quarta-feira, 27 de março de 2013

Palmeiras apanha até de bêbado. Que fase!

Confesso que não assisti à partida, mas tomei um susto quando ouvi o Cléber Machado dizer, antes do início do jogo entre Paulista de Jundiaí e São Paulo, que o Palmeiras havia perdido para o Mirassol por 6 a 2.
 
Sem desmerecer a equipe do Mirassol, que tem o seu valor, isso é inquestionável, mas é muito triste ver um clube grande, de tradição, de repente se transformar num time de meros coadjuvantes a ponto de ser goleado por um clube considerado pequeno, sem expressão. O resultado não poderia ter sido mais desastroso. Foi como apanhar de bêbado.
 
Uns dizem que a culpa é da diretoria, que não está nem aí para o futebol e que só quer saber de ver o a Arena Palestra de pé. Outros culpam, com todas as forças, a falta de vontade dos atletas dentro de campo. Há também, em menor quantidade, os que acreditam que seja apenas uma maré de azar.
 
Eu já acho que seja um pouco de tudo.
 
A começar pela diretoria, claro, que permitiu a saída de peças fundamentais do clube no momento mais difícil (Barcos e Marcos Assunção). Sobre o elenco, não há muito o que dizer. É óbvio que os homens que entram em campo devem honrar a camisa do clube e assumir a responsabilidade, mas um clube como o Palmeiras não pode ter um elenco tão fraco como o atual. De que forma vamos cobrar algo de caras como Weldinho , Marcos Vinícius, Márcio Araújo, Léo Gago, Wesley e companhia? confesso que até pouco tempo atrás sequer eu conhecia metade desse time alviverde.

Evidentemente, meus caros, com uma diretoria irresponsável e um elenco limitadíssimo a maré só pode ser de azar mesmo...

domingo, 24 de março de 2013

Palmeiras e Santos: história rica desde 1915

Hoje é domingo de "clássico da saudade" no campeonato Paulista.
 
Para quem não sabe, o "clássico da saudade" é o confronto entre Palmeiras e Santos e o nome se refere ao fato de reunir os dois maiores times de futebol durante uma das épocas mais gloriosas do esporte, na década de 1960.
 
O Palmeiras contava com o grande Ademir da Guia, um dos maiores ídolos do clube. Do outro lado, o Santos tinha nada menos do que Pelé, considerado o maior jogador de futebol de todos os tempos.
 
Atualmente as duas equipes vivem situações não tão confortáveis.
 
O Palmeiras é o quinto colocado do estadual, com 25 pontos, e caminha para uma classificação para as quartas de final, no entanto, o clube ainda sofre com o rebaixamento no campeonato brasileiro e com a péssima campanha que faz na Taça Libertadores da América.
 
Já o Santos é o vice líder do Paulistão, com 27 pontos, mas sua torcida anda pra lá de desconfiada. A equipe não conseguiu classificação para disputar a Libertadores deste ano de 2013, o que deixa os holofotes voltados apenas ao campeonato regional.
 
Mas a história do confronto entre as duas equipes é pra lá de interessante. O primeiro encontro entre as duas agremiações ocorreu no dia 3 de outubro de 1915, no Velódromo de São Paulo. O Palmeiras, que à época ainda era Palestra Itália, não havia sequer completado 1 ano de vida, mas já queria disputar o Campeonato Paulista 1916.
 
Para isso ocorrer, a Associação Paulista de Esportes Atléticos impôs a seguinte condição: vencer um time de ponta de sua escolha. O escolhido foi o Santos, que acabou goleando o alviverde por 7 a 0. Por pouco o Palestra não fechou suas portas. Sua sorte foi que o Scottish Wanderers acabou expulso da competição e abriu uma vaga, que ficou para o Palestra.
 
De lá para cá foram 299 jogos, 127 vitórias para o Verdão e 94 para o Peixe e 78 empates. O Palmeiras marcou 531 gols no duelo, enquanto o Santos balançou as redes 440 vezes. Em finais pelo
Paulistão, foram seis encontros:

  •  4 de março de 1928 : Palestra Itália 3 a 2 Santos - Palestra campeão de 1927
  •  5 de janeiro de 1960: Palmeiras 1 a 1 Santos
  •  7 de janeiro de 1960: Palmeiras 2 a 2 Santos
  •  10 de janeiro de 1960 Palmeiras 2 a 1 Santos - Palmeiras campeão de 1959
  •  19 de maio de 1968: Palmeiras 1 a 3 Santos - Santos campeão de 1968
  •  2 de junho de 1996: Palmeiras 2 a 0 Santos - Palmeiras campeão de 1996
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    Imagem histórica do clássico da saudade em 1959
    A maior goleada aconteceu no dia 11 de dezembro de 1932, quando o Palmeiras enfiou 8 a 0 no rival. Pelo santos, a maior goleada (em jogo oficial) aconteceu no dia 7 de 0utubro de 1959, num 7 a 3 para a equipe praiana.
     
    Ou seja, há números de sobra para esquentar a disputa entre Palmeiras Santos no frio domingo de hoje, independentemente da situação atual de cada clube.
     
    Que vença o melhor, claro!
    

    No futebol há "fases e fases"

    O futebol, assim como qualquer outra coisa na vida, vive de momentos. Nem sempre o clube do seu coração é o protagonista da vez. Muitas vezes não passa de mero coadjuvante.
     
    Neste sábado, 23, aproveitei o tempo frio e chuvoso da capital paulista para acompanhar, dessa vez pela televisão, à partida entre São Paulo e Bragantino, que aconteceu no estádio do Morumbi, em jogo válido pelo Campeonato Paulista.
     
    O São Paulo fez a lição de casa e bateu o visitante por 2 a O, mas apresentou um futebol bem abaixo daquilo que se espera de um clube grande, com estrutura similar à de um clube europeu. Aliás, assim tem sido as apresentações da equipe do Morumbi em todas as partidas.
     
    A grande aposta do Tricolor, Paulo Henrique Ganso, ainda não conseguiu fazer uma grande partida e cair nas graças da torcida. E dessa vez não há desculpa, pois o meia jogou os 90 minutos. Enquanto isso, o principal goleador do time, Luis Fabiano, voltou a balançar a rede, mas continua nos passando a impressão de que perdeu o prazer de jogar futebol. Os demais, com excessão de Rogério Ceni, que novamente teve uma boa atuação, tiveram atuações discretas. Ou seja, é um São Paulo muito apático, sem brilho, sem emoção, sem vibração.
     
    A primeira colocação na competição estadual não condiz com o momento do São Paulo. A classificação para a segunda fase da Taça Libertadores da América, que é o campeonato que o clube tanto prioriza, está ameaçada. E, sinceramente, não acredito que o São Paulo avance. Se isso ocorrer, a chance de dar um vexame logo nas oitavas de final é grande.
     
    O Bragantino, por sua vez, vem fazendo uma campanha que está dentro do planejamento do clube. É bem possível que ainda briguem por uma vaga nas quartas de final do Paulistão. Porém, se isso não acontecer, terminar em nono ou décimo não seria de todo o mal para um clube considerado pequeno e que tem um elenco pra lá de limitado.
     
    Agora, devo confessar algo. Enquanto a bola rolava, me lembrei de uma fase incrível vivida por essas duas equipes no início dos anos 1990. Foram duas partidas incríveis que aconteceram entre as duas equipes em 1991. O primeiro jogo foi no dia 5 de junho, no Morumbi, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro. Foi o primeiro jogo da final e o Tricolor venceu por 1 a 0, com gol de Mário Tilico.
     
    Só para não passar batido, o São Paulo, à época, era comandado pelo grande mestre Telê Santana e foi a campo com com jogadores como Zetti, Cafu, Ricardo Rocha, Leonardo, Raí e Muller. Do outro lado estava o então técnico Carlos Alberto Parreira, atualmente coordenador técnico da Seleção Brasileira e tetracampeão mundial com o Brasil, em 1994. Em campo, os destaques do Bragantino ficavam por conta do volante Mauro Silva e do atacante Mazinho.
     
    A segunda e decisiva partida aconteceu no dia 9, no estádio Marcelo Stéfani, que mais tarde se tornaria o Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista. Não houve gols e o Tricolor Paulista sagrou-se tricampeão Brasileiro.
     
    Pois é, meus amigos. Há fases e fases. E a atual é triste...