terça-feira, 30 de março de 2010

Se foi o camisa 10

O Brasil deu o último adeus ao considerado "camisa 10 do jornalismo esportivo" nesta manhã de terça-feira, no Rio de Janeiro, com aplausos de uma imensa multidão.

Jornalistas, amigos, familiares, jogadores de futebol e admiradores prestaram suas últimas homenagens ao jornalista Armando Nogueira, um guerreiro que lutava há três anos contra uma doença, ainda sem cura, cujo nome prefiro não proferir.

Inteligente, poeta, craque nas palavras, Armando Nogueira desfalca o jornalismo brasileiro.

Sentiremos falta dos comentários, das crônicas, enfim, "sentiremos falta de Armando Nogueira".

domingo, 28 de março de 2010

O "fator sorte" faz parte

Sem dúvida um dos melhores jogos da competição até o momento, assim como aquela partida entre Santos e Palmeiras. No primeiro tempo só deu a cor alvinegra. No segundo tempo, as cores vermelha, branca e preta dominaram a partida e realçaram o espetáculo. O mandante abriu 3 a 1, mas os visitantes empataram depois de melhorar o toque de bola. O gol de misericórdia dos anfitrões saiu nos acréscimos da partida.

Assim foi o clássico de hoje entre Corinthians e São Paulo, num Pacaembu ensurdecedor, no qual o timão venceu por 4 a 3 e voltou ao grupo dos quatro melhores, um ponto atrás do terceiro colocado, o próprio tricolor.

O Corinthians jogou um futebol espetacular, com bom toque de bola, com muita raça, aproveitando as oportunidades e contando também com uma falha do principal jogador tricolor, o capitão Rogério Ceni.

Mas que fique muito claro que, no gol de Roberto Carlos, de falta, foi apenas uma falha do arqueiro são-paulino e não um frango como escutei e li alguns comentários por aí. Para quem não sabe o que é jogar nessa posição, o campo estava molhado e a bola fez uma curva forte que, ao encostar no gramado, pegou uma velocidade fora do normal, dificultando para Ceni.

Onde Ceni errou? Primeiro no posicionamento da barreira que descobriu o canto direito do gol tricolor. Segundo que Ceni acreditou que a bola tomasse outro rumo, e goleiro não pode "achar", tem de ter convicção.

De qualquer forma o goleiro corintiano Rafael errou em dois lances: Nos dois gols de Rodrigo Souto que levaram o São Paulo ao empate. Mas por se tratar do goleiro do Corinthians, ninguém comentou nada a respeito. Isso é normal.

Nessa altura colorosa da partida, 3 a 3, o São Paulo era superior e dominava o jogo, até que entrou em campo um 12º jogador do timão, desestabilizando devez o tricolor do Morumbi. E não estou me referindo à torcida, mas sim do "fator sorte".

Quase 48 minutos do segundo tempo, Iarley, que acabara de entrar em campo, cruzou a bola para dentro da área do São Paulo e Alex Silva, o zagueiro tricolor, escorou de cabeça para dentro do gol. Sim, um gol contra que legitimou o tabu de mais de três anos do Corinthians sobre o São Paulo.

BATATA ASSANDO - Ricardo Gomes deve estar balançando no cargo de treinador do clube do Morumbi. Neste campeonato paulista conseguiu perder para Portuguesa, Palmeiras, Santos e Corinthians, ou seja, todos os clássicos. Não conseguiu estabelecer um esquema tático mais ofensivo. A equipe está lenta, com muitos volantes, sem brilho, opaca, sem vontade. E isso depende muito da mão do treinador. Uma prova clara disso é o próprio Corinthians, com Mano Menezes, que vibra 90 minutos de jogo.

Acho bom o Muricy já começar a se aquecer, limpara chuteira, o apito, preparar a prancheta, lavar sua camisa do São Paulo guardada na gaveta desde que foi mandado embora, porque sinto cheiro de substituição no ar. Seria sem dúvida a melhor mudança da equipe na temporada.

FOTO Corinthians: GloboEsporte.com
FOTO Muricy: Fester Blog

sexta-feira, 26 de março de 2010

Disse um amigo...

Visito muitos blogs por aí, inclusive de outros assuntos que que não dizem respeito ao futebol. O meu amigo Wagner Belmonte tem um blog bastante interessante.

Lá você encontra conteúdo diversificado, ora crítico, ora polêmico, mas sempre muito inteligente.

Hoje ele postou um texto que gostei bastante e que, mesmo não se tratando de futebol propriamente dito, tomei a liberdade de quebrar o protocolo do Papo de Bola com Fernando Richter, cujo propósito é futebol, e publicá-lo. Tenho certeza que vale a pena ler.


Jornalismo, futebol e justiça

Por Wagner Belmonte

Há momentos em que acompanhar o julgamento do Casal Nardoni parece remeter a trechos de A MONTANHA DOS SETE ABUTRES, O QUARTO PODER, HERÓI POR ACIDENTE e até O POVO CONTRA LARRY FLYNT.

Calma. Não estou pregando a absolvição do casal que pode ter imposto à menina uma morte cruel e, acima de tudo, covarde. Não li o processo, não vi os laudos. Ainda se os tivesse lido, não teria conhecimentos e elementos técnicos para opinar. Como 99,9% da população, espero justiça. E é sobre essa expectativa de justiça que quero "falar".

Nós, brasileiros, cobramos do técnico da Seleção Brasileira de Futebol o que deveria ser cobrado do Ministro da Justiça ou do Ministro da Fazenda. Dos jogadores, em campo, ainda mais em ano de Copa do Mundo, exigimos dedicação, garra, vontade, superação. Não aceitamos, e fazemos uma verdadeira CPI, que um determinado atleta amarre as chuteiras enquanto o time adversário bate uma falta que pode resultar em gol, que impõe a nossa eliminação, que traz o fim do sonho, que...

Nélson Rodrigues resumia tudo ao dizer que a Seleção Brasileira é simplesmente a "pátria de chuteiras". Roberto Damatta discorre sobre essa importância em Carnavais, Malandros e Heróis.

Em campo, a Seleção é uma espécie de inconsciente coletivo do Estado brasileiro que todos gostaríamos de ver, ter, sentir... Em relação aos nossos times, sabemos quem é o goleiro reserva, as opções ao alcance do planejamento tático do técnico no banco de reservas, mas não sabemos o nome do Secretário de Estado da Educação, do Ministro da Saúde, do responsável no Estado pelo desenvolvimento de uma política habitacional que reduza injustiças. Não sabemos o nome do Padre da igreja ao lado de nossas casas. E não conhecemos o trabalho heróico de anônimos e voluntários que reduzem dores, combatem dramas e transformam a desilusão em esperança, como os Doutores da Alegria, entre outros tantos exemplos próximos que escoam... Quem disse que esses dois palhaços que abrem o post numa foto tão bonita não são craques? Não conhecemos o nosso Patch Adams, mas sabemos que o camisa 5 da Seleção é um certo Felipe Melo. Também não desperdiçamos a chance de zombar de um atacante de time grande que perca gols, em especial se for de uma equipe para a qual não torcemos. É a oportunidade sarcástica de colocarmos a nossa ironia em campo contra a desilusão de nossos amigos...

Entendo toda essa comoção diante da barbárie que foi o assassinato da indefesa Isabella. Mas acho que podemos aproveitá-la para tirar uma grande lição: que tal a partir de agora, com o mesmo afinco, com o mesmo vigor, com os mesmos pudores, com a mesma atenção, passar a exigir justiça em outras esferas que nos dizem muito mais respeito e que interferem muito mais em nossas vidas do que o caso Isabella Nardoni?

O País, com certeza, seria outro se essa febre por justiça não se manifestasse apenas quando um "maníaco do parque" é preso, quando um casal, supostamente, lança janela abaixo uma indefesíssima menina, quando uma tal Suzane mata os pais numa trama que envolve o namorado e o irmão dele, quando a Seleção está em campo ou quando a novela das oito nos leva a um universo de sonhos, projeções e realidades. Exigimos que o vilão se dê mal no final. Esperamos que a mocinha viva o seu conto de fadas, ainda (ou preferencialmente?) que seja no apagar das luzes. Queremos justiça. Especialmente quando ela vale para os outros. E a nossa parte? Quem faz?

Não gosto de perguntas que especulam sobre o choro verdadeiro ou falso, real ou fictício, crédulo ou cético, do Casal Nardoni. Não gosto da linguagem que põe em dúvida, pela simples dúvida, o direito à defesa, prerrogativa do estado de direito. Há uma comoção nacional por Isabella Nardoni. Sim, justa. Sim, merecida. Sim, compreensível. Que pena que seja tão esporádica essa consciência e essa tamanha disposição por justiça à brasileira custe o que custar... Justiça nos olhos dos outros é refresco ! E é essa sede sazonal, escassa mesmo, que nos faz tão grandiosamente pequenos. Bem-vindos, essa é a gênese da Sociedade do Espetáculo. Essa é a modernidade líquida de amores líquidos...

domingo, 21 de março de 2010

Só dá Santos...

Pelo Campeonato Paulista, o Corinthians perdeu para o Grêmio Prudente, por 2 a 0. Jogou melhor mas não conseguiu vencer.

No Morumbi, o São Paulo goleou o Mogi Mirim. A partida terminou 3 a 0 para os donos da casa que jogaram um futebol sonolento, mais uma vez. Na verdade, fico até com vergonha de dizer que o tricolor goleou depois da vitória eslástica do Santos sobre o Ituano, no Pacaembu.

Quer saber quanto terminou essa partida? Digamos que três vezes mais do que o jogo no Morumbi. Sim, 9 a 1 para o Santos fora o baile. Aliás, o Circo.

Bom, esse resultado dispensa comentários. É, sem dúvida, a maior goleada da competição até o momento.

Santos continua na liderança, seguido por Santo André, São Paulo e Corinthians que, mesmo perdendo, permanece no G-4 porque contou com uma ajudinha do Botafogo que prdeu para o Paulista.

Aniversário de um mito

Poucas vezes outro esporte que não fosse o futebol ganhou destaque e prestígio dos brasileiros. Mas quando aconteceu, foi pra valer.

Em 1998 o Tenis conhecia Gustavo Kuerten, o Guga, que venceu campeonatos importantes como o Roland Garros, por exemplo. Mas nada se compara ao que Ayrton Senna contruiu no automobilismo.

O piloto se tornou um dos maiores ídolos do Brasil, perdendo apenas para o Rei Pelé.

Alguma figuras passam, vão embora e nos deixam muita, mas muita saudades. É o caso de Senna.

Sempre polêmico, considerado por muitos um cara arrogante, Ayrton, que fez história na Fórmula 1 conquistando três mundiais, tinha um carisma fora do normal e se tornou uma lenda, um mito.

Hoje ele faria 50 anos caso o destino não o tivesse levado para ser ídolo em outro lugar, no paraíso, ao lado de Deus.

A TV Cultura fez uma homenagem muito bonita a Senna no programa "Grandes Momentos do Esporte". Impossível não encher os olhos de lágrimas.

Parabéns para o eterno campeão.

Saudades, Senna. Saudades...

Assista o vídeo abaixo:


sábado, 20 de março de 2010

O que acontece com o verdão?

Prometi a mim mesmo que não comentaria os jogos da rodada de hoje pelo Campeonato Paulista e que tiraria o dia para ficar lendo e vendo televisão, já que a chuvinha que cai em São Paulo torna o clima propício a isso. Mas não consigo seguir à risca essas promessas que faço a mim. Diferentemente de quando prometo algo a alguém.

O futebol corre nas minhas veias junto com meu sangue e circula pelo meu corpo 24 horas por dia. Não seria exagero se eu disser a você que muitas vezes sonho com o esporte. Mas vamos ao que realmente interessa.

A crise continua assombrando o Palmeiras que perdeu, em casa, para a Ponte Preta, por 2 a 0 e caiu para a oitava colocação da tabela, correndo sérios riscos de não classificar para o quadrangular final.

A equipe de Antonio Carlos pressionou muito o adversário mas não conseguiu o resultado positivo. diferentemente da macaca que marcou os dois gols da partida e se fechou como uma muralha.

Triste para os mais de 17 mil torcedores presentes no Paléstra Itália (maior público da equipe até o momento) que viram de perto 46 torcedores rivais comandarem a festa nas arquibancadas.

Cheguei a dizer que os jogadores do verdão fizeram um complô para derrubar o técnico Muricy Ramalho, que foi demitido no começo do Paulistão por não estar entre os quatro melhores da competição. Sem contar que deixou escapar um título nacional que parecia certo, além de não classificar a equipe para a Libertadores deste ano de 2010 (já em andamento). Mas estou mudando de opinião.

Devo, inclusive, concordar com algumas declarações que o ex-técnico do clube palestrino fez há algum tempo. Ele disse que "com esse time o Palmeiras não vai a lugar nenhum".

Não acredito que possam cair para a segundona no próximo Brasileirão, mas tenho certeza que será um ano terrível para o Palmeiras, caso uma mudança drástica não aconteça no elenco alvi-verde.

Bom mesmo para Mustafá, que deve estar comemorando de longe.

FOTO: Globoesporte

Morumbi fora? "Nem a pau, Juvenal..."

Parece que, independente de uma vitória ou não do São Paulo sobre o Mogi Mirim, amanhã, pelo campeonato Paulista, o presidente do clube, Juvenal Juvêncio, terá um final de semana mais feliz. Muito mais do que ele esperava.

Não é nenhuma final de campeonato garantida, nem muito menos um título conquistado, mas sim a notícia de que o novo projeto do estádio do Morumbi para a Copa do Mundo no Brasil, em 2014, agradou dirigentes da FIFA. Pelo menos foi o que disse Jerome Valcke, secretário-geral da entidade.

"Os planos de reforma do Estádio do Morumbi eram um problema, mas o projeto que recebemos recentemente nos deixou satisfeitos. O que foi pedido está sendo atendido", disse Valcke em uma entrevista coletiva dada ontem na sede da FIFA, em Zurique, na Suíça.

Desde a conquista do País em poder sediar uma Copa do Mundo, o São Paulo Futebol Clube se interessou profundamente em fazer a abertura do evento. Sendo assim, o presidente do tricolor paulista andou largando mão do futebol para resolver as questões que envolvem o assunto "Copa".

Há poucos meses esse mesmo representante da FIFA fez críticas duras em relação ao primeiro projeto do estádio enviado à entidade. Disse, inclusive, que o Morumbi corria risco de receber jogos considerados "menores" e no máximo partidas das oitavas-de-final. O que deixou Juvenal bastante preocupado.

Não vejo outra cidade aqui no Brasil para ser palco de abertura da Copa que não seja São Paulo. E também não dá para pensar em outro estádio que não seja o Morumbi. Mas claro que muita coisa precisa ser reestruturada para isso acontecer. Desde questões internas, como reformas, por exemplo, como questões de segurança para o torcedor até fora do estádio.

Atualmente, não há, por exemplo, um estacionamento que comporte todos os veículos dos torcedores presentes no estádio. Não há também, um sistema de venda de ingressos à altura de um evento do porte de uma Copa do Mundo. E isso tanto é verdade que se você for assistir à uma partida do São Paulo, enfrentará dificuldades para conseguir entrar no estádio. Ainda há filas desosrdenadas e muitos cambistas com facilidade de compra e venda.

Entretanto, o São Paulo está melhorando nesse quesito, pois já implantou um sistema ligado à rede de cartões de crédito, no qual você consegue comprar seu ingresso pela internet e utiliza o próprio cartão nas roletas do estádio para liberar sua entrada já pré-adquirida. Isso é algo inovador no Brasil e facilitador para o torcedor que se antecipa.

Diferentemente de quase 100% dos clubes brasileiros, com excessão de poucos, o São Paulo tem uma estrutura bastante sólida e diferenciada. Mantém seu patrimônio como algo prioritário para a diretoria. Não tenho dúvidas de que o clube entregará aquilo que prometeu no prazo estipulado e, assim, conquistando o direito de proporcionar a abertura do evento esportivo mais popular do planeta: A Copa do Mundo.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Dessa vez convenceu

É verdade que uma equipe fraca como a do Nacional (PAR) não pode ser parâmetro para medir a força de ninguém. Isso é obviu. Mas independente da qualidade desse adversário o São Paulo fez uma partida brilhante, vencendo por 3 a 0 e assumindo a liderança do grupo 2 da Taça Libertadores da América.

Ainda no primeiro tempo, o tricolor abriu dois gols sobre o Nacional e comandou o espetáculo do começo ao fim, sem dar chance para seu oponente sequer respirar. Rogério Ceni que o diga, pois mal trabalhou no jogo.

Achei interessante a equipe escalada pelo técnico Ricardo Gomes: Rogério Ceni; Jean (Cicinho), Alex Silva, Miranda e Junior Cesar; Hernanes, Richarlyson (Rodrigo Souto), Léo Lima e Cléber Santana; Dagoberto e Washington (Fernandinho).

O meio-de-campo ficou mais veloz e não perdeu qualidade com o quarteto formado por Hernanes, Richarlyson, Léo Lima e Cléber Santana. Aliás, destaque para Cléber que, além de dar mais força no que diz respeito a marcação, atuou como um bom garçon, deixando os atacantes tricolores em posições privilegiadas para conduzir boas jogadas de ataque.

Na lateral-esquerda, Júnior César mostrou que deve ser o titular absoluto, já que vem apresentando muita técnica e velocidade, coisa que o Jorge Wagner parece ter perdido. Aliás, se for para Jorge Wagner atuar nessa equipe, tem de entrar no meio-de-campo. difícil vai ser achar lugar para ele.

Já pela direita, Jean foi bem, como sempre, mas ainda acredito que Cicinho possa ser o dono absoluto da posição. Hoje o camisa 23 começou no banco e entrou apenas no final da partida, quando Jean parecia cansado, afinal, correu bastante.

A zaga esteve perfeita, mais uma vez. A dupla Miranda e Alex Silva dispensa comentários, embora o Xandão seja uma revelação que promete um futuro bastante promissor.

Eu, que sou um verdadeiro crítico do ataque tricolor, não posso deixar de dizer que houve melhora no setor. Dagoberto está mais confiante, chamando a responsabildade para si. O Washington tem sido peça fundamental na posição. Tem feito gol em todas as partidas. Está merecendo a confiança do torcedor. E o Fernandinho, sempre que entra, causa pânico no adversário com sua velocidade e habilidade. O único que até agora não mostrou para quê realmente veio foi o Marcelinho Paraíba. Mas o Ricardo Gomes percebeu e nem o escalou para a partida de hoje.

Repito: Não dá para se iludir jogando contra essa equipe do Paraguai - com todo respeito que eles mereçam -, mas me animei bastante com o futebol apresentado pela equipe do Morumbi.

Foi uma equipe bastante "faminta" por vitória, com "sede" de gol. Não pensou, momento algum, em jogar recuado como nos jogos do Paulistão.

Esse é o São Paulo que todos querem ver e que foi aplaudido e muito ovacionado pelos quase 35 mil torcedores que estiveram no estádio Cícero Pompeu de Toledo, o Morumbi.

FOTO: Globo Esporte

sábado, 13 de março de 2010

Jogos inesquecíveis

Se tem algo que me prende à televisão são aqueles programas que mostram jogos antigos pelos quais podemos reviver momentos gloriosos do futebol brasileiro e internacional.

A TV Cultura tem o "Grandes Momentos do Esporte", transmitido aos domingos, sempre na hora do almoço. Já a SportTV tem o "Jogos para sempre", que é uma espécie de documentário no qual os protagonistas de um determinado jogo antigo falam e revivem os melhores momentos daquela partida.

Além disso, procuro comprar DVD´s de jogos importantes para assistir na íntegra, sem cortes. Adoro assistir jogos da década de 70 e 80, mas nada se compara aos anos 90, na minha opinião, claro. Aliás, há pouco assisti a partida entre São Paulo e Universidad Católica do Chile, pela Libertadores de 1993. Um jogaço.

O futebol paulista, naquela época, estava muito bem representado. Palmeiras e São Paulo tinham esquadrões inacreditáveis. Dentre os dois, o São Paulo foi o mais fantástico. Vivia um momento mágico: a "Era" Telê Santana.

A "máquina mortífera", como foi rotulado por Roberto Avallone, à época apresentador do programa Mesa Redonda, da TV Gazeta, chegou à final da competição com pinta de campeão. Em seu primeiro jogo da finalíssima, no Morumbi, o tricolor marcou cinco gols e sofreu apenas um. Teve gol de todos os jeitos, até de barriga, marcado pelo capitão Raí.

Nesse DVD, a narração espetacular é de Galvão Bueno, com comentários de Juca Kfouri e Raul Plasmam. Arrepia do começo ao fim.

Considero essa equipe do São Paulo uma das três melhores de todos os tempos, já que não se discute a beleza do futebol dos anos 60 (Santos de Pelé) e dos anos 80 (Flamengo de Zico).

Mas em outros jogos que assisti, juro que quase chorei ao relembrar. Nada como ouvir o Jota Jr. narrando gols e tendo ao seu lado o grande comentarista Eli Coimbra. Aliás, que equipe tinha a TV Bandeirantes. Adorava também o programa Show do Esporte, apresentado pelo Elia Junior, outro grande profissional.

Atualmente, o Luciano Do Vale é o grande nome da emissora, o âncora. Sua última brilhante narração, e que marcou demais para mim, foi no empate de 1 a 1 entre Palmeiras e Corinthians, no qual o Ronaldo marcou um gol e em seguida quebrou o alambrado do estádio. foi sensacional, embora eu não seja corintiano.

Amanhã pretendo assistir outro jogo e prometo voltar aqui para dizer como foi, mas com mais detalhes sobre a partida, os melhores lances, o gol, a narração, os comentários, enfim, tudo. Até...

domingo, 7 de março de 2010

Enfim, vitória fora de casa...

O São Paulo foi a Campinas enfrentar a Ponte Preta, num Moisés Lucarelli lotado de torcedores com dúvidas. Sim, isso mesmo. Se por um lado a equipe anfitriã não vencia há três partidas dentro de sua própria casa, por outro lado o tricolor, que montou uma equipe forte, ainda não desencantou o futebol esperado.

Sem Jorge Wagner e Miranda, que cumpriram suspensão, e Fernandinho, que sentiu dores musculares, o técnico Ricardo Gomes montou sua equipe de uma forma que me agradou bastante. Rogério Ceni; Cicinho; Alex Silva, Xandão e Richarlyson; Júnior César; Marcelinho Paraíba, Hernanes e Jean; Dagoberto e Washington.

Gosto bastante do Richarlyson atuando como um terceiro zagueiro e deixando Jean e Hernanes fechando o meio-de-campo como volantes. Na lateral esquerda, Júnior César costuma dar velocidade nos contra-ataques, e hoje não foi diferente.

Dessa vez tenho que dar os parabéns a Washington que, nas duas boas chances que teve, conseguiu rolar a bola para o fundo do gol. Aliás, ele foi o nome da partida ao lado de Rogério Ceni. O goleiro tricolor fez defesas importantes, sem contar que defendeu um pênalti quando a partida ainda estava 1 a 0.

Por falar em pênalti, dois lances geraram polêmica: o primeiro, embora as cãmeras tenham deixado bem claro que Xandão não cometeu a infração sobre Otacílio Neto, o zagueiro tricolor levou cartão amarelo. Na batida, Ceni pegou; o segundo lance, aconteceu na segunda etapa da partida em outra confusão com Xandão, mas dessa vez ele cometeu o pênalti e o juíz, talvez por saber que o jogador tricolor já tinha um amarelo, resolveu deixar a bola rolar.

Não sou de achar que um lance possa ser compensado por outro. Na minha opinião, quando isso acontece só aumenta a margem de erro do árbitro. Se ele errou em marcar o primeiro pênalti, errou mais ainda ao não marcar o segundo.

A partida terminou 2 a 0 para o São Paulo que, com 24 pontos, assumiu a terceira colocação na tabela.

FOTO: Globoesporte.com

O "salvador da pátria" corintiano

Mais uma partida do Corinthians sem empolgar a torcida. Sem Ronaldo, Souza foi o homem de frente ao lado de Iarley, mas ambos não renderam o que a torcida esperava diante do São Caetano, em Barueri.

Não dá para ignorar o fato de que o Corinthians jogou sem alguns titulares. Jorge Henrique e Elias entraram somente após a metade do segundo tempo. Mas o "salvador" do timão foi o Dentinho, que também eentrou na segunda etapa, no lugar de Danilo, e fez o único gol da partida.

A verdade é que, se não fosse Dentinho, o timão ficaria mais uma vez sem conquistar os três p0ntos. Aliás, está comprovado que ele não pode sair da equipe titular. Só o Mano parece não perceber isso.

Com essa vitória o Corinthians vai a 23 pontos, assumindo a terceira posição, claro que deve aguardar a partida entre Ponte Preta e São Paulo, que começa daqui a pouco. O São Caetano continua com 20 pontos e ocupa a sexta colocação na tabela.


EMPATE DOS MENINOS DA VILA:

No Canindé, a Portuguesa estava ganhando a partida quando, no apagar das luzes, Zé Eduardo empata para o Santos, mantendo a invensibilidade da equipe praiana. Com o resultado de 1 a 1 , os meninos da Vila chegam a 32 pontos, assegurando ainda mais a liderança da competição estadual. Mas cá entre nós, embora a Lusinha não tenha perdido nenhum clássico nesse Paulistão, uma vitória da Portuguesa seria zebra demais, não acham?

sexta-feira, 5 de março de 2010

Assunto chato...

Quase uma semana depois da vitória do Santos sobre o Corinthians e o tal "chapeuzinho" de Neymar em cima de Chicão continua repercutindo em todos os programas esportivos. Veja o vídeo:



Os jogadores do Corinthians ainda não esqueceram esse drible do menino da Vila. Mas isso só está em evidência porque a mídia esportiva faz questão de alimentar a polêmica. Todos os dias é sempre o mesmo assunto.

hoje, em um programa matutino, que geralmente começa às 11h30, o convidado para o debate foi o meia do timão, Tcheco. Por incrível que pareça, o assunto se voltou aos dribles de Neymar em vez de focar em perguntas mais inteligêntes sobre o seu futuro no Corinthians, a preparação da equipe para a Libertadores, enfim.

Fui ao Google pesquisar alguns sites e blogs esportivos e, como não era surpresa nenhuma, na internet o tal "chapeuzinho" ainda predomina também.

Está mais do que na hora do Corinthians parar de chorar e se concentrar naquilo que realmente é importante: a Libertadores. Porque se a equipe não chegar pelo menos na final da competição, aí sim os jogadores terão um tremendo problema para resolver e uma baita dor de cabeça para aguentar.

Não se pode esquecer que o futebol é arte. Estávamos precisando ter novamente pessoas que jogassem alegre como os meninos do Santos estão jogando. E esse tipo de atleta tem de ser preservado.

Essa pressão sobre Neymar já deu o que tinha que dar. Parece até que falar de Neymar é uma forma de driblar o assunto principal que é a má fase do Corinthians - levando em consideração que o clube montou um esquadrão mas até o momento não desencantou.

O “espetáculo” do Jornalismo Esportivo

O futebol deixou de ser um lazer para se tornar um produto comercial e fonte de renda para muitas empresas, bancos e meios de comunicação

Por Fernando Richter e Breno Benedito

Quando Charles Miller retornou da Inglaterra para seu país de origem, o Brasil, em 1894, trouxe consigo mais do que uma bola. Em sua bagagem também embarcou o que hoje chamamos de paixão nacional: o futebol. Mas o esporte “bretão” cresceu e se tornou popular no mundo inteiro. Atualmente, é uma das principais fontes de receitas para gerar lucro. De acordo com a jornalista Patrícia Rangel, “o futebol movimenta, anualmente, mais de 300 bilhões de dólares e gera mais de 300 milhões de empregos diretos”.

Patrícia argumenta que “os meios de comunicação estão fazendo do futebol algo mais do que simplesmente esporte, mas como um ‘show de entretenimento’” para conseguir cada vez mais atrair o público e, dessa forma, atingir alto índice de audiência. O avanço tecnológico contribui para o que é chamado de espetacularização. Câmeras em todos os cantos do campo de futebol e com vários recursos de última geração, como o Slow Motion (uma super câmera lenta), possibilitam ao torcedor uma interpretação mais detalhada, trazendo-o para o mais perto possível do evento, neste caso o campo de futebol.

Geralmente, as transmissões de futebol começam muito antes do horário previsto, com o “pré-jogo”, na qual o narrador, que também tem papel de gerenciar/conduzir o espetáculo, chama o repórter para trazer notícias, novidades, curiosidades, estatísticas, e até mesmo a história de cada equipe, ou sobre o confronto delas. Ou seja, cria-se um bate-papo, muitas vezes até informal, sobre o jogo que será realizado. Mas isso também se estende depois dos jogos. Muitos programas esportivos, em forma de mesa redonda, se iniciam minutos depois do apito final dos árbitros, e são nesses programas que o “showrnalismo” ganha mais espaço, pois, o foco deixa de ser o resultado da partida para priorizar os lances que geram discussões. Isso tudo pelo duelo de audiência.

Segundo Patrícia, alguns lances selecionados e apontados como polêmicos são reprisados, em média, 27 vezes: uma jogada duvidosa, um pênalti, um gol mal anulado, uma falta mais dura, enfim. Uma das artimanhas de “espetáculo” é trazer ex-profissionais para relembrar momentos inesquecíveis, contar histórias, reviver jogadas, gols etc.
“Mas não só de audiência vive os programas esportivos. Os Merchandisings são outra fonte de renda muita utilizadas no jornalismo esportivo”, diz a jornalista. “Os meios de comunicação inovam a cada ano com as chamadas na TV para um jogo de abertura, para um começo de campeonato, enfim, tudo isso para vender o seu produto”, completa. O campeonato brasileiro, por exemplo, é assistido por mais de 200 mil pessoas e gera um lucro que chega a aproximadamente R$100 milhões. Já a Copa do Mundo, que é o maior evento esportivo, é vista por mais de 200 países, ou seja, são mais de 30 bilhões de espectadores.

Os anúncios publicitários e as marcas nas camisas utilizadas pelos jogadores também ganharam espaço com a finalidade de aumentar os cofres dos clubes de futebol. Como existe um forte casamento entre o futebol e a televisão, as empresas entenderam que é bastante interessante estampar seus nomes em uniformes de clubes de todo o mundo. Decorrente disso há grande disputa de espaço para conseguir contratos com as principais entidades.

No Brasil, a Coca-cola, em uma das edições do Campeonato Brasileiro, estampou a sua marca na maioria dos clubes. Bancos também já estão de olho neste mercado: a Visa patrocinou o Corinthians no retorno de Ronaldo. E este ano, foi a vez de investir no Santos, com o Robinho. O Banco BMG patrocina os dois principais times de Minas Gerais (Cruzeiro e Atlético-MG). Alguém tem dúvida que o futebol se transformou num produto comercial altamente vendável?

quinta-feira, 4 de março de 2010

São Paulo apático

O São Paulo foi a Araraquara enfrentar o Oeste pelo Campeonato Paulista. Sem Hernanes e Cicinho, poupados pelo técno interino, Milton Cruz, o tricolor não conseguiu sair do 0 a 0 em partida mais do que sonolenta.

O primeiro tempo até que teve lá seus momentos emocionantes. Tanto o São Paulo quanto o Oeste criaram algumas jogadas ofensivas e ficaram muito próximas de abrir o marcador. Mas pararam nos goleiros Neneca e Rogério Ceni.

O tricolor já dominava a partida quando, aos 32 minutos, Ricardinho foi expulso, deixando o caminho mais fácil para o clube do Morumbi.

Com um jogador a mais em campo, Milton Cruz não pensou duas vezes em colocar um terceiro atacante ao lado de Washington e Dagoberto: sacou Richarlyson para a entrada de Fernandinho. Na teoria, o interino fez o correto, mas, na prática, a história foi outra.

Com três atacantes, o mínimo que o tricolor deveria ter feito era sufocar o adversário, mas Dagoberto jogou recuado, como um armador (o que não é a dele), enquanto Fernandinho caía pelos dois lados do campo, deixando Washington fixo dentro da área.

O segundo tempo começou agitado. O São Paulo chegou bastante ao ataque, mas parou, novamente, nas mãos de Neneca, considerado por muitos o "melhor da partida", o que concordo em partes.

Claro que ele salvou o Oeste, sem dúvida. Mas não podemos deixar de dizer que também contou com a "boa vontade" do "craque" Washington, que teve 6 oportunidades de marcar o gol. Duas delas, imperdíveis.

Sempre digo que, quando Hernanes está ausente, o São Paulo perde, e muito, na criatividade do meio-de-campo. Cléber Santana e Jorge Wagner também sabem fazer esta função, mas não com a mesma qualidade que Hernanes. Mas não posso transferir a culpa para a ausência dele, e sim para o ataque que não aproveitou as chances.

Certo momento do segundo tempo eu quase dormi. A equipe tocava bola para trás parecendo até que o São Paulo estava ganhando a partida por um resultado de 5 a 0.

Está mais do que evidente que um bom elenco o São Paulo tem, o problema está no "banco". Falta um treinador mais linha dura. Gosto bastante do Ricardo Gomes. Ele é uma boa pessoa, não há duvida, mas não serve, ainda, para dirigir uma equipe como o São Paulo. Acho que daria mais certo com o Muricy.

Mesmo com esse empate, o a equipe do Morumbi permanece no G-4, com 21 pontos.

Daqui a pouco, às 17h, Botafogo-SP e Corinthians se enfrentarão por uma vaga no G-4. Para o timão, que tem 19 pontos, só interessa a vitória. Já ao Botafogo, com 21 pontos, um empate estará de bom tamanho para permanecer no grupo dos quatro melhores.




segunda-feira, 1 de março de 2010

É sempre culpa do "juizão"

Bastou perder o clássico contra o Santos para o Corinthians voltar a ser Corinthians. A partida terminou 2 a 1 para os donos da casa, mas o resultado não condiz com o que foi visto dentro de campo. O peixe merecia muito mais.

Depois de tomar uma surra dos “meninos da Vila”, jogadores comissão técnica e cartolas do timão foram a público para reclamar da arbitragem.

Sim, houve algumas jogadas que causaram polêmica, além de possíveis erros de arbitragem, mas longe de ser um fator que pudesse mudar o resultado da partida.

É um absurdo ouvir as declarações do técnico Mano Menezes com palavras que leva a entender que o árbitro estava mal-intensionado. Chega a beirar o ridículo.

Se o Corinthians vence é porque tem uma tremenda “seleção”. Inclusive, segundo o comentarista Neto, essa equipe “já é a campeã da Libertadores de 2010”. Mas, se perde, é porque foi roubado ou porque o juiz errou e favoreceu o adversário, dentre outras desculpas esfarrapadas.

Neste clássico, o Santos deitou e rolou em cima Corinthians. O peixe mostrou o chamado “futebol alegre” com mais uma atuação brilhante de Neymar que, ao lado de André, só faltou fazer chover. Aliás, ninguém nem se lembrou de Robinho – que não jogou porque está servindo à Seleção Brasileira.

POLÊMICA – os “chorões” estão reclamando de uma trombada normal que aconteceu entre Paulo Henrique (Ganso) e Ronaldo, no primeiro minuto de jogo. Os mais fanáticos dizem até que o meio-campista santista deu uma “paulistinha” no camisa 9 alvinegro. Que absurdo! Que exagero. Todo esse “oba-oba” porque se trata de Ronaldo.

Outro lance que irritou os corintianos foi a expulsão de Roberto Carlos. A câmera repetiu a jogada mais de 5 vezes durante a transmissão e umas 30 vezes no programa Mesa Redonda, da TV Gazeta. Primeiro que não há dúvida alguma que Roberto Carlos tentou simular um pênalti. Segundo que, pelo que sei, se um jogador tenta ludibriar o árbitro ele deve receber o cartão amarelo. Foi exatamente o que aconteceu e, como o lateral-esquerdo do timão já tinha um amarelo, consequentemente o vermelho seria obrigatório. O árbitro da partida apenas cumpriu a regra.

Em relação a expulsão de Moacir não vou nem comentar. Ele foi imprudente, infantil. Perdeu a cabeça um minuto após o gol de Dentinho. Na minha opinião isso só tem um nome: “burrice”.
Se há algo que realmente pode ser discutido foi o empurrão de Germano em Dentinho dentro da grande área santista. O pênalti deveria ser marcado, mas acredito que o juiz não tenha visto porque o lance aconteceu fora da jogada. A bola estava rolando no lado esquerdo do ataque corintiano quando Germano cometeu a infração.

Assim mesmo, o Santos só não venceu com um placar ainda maior porque não quis. Como falou Dorival Jr., “é natural que uma equipe cometa um relaxamento quando está com dois jogadores a mais e vencendo a partida”.

O Timão teve uma boa chance para empatar a partida, mas Tcheco, sozinho, debaixo do gol, cabeceou para cima e desperdiçou a melhor oportunidade. Ou seja, não empatou por incompetência, e não por causa da arbitragem.

Ao invés de olhar para o próprio umbigo e reconhecer a inferioridade diante de seu oponente, algumas pessoas preferem arrumar desculpas, sem pé nem cabeça, para justificar o próprio fracasso. Claro, porque é mais conveniente.

Difícil é ir à frente dos microfones, chamar a responsabilidade e assumir a culpa.