sexta-feira, 25 de junho de 2010

O torcedor é arrogante

À primeira vista, um empate chato e sem emoções. O Brasil começou bem, dominando a posse de bola e criando, sem tento perigo, exceto nas duas bolas na trave (uma de Nilmar e outra de Luis Fabiano, de cabeça), algumas chances de gol. No segundo tempo foi o contrário. Portugal passou a comandar a partida e quase abriu o marcador, não fosse Júlio César para interceptar.

O torcedor brasileiro é arrogante e mal acostumado. Acha que a seleção brasileira tem de vencer sempre, qualquer equipe, a todo custo, e de goleada. E as coisas não são bem assim. O empate poderia ter sido contra a Alemanha, a Argentina ou até mesmo diante de uma seleção do "universo", e ainda assim haveria críticas.

Definitivamente essa equipe formada pelo técnico Dunga não é a escolhida e aprovada pelos torcedores, mas é a "Nossa Seleção", e está fazendo seu papel direitinho nesta Copa da África.

Hoje, contra Portugal, ficou evidente que Dunga escalou a equipe para segurar o empate, já que o resultado era favorável para que o Brasil classificasse em primeiro lugar em seu grupo.

As ausências de Robinho (que ninguém sabe ao certo se foi ele passou mal ou se o treinador apenas resolveu poupá-lo), Elano (machucado) e Kaká (expulso) contribuíram para que a equipe fosse escalada defensivamente.

Os substitutos foram três: Primeiro Nilmar, que fez dupla de ataque com Luís Fabiano e foi dos pés dele que o Brasil chutou a primeira bola na trave. O segundo, no meio de campo, foi Daniel Alves que caiu pelo lado direito, apoiando Maicon e cobrindo na marcação. Gostei de sua atuação. Já para o lugar de Kaká, Júlio Baptista tentou fechar o setor intermediário, mas não foi bem. Esteve perdido e parece que sentiu na pele o peso de uma camisa amarelinha em Copa do Mundo.

Mas se o que realmente interessa é alcançar os objetivos, então Dunga merece os parabéns e o respeito de todos, pois entrou em campo para garantir o primeiro lugar na classificação, e conseguiu. É preciso levar em consideração que jogamos contra Portugal, e que eles se postaram muito bem defensivamente.

Sim, o Brasil poderia ter vencido, caso tivesse um meia-armador em campo que criasse as jogadas e deixasse os atacantes em posições mais confortáveis para fazer os gols. Mas é preciso analisar o que taticamente Dunga quis fazer nessa partida. Quem garante que a cautela e o esquema defensivo, inclusive com a ausência de Robinho, não fizeram parte de um plano de estratégia?

Até agora não tivemos o que reclamar. O Brasil fez o que era necessário fazer. A prova será na próxima fase no qual a equipe terá de ser valente, guerreira, "raçuda", mas ao mesmo tempo técnica, inteligente e veloz.

Avançamos para um estágio em que o erro não é tolerado. Uma derrota e as malas terão de ser aprontadas para o retorno ao Brasil. E se isso acontecer, aí sim todos terão direito de criticar. Por enquanto só temos a aplaudir.

Foto: Agência Reuters / Site GloboEsporte.com

domingo, 20 de junho de 2010

Luis Fabiano desencanta e Brasil vence

O Brasil venceu, e com certa facilidade, a equipe de Costa do Marfim, por 3 a 1. O resultado era esperado e não poderia ser diferente. O que realmente me surpreendeu, e com certeza deve ter surpreendido a todos, foi uma melhora na equipe comandada por Dunga.

Diferentemente da partida de estreia, Kaká se movimentou no meio de campo e fez o papel de ligação com o ataque. Foi dos pés dele a enfiada de bola para Luis Fabiano abrir o placar ainda no primeiro tempo da partida. E por falar em Luis Fabiano, o atacante desencantou e chamou a "responsa" para si.

Na segunda etapa, o "fabuloso" ganhou na dividida, "chapelou" dois zagueiros e, com uma ajudinha da arbitragem que não viu o toque de mão do jogador brasileiro, fez um dos gols mais bonitos dessa Copa da África.

Claro, muito longe de ser algo parecido com a seleção de 70, que contava com dribles desconcertantes, e da seleção de 82, comandada por Telê Santana, que jogava bonito e com muita inteligência. Mas pelo menos vimos uma equipe mais solta dentro de campo e que não se limitou a apenas se defender, mesmo depois de abrir 3 a 0 sobre o adversário.

A zaga foi mais uma vez perfeita. Lúcio, além de ganhar quase todas sobre Drogba, ainda se arriscou no ataque em alguns momentos de cochilo da seleção brasileira.

O que ainda me preocupa muito são os laterais. Na direita, Maicon fez uma partida razoável. Não comprometeu, mas também não desequilibrou em momento algum. já pelo lado esquerdo, Michel Bastos mostrou, mais uma vez, que ainda não está preparado para vestir a camisa amarelinha. Me parece que ele sente o peso dela. Errou passes, dominou mal a bola numa situação de ataque de sua equipe e não fez nenhum bom cruzamento. Tudo bem que também não comprometeu na defesa, mas para ser um jogador de seleção, precisa brilhar. Num contexto geral, a seleção brasileira foi bem. Eu daria 8,5 para eles.

Em contrapartida, a seleção de Costa do Marfim abusou em distribuir pancadas. Luis Fabiano e Kaká foram os que mais apanharam no jogo. Para se ter uma ideia, Elano, logo após marcar o terceiro gol do Brasil, teve de deixar o campo, aos prantos, carregado pelos médico. Tudo isso pela violentíssima e maldosa entrada de Tioté, aos 30 minutos da etapa final.

PONTO FRACO: A arbitragem, além de errar ao validar o golaço de Luis Fabiano (ele usou o braço para completar a jogada), errou também ao expulsar Kaká, que não cometeu falta sobre Keita. Não foi decisivo no resultado, mas ficou evidente que o árbitro francês se perdeu na partida.

Agora é a vez de enfrentar a equipe mais forte do grupo, a seleção de Portugal. E já classificado para as oitavas de final, a seleção brasileira não terá Kaká (expulso) e Elano (machucado), mas assim mesmo acredito na vitória canarinho.

Foto (1): Agência Reuters / Site GloboEsporte.com
Foto (2): Agência EFE / Site GloboEsporte.com

Parece que foi ontem

Era um domingo de sol e, como de costume em finais de semana, meu pai me acordou para um passeio no parque, ao lado da minha casa, num bairro da zona sul de São Paulo. Com apenas sete anos de idade, minha principal diversão era jogar futebol. Torcedor do São Paulo, meu ídolo era um goleiro, o Zetti, recém contratado do clube paulista.

Mas este domingo ensolarado tinha algo de especial. As ruas estavam completamente forradas por panos nas cores verde e amarela. Havia um clima diferente que pairava pelo ar. As buzinas dos carros eram acionadas pelos donos dos veículos de forma exagerada. Cheguei a pensar que as pessoas tinham enlouquecido. E de fato tinham mesmo. O Brasil estava pronto para disputar uma vaga nas quartas-de-final da Copa do Mundo de 1990, na Itália, contra a Argentina.

Quando chegamos em casa, minha mãe já havia preparado um almoço maravilhoso. Se eu disser qual era o banquete estaria mentindo. Não lembro. Mas de barriga cheia, o jeito era ligar a televisão e acompanhar os preparativos para o evento mais esperado do mundo.

Poucos minutos para começar a partida e todos com suas televisões no último volume para acompanhar, talvez mais de perto, o hino Nacional Brasileiro. E isso acontece até hoje. Quando começa a tocar o hino, o país se emociona.

Neste momento, já vestia minha camisa autografada pelo Zico e, segurando uma bola de futebol, fixava meus olhos para a Tv aguardando as palavras do narrador Galvão Bueno iniciar, em definitivo, sua transmissão com o famoso “Bem amigos da Rede Globo...”. Outro momento que acelera o coração.

Certo frio na barriga tomava conta do meu corpo. O tal “gelado na espinha” ficava cada vez mais intenso quando o começo do grande espetáculo se aproximava.

Com a bola rolando, a atração principal da partida vestia as cores azul e branco. Maradona, que havia arrebentado na última Copa do Mundo, em 1986, era a grande expectativa desse clássico mundial.

Dentro de campo, o Brasil se mostrava mais ofensivo. Teve as melhores oportunidades da partida. Chutou bola na trave, perdeu gol, dominou o meio de campo, mas não conseguiu balançar a rede adversária. Não esqueço as palavras do meu pai a cada toque que Maradona dava na bola:

- Esse cara é o perigo.

- Segura esse baixinho, segura o cara.

Ele olha que ele até parecia não estar numa boa tarde, estava um pouco apagado. Mas craque é craque, e quando menos se esperava, foi dos pés dele que saiu o gol que marcaria uma lembrança histórica na minha vida. Ele driblou três brasileiros desde o meio de campo até perto da entrada da grande área, quando deu um belo passe para Cannigia, que driblou o goleiro Taffarel e fez o único gol da partida.

Mas eu tinha apenas sete anos e a única coisa que eu entendia era que quem fizesse mais gols, vencia a partida. E eu nunca tinha sentido nenhum tipo de sentimento que envolvesse o futebol. O contrário do que via no rosto dos adultos. Mas foi impossível não me chatear naquele momento.

Senti um silêncio que começava na minha casa, atravessava minha rua e invadia o Brasil todo. Parecia que todo mundo havia parado no tempo, como se uma bomba tivesse caído sobre o mundo e calado a espécie humana, ou melhor, a nação brasileira, já que na Argentina eles viviam o contrário de tudo isso.

Dalí em diante, minha mãe passou a roer todas as unhas da mão e meu pai a arrancar os cabelos, enquanto eu não desgrudava os olhos da telinha esperando por um gol da equipe de camisa amarelinha. Houve momentos em que isso parecia ser certo.

A cada chute que chegava próximo do arqueiro argentino, o narrador parecia que ia entrar dentro de campo. Infelizmente isso não aconteceu. Nem o Brasil marcou o gol de empate nem muito menos o narrador abandonou o microfone para empurrar a bola para o fundo do gol. E quando o juiz apitou o fim do jogo não pude conter as lágrimas. Eu conhecia, naquele momento, a minha primeira paixão e minha primeira desilusão no futebol.

A Copa de 1990 foi a primeira da minha vida: primeira que acompanhei, a primeira que torci, a primeira que sorri e a primeira que chorei, mas sem dúvida também será a primeira das quais jamais esquecerei.

FOTO: Tudo Pelo Futebol

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Conseguiram o que queriam

Foi anunciado ontem pela Fifa que o estádio do Morumbi foi eliminado dos planos para a Copa de 2014, no Brasil. Talvez muita gente não saiba, mas o futebol não é essa mil maravilhas que acreditamos ser.

O São Paulo Futebol Clube apresentou vários projetos para sediar a Copa e até mesmo para ser palco de abertura do Mundial, mas todos foram recusados. A cada novo projeto, uma nova exigência da Fifa.

A princípio, prefeitura e governo estadual haviam dito que essa seria uma Copa privada, e que não se intrometeriam no desenvolvimento de estádios para o evento. Porém, como não foi possível continuar com o projeto "Morumbi" terão de intervir.

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e o Comitê Organizador Local (COL) não fizeram questão nenhuma em apoiar o São Paulo nesta luta por 2014. Em relação à CBF, isso já era esperado. O São Paulo rompeu ligações com a entidade desde que foi prejudicado por eles. Aliás, se todos os clubes tivessem peito para bater de frente com a CBF como o São Paulo fez, teríamos um Campeonato Brasileiro mais honesto.

Segundo uma nota, o governo estadual e a prefeitura descartam participação em uma eventual arena, o que acho difícil de acontecer. É obvio que eles estarão envolvidos. Mas claro que existia um interesse enorme em que o Morumbi não fosse aprovado. Pois agora será necessário construir um estádio, no qual será utilizado o dinheiro público (O NOSSO DINHEIRO), e assim fica fácil haver roubos.

Eles conseguiram o que queriam. Acho, inclusive, que tudo foi premeditado. Levaram essa história do Morumbi até longe demais. Não seria surpresa nenhuma se logo de início o Morumbi já fosse descartado, mas a coisa não poderia ser tão descarada, e por isso fizeram esse mistério. A verdade é que tanto a CBF quanto outras entidades envolvidas comemoraram a exclusão do estádio.

O que me irrita profundamente é o discurso do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, que disse que "o estado de São Paulo não corre nenhum risco de ficar de fora do evento e que a abertura tem de ser lá". Ou seja, que o Estado de São Paulo não vai ficar de fora, isso já sabíamos, pois é o centro financeiro do Brasil. Tem os melhores hotéis, os melhores hospitais (embora muita coisa tem de ser feita neste sentido), os melhores restaurantes, enfim.

Agora entendo um pouco melhor o porquê que um amigo jornalista me disse, certo tempo atrás, que o futebol é sujo e que ele se decepcionou com o esporte. Quem sabe isso não seja uma dica a quem está iniciando na área de jornalismo e que sempre sonhou em ser um jornalista esportivo.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Holanda vence seu primeiro jogo no Mundial


Infelizmente não acompanhei 100% do jogo entre Holanda e Dinamarca, mas percebi que houve um primeiro tempo bastante chato e cansativo. Seria difícil comentar algo sem ter visto detalhes, lance a lance, enfim.

Ao invés de enganar o leitor, como muitos blogueiros fazem por aí, resolvi ler os maiores portais de informação para saber se havia um consenso em relação a essa partida.

Todos dizem a mesma coisa, porém o site GloboEsporte.com traz informações completas sobre o duelo. Sendo assim, vou reproduzir a matéria escrita pelo jornalista Thiago Dias, do portal de esportes da Globo, que deixará vocês bem informado sobre o que rolou entre as duas equipes. Veja na íntegra:


Ajudada por gol contra, Holanda bate a Dinamarca e inicia bem a Copa

Por Thiago Dias

A seleção da Holanda é conhecida pelo futebol ofensivo e pela habilidade de seus jogadores. Nesta segunda-feira, em seu primeiro jogo na Copa do Mundo 2010, uma das fortes candidatas ao título mostrou bom toque de bola, mas precisou de um lance de pura sorte para abrir a defesa dinamarquesa e o caminho para uma estreia vitoriosa no Mundial disputado na África do Sul. Ajudada por um gol contra de Simon Poulsen, a Laranja derrotou a Dinamarca por 2 a 0 no Soccer City, em Joanesburgo, no jogo de abertura do Grupo E da Copa.

Após ganhar um presente com um minuto do segundo tempo, os holandeses controlaram a partida e garantiram o triunfo com um gol de Kuyt aos 39 minutos.

As duas seleções voltam a campo na África do Sul no próximo sábado. A Holanda vai a Durban enfrentar o Japão, às 11h (de Brasília). A Dinamarca encara Camarões em Pretória (15h30).

Dinamarquês blefa e escala atacante vetado


Na véspera do primeiro duelo europeu na Copa 2010, o treinador holandês afirmou que as duas seleções se conheciam. "Não temos segredos", garantiu. Mas Bert van Marwijk não contava com a estratégia do colega dinamarquês. No domingo, Morten Olsen afirmou que o atacante Bendter, principal esperança de gols do time, não jogaria devido a uma lesão na virilha. Mas o nome do jogador do Liverpool apareceu na lista de titulares.

Olsen não despistou quando disse que um empate seria um ótimo resultado. E escalou apenas um atacante de origem (exatamente Bendter). O meia Rommedahl teve a missão de auxililar o centroavante. Na Holanda, sem ainda contar com Robben, poupado após sofrer uma lesão muscular na coxa no último dia 5, Marwijk mandou a campo o estilo ofensivo característico do país, com um trio de atacantes (Van Persie, Kyut e Van der Vaart). E com Sneijder também chegando na área.

Apesar da postura teoricamente mais defensiva, a Dinamarca não se retraiu nos primeiros minutos, buscando também o ataque. E parando as investidas adversárias com faltas. Foram três infrações nos primeiros quatro minutos.

A Holanda conseguiu criar a primeira boa jogada aos nove minutos. Kuyt recebeu na entrada da área, dominou e bateu forte. O goleiro Sorensen defendeu, largou e voltou a agarrar, sem a aproximação de qualquer adversário.

Mais calmos em campo, os holandeses passaram a mostrar a sua famosa capacidade de trocar passes. Pacientemente, os jogadores de laranja rolavam a bola de pé em pé em busca de uma brecha na defesa rival. Van Persie encontrou esse espaço aos 19 e acionou Van der Vaart na meia-lua. O jogador do Real Madrid concluiu, mas Aggen desviou para escanteio. No minuto seguinte, no mesmo ponto do campo, Van de Vaart recebeu cruzamento da direita de Van Bommel, gingou na frente de Agger e arrematou à direita do gol.

Até a metade da etapa inicial, a Dinamarca não havia feito sequer uma conclusão a gol. Mas levou grande perigo aos 26 minutos. Na jogada esperada: cruzamentos para Bendter, de 1,91m. O atacante concluiu cruzamento da direita rente à trave do goleiro Stekelenburg, dando um susto nos holandeses que pintaram parte do Soccer City de laranja.

Apesar da Holanda passar a maior parte do tempo no campo ofensivo (chegou a ter 63% de posse de bola na etapa inicial), foi o time de branco que exigiu o goleiro adversário. E duas vezes seguidas. Em contra-ataque, aos 36, Rommedahl recebeu lançamento longo pela direita e arriscou o chute de fora da área. Stekelenburg agarrou a Jabulani com dificuldade. No minuto seguinte, Bendter mostrou que, apesar da altura, tem certa habilidade. O grandalhão superou a marcação e passou para Rommedahl. Agora pela esquerda, o meia chutou cruzado, obrigando o arqueiro holandês a se esticar e espalmar para córner.

Depois dos sustos, o cabeça de chave do Grupo E só voltou a ameaçar aos 43. Van Persie recebeu livre no bico da área pela direita. Mas em vez de seguir na direção da meta, trouxe a bola para o pé esquerdo, o seu ponto forte. Mas assim permitiu a chegada da marcação e acabou arriscando de direita mesmo, para fora.

Gol contra no início do segundo tempo muda o jogo


O panorama para o segundo tempo parecia preocupante para uma das seleções consideradas por muitos especialistas como uma das favoritas ao título. Mas a sorte sorriu para a Holanda. Com apenas um minuto de jogo, Van Persie acreditou em um lançamento longo sobre a área, aproveitou uma saída errada do goleiro Sorensen e cruzou da direita. Simon Poulsen, que joga no futebol holandês (AZ Alkmaar), se apavorou e cabeceou errado, para trás. A bola bateu nas costas de Agger e entrou mansamente no canto direito, tocando na trave antes de ir para a rede.

O gol desarrumou momentaneamente o sistema defensivo dinamarquês, que voltou a falhar aos oito minutos, permitindo que Van Persie invadisse livre a área. Sorensen saiu do gol e evitou a conclusão do atacante. O arqueiro voltou a ser exigido aos 13, se esticando e fazendo uma ponte para defender uma conclusão de chapa de Van der Vaart.

Com a equipe inferiorizada no placar, o treinador Morten Olsen decidiu reforçar o sistema ofensivo, trocando um meia (Enevoldsen) por um atacante (Gronkjaer) aos 11. Mas seis minutos depois precisou tirar Bendter, ainda sem as condições físicas ideais.

No lado da Holanda, Van Persie continuava como o atacante que levava mais perigo. O camisa 9 chegou a colocar a bola na rede aos 15 minutos, em lance já invalidado por impedimento. E alegou para o árbitro francês Stephane Lannoy que não ouviu o apito devido ao barulho causado pelas vuvuzelas.

As alterações realizadas por Morten Olsen, capitão da 'Dinamáquina' da Copa de 86, não melhoraram o desempenho da equipe. Com pouca criatividade, em nada lembrando o time que marcou época no Mundial disputado no México, a seleção dinamarquesa se limitava a tentar cruzamentos para a área para tentar o empate. Rebatidos pelos defensores rivais.

Substituição que deu resultado foi a entrada de Elia no lugar de Van der Vaart. Com muita habilidade, o atacante holandês deu trabalho para os adversários e criou boa chance aos 30. Elia cruzou para área e o goleiro Sorensen afastou de soco. Na sequência, Van Bommel avançou pela direita e chutou bem. O camisa 1 espalmou, evitando o segundo gol. Que quase aconteceu aos 37. Apagado no jogo, Sneijder arriscou de fora da área, e a bola tocou no travessão dinamarquês.

O segundo laranja, que já estava maduro, saiu aos 39. Sneijder fez lindo lançamento para Elia, que tocou na saída do goleiro. A bola, caprichosamente, tocou na trave esquerda e sobrou para Kuyt completar para rede.

Se fez um gol contra, Simon Poulsen evitou o terceiro gol ao tirar em cima da linha uma bola tocada por Affelay aos 43.

Foto: AFP / Site GloboEsporte.com

domingo, 13 de junho de 2010

Alemanha faz bonito na estreia

Embora ainda seja cedo demais para qualquer análise mais profunda, e levando em consideração que enfrentou uma seleção tecnicamente fraca, a Alemanha mostrou que pode ser uma das favoritas ao títululo dessa Copa do Mundo, na África.

Sem dificuldades, bateu a Austrália por 4 a 0 (primeira goleada desse Mundial) depois de dominar a partida com seu toque de bola apurado. A arma mais poderosa dessa equipe parece ser o meio-campo com Khedira, Muller e Ozill, o garoto de 21 anos que tem uma facilidade enorme de criar jogadas, além da velocidade. Em contrapartida, a Austrália já sinalizou que pode ser o fracasso do Grupo D. E para piorar ainda mais a situação, perdeu, para a próxima partida, o melhor jogador da Equipe, o Cahill, que foi expulso no finalzinho do jogo.

A Alemanha não apresentava um futebol bonito de se ver desde sua última conquista, em 1990, na Itália. Em 2002 chegou à final contra o Brasil, mas tinha uma equipe pesada, e não conseguiu superar a rapidez e a inteligência de Ronaldo, Rivaldo e companhia.

Os alemães já são os líderes do Grupo D e prometem dar trabalho a quem vier pela frente.

Foto: AFP / GloboEsporte.com

Mais um frango em menos de 24 horas

A Eslovênia venceu a Argélia por 1 a 0, num jogo considerado pelos críticos esportivos como o mais feio da Copa até o momento. Peço até desculpas, mas não há o que comentar dessa partida, a não ser o frango (mais uma falha feia de goleiros neste mundial) do arqueiro da seleção da Argélia.

O que anda acontecendo nesta Copa da África, será que deixaram todas as zebras e todos os perus soltos pelo país? Ou será que realmente Júlio César, goleiro do Brasil, tinha razão em relação à leveza desta nova bola?


Foto: Agência AP / GloboEsporte.com

A motivação que vem das arquibancadas

Desse jeito, qualquer brasileiro se rende aos encantos dos rivais.


Será ela a musa da Argentina nesta Copa do Mundo? Não sabemos, mas que ela tira a concentração, isso não há a menor dúvida.

Foto: Site Globo Esporte

sábado, 12 de junho de 2010

A tarde dos "guapos"

Primeira rodada da Copa da África de 2010 e alguns goleiros começam a se destacar, enquanto outros já são citados pela imprensa como "fiascos".

A Argentina teve seu primeiro embate contra a africana Nigéria e conseguiu somar três pontos depois de uma vitória por 1 a 0. Olhando o placar, entende-se que foi uma partida sem grandes emoções, principalmente porque estamos falando de "Argentina". Mas quem assistiu à partida viu a equipe de Maradona sufocar os nigerianos, com Lionel Messi infernizando a zaga adversária.

O grande problema para os "hermanos" foi o goleiro Enyeama, que teve uma atuação de gala. O arqueiro fez, no mínimo, quatro defesas dificílimas, mostrando muita personalidade, além de ótimas condições física e técnica. Embora sua equipe não tenha conseguido o resultado positivo, foi o nome de Enyeama o mais ovacionado após a partida.

No duelo entre Inglaterra e Estados Unidos, o empate prevaleceu depois de uma atuação mais ofensiva por parte dos ingleses. Logo aos 4 minutos de jogo, Gerrard abriu o marcador para a Inglaterra e, assim, iniciou a pressão sobre os norte-americanos. Se na partida entre Argentina e Nigéria o melhor em campo foi um goleiro, neste confronto entre ingleses e americanos o destaque também foi para um "guardião".

Tim Hovard defendeu muito bem sua meta, neutralizando poderosos chutes de fora da área e à queima-roupa, lançados por jogadores do English Team (como são chamados os ingleses). Em contrapartida, Robert Green, arqueiro da seleção Inglesa, engoliu o primeiro "frango" deste Mundial. Aos 40 minutos da primeira etapa, Dempsey chutou de longa distância e a bola, que vinha fraca, bateu duas vezes no chão antes de chegar a Green que, ao errar o fundamento básico, deixou a bola passar e morrer no fundo da rede.

Não é à toa que o grande Zetti, ex-goleiro de seleção brasileira, dizia que "a bola mais fácil é sempre a mais difícil".

E o que ele quis dizer com isso? Que se o goleiro menosprezar a bola considerada fácil, certamente ele falhará no lance. Um goleiro nunca pode perder a concentração porque ele (o goleiro) é o último homem antes da rede. É o único que, de forma alguma, pode errar numa partida.

Enfim, o jogoa entre Inglaterra e Estados Unidos terminou em 1 a 1, com tarde feliz para uns e triste para outros.

Foto (1): Getty Images / GloboEsporte.com
Foto (2): AP / GloboEsporte.com

sexta-feira, 11 de junho de 2010

O "time" de Dunga

Não me lembro de ter visto uma seleção brasileira tão criticada, antes mesmo de começar a Copa do Mundo. Há quem diga, e isso eu não posso afirmar ou discordar, mesmo porque à época eu tinha apenas sete anos, que a equipe formada por Lazaroni, em 1990, sofreu os mesmos insultos que a equipe do atual técnico da seleção canarinho, comandada por Dunga.

Não veremos uma equipe de estrelas, nem muito menos grandes craques, com exceção de Kaká, claro. Sendo assim, não apenas o torcedor, mas quase 100% da mídia esportiva têm pressionado Dunga desde que surgiram os rumores de que não haveria mudanças no "esquadrão" idealizado pelo técnico e toda sua comissão.

Ao torcedor, sempre cabe um tanto de esperança. E não foi à toa que o Brasil parou no dia em que lista oficial foi divulgada. Essa divulgação aconteceu por volta do meio dia, talvez um horário estratégico, já que a maioria dos trabalhadores do País aproveita este mesmo horário para fazer sua refeição.

Mas a lista saiu e o comandante da equipe brasileira mostrou que tem palavra. Chegou, inclusive, a garantir a presença de alguns jogadores. A torcida esperava por três nomes, Ronaldinho Gaúcho, Ganso e Neymar, mas nenhum deles fez parte dos 23 convocados.

A partir daí, o que se ouve pelas ruas é que Dunga é teimoso, assim como foi chamado Parreira, em 1994, quando o Brasil quebrou um jejum de 24 anos sem vencer uma Copa do Mundo - a última havia sido em 1970, com Pelé -, e assim conquistou o Tetra.

A matéria de capa do Jornal Placar, da Editora Abril, de hoje traz um assunto bastante interessante, cujo o título é "Temos time, mas não temos seleção". De acordo com Ricardo Perrone e Arnaldo Ribeiro, redator-chefe da publicação, o Brasil é muito mais um time do que uma seleção propriamente dita, já que a equipe não será formada pelos melhores, mas sim pelos que mais se encaixam no esquema de jogo e no sistema criado por Dunga. Para eles, Dunga "preferiu aqueles que se entenderam bem durante os quatro anos em que ele treina a equipe nacional".

De fato é uma equipe muito fechada e que apoia demais o treinador. Isso a gente não vê há tempos no futebol. O que se assiste por aí é jogador mandando em técnico, passando pela hierarquia e até mesmo fazendo complô para derrubar o comandante. Tempos bons foram aqueles em que o treinador ordenava e o atleta dizia amém. Telê Santana poderia nos dizer isso se estivesse entre a gente ainda.

E é por isso que acredito que Dunga possa levar o Brasil adiante nesse mundial. Não estou dizendo que o caneco virá para o nosso país. Mas pelo que se pôde observar as equipes nas Eliminatórias, o Brasil não está tão abaixo tecnicamente e fisicamente do que as outras grandes seleções. Creio que será uma Copa do Mundo recheada de "zebras", com equipes retrancadas. Mas que, em algum momento, veremos a diferença de um grande craque.

Se querem saber para quem estou torcendo, eu digo: Brasil.
Se querem saber em quem aposto, eu digo também: Argentina.

Foto: Globo Esporte. com

domingo, 6 de junho de 2010

Acabou... Agora é Copa

Final da última rodada do Brasileirão antes da Copa. O Corinthians, que foi líder ao Rio de Janeiro enfrentar o Botafogo, volta pra casa mais líder do que nunca!

O timão abriu o placar no primeiro tempo, sofreu a virada no segundo, mas chegou ao empate no finalzinho da partida, aos 47 minutos. O resultado, 2 a 2, manteve a equipe de Mano Menezes na primeira colocação, com 17 pontos. Os mesmos 17 pontos que o Ceará, porém com menor saldo de gols. portanto, até 14 de julho ninguém tira os alvinegros deste posto.

No Morumbi, uma surpresa! Dagoberto desencanta (será? já vi isso antes) e marca três para o São Paulo, na vitória de virada sobre o Grêmio. Final de jogo: 3 a 1 para o tricolor paulista.

O Santos atropelou o Vasco. Fez 4 a 0 sobre o rival e foi para a quarta colocação na tabela. Já o vasco, que "se deu o luxo" de dispensar o Dodô, ocupa a vice-lanterna do Brasileirão.

No Clássico entre Internacional e Palmeiras, no Beira-Rio, deu empate. Os donos da casa demoraram para impor o comando na partida. No primeiro tempo, o Palmeiras fez uma boa marcação, mas só pensou em se defender. Aos 21 do segundo tempo, o Inter conseguiu o empate com um belo chute de Giuliano. Após o gol, o Colorado melhorou bastante na partida, mas o jogo terminou 1 a 1. Destaque para o goleiro alviverde Deola, que literalmente fechou o gol.

Veja os resultados da última rodada:

Sábado - 05 de junho:

Vitória 1 x 0 Atlético-PR
Flamengo 1 x 2 Goiás
Avaí 0 x 3 Fluminense

Domigo - 06 de junho:

Atlético-MG 0 x 1 Ceará
Santos 4 x 0 Vasco
São Paulo 3 x 1 Grêmio
Botafogo 2 x 2 Corinthians
Guarani 1 x 0 Grêmio Barueri
Atlético-GO 2 x 1 Cruzeiro
Internacional 1 x 1 Palmeiras

Agora é só pensar em Copa do Mundo e torcer para a nossa Seleção Brasileira.

FOTO: GloboEsporte.com

É hora de pensar na Copa

Ainda bem que hoje é a última rodada do Brasileirão antes da Copa do Mundo. As pessoas estão me questionando no Twitter o por que de eu não estar falando sobre o evento esportivo mais esperado pelo mundo todo. E realmente todos têm razão.

A cinco dias da estreia da Copa, não faz sentido os posts estarem voltados apenas para o Campeonato Brasileiro. Claro que não dá para ignorar o que está acontecendo na competição nacional. O Corinthians, motivo de chacotas entre torcedores rivais por ter sido desclassificado na Taça Libertadores, além de ter perdido o Campeonato Paulista, segue na primeira colocação do Brasileiro.

Ontem, o Vitória, jogando em casa, venceu o Atlético-PR, por 1 a 0. Com 8 pontos, avançou para o 14º lugar. Enquanto a equipe paranaense ocupa a 16º colocação na tabela.

O Flamengo, com 9 pontos, caiu para a 9ª posição, porque perdeu para o Goiás, por 2 a 1 de virada. O Goiás está surpreendendo!

Mas quem realmente está embalado é o tricolor das Laranjeiras. A equipe comandada pelo técnico Muricy Ramalho venceu o Avaí e assumiu a segunda colocação, com 15 pontos. Parece que o Flu está começando a entrar no esquema Muricy que, aliás, sabe muito bem qual o melhor caminho para vencer um Campeonato Brasileiro. Como treinador do São Paulo, Muricy conquistou três brasileiros seguidos (2006, 2007 e 2008).

Hoje a rodada segue com jogos importantes: O Atlético-MG enfrenta o Ceará em casa. O Santos pega o Vasco. O São Paulo joga contra o Grêmio. O Corinthians, líder absoluto, vai ao Rio de janeiro encarar o Botafogo. Guarani e Grêmio Prudente se enfrentam em Campinas. O Cruzeiro encara o Atlético-GO e o Internacional duela com o Palmeiras.

Depois dessa rodada, as equipes brasileiras terão férias (no bom sentido, já que os treinamentos não param) para assistir ao Mundial.

Sendo assim, começo definitivamente acompanhar tudo sobre Copa do Mundo. Já estava na hora, né?

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Copa do Mundo impulsiona economia brasileira


O setor de eletroeletrônico deve ter movimentação expressiva superando vendas do último Mundial, em 2006, quando atingiu a marca de 10,8 milhões de unidades


O Brasil foi o último país a entrar na crise financeira internacional e o primeiro a sair dela justamente pelo fortalecimento da política sócio-econômica e do bom planejamento do atual governo que, aliás, vive um momento positivo dentro do cenário mundial. E para melhorar ainda mais a situação financeira do País, as vendas no mercado interno, nos setores das indústrias têxteis, eletroeletrônica, além do consumo de alimentos estão subindo a cada mês. Tudo isso impulsionado pela Copa do Mundo que acontecerá daqui a nove dias na África do Sul.


Geralmente, eventos esportivos como Olimpíada e Copa do Mundo são benéficos para o país sede. Para se ter uma ideia, a Coréia do Sul criou 100 mil empregos para a Copa de 2002 – ano em que o Brasil conquistou o Penta – que se mantiveram depois do evento. Na Alemanha, em 2006, o investimento para a Copa custou US$ 5 bilhões, mas a receita gerada nas vendas internas, emprego, turismo e imagem do país compensaram o investimento. O próprio Ricardo Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) fez questão de ressaltar, já pensando em 2014 quando será a vez do Brasil realizar o evento, que a Alemanha criou 40 mil empregos permanentes mesmo depois do fim da Copa. Claro que sempre há exceções, como aconteceu com a Grécia após realizar a Olimpíada de Athenas, em 2004, que o país entrou numa recessão financeira elevada, atingindo não só a Europa, mas o mundo todo. No Brasil, os efeitos positivos refletem fortemente na economia mesmo quando a Copa é realizada em outros países. O motivo disso é a grande paixão do brasileiro que se identifica com o esporte. Não é à toa que a nação é chamada de “País do Futebol”.


Um segmento que deve ter movimentação significativa é o de bares. Cerca de 400 mil vagas de empregos serão abertas durante o período da Copa que começará no dia 11 de junho e tem data de encerramento prevista para o dia 11 de julho. No Brasil, há cerca de 350 mil bares e pelo menos 100 mil terão de contratar mais quatro funcionários temporários para cumprir com a demanda que aumentará neste calendário esportivo. Segundo Paulo Solmucci, presidente executivo nacional da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), o faturamento de todos os bares deve aumentar em R$ 840 milhões neste período. Ou seja, sem a Copa, o setor possui um faturamento de R$ 2,8 bilhões. Com o evento, a previsão é que este número atinja cerca de R$ 3,64 bilhões. No interior do Brasil, onde as cidades costumam parar suas atividades para assistir aos jogos da seleção, a tendência é que a movimentação seja ainda maior.

Em todo o País, os investimentos na preparação para a Copa do Mundo movimentarão cerca de R$ 300 milhões. Geralmente, esses investimentos começam por pequenas reformas e na compra de novos televisores. Já os estabelecimentos de porte menor pretendem investir R$ 1 mil, enquanto os de porte médio, o dobro. No total, os investimentos devem chegar a R$ 300 milhões.


A contratação de garçons também entra nos planos de outros bares. O Bar Boleiros, que fica no bairro da Vila Madalena, zona sul da capital paulista, pretende contratar dois garçons temporários no final de semana e a expectativa é que a Copa crie ao menos quatro novas vagas, com chances de efetivação, segundo Carlos Alberto Capozzi, sócio e gerente do estabelecimento. Para Capozzi, um grupo de clientes franceses já pediu para que o bar abra mais cedo, e por isso ele já definiu que abrirá no período da manhã e continuará funcionando o dia todo. A previsão é de que os clientes gastem na média de R$ 200,00 a R$ 500,00 reais por jogo.


Sendo assim, o comércio brasileiro vai comemorando o ‘bom ritmo’ de vendas, além da espera de que o mercado continue forte durante as partidas com ou sem o Brasil disputando o título.


Na área de agências de viagem, de transporte e de transporte aéreo de passageiros, deve subir entre 5 % e 6 %. Os fabricantes de brindes investiram em produção para atender os clientes e a região da Rua 25 de Março, São Paulo – o maior centro de comércio popular do mundo –, no qual já tem seus focos de verde e amarelo.


Mas o setor de maior força no que diz respeito à elevação nas vendas é o da indústria eletroeletrônica. É o momento em que os fabricantes de TVs são obrigados a aumentar a produção de seus materiais. Em 2006, a indústria de televisores atingiu um marco positivo no Brasil. A venda de TVs atingiu a casa dos 10,8 milhões de unidades, segundo a Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros). Ou seja, mais do que o dobro de 2002, que vendeu cerca de 4,9 milhões de aparelhos.


A Associação Comercial de São Paulo, por sua vez, avalia que a Copa deverá ser mais um fator a impulsionar o comércio neste ano. Segundo o presidente da entidade, Alencar Burti, ainda não há projeções específicas, mas neste ano o comércio em geral deverá registrar um crescimento de 5% a 6%. Não há dúvida que esse coeficiente pode aumentar expressivamente em 2014, quando o Brasil sediará o Mundial de Futebol.



Colaboração: Breno Benedito e Rafael Carriei