quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Ou acorda ou então...

O São Paulo conheceu ontem sua primeira derrota na Taça Libertadores da América. O tricolor do Morumbi fez um primeiro tempo impecável e abriu o placar com o capitão Rogério Ceni, em cobrança de falta. Aliás, esse gol o tornou o artilheiro da equipe em Libertadores, superando Muller, Pedro Rocha e Palhinha.

O empate e a virada dos donos da casa vieram na segunda etapa. Dentro de campo, o tricolor foi superior e provou que tem mais time para conseguir, inclusive, buscar a liderança do grupo 2, mas cochilou em determinado momento da partida e foi surprendido por cometer duas falhas que foram fatais.

O primeiro gol decorreu de um erro absurdo de Marcelinho Paraíba ao tentar, no campo de defesa, recuar a bola para Jorge Wagner e acabou perdendo para Santoya que cruzou perfeitamente para Uribe empatar. E cá entre nós, Marcelinho Paraíba não fez nenhuma boa partida desde seu retorno. Não seria o momento de sacá-lo? Muitos jogadores só acordam depois de "comer um pouco de banco".

Agora, é impossível não dar uma "cornetadinha" em Washington. Aos 24 minutos do segundo tempo ele recebeu um passe perfeito de Cléber Santana, de frente para o gol, mas, como sempre, disperidçou a melhor oportunidade do São Paulo e, quem sabe, a chance de vencer a partida, chutando a bola em cima do goleiro colombiano.

"Quem não faz, toma", já dizia meu "sábio" avô. O Once Caldas foi à luta e, em outro erro, dessa vez de Miranda, os colombianos viraram.

Agora a situação é mais complicada. Nas próximas partidas, é vencer ou vencer!

Foto: Globoesporte.com

No sufoco

É obvio que uma vitória é sempre uma vitória, principalmente se tratando de Libertadores da América.

Sair de campo com os três pontos, geralmente, é o que importa para muitos técnicos de futebol, independente do que foi apresentado dentro de campo. É como se livrar de um problema, de uma dor de cabeça, de uma responsabilidade, de uma cobrança que possa acontecer por parte de torcedores e da imprensa etc.

E é por esse motivo que volto a dizer que sinto falta do mestre Telê Santana. Para ele, vencer não era o principal. Sua equipe tinha de jogar bonito, tinha de encantar o torcedor, tinha de ir além.

Estou dizendo isso porque não me convenci com o desdobramento do jogo de ontem entre Corinthians e Racing (URU), pela Taça Libertadores da América. O timão jogou em casa, com sua torcida presente em mais de 32 mil torcedores. Um show nas arquibancadas que foi correspondido pela equipe com um futebol covarde.

Volto a me posicionar contra o que foi dito, ao vivo, por Cléber Machado e sua equipe na transmissão da Rede Globo. O “filósofo do jornalismo esportivo” enxergou que o Corinthians fez ótima partida diante dos uruguaios, vencendo pelo placar de 2 a 1.

Uma vitória corintiana era mais do que prevista. O Racing é uma equipe muito fraca, sem padrão de jogo, sem esquema tático. Aliás, sua única jogada foi as bolas alçadas na área adversária. Um futebol ridículo.

Bastava o timão ir para cima com mais objetividade que os gols sairiam naturalmente e o placar seria elástico. Isso faz diferença em Libertadores. Mas assim mesmo Mano Menezes preferiu respeitar e esperar o milagre.

O Corinthians só cresceu após a expulsão de Darío Flores, que fez uma falta de “juvenil”- como dizem os boleiros quando querem se referir a um atleta sem experiência. Foi a partir desse momento que os alvinegros aproveitaram para tocar a bola com mais calma e chegar ao segundo gol, o que caracterizou a virada e a vitória corintiana.

Até agora não entendi porque o Dentinho não está entrando nas partidas. Será que Mano está querendo queimá-lo? Esse jogo tinha “cheiro” de Dentinho. Deveria ter entrado desde o começo no lugar do Defederico, e não aos 40 minutos da etapa final, como aconteceu.

Não sou maluco a ponto de querer cobrar que uma equipe inicie uma competição “a todo vapor”. Esse foi apenas o primeiro jogo do timão e sei que ainda há muito que evoluir. Sem contar que começar com três pontos é algo bastante importante porque dá uma tremenda confiança à equipe. Mas por favor, não me venham dizer que o futebol jogado ontem foi bonito de assistir. Isso é o cúmulo do fanatismo.

Foto: Agência Reuters / Site IG

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Um sonho que "pode vir" a se tornar realidade

Segundo Mano Menezes, técnico do Corinthians, "Libertadores é algo raro. Poucos têm". De certa forma concordo com ele.

No Brasil, apenas oito clubes possuem a taça do torneio intercontinental em suas galerias de troféus: Santos (1962 e 1963); Cruzeiro (1976 e 1997); Flamengo (1981); Grêmio (1983 e 1995); Vasco da Gama (1998), Palmeiras (1999); Internacional (2006); e o São Paulo, o maoir vencedor brasileiro da competição (1992, 1993 e 2005).

A Argentina tem um histórico brilhante em Libertadores. Somados os títulos, os "hermanos" contabilizam 22 conquistas e mais 8 vezes vices. Só o Independiente, que é a equipe que mais vezes levantou o caneco, possui 7 títulos (1964, 1965, 1972, 1973, 1974, 1975 e 1984).

O segundo colocado é o Brasil, totalizando 13 títulos e 15 vices.

O São Paulo Futebol Clube é a equipe brasileira que mais se identifica com o torneio. A diretoria faz seu planejamento anual sempre pensando e até priorizando a Libertadores. Sendo assim, já fazem sete anos seguidos que o tricolor disputa o campeonato mais cobiçado da América do Sul.

Mas para esse ano de 2010, o destaque brasileiro vai para o Corinthians. A equipe do Parque São Jorge tem um antigo sonho de conquistar esse campeonato, principalmente depois de ser massacrado por torcedores rivais e pela mídia esportiva ao sagrar-se campeão do primeiro Mundial da Fifa, em 2000.

A discussão sobre o assunto tem bastante fundamento. O Corinthians, à época, foi "convidado" a participar do Mundial que aconteceu no Brasil e, por ironia, acabou levando a taça. Se tinha alguma equipe que merecia estar na disputa dessa competição mais do que o timão era o Palmeiras, pois havia sido campeão da Libertadores, em 1999.

Sim, foi uma conquista duvidosa que ficou manchada! E não há o que contestar. Tanto que o próprio torcedor do Corinthians tem lá suas ressalvas em dizer que seu clube é campeão mundial.

Logo que chegou à presidência do Parque São Jorge, Andrés Sanches tinha na ponta da língua um discurso audacioso: "Montaremos uma equipe para buscar a Libertadores". Sua primeira grande "cartada", depois de trazer o timão de volta à série A do Brasileirão de forma digna, foi a contratação de Ronaldo.

Com um esquadrão bastante sólido, chegou aos títulos de campeão Paulista e da Copa do Brasil, em 2009.

Hoje, às 21h50, no estádio do Pacaembu, a equipe comandada por Mano Menezes estreia na então "sonhada" Libertadores contra o Racing (URU), com um elenco bastante "gordo". E não estou me referindo ao craque Ronaldo, mas sim à quantidade de jogadores importantes que foram contratados pelo clube alvinegro pensando no torneiro intercontinental.

Mais contido do que a "bancada corintiana" do programa Jogo Aberto, da Tv Bandeirantes, formada por Ulisses Costa, Neto, Benjamin Back e Dr. Osmar de Oliveira, que dizem que o timão já é o "campeão da Libertadores de 2010", digo que há grande chance de o Corinthians conquistar seu sonho antigo. Mas Libertadores exige atenção, rapidez, inteligência, respeito aos adversários e, o mais importante, paciência.

Não adianta o Corinthians querer ir com muita sede ao pote que isso não ajudará. A ansiedade é a maior inimiga nessa competição "traiçoeira". Quando uma equipe acha que o pior já passou, aí é que vem a surpresa.

O São Paulo que o diga. Em 2004, passou pelo Deportivo Táchira e achou que teria tranquilidade ao enfrentar o Once Caldas. Foi aí que a Libertadores mostrou ao clube brasileiro que, na competição, todo jogo é uma final!

Portanto, cuidado, timão! Um passo de cada vez para não morrer na praia.
Foto Mano Menezes: www.globoesporte.com

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Quem é que manda, meu filho?

É incrível como o futebol perdeu o rumo. Hoje em dia é o jogador quem manda no time. É ele também quem decide se um técnico fica ou não na equipe.

Não há exemplo melhor do que o Palmeiras. Na última quarta-feira (de cinzas), ainda comandado pelo técnico Muricy Ramalho, o verdão enfrentou o São Caetano e levou um tremendo "chocolate" (4 a 1 para o azulão).

Quem assistiu à partida pôde perceber a má vontade, a displiscência e a falta de profissionalismo de grande parte dos jogadores do Palmeiras. E sabe por quê? Porque não queriam mais ser comandados por Muricy. Não queriam mais a disciplina, a ordem, o trabalho.

E a diretoria, ao invés de punir cada jogador que estivesse fazendo "corpo mole", acatou a decisão dos atletas e mandou o técnico embora.

Em outras épocas, não tão distantes - década de 90 -, Telê Santana enfrentou o mesmo problema no São Paulo. Mas a diretoria sequer se meteu à frente do problema e até apoiou Telê que chegou a afastar alguns jogadores que estavam insatisfeitos com o jeito dele comandar o grupo. Pergunta se esses atletas não repensaram suas atitudes.

Bom, Muricy caiu durante o momento mais difícil do Palmeiras. A crise era evidente e não havia como fugir. No dia seguinte, praticamente, Antonio Carlos, que comandava o próprio Azulão que enfiou o tal "chocolate" no verdão, foi contratado para assumir a equipe palestrina.

No seu primeiro jogo como técnico alvi-verde ele consegue uma vitória sensacional, por 2 a 0, e pasmesm, dois gols de Robert. Inacreditável. Me parece até o fim dos tempos, mas...

É verdade que o São Paulo entrou atordoado na partida e que, além disso, teve seu zagueiro, Xandão, expulso injustamente. Mas isso não importa e talvez não mudaria o resultado da partida.

Jogando em casa, o verdão parecia uma máquina. Cleiton Xavier e Diego Souza, motivados, arrebentaram no jogo. Parecia o velho verdão do interino Jorginho, que jogava por música.

Foi a mão de Antonio Carlos que fez o Palmeiras vencer a partida e se reerguer? Obivio que não. Eles (jogadores) decidem a hora que querem mostrar serviço. É uma categoria muito unida, embora muitos pensem o contrário.

Ou seja, derrubaram Muricy, como uma criança joga o pirulito fora, e agora voltaram a jogar futebol. Quem é que manda, meu filho?

Foto: Estadão.com

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Doni? Tem certeza?

Tenho visto uma enorme discussão sobre a última convocação de Dunga, em especial sobre o reserva de Júlio César, o "glorioso" Doni.

Os mais entendidos no assunto "futebol" não gostaram da escolha do técnico brasileiro para a camisa 12 da seleção e, sinceramente, eu também não gostei.

É obvio que cada técnico tem sua peculiaridade e suas vaidades, mas ainda não consigo entender o que passa na cabeça de Dunga em determinados momentos.

Em 1994, quando o comandante da nossa seleção era o sr. Carlos Alberto "teimoso" Parreira, essa discussão sobre quem seria o guardião da camisa 1 foi além. Segundo o ex-goleiro Zetti, Parreira reuniu toda a comissão técnica, jogadores e alguns dirigentes para explicar o motivo de sua escolha por Taffarel como "guapo" daquela equipe.

"Pessoal, é evidente que Zetti está em melhores condições para a vaga de titular,porém eu prezo muito a experiência e, embora o Taffarel não esteja na sua melhor fase, ele já atuou em 1990 e será o nosso goleiro", explicou Parreira, segundo palavras de Zetti.

Naquele momento, houve certa desconfiança por parte da torcida e da imprensa. Taffarel realmente não vinha fazendo boas atuações no Parma, equipe italiana a qual o jogador atuava.

A teimosia de Parreira teve desfecho positivo. Taffarel, além de ter feito uma excelente Copa do Mundo, foi decisivo na última partida, contra a Itália, nos pênaltis.

Mas aí eu pergunto: "E se ele não tivesse vingado? Será que Parreira assumiria a bronca por não ter colocado como titular oatleta que à época era o melhor? Duvido. Mas Parreira é além de teimoso, sortudo!

Na atualidade, a situação é muito diferente. Doni não é, e nunca foi, um bom goleiro. Não deveria jamais estar no banco de reservas da seleção mais importante do mundo.

Que Deus esteja ao lado da nação brasileira e proteja Júlio Cesar. Não podemos, sequer, pensar na possibilidade de Julio não atuar. Apenas 1 minuto de Doni em jogo pode ser o fiasco da nossa seleção.

Acreditem, não é exagero.

Foto: Jornal Luzilândia

Vai dar Naftalina...

Ando sentindo um forte cheiro de naftalina pelas ruas.

De repente o Santos sai de dentro do armário e começa a jogar um futebol bonito e envolvente. Neymar, o jovem atacante santista, tem dribles desconsertantes, uma visão de jogo incrível, um passe de bola perfeito, uma pontaria certeira, enfim, é o craque do time. Robinho que me perdoe, embora já mostrou que fará misérias atuando no futebol brasileiro, mas nada como ver o jeito "muleque malandro" de Neymar jogar.

Na partida de ontem contra a equipe do Bragantino, o Santos fez seu papel dentro de campo e venceu por 6 a 3. Robinho marcou um golaço, mas o destaque, é claro, foi para Neymar. Essa vitória mantém o peixe na primeira colocação da competição, com 22 pontos. Além disso, Neymar é o artilheiro da competição ao lado de Rodriguinho (Santo André), ambos com 7 gols.

Não sei não, mas acho que esse ano dá os "Naftalinas" como campeões do Paulistão.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Caiu...

Assumo que meu pitaco não foi certo. Apostava que o técnico Muricy ficaria no cargo de treinador do Palmeiras até, pelo menos, o jogo contra o São Paulo, no próximo domingo. Errei.

Acabo de ler no site do Globoesporte.com que Muricy não é mais o treinador do verdão. Tudo tem um começo, meio e fim, mas, embora pareça estranho, no caso de Muricy as coisas se iniciaram pelo "meio" e por isso o fim chegou mais rápido.

Ele esteve há seis meses no comando da equipe alvi-verde, mas não conseguiu repetir as glórias que conquistou no São Paulo. Perdeu o título brasileiro nas últimas rodadas e, de quebra, não classificou a equipe para a Libertadores.

Depois do fiasco de ontem, na goleada de 4 a 1 sofrida contra o São Caetano, a diretoria do clube se reuniu com o técnico e ficou definida sua saída.

Sua competência como treinador é inquestionável. Há muito tempo o considero o melhor técnico do Brasil, principalmente depois que o Luxemburgo passou a valorizar muito mais a sua conta bancária e com isso declinou como técnico de futebol.

Os títulos conquistados vestindo as cores vermelha-branca-e-preta comprovaram que Muricy herdou o talento que seu mestre Telê Santana deixou como legado. Inclusive o jeito ransinza de ser. Mas acho que Muricy abusou do mau-humor e isso lhe trouxe alguns inimigos dentro do futebol, embora ele negue a todo custo.

Talvez essa passagem fracassada pelo Palmeiras sirva de lição e que ele repense algumas de suas atitudes. O ditado popular é sábio: "Há males que vêm para o bem".

Ao contrário do que diz Julyana Travaglia no site de esportes da Globo, não acredito que essa "derrota" vá manchar o seu currículo como técnico de futebol. Ele venceu muito mais do que perdeu. Em breve estará no comando de algum grande clube. Não tenho dúvida. Aliás, Ricardo Gomes que se cuide, pois terá o "fantasma" de Muricy Ramalho rondando os corredores do Morumbi.

Muricy até o clássico

O Palmeiras levou um verdadeiro "chocolate" na partida de ontem contra o São Caetano, dentro do Palestra Itália. Só no primeiro tempo o azulão abriu três gols de vantagem sobre o time da casa. A partida terminou 4 a 1 para os visitantes.

Além de correr sério risco de não classificar entre os quatro melhores, o que não dará direito às semi-finais da competição estadual, o verdão pode perder seu técnico, Muricy Ramalho, ainda esta semana.

Alguns jornais esportivos de rádio e Tv estão noticiando que a saída de Muricy deve acontecer ainda hoje, após uma reunião que está acontecendo neste momento na sede do clube. Eu, particularmente, não acredito na demissão do treinador nesta semana.

O motivo é simples: A diretoria do Palmeiras não é burra, embora muitas vezes atua como. A crise já é bastante evidente, mas o Sr. Belluzzo sabe que é importante manter o cargo do treinador pelo menos até o clássico contra o São Paulo. O que não quer dizer que uma vitória sobre os rivais vá garantir o emprego de Muricy.

Alguns nomes como o de Antônio Carlos - atual treinador do São Caetano - e Paulo Autori - no momento desempregado - estão sendo cogitados no Palestra. Antônio Carlos já se mostrou interessado caso haja alguma proposta formal.

Geralmente, quando uma equipe entra em crise, mesmo que o problema central seja a falta de jogadores ou um elenco rachado, é mais conveniente ao clube mandar o técnico embora. Pelo menos ameniza, temporariamente, as críticas da imprensa. Digamos que é "providência" momentânea sem precisar ser radical. Já pensou ter de mandar 11 jogadores embora?

Eu sou contra esse tipo de "solução". Já vi muito técnico de qualidade deixando clubes de futebol sem ter culpa do mal desempenho da equipe. Isso é algo normal dentro do fuetebol, mas que eu sou totalmente contra, principalmente por não ser justo.

Mas no caso de Muricy Ramalho não há o que contestar. No ano passado, após a saída de Luxemburgo, Jorginho assumiu interinamente o comando do Palmeiras e vinha numa crescente, inclusive na primeira colocação do Campeonato Brasileiro.

Bastou Muricy assumir o posto de treinador para a equipe cair de produção. A situação foi bastante complicada e o Palmeiras não só deixou de ser campeão, mas também nem se classificou para a Taça Libertadores da América de 2010 - competição que já está em andamento.

Neste Campeonato Paulista, a situação parece a mesma. Embora o Palmeiras não tenha se reforçado para a temporada, tenho a impressão de que se algo não for feito, e rápido, a equipe palestrina não chegará às semi-finais da competição.

Isso é muito sério. Causaria um grande problema para o clube. O torcedor palmeirense já não é como antigamente. Será difícil conter os ânimos exaltados.

Não será a hora de tomar uma atitude mais digna de um presidente de time grande, Sr. Belluzzo?


quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Técnica X Sorte

Sempre digo que futebol é imprevisível. Nem sempre o melhor vence. O "fator sorte", muitas vezes, é mais decisivo do que a técnica. Assim foi a partida entre Milan e Manchester United.

A equipe italiana, dominou a partida desde os 2 primeiros minutos, quando Rodaldinho Gaúcho abriu o placar para os milaneses. Depois disso, foi um show à parte da equipe comandada por Leonardo. Mas aquele ditado que diz: "quem não faz, toma", entrou em cena.

O Manchester virou para cima do Milan (3 a 2), com dois gols do "brucutu" Rooney e venceu a primeira partida do duelo que vale vaga nas quartas-de-final da Liga dos Campeões. Ou seja, o futebol bonito perdeu para o feio, como disse Tiago Leifert, em sua matéria para o Globo Esporte.

Enquanto todos os comentaristas esportivos dizem em seus blogs ou sites que a vaga está praticamente definida depois do resultado de ontem, eu aposto numa reação e classificação da equipe italiana. Quer mais? Acho que Ronaldinho Gaúcho será o homem decisivo da partida.

Será maldição ou erraram na picaretagem?

Não pode ser...
Como assim?
A Rosas de Ouro ganhou o carnaval de São Paulo?
Não foi a Gaviões da Fiel?

Com certeza há algo de estranho nisso. Há quem diga que tudo esteja prometido para o Corinthians neste ano que é o centenário do clube, e que dentro do pacote estava reservado também o título de campeão do Carnaval. Eu ,particularmente, não duvido de coisas desse tipo, tanto no futebol quanto no carnaval, mas se isso existe, dessa vez cometaram algum erro. Erraram na dose da picaretagem.

Há quem diga também que existe a tal "maldição" do centenário, e que o time que está completando seus 100 anos de existência passa por um "inferno astral" terrível. Mas quanto a isso só saberemos no final do ano. O Corinthians disputará campeonatos importantíssimos (Paulista, Brasileiro e Libertadores) para provar se o que dizem é ou não verdade.

Mas bastou a escola de Samba Gaviões da Fiel não atingir a pontuação que eles esperavam, nos quesistos Samba Enredo e Bateria, além de ser passada para trás na pontuação da apuração, para que os diretores da entidade iniciassem aquilo que eles estão acostumados a fazer dentro dos estádios de futebol: "confusão".

Foi um tal de jogar cadeira para um lado, gritar para o outro, xingar um, ofender outro, enfim. Em certo momento, achei que algo pior poderia acontecer. Graças a Deus não houve nada mais grave. A Gaviões terminou em quinto lugar, atrás dos arqui-rivais da Mancha Verde.

Enfim, seja maldição ou picaretagem o Corinthians iniciou mal sua campanha de "centenário feliz". Mas aí vão me perguntar: "Porque você diz que o Corinthians começou mal se quem perdeu o título foi a Gaviões da Fiel?"

A resposta é simples. O Corinthians investe muita grana na escola que representa o clube. Só isso. Para se ter uma ideia, o nome do enredo da agremiação este ano foi: Corinthians... Minha vida, Minha história, Meu amor. E, se já existia pressão, imaginem agora.

Foto: www.band.com.br

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Sabadão de futebol

Até tentei, mas não consegui. Resisti até aonde deu. Como já disse, estou no Rio de Janeiro curtindo o Carnaval mais empolgante do mundo.

Ontem, 13, alguns jogos marcaram os campeonatos regionais. Vou me limitar a comentar apenas os que acompanhei.

Pelo campeonato Paulista , o São Paulo foi a Itu e, sem nenhuma dificuldade, venceu a equipe do Ituano com um gol de Rogério Ceni, de pênalti.

Opa! Do Rogério Ceni? E de pênalti? Como assim? Ele não foi vetado pelo "genioso" técnico Ricardo Gomes?

Sim. O capitão tricolor não é mais o cobrador oficial de pênaltis da equipe do Morumbi. A torcida são-paulina só verá o ídolo nessa condição quando o novo "batedor", Marcelinho Paraíba, não estiver em jogo, como aconteceu na partida de hoje.

Ricardo Gomes resolveu poupar alguns dos titulares, já pensando em atingir um bom rendimento na Taça Libertadores da América. ( O São Paulo estreou na quarta-feira, contra o Monterrey, e venceu por 2 a 0).


CAMPEONATO CARIOCA:


Bem que tentei assistir Fluminense e Vasco, no Maracanã, valendo vaga na final da taça Guanabara, mas há um novo procedimento, assim como em São Paulo, de que ingressos não são mais vendidos no dia do próprio jogo (em clássicos).

Dentro de campo, os dois times proporcionaram uma partida sem emoções. Com pouco mais de 30 mil pagantes, quem esteve nas dependências do estádio não pôde gritar gol durante os 90 minutos. A partida terminou em zero a zero e foi decidida nos pênaltis.

Melhor para os vascaínos que converteram os seis pênaltis cobrados. O Fluminense vinha na mesma toada até o Alan desperdiçar sua chance e dar a classificação à equipe do Vasco, que agora aguarda seu adversário que será definido na próxima quarta-feira, no confronto entre Borafogo e Flamengo.

Um coisa é certa. Será uma final de tirar o fôlego. Pena que não estarei por aqui, no Rio de Janeiro, para assistir ao vivo no Maracanã.

Foto: Globoesporte.com

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Blogueiro no Rio de Janeiro


Como também sou filho de Deus, resolvi passar meus dias de carnaval na "cidade maravilhosa".

Dessa vez não vou dizer que estarei completamente desligado do mundo da bola por dois motivos: Primeiro porque acabo não levando a sério minha promessa de não postar nada. Segundo que estarei ao lado de amigos que também amam futebol, ou seja, estarei bem ligado à rodada dos campeonatos regionais e de tudo que estiver rolando no esporte.

Grande abraço e bom Carnaval a todos.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Modesta estreia, mas com vitória


Longe de uma apresentação de gala, o São Paulo bateu o "mistão" do Monterrey, do México, por 2 a 0, no Morumbi, em partida que marcou o retorno de Cicinho e a estreia do clube na Taça Libertadores da América.

Embora com a equipe desfalcada por sete titulares, e mesmo sem levar pergigo ao gol são-paulino, os mexicanos tiveram um bom toque de bola, principalmente no meio-de-campo. Mas a marcação da equipe do morumbi foi forte e eficiente com o Jean atuando como um volante, sua posição de ofício. Além disso, devo ressaltar a ótima atuação de Hernanes que, além de cobrir o setror defensivo, infernizou os adversários com jogadas individuais.

Costumo dizer que Hernanes é o "motorzinho" da equipe de Ricardo Gomes. Quando ele resolve jogar o que sabe o time rende coletivamente. Na partida de ontem ele parecia inspirado. Fez seu papel de marcador, não errou passes, deu dribles desconcertantes e deixou a torcida de boca aberta. Foi, na minha opinião, o melhor em campo disparadamente.

Diferente de Richarlyson que errou muitos passes e fez lançamentos desnecessários, algumas vezes matando uma boa jogada que a equipe poderia iniciar. Até que foi substituído, embora tarde demais, para a entrada de Cicinho. O lateral teve pouco tempo para jogar porque entrou em campo depois dos 30 minitos da segunda etapa. mesmo com uma atuação discreta, a cada vez que pegava na bola a torcida vibrava como se fosse um gol. Ele foi a atração da partida desde o início do jogo.

O primeiro gol saiu aos 12 minutos do primeiro tempo, depois de uma boa jogada que começou com Hernanes, que passou para Jorge Wagner cruzar perfeitamente para dentro da área do goleiro Ortiz e, pressionado por Washington, o zagueiro Cervantes tentou tirar mas acabou mandando para o fundo rede. Assim mesmo o Tricolor encerrou a primeira etapa sem empolgar a torcida.

Para o segundo tempo, a equipe de Ricardo Gomes veio mais decidida e pegadora. Desde o primeiro minuto mostrou que a marcação seria ponto-chave para vencer a partida e não deu espaço para o Monterrey sequer respirar.

Washington fez o segundo gol são-paulino, mas ainda sinto uma tremenda falta de um atacante mais qualificado. Na ausência de Dagoberto, que deve ficar três semanas fora, Marcelinho Paraíba foi o parceiro do "Coração Valente", mas ainda não foi dessa vez que ele voltou a ser o Marcelinho que todos conhecem.

Está visível que ainda falta entrosamento na equipe, mas eu não tenho dúvida de que quando todos estiverem 100% o São Paulo terá uma das equipes mais fortes do Brasil e, junto de Corinthians e Internacional, será forte candidato ao título da Libertadores de 2010.

Foto: Agência Reuters / Globoesporte.com

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Cicinho chega e pode estrear

Para muitos o ano começa após o Carnaval. Mas para os trocedores do São Paulo o ano se inicia mesmo é na estreia do Tricolor paulista na Taça Libertadores da América. A equipe comandada pelo técnico Ricardo Gomes vai a campo nesta quarta-feira, no estádio do Morumbi, enfrentar o seu primeiro adversário na competição intercontinental, o Monterrey, atual compeão mexicano.

O Tricolor deve ir com força máxima para a partida e pode até contar com Cicinho, que desembarcou nesta manhã na capital paulista. Há possibilidades de o novo lateral-direito, que deve ser titular absoluto na temporada, reestrear hoje, porém, o próprio jogador disse que não garante presença dento de campo.

"Estou cansado do voo de 12 horas, quero conversar com o treinador. Ainda vou para o CT. Mas acho que não vou jogar, não sei", disse Cicinho ao chegar em São Paulo.

Com a lesão de Dagoberto, que ficará de fora da equipe por três semanas, o São Paulo terá uma novidade que acho bastante interessante. Marcelinho Paraíba, que vinha atuando no meio-campo, fará dupla de ataque com Washington, enquanto Cléber Santana deve compor o meio, ao lado de Jorge Wagner. Se der certo, ficará difícil o retorno do "instável" Dagoberto ao ataque da equipe.

Para o comandante tricolor, o elenco atingiu o patamar que desejava. "Só não foi tudo perfeito porque perdemos o Dagoberto, que se machucou. A preparação foi muito bem feita. Temos tudo para fazer um grande jogo e sair com a vitória", disse Ricardo Gomes.

Já o Monterrey, não me parece tão empolgado com a estreia na Libertadores. A equipe mexicana terá em campo um "mistão" para enfrentar o Tricolor, pois, segundo o técnico Víctor Manuel, a prioridade da equipe é o clássico de domingo, contra os rivais do Tigres. Por esse motivo, sete titulares foram poupados e nem vieram a São Paulo.

Acho estranho essa postura do técnico do Monterrey. O Campeonato Mexicano está apenas na quinta rodada e a Taça Libertadores da América tem muito mais importância em termos de visibilidade mundial do que o campeonato nacional. Enfim, vai entender...

Ficha técnica:

São Paulo: Rogério Ceni; Renato Silva, Xandão e Miranda; Jean, Hernanes, Richarlyson, Cléber Santana e Jorge Wagner; Marcelinho paraíba e Washington. Técnico: Ricardo Gomes.
Monterrey: Orozco; Meza, Morales, Crevantes e Pérez; Galindo, Martínez, Medina e Jusús Arellano; Carreño e Santana. Técnico: Víctor Manuel.

Estádio: Morumbi
Data: 10/02/2001
Horário: 21h50 (Brasília)

Árbitro: Sérgio Pezzotta (ARG).
Auxiliares: Hernán Pablo Maidana (ARG) e Ricardo Casas (ARG).



terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

"Vai cair como uma luva"

Depois de tantas especulações e até de uma possível desistência do presidente do São Paulo, Cicinho definitivamente acerta com o clube do Morumbi.

Nas primeiras negociações verbais, Juvenal Juvêncio havia declarado que estava descartada a possibilidade do lateral-direito fazer parte do elenco de Ricardo Gomes nesta temporada de 2010. Segundo o presidente são-paulino, Cicinho não queria abrir mão de um salário que propôs ao clube e tinha esperança de se acertar no Roma (Ita).

Alguns dias depois, esse acerto do jogador com o clube italiano não aconteceu e assim se iniciou uma nova conversa entre São Paulo, Cicinho e Roma.

Durante o clássico de domingo (7) entre São Paulo e Santos, o repórter da Tv Globo, Ivan Moré, chegou a anunciar que um nova negociação entre o jogador e o clube brasileiro estaria em 99% de se concretizar na contratação do atleta.

Ainda ontem, alguns sites esportivos confirmaram a informação e até disseram que Cicinho poderia desembarcar em São Paulo nesta noite de terça-feira.

A reunião acabou há pouco, às 13h (horário de Brasília) na Itália e ficou definido o retorno de Cicinho ao tricolor paulista. O contrato valerá até dia 30 de junho, mas caso a equipe do Morumbi chegue à final da Libertadores um novo acordo poderá ser acertado para mais três meses.

Cicinho terá um salário de R$ 250 mil por mês que será dividido entre o São Paulo e o Roma e sua apresentação na equipe deverá acontecer na tarde de quinta-feira, no CT da Barra Funda.

Ótimo negócio para ambos. Para Cicinho, é a chance de mostrar o bom futebol que não vinha apresentando no Roma nas poucas oportunidades que lhe foram dadas. Para o São Paulo, nem se fala. Havia uma carência tremenda no setor direito. Desde a saída de Ilsinho para o Shakhtar Donetsk (UCR) em 2007, ninguém conseguiu se firmar na posição. Passaram por alí jogadores como Reasco, Jancarlos, Éder Sciola, Joilson, Rafael, Zé Luis e Adrian Gonzalez. Atualmente a posição era composta por Jean, que na verdade é um volante, mas que "quebrava o galho" do técnico tricolor.

Cicinho diz que está "vivendo um sonho" ao retornar para a equipe que o projetou no futebol mundial. Sua passagem pelo São Paulo (em 2004 e 2005) foram bastante promissoras. Venceu uma Libertadores e um Mundial de Clubes.

"Não é de hoje que gostaria de voltar ao Sâo Paulo. Estou voltando para a minha casa, onde vivi a melhor fase da minha carreira", disse Cicinho após a reunião que decretou seu retorno.

O São Paulo foi uma das equipes que melhor contratou para essa temporada. Isso é inegável. O fato é que Ricardo Gomes ainda não encontrou a melhor maneira para escalar sua equipe. Individualemente falando, todos os setores estão preenchidos com bons jogadores. A única dúvida que ainda me resta é em relação ao ataque.

Washington é lento, enquanto Dagoberto é sem objetivo. Já o Roger é um verdadeiro pavor. Quando ele está jogando, a torcida pode esperar o pior. Ele é jogador para clube pequeno. Não deu certo uma vez e não será agora que vingará. Minha esperança é que Marcelinho (meia-atacante) possa fazer dupla com Fernandinho (que ainda não estreou porque se recupera de cirurgia no joelho).

A equipe que eu escalaria é: Rogério Ceni; Miranda, Xandão e Alex Silva; Cicinho; Richarlyson, Hernanes, Jorge Wagner e Marcelinho Paraíba; Fernandinho e Washington (aqui é por falta de opção).

Aposto num bom grupo do São Paulo, basta Ricardo Gomes fazer o "feijão com arroz".


quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Quarta quente

Futebol é assim: Mal começou a temporada e o técnico do Grêmio, Silas, considerado revelação de 2009 por fazer um belíssimo trabalho pelo Avaí, foi criticado pela torcida e até foi chamado de burro. Isso tudo porque o tricolor gaúcho não conseguiu um resultado melhor do que um simples empate, em 1 a 1,dentro de casa, com o modesto São Luiz.

Será que um empate é motivo de tanta hostilidade? Tenho certeza que não. O grande problema é que esse o segundo resultado ruim consecutivo. No domingo, foi derrotado pelo seu maior rival, o Internacional e, nesta quarta-feira, um empate sofrido contra uma equipe considerada "pequena".

Se nem o "mestre" Telê Santana foi perdoado quando não conseguiu conquistar as Copas de 82 e 86, o que faria alguém pensar que o Silas, que está no começo de sua carreira, seria poupado?

Mas a bolinha não pára. Daqui a pouquinho alguns jogos completarão a quarta de futebol:

Sem Roberto Carlos, que será julgado pelo TJD na próxima segunda (8) depois de cometer falta perigosa no jogo contra o Palmeiras, o líder Corinthians vai a Campinas enfrentar a Ponte Preta, pelo campeonato Paulista.

O São Paulo, querendo espantar de vez a crise, recebe o São Caetano, na Arena Barueri. Segundo o próprio técnico do time, Ricardo Gomes, o tricolor entra com "a equipe que fará estreia na Libertadores".

Mas bom jogo será entre Cruzeiro e Real Potosí, no Mineirão, pela Taça Libertadores da América. A equipe mineira contará com o Kléber que foi a Portugal e não acertou com Porto, o que resultou no retorno do atleta ao cruzeirense.