiat Uno preto, se chocou com um caminhão Scania. Catê foi levado para o hospital com vida, mas não resistiu aos ferimentos.

Veja no vídeo (gravado por cinegrafista amador) como ficou o carro do ex-jogador:



O JOGADOR CATÊ

Catê teve boas passagens por grandes clubes profissionais. Jogou no Cruzeiro, no Flamengo, no Esportivo-RS e no Brusque-SC. Fora do país, atuou no Sampdoria, da Itália, e no Universidad Católica, do Chile, onde foi ídolo.

Mas sua grande fase, sem dúvida, foi vestindo a camisa das três cores do Morumbi.

Sua explosão como jogador de futebol aconteceu em 1991, quando fazia parte do chamado "expressinho tricolor", um time de garotos da base do São Paulo no qual o professor e mestre Telê Santana fazia questão de acompanhar de perto. Era a equipe que representava o clube quando os titulares estavam jogando alguma competição de maior importância.

À época eu tinha de 8 para 9 anos e já me encantava com o fabuloso futebol desse time.

Jogadores como Rogério Ceni, Bordon, Pavão, Caio Ribeiro, Jura, Denilson, André Santos, Jameli, Juninho Paulista, dentre outros craques, formavam o tal "expressinho", e Catê era o ponta-direita do time (posição extinta no futebol atual). Era ele quem começava as grandes jogadas que resultavam nos golaços de Juninho Paulista.

O futebol arrojado, veloz e inteligente de Catê o levou ao time principal de Telê. O menino, além, de tudo, tinha uma tremenda habilidade com a bola nos pés. Aliás, todos diziam que Catê era Catê de "categoria". Eu concordo.

Em 1993, sagrou-se Campeão do Mundo com o São Paulo, no Japão. Foi o primeiro grande título, talvez o mais importante, do atleta.

Já em 1994, novamente com o "expressinho", Catê foi importantíssimo para a conquista da Copa Conmebol.

Na semifinal da competição, contra o arquirival Corinthians, que por sinal jogou com o time completo, o ponta marcou o terceiro gol do São Paulo, que acabou vencendo a partida por 4 a 3, no estádio do Pacaembu.

No jogo de volta o timão precisava vencer a todo custo. E conseguiu. Bateu o São Paulo por 3 a 2, em pleno Morumbi, levando o jogo à decisão por pênaltis.

A classificação à final da competição ficou para o time da casa depois de dois pênaltis defendidos por Rogério Ceni, considerado o herói da partida.

Veja o vídeo dos melhores momentos dos dois jogos entre São Paulo x Corinthians:




A FINAL E A CONSAGRAÇÃO DE CATÊ

Após passar pelo Corinthians, o São Paulo foi à final encarar o tradicional Peñarol, do Uruguai. Ou seja, jogo para deixar os nervos à flor da pele.

A primeira partida aconteceu no estádio do Morumbi e o Tricolor foi avassalador.

Catê, em noite inspiradíssima, e isso me lembro muito bem, já que assisti à partida ao vivo, com transmissão da TV Bandeirantes e narração do grande Jota Júnior, marcou o segundo gol do São Paulo num lance de puro oportunismo. Aproveitou rebote e, de primeira, balançou a rede adversária. Em seguida, fez linda jogada pela linha de fundo, do lado direito, e tocou para trás, resultando num golaço de bicicleta de Toninho.

Mais tarde, marcou o quinto do tricolor numa jogada muito parecida com a do seu primeiro gol no jogo. E foi ele quem fechou o placar (6 a 1) com um tremendo golaço (o seu terceiro na partida). 

Foi, sem a menor dúvida, a grande estrela dessa primeira partida da decisão da copa Conmebol.   
Com um resultado tão elástico, o São Paulo pôde se dar ao luxo de ir ao Uruguai e ainda perder de 3 a 0 para os donos da casa que assim mesmo foi o grande vencedor do torneio.

Veja o vídeo da grande final da Conmebol com atuação perfeita de Catê:



Há poucos dias, Catê participou de um jogo beneficente, organizado pela jornalista Ana Carla Portella, que homenageou o mestre Telê Santana. A partida aconteceu no estádio Ícaro de Castro Melo, no Ibirapuera, e contou também com as presenças de Zetti, Muller, Pintado, Cafú, dentre outros alunos de Telê. Pode ter sido esta a última partida de Catê. (Clique aqui e assista ao vídeo).

Enfim, a nós, torcedores e admiradores do jogador, cabe relembrar dos grandes feitos, das grandes jogadas, dos belos gols e de tudo de bom que o craque Catê fez pelo futebol.  

Obrigado, Catê.
Vá com Deus...


FOTO: LanceNet. Catê nos tempos de Tricolor

domingo, 18 de dezembro de 2011

Venceu o melhor... do mundo!

FOTO: GloboEsporte.com
Agora não resta mais dúvidas, se é que elas existiam: O Barcelona é, definitivamente, o melhor do MUNDO.

Venceu o Santos por 4 a 0 na final do Mundial da Fifa e mostrou não só à equipe santista, mas ao mundo todo, o que é jogar futebol de verdade.

Eu disse, aqui mesmo nesse blog, que o encontro de Santos e Barcelona seria o jogo do século. Enganei-me. Para haver um "jogo do século" seria necessário que duas equipes extraordinárias estivessem se enfrentando. E isso não ocorreu. Foi um jogo de um time só.

Vimos que não há, pelo menos por enquanto, um clube que faça frente ao Barcelona.

Não querendo menosprezar o Santos, de forma alguma, mas a diferença entre os dois é imensa e o que acontrceu não foi surpresa.

O Barcelona é um time completo, que joga bonito, que toca a bola de primeira, que faz o jogo rodar com velocidade, enfim, é um time fora do normal.

O Santos, muito guerreiro ao conquistar a Libertadores da América, chegou até onde poderia chegar. 

Porém vencer o Barcelona, embora ninguém tenha escondido a torcida para que isso acontecesse, é missão praticamente impossível não apenas para o Santos, mas para qualquer clube do mundo na atualidade.

E como disse o Neymar após a derrota, o que vimos hoje foi "uma aula de como jogar bola".

Parabéns ao Barcelona. Parabéns ao Melhor do Mundo.

 

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Dia de alegria em três cores

PARABÉNS, SÃO PAULO F.C., PELOS 76 ANOS DE MUITAS GLÓRIAS E ALEGRIAS.

TORCER PARA O TRICOLOR PAULISTA É ALGO QUE NÃO TEM EXPLICAÇÃO.

É SENTIR-SE VITORIOSO TODOS OS DIAS POR TUDO QUE ESSE CLUBE MARAVILHOSO NOS PROPORCIONA.

OBRIGADO, CLUBE BEM AMADO DAS TRÊS CORES. OBRIGADO.

E PARA LHE HOMENAGEAR, NADA COMO UMA FOTO DE DOIS GRANDES ÍCONES DO FUTEBOL MUNDIAL QUE SE CONSAGRARAM VESTINDO O MANTO SAGRADO.

Raí e Telê no vestiário após a conquista da 1ª Libertadores, em 1992

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Agora é pensar no Barça

FOTO: Site R7 Esportes
Pronto!

A lição de casa o Santos já fez.

Bateu o "café com leite" Kashiwa Reysol por 3 a 1 e agora vai à final do Mundial de Clubes enfrentar o grande e temido Barcelona.

Sim, eu sei que o Barcelona ainda não está na final, mas é praticamente impossível uma derrota do clube espanhol contra o Al Sadd, amanhã, em Yokohama.

Embora a equipe do Barcelona esteja mantendo o discurso modesto com relação à partida de amanhã, no fundo todos sabem, inclusive os jogadores, que não há com o que se preocupar.

O Barcelona é o time a ser batido e entrará para essa final como franco favorito.

Creio que será um jogo magnífico. Será o "Jogo do Século".

As duas equipes que mais fazem espetáculos estarão frente a frente num duelo recheado de fortes emoções e disputas individuais.

De um lado, o técnico Pep Guardiola, que foi jogador e teve como seu professor o grande Cruyff, vem se destacando como o grande mentor desse fabuloso Barcelona. Do outro lado, Muricy, que acompanhou a trajetória do São Paulo no mesmo Mundial de Clubes como estagiário de Telê Santana, em 1992, agora tem a chance de ser reconhecido mundialmente, assim como o seu mestre na década de 1990.

Mas dentro de campo os holofotes estarão voltados aos dois maiores jogadores de futebol da atualidade: Neymar (Santos) e Messi (Barcelona).

Tudo que a gente sempre quis ver agora será possível.

Façam suas apostas, meus amigos. Votem na enquete que está na página principal e deixem comentário.


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

O título inesquecível de uma equipe inesquecível

Há exatos 19 anos, quando eu tinha nada mais do que 9 anos de idade, o futebol já era algo bastante presente na minha vida.

A paixão pelo meu clube do coração se tornou ainda maior no dia 13 de dezembro de 1992.

O São Paulo Futebol Clube subia ao pódio mais alto do futebol mundial depois de bater uma das equipes mais temidas e respeitadas do esporte bretão: o Barcelona.

Dentro de campo, a equipe comandada pelo professor e mestre Telê Santana entrou determinada à vitoria. Saiu atrás no placar, mas virou a partida porque tinha algo que há tempos não vejo no futebol. Era uma equipe que jogava por música, que tinha brio, que jogava bonito, com classe, sem violência, com toque de bola refinadíssimo.

Obviamente o futebol mudou bastante de lá para cá. Mas dificilmente haverá uma equipe tão completa como a do São Paulo de 1992.

Dias atrás, disse a um amigo que o São Paulo de 92 seria o time ideal para fazer frente ao grande Barcelona de hoje. Cheguei a comentar que acreditaria numa vitória tricolor caso houvesse essa disputa.

Fui chamado de louco, de fanático, de lunático, enfim...

... Mantenho minha humilde opinião. Quem viu aquele time, viu. Quem não viu, uma pena, não verá nunca mais. 

Assista aos melhores momentos de São Paulo x Barcelona - Mundial de Clubes 1992

O dia da Consagração

Há certas sensações que são impossíveis de descrever.

Ontem, por exemplo, tive o prazer de conhecer a alegria de ter meu Trabalho de Conclusão de Curso  aprovado, com nota 9, no curso de Jornalismo da Universidade de Santo Amaro.

Toda tensão e medo que tomavam meu corpo durante a apresentação se transformaram numa mistura de alegria e alívio. Parecia que um carro estava me esmagando e alguém chegou para tirar esse peso das minhas costas.

Melhor dizendo, me senti num estádio de futebol vendo meu time prestes a deixar escapar a chance de conquistar um título mundial e, de repente, quando tudo já estava se desenhando para o pior, o ídolo do clube acerta um chute certeiro e marca o gol sagrado.

Sim, me senti como um torcedor vibrando freneticamente esse tal gol salvador. O coração veio à boca.

Para falar a verdade, mal consigo lembrar o que passava na minha cabeça naquele momento. Talvez, em poucos segundos, enquanto minha orientadora fazia seu rápido discurso para nos dizer a nota, tenha passado o filme de tudo que fiz durante os quatro anos de curso. Não sei. Não sei mesmo.

O que posso garantir é que agora sou, com muito orgulho, um "Jornalista Formado". É como consquistar um título.

Obrigado a todos que sempre acreditaram em mim.