quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Juvenal terá de engolir Luxa

Diz o Sr. Juvenal Juvêncio, presidente do São Paulo, que sabe o que está fazendo.

Segundo o próprio, a diretoria é consciente do momento terrível que vive o clube e sabe que uma providência tem que ser tomada o quanto antes.

Há algumas semanas, Dorival Junior havia sido demitido do Santos e ficou à disposição. O São Paulo sequer o procurou. Pelo contrário, deu de presente a chance do Atlético-MG o contratar. Foi o que aconteceu.

E isso só foi possível porque o até então treinador da equipe mineira, Vanderlei Luxemburgo, também foi demitido. Mas diferentemente de Dorival, Luxa ainda aguarda propostas.

No desembarque do São Paulo, hoje, ainda no aeroporto, Juvenal disse que o clube chegou ao seu limite e que a promessa de manter o interino Sérgio Baresi no cargo até o final do ano terá de ser quebrada.

O problema é que não há técnico de ponta, nos padrões desejados pela diretoria são-paulina, dando sopa no mercado esportivo. Dorival está empregado, embora corra sérios riscos de cair junto com o Galo. O que resta? Luxemburgo.

J.J. nunca gostou de Luxa. E isso não é novidade para ninguém. Mas parece que a contratação pode ser concretizada o quanto antes, no estilo "se não tem tu, vai tu mesmo".

Aposto que Juvenal, nas próximas horas, vai torcer muito para que algum outro treinador seja demitido e assim o São Paulo conseguiria mais uma vez fugir do "fantasma" Luxemburgo.

Agora cá entre nós, caro Juvenal. Que mal teria apostar as fichas num técnico como Luxemburgo, que já conquistou tantos títulos importantes por vários clubes de ponta do país?

Vale lembrar que o Tricolor já apostou em técnicos "figurantes" como Vadão, Oswaldo de Oliveira...

Segundo torcedores, "título já tem dono"


O Corinthians apenas empatou com o Botafogo (1 a 1), ontem, no estádio do Pacaembu.

Para muitos, o resultado foi um tremendo escorregão não só pelo fato de ter jogado em casa, mas por ter se distanciado do líder Fluminense, que venceu sua partida, no sufoco, contra o Avaí, em Volta Redonda.

Particularmente, não vejo o empate como algo tão ruim. A diferença entre as equipes que estão na ponta da tabela é muito pequena. São apenas três pontos e ainda vale lembrar que o Timão tem um jogo a menos para fazer contra o Vasco, na última rodada da competição. 

Não há dúvida que o título ficará entre as duas equipes. São elas as que melhor representam o eixo Rio-São Paulo no futebol atualmente.

Até o começo deste Brasileirão, o Corinthians não era favorito nem à vaga para a Libertadores da América. Hoje, o torcedor alvinegro diz com tom de certeza absoluta que o título já tem um dono.

Aliás, essa convicção não é só do torcedor. Os atletas do elenco corintiano já estão falando a respeito e prevendo, inclusive, o cronograma do caminho que os levará ao título. Para isso, vencer todas em território alvinegro é fundamental. Pelo menos foi o que disse o lateral-esquerdo Roberto Carlos ao site do Globo Esporte, ressaltando que o empate diante do Botafogo foi positivo.

"Com três vitórias fora e todas dentro de casa seremos campeões. O Campeonato continua igual e aberto e faremos outros jogos em casa. Não adianta desespero. O ponto contra o Botafogo foi importante", disse Roberto que acredita em tropeço do Flu. "Temos um jogo a menos, mas o Fluminense não vai ganhar todas até o fim. Nosso time está bem e consciente do que precisa fazer para ser campeão", afirmou categoricamente.

O Corinthians está embalado e tem a obrigação de conquistar esse caneco para salvar a imagem pífia do clube que até o momento não conquistou nenhum título no ano de seu centenário. Nem mesmo um torneiozinho de futebol de botão.

E com essas declarações corajosas do lateral-esquerdo do timão, a responsabilidade aumenta bastante para o Corinthians.

Já disse em outras oportunidades que o Corinthians é o "maior" favorito nessa briga direta com o Fluminense. Disse até que o clube carioca não aguenta manter a toada até o final da competição, mas quando lembro que tricolor carioca é comandado por Muricy Ramalho, o único técnico tricampeão "seguido" do Brasileirão, minhas convicções se abalam...

Outro vexame

O São Paulo foi ao Rio Grande do Sul enfrentar o Grêmio, no estádio Olímpico, e tomou outro chocolate. Perdeu por 4 a 2 numa partida que parecia mais um jogo "varzeano", com muitas faltas violentas e excesso erro de passes das duas equipes.

Embora o placar tenha sido elástico para cima do clube paulista, o Grêmio também não fez lá uma grande partida. A diferença, e essa sim pode ter sido fundamental para a vitória da equipe gaúcha, é que o São Paulo teve uma atuação desastrosa, pífia, horrorosa, enfim.

Dias atrás, defendi a permanência do técnico interino Sérgio Baresi no comando do Tricolor, pois acreditava que os erros que ele havia cometido nas partidas contra o Guarani (na qual o São Paulo venceu com tremendo sufoco) e na partida contra o Goiás (na qual o São Paulo perdeu por 3 a 0 dentro de sua casa) teriam servido de lição para consertar a equipe.

Mas, ontem, ele voltou a errar,  comprometendo não apenas essa partida, mas um campeonato inteiro. Começou pela escalação que teve uma formação no mínimo estranha, para não dizer "burra".

Baresi insiste em deixar Lucas como meia. Acho que só ele não percebeu que o garoto rende no ataque. Provou isso em outras partidas em que foi decisivo, inclusive contra o rival Palmeiras.  

Além disso, fiquei tentando entender o porquê da não entrada de Dagoberto no jogo. O São Paulo, após sofrer o terceiro gol, precisava tentar todas suas forças no ataque. Dagoberto não é nenhum salvador, longe disso, mas era uma opção já que Ricardo Oliveira estava praticamente sozinho no ataque. Marlos esteve apagado. Marcou um belo gol no início do segundo tempo empatando a partida e só.

Mas não é apenas um técnico que esse elenco necessita. A falta de um lateral que apoia e um meia armador para ser o articulador, o cérebro da equipe, tem deixado o elenco cada vez mais vulnerável. A ponto de a classificação para a Libertadores de 2011 não passar de um sonho distante na cabeça do torcedor.

E enquanto tudo isso acontece, o presidente Juvenal Juvêncio fecha os olhos e finge que nada está ocorrendo. Não quis trazer um treinador de ponta, e olha que ainda isso é possível, já que Luxemburgo continua disponível no mercado, e sequer se habilita a dar uma explicação ao torcedor. Quando resolve falar, se limita a dizer que as coisas vão melhor e que isso é apenas um fase.

Que fase, sr. Juvenal! Que fase!

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Campeonato Brasileiro pegando fogo

Meus amigos,

Confiram os resultados das partidas que começaram às 19h30 nesta quarta-feira:

Palmeiras 2 x 0 Inter  (Arena Barueri)
Cruzeiro 3 x 0 Atlético-GO  (Arena do Jacaré)
Atlético-PR 1 x 0 Vitória  (Arena da Baixada)
Grêmio Prudente 4 x 2 Guarani  (Prudentão)

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Vitória inesperada

O Internacional de Porto Alegre marcou o gol da vitória nos acréscimos, vencendo o Corinthians por 3 a 2 em duelo pra lá de eletrizante.

O jogo já estava nos últimos minutos do segundo tempo e, vencendo por 2 a 1, tudo caminhava para a vitória do Inter sobre o Timão, no Beira-Rio, em partida válida pelo campeonato Brasileiro de 2010.

A equipe do Parque São Jorge, por sua vez, não desistia e pressionava o Inter, que nessa altura do jogo só pensava em se defender. E foi assim que, aos 45 minutos, a equipe alvinegra chegou ao empate quando o goleiro Renan tentou interceptar um cruzamento na altura da marca do pênalti, a bola foi desviada para o gol e o zagueiro Nei teve que fazer uma linda ponte, daquelas praticadas pelos melhores goleiros, para salvar o gol.

Uma defesa espetacular, para sair na foto, e que seria comentada em qualquer debate esportivo, não fosse ela praticada por um jogador de linha.

Pênalti marcado, Nei foi expulso e Bruno César converteu para o timão, empatando novamente a partida que parecia definida para os donos da casa.

Nesse momento, a enorme torcida colorada se calou, dando abertura para que a pequena torcida alvinegra fosse percebida no estádio. Sim, seria um empate com sabor de vitória. Como eu disse, "seria"!

Já nos acréscimos, aos 48 minutos, para ser exato, Paulo André fez falta dura sobre Alecsandro na entrada da grande área e foi expulso. Andrezinho, que havia entrado em campo há poucos minutos, ajeitou a bola com carinho, olhou para o gol corintiano, escolheu o lado direito e chutou...

A bola seguiu em direção ao ângulo esquerdo do goleiro Júlio Cesar, mas no meio do caminho encontrou a cabeça de Moacir e entrou na forquílha do lado direito do goleiro alvinegro, colocando o Inter novamente, e definitivamente, à frente no marcador.

A torcida colorada quase botou o estádio abaixo. E com razão...

Enquanto isso, no Barradão o Fluminense conseguiu bater o Vitória, por 2 a 1, e reassumiu o posto de líder da competição, mostrando que o campeonato daqui para frente só tende a pegar fogo. Mas não é assim que a gente gosta?

sábado, 25 de setembro de 2010

São Paulo: realidade nada "Soberana"

Confesso que não assisti à partida entre São Paulo e Goiás, que aconteceu no estádio do Morumbi. Aliás, não acompanhei nenhum jogo dessa rodada esportiva.

O motivo é obvio: fui ao cinema para assistir, enfim, o filme Soberano. Por sinal, um filme que mostra outro momento do clube paulista. Um momento que não condiz com a realidade que vive o São Paulo.

Aproveito, inclusive, para dar os parabéns ao diretor e ao criador dessa obra fantástica que reúne os seis emocionantes títulos brasileiros (77, 86, 91, 2006, 2007 e 2008), embora resumida, claro, pois seria impossível retratar seis grandes títulos, conquistados de forma aguerrida, suada, mas leal e merecida, em apenas pouco mais de 1 hora e meia de filme.

E enquanto o filme rolava nas salas de cinemas da capital mostrando gols, lances, jogadas, dribles e conquistas maravilhosos, no Morumbi o São Paulo enfrentava um dos lanternas da competição nacional de 2010 e apanhava por 3 a 0, com uma equipe que não conseguia sequer ver a cor da bola.

Dizer que o São Paulo não jogou nada seria generosidade da minha parte. Segundo Daniel Perrone, blogueiro do site Globo Esporte, foi "uma das derrotas mais vergonhosas dos últimos anos".

É verdade que o São Paulo não pôde contar com sete atletas (Fernandão, Ilsinho, Wellington e Júnior César machucados, Richarlyson e Miranda cumprindo suspensão e Fernandinho recuperando a forma física), mas isso não é desculpa para uma equipe grande que pensa em pelo menos chegar à zona de classificação para a Libertadores da América. Time grande tem que ter banco.

Já o Goiás fez o que chamam de "feijão com arroz". Não teve nenhuma atuação esuberante, mas aproveitou, com eficácia, três das cinco oportunidades que teve.

As cobranças ao comandante Baresi, que a diretoria ainda não definiu se é interino ou se já é efetivo, voltaram a estampar as matérias dos principais sites esportivos do Brasil. 

Acho essa questão bastante complicada. Pelo que andei lendo, Baresi errou mais uma vez na escalação e, para piorar, equivocou-se nas substituições durante a partida, caracterizando certa imaturidade para assumir o comando de uma equipe grande.

O mais engraçado nessa história é que Juvenal Juvêncio, presidente do tricolor, não se pronuncia a respeito. Há poucos dias os técnicos Dorival Júnior e Vanderley Luxemburgo foram demitidos de seus clubes (Santos e Atlético-MG, respectivamente), mas nenhum dos dois foi procurado pelo São Paulo.

Dorival Júnior foi contratado junto ao Atlético-MG, mas Luxa continua disponível no mercado. Enquanto isso a diretoria são-paulina se esconde para não ter de dar satisfações ao torcedor que cobra uma explicação pela não contratação de um treinador de ponta.

Neste caso, tenho que concordar com Marcelo Lima, jornalista da Jovem Pan, que disse em seu twitter que só há uma explicação mais plausível para tudo isso: O tricolor deve ter algum acordo com Abel Braga ou Paulo Autuori para o ano que vem, e enquanto isso deverá manter Baresi no comando da equipe.

Hoje, os mais de 18 mil pagantes que estiveram presentes no Morumbi tiveram razões aos montes para deixarem o estádio aos berros e vaias. 

Esse não é o time SOBERANO que todos conhecem. Aliás, está muito longe de ser um "time".

Foto: GloboEsporte

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Fluminense goleia Galo e Luxa cai

O Fluminense recebeu o Atlético-MG, no Engenhão, e aplicou uma goleada incrível sobre a equipe mineira. O chocolate foi de 5 a 1 e resultou na demissão no técnico Vanderley Luxembrugo.

Aposto que nem mesmo o Fluminense esperava um placar tão elástico, embora tenha entrado em campo empenhado em vencer para não deixar o líder Corinthians, que por sinal possui um jogo a menos, disparar na tabela.

A demissão de Luxa aconteceu ainda no vestiário do Engenhão, quando o presidente do clube, Alexandre Kalil, ligou para Eduardo Maluf, diretor de futebol, e os avisou sobre a decisão.

O treinador, consagrado com grandes títulos e que já foi considerado o melhor técnico do Brasil, deixa o Galo na 18ª posição. Segundo ele, a equipe não deveria estar onde está, principalmente por ter um bom elenco. "Não é justo, por tudo que já vi no futebol, que o Atlético caia com os jogadores e a estrutura que tem. Que alguém consiga dar um jeito. Como eu já disse, ainda acredito que o Atlético não vai cair", disse Luxa, mas ressaltou que ainda não está acabado, como ouviu dizer por aí. "Sei que é o momento de fazer uma análise profunda e me reciclar mesmo. Só não aceito que falem que o Luxemburgo está em decadência e acabou para o futebol", completou.

É fato que a fase é ruim para Luxa. Aliás, não me lembro de ter visto o técnico ser mandado embora de algum clube antes. Nos momentos cruciais, e percebendo que a casa iria cair, ele pedia demissão.

A verdade é que o São Paulo agora terá uma enorme opção para contratar o novo comandantec da equipe. Pode ser o momento de unir o útil ao agradável. O São Paulo, porque precisa urgentemente de um técnico de ponta. E, o Luxa, porque precisa de um grande clube para se redimir no futebol.

A dica foi dada!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Timão: Mais líder do que nunca

A rodada esportiva desta quarta-feira esteve recheada de gols (24) e ainda nos presenteou com dois clássicos. Um deles foi Vasco e Botafogo, no Rio de Janeiro, que terminou com empate em 2 a 2.

Mas o destaque da noite ficou mesmo entre Santos e Corinthians, que aconteceu na Vila Belmiro. Aliás, foi um clássico pra ninguém botar defeito, já que as duas equipes jogaram no ataque e mantiveram o equilíbrio até o último minuto.

Depois de toda a polêmica causada pelo jogador Neymar, na manhã de hoje, que resultou na demissão do técnico Dorival Júnior, o Santos iniciou a partida melhor que o adversário e abriu o placar logo nos primeiros minutos. Mas o Corinthians não se intimidou e foi para cima dos donos da casa, até que Iarley empatou aos sete minutos.

O Santos voltou a marcar com Neymar, mas no finalzinho da primeira etapa Elias empatou novamente para o timão.

O segundo tempo foi ainda mais agitado. E essa história de que clássico é sempre um jogo truncado, com as duas equipes só jogando no contra-ataque, não se encaixou na partida de hoje. Graças a Deus, afinal, quem gosta de ver jogo retrancado?

O Santos dominava completamente a segunda etapa. Quase chegou ao terceiro gol numa bela cobrança de falta de Marcel, mas o bola parou na defesa de Julio César que, além disso, ainda defendeu o rebote, salvando o timão.

Mas como diz o velho ditado: "quem não faz, toma!"

Aos 24 minutos, em posição "irregular", Paulo André aproveita cruzamento dentro da área santista e coloca o timão, pela primeira vez no jogo, à frente no marcador. Aliás, esse foi o gol da vitória corintiana, deixando a equipe mais líder do que nunca. Detalhe: com um jogo a menos que os outros.

Aos Santos, seria essa uma resposta pelo papelão que a diretoria fez nesta manhã?


As outras partidas terminaram com os seguintes resultados:

São Paulo 2 x 1 Guarani
Ceará 0 x 2 Cruzeiro
Goiás 1 x 3 Atlético-Go
Grêmio Prudente 0 x 1 Palmeiras
Grêmio 2 x 2 Flamengo
Atlético-PR 1 x 0 Inter

Neymar derruba Dorival Junior

Quando a gente pensa que as coisas estão começando a melhor no futebol, eis que a resposta chega de imediato.

Depois de afastar Neymar da partida contra o Guarani no último domingo, Dorival Junior anunciou no começo desta semana que o atacante ficaria de fora do clássico contra o Corinthians, nesta quarta-feira.

Tudo isso porque o garoto de 18 anos, que pensa ter o rei na barriga, o desacatou durante a partida contra o Atlético-GO.

A princípio, a diretoria concordou com o ex-treinador do clube e deu total aval para que Neymar fosse punido. O que eles não esperavam é que Dorival fosse manter seu castigo ao jogador o tirando de um jogo tão importante como o de hoje.

Irritada com a repreensão, a diretoria, que inclui o presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, que tanto tenho defendido como um dos únicos presidentes honestos e conscientes que atuam no país, resolveu dar pontos a Neymar e banalizar o comando do até então treinador da equipe. O resultado foi a demissão de Dorival Junior.

Obviamente, o presidente resolveu apoiar o garoto não apenas pelo fato de que a partida de hoje tem importância estratégica na luta pelo título, mas principalmente porque se sentiu na obrigação de retribuir a atitude de Neymar que recusou os "milhões" do Chelsea para continuar integrando o elenco santista.

Isso só prova que Luis Alvaro não passa de "mais um" presidente no mundo do futebol e perde, a partir de hoje, o status de presidente diferenciado.

Enquanto isso, ao invés de atuar como educador e formador de atleta, o Santos alimenta a criação de um novo monstro no futebol. Lamentável.

domingo, 19 de setembro de 2010

Timão no caminho certo

O Fluminense está começando a afinar neste Brasileirão. E eu já previa isto.

Quando teve a oportunidade de disparar na competição, deixou o Corinthians encostar. Não bastasse isso, deixou, também, o timão passar na tabela, assumindo a liderança com um jogo a menos.

Tudo isso porque o tricolor carioca andou perdendo pontos importantes em outras partidas e hoje apenas empatou com o arqui-rival Flamengo, enquanto a equipe alvinegra fez sua parte atropelando o lanterna Grêmio Prudente, ontem, no Pacaembu.

Tempos atrás, quando o Flu já estava em ascensão, eu disse neste mesmo blog que eles não aguentariam o tranco. Fui criticado por isso.

Ainda é cedo para qualquer previsão, é verdade. Mas mantenho minha afirmação de que o título este ano não vai cair no colo de uma equipe carioca, como aconteceu no ano passado.

Dessa vez o representante de São Paulo, o Corinthians, está com muita "fome" de um título Brasileiro e não vai deixar o caneco escapar tão fácil, como fizeram Palmeiras e São Paulo em 2009.

Além disso, acredito muito no Internacional e no Cruzeiro. São duas forças que devem brigar diretamente com o Corinthians pela taça. Aliás, até o Santos, que vive um momento conturbado nos seus bastidores, não é carta fora deste baralho.

Lucas arrebenta e Tricolor bate Verdão

O São Paulo bateu o Palmeiras no estádio do Pacaembu, por 2 a 0, numa partida com dois tempos completamente diferentes.

Parecia mais um filme de terror do que um jogo de futebol, pelo menos assim foi o primeiro tempo do clássico "Choque-Rei" que encerrou há poucos minutos.

As duas equipes até se movimentaram bastante, mas pouco arriscaram chutes a gol, além de terem exagerado nas reclamações e nas faltas.

Até o respeitado Felipão, técnico do verdão, fez um tremendo papelão após ser expulso pelo árbitro da partida, dizendo que não sairia de campo. Dessa forma a primeira etapa teve de ter seis minutos além do tempo normal para compensar o vexame do técnico alviverde. Um absurdo.

O que salvou a partida foi o segundo tempo. Aliás, quem viu os 51 minutos iniciais não dizia , jamais, que haveria uma segunda etapa tão boa e produtiva, principalmente para o São Paulo que melhorou sua marcação no meio de campo e ajeitou a zaga com a volta de Alex Silva.

Mas o destaque da partida foi para Lucas que, mais uma vez, chamou a responsabilidade para si e resolveu a parada para o tricolor. Fez o primeiro gol que, aliás, foi um golaço, e deu o passe para Fernandão ampliar com outro belo gol.

Esse garoto tem muita qualidade técnica, habilidade e o mais importante: pouca idade, o que lhe garante mais chance de crescer profissionalmente, inclusive no próprio São Paulo.

Em contrapartida, Dagoberto é quem não deve estar muito feliz com isso, já que perdeu sua vaga de titular justamente para o jovem atacante. E perdeu merecidamente, pois até hoje ele não conseguiu convencer ninguém com seu futebol.

Só entrou em campo hoje porque Lucas cansou e teve de ser substituído. Assim mesmo, mal tocou na bola. E quando tocou, fez o que todos estão acostumados a ver: Nada.

Ilsinho teve que abandonar o jogo ainda na primeira etapa, quando sofreu uma pancada em seu tornozelo esquerdo. O lateral direito do São Paulo fazia boa partida quando se machucou, mas Baresi, técnico da equipe do Morumbi, conseguiu compor com Jean, que já está acostumado atuar na posição. Assim o São Paulo pouco sentiu a mudança.

No mais, a equipe esteve de parabéns (apenas no segundo tempo, claro). A vitória faz o São Paulo respirar na competição, subindo para a oitava posição, com 31 pontos. Mas ainda falta muito o que melhorar se ainda pensa numa colocação digna de time grande.

"Choque-Rei" abalado pela má fase

Hoje é dia de mais um clássico paulista pelo Campeonato Brasileiro de 2010. Dessa vez o duelo é entre Palmeiras e São Paulo, duas equipes que não se acharam na competição até o momento.

Aliás, o verdão e o tricolor fazem uma campanha muito abaixo do que se espera de duas equipes tão fortes e de tradição no futebol brasileiro.

No momento, chegar à zona de classificação para a Taça libertadores de 2010 é o maior objetivo das duas equipes, já que conquistar o título está sendo um sonho cada vez mais distante.

O rendimento de ambos é muito parecido. Nenhum dos dois elencos conseguiu até o momento estabelecer um padrão de jogo e uma sequencia boa de vitórias.

O tricolor vem de duas derrotas: uma para o Botafogo, no Engenhão, e uma para o Internacional, no Morumbi.

Já o verdão ainda tem algo que o motive ao clássico: empatou com o Vasco no Pacaembu e 2 a 1 sobre o Grêmio, em pleno estádio Olímpico.

Além disso, a equipe comandada por Felipão entrará em campo com um uniforme que fará homenagem ao clube que em 1942 deixava de ser Palestra Itália para se tornar o Palmeiras que tanto conhecemos.

Uma curiosidade interessante nessa história é que o jogo que marcou essa mudança de nome foi justamente contra o São Paulo. E o verdão levou a melhor. À ocasião, venceu por 3 a 1 e foi campeão Paulista. E nada mais justo que essa homenagem acontecesse justamente contra o tricolor do Morumbi.

Mas voltando à atualidade, o Palmeiras não terá a presença de Marcos, que continua machucado. Já o São Paulo poderá contar com as voltas de Ricardo Oliveira, que se recuperou de uma tendinite no joelho, e de Alex Silva, que ficou mais de um mês afastado também por uma lesão.

A vitória no confronto de hoje poderá ser o início de uma arrancada na luta pelo G-4.

Palpite?

Arrisco-me em apostar no resultado de 2 a 1 para o São Paulo.

sábado, 18 de setembro de 2010

Suspenso pela diretoria, Neymar não enfrenta o Guarani

O técnico Dorival Junior pediu à diretoria santista uma suspensão a Neymar pelo desacato do atleta na última partida do Santos contra o Atlético-GO.

O craque da equipe fez um partidão, mas errou feio ao discutir e desrespeitar o comandante da equipe. Isso aconteceu após Neymar sofrer pênalti e,o próprio pegar a bola para cobrar a penalidade. Dorival ordenou que a tal cobrança fosse batida por Marcel, que por sinal marcou o gol santista. Neymar, além de ficar nervoso, "xingou" Dorival.

Há tempos que esse garoto vem se envolvendo em polêmicas. Muitas vezes criaram burburinhos em coisas desnecessárias, é verdade, mas também não há como negar que ele anda abusando.

Dorival, por sua vez, pediu uma punição de 15 dias ao jogador, mas a diretoria resolveu puní-lo, provisoriamente, apenas para jogo deste domingo contra o Guarani, no Brinco de Ouro da Princesa.

Na segunda-feira acontecerá nova reunião para definir se Neymar continuará suspenso (o que acho difícil, pois o peixe enfrenta o Corinthians no meio da semana) ou se ele retornará à equipe.

Mas, independente do que acontecer, parabenizo o Presidente do Santos, Luíz Alvaro de Oliveira, pela importante atitude de repreender o garoto.

Como disse o amigo Flávio Prado, "ele (Neymar) retornará melhor"...

Enquanto ninguém percebe...

A "vitrine" muitas vezes nos engana. Nem sempre os que estão à frente representam os melhores. Como assim?

O grande jogo da rodada esportiva do Campeonato Brasileiro que aconteceu no meio da semana foi entre os dois melhores pontuados na competição.

O Fluminense, de Muricy, recebeu o Corinthians, de Adilson Batista, e levou a pior. A equipe paulista, muito bem postada taticamente e explorando as laterais, bateu o Flu por 2 a 1 e encostou nos cariocas igualando o número de pontos, porém com uma partida a menos.

Aliás, a liderança corintiana é questão de pouquíssimo tempo. Creio que neste final de semana o timão assume a ponta. Mesmo porque o Corinthians encara o lanterna Grêmio Prudente. Já o Flu fará o clássico com o Flamengo, que não anda lá essas coisas, mas que quando se trata de clássico nunca há favoritismo, pelo menos até começar a partida.

Mas enquanto os holofotes estão totalmente centralizados nessas duas equipes, outro time muito forte, além de ser e o mais entrosado deste brasileirão, vem conquistando seus pontos e chegando perto da ponta. Estou falando de Internacional de Porto Alegre.

Na quinta-feira foi ao Morumbi e deu uma surra no São Paulo que mal viu a bola rolar dentro de campo. Com mais esses três pontinhos, chegou aos 35 na tabela e já é o quinto colocado.

é verdade que vencer o São Paulo, nesta situação que a equipe paulista se encontra, não é parâmetro para analisar time nenhum, porém não foi à toa que o Inter levantou a Taça da Libertadores da América neste ano. E agora está mostrando sua força no Brasileirão.

A vantagem é que ninguém toca no nome deles, e isso facilita para que o trabalho seja cada vez mais bem feito.

O Fluminense não deve segurar a bronca. O Corinthians brigará pelo título com o Internacional e essa é a chance dos gaúchos darem o troco pelo esdrúxulo título conquistado pelo timão em 2005. Aliás, aquele título foi, na minha modesta opinião, a maior aberração do futebol, a maior decepção que um torcedor já presenciou.

Seu eu fosse jogador do Corinthians naquele momento, confesso que teria vergonha de dizer: "eu sou campeão Brasileiro de 2005".

Mas como a gente sempre acredita que as coisas devem melhorar, aposto que teremos um final bastante feliz neste ano de 2010. O campeonato está bem disputado e bonito de se ver.

Que vence, sempre, o melhor...

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

TIMES PAULISTAS NA 21ª RODADA ... LASTIMÁVEL!!!

Por Sandra Cristina, do blog Falando de Futebol

Na 21ª rodada do Campeonato Brasileiro, disputada neste fim de semana, o rendimento das equipes paulistas foi muito abaixo do esperado!


CORINTHIANS -> perdeu no Pacaembu, por 1 a 0, do GRÊMIO. Tem um jogo a menos e está colado no líder Fluminense, que pra ajudar os paulistas, perdeu também. Ah! Detalhe: mesmo com a arbitragem "distribuindo" penalidades que favorecem aos corintianos, não teve jeito. Pelo menos desta vez!

PALMEIRAS -> uma das piores atuações do time alviverde foi ontem, no Pacaembu, no empate de 0 a 0, contra o VASCO. Aliás, o verdão já deveria ser líder... em empates. As duas equipes foram péssimas, errando muitos passes. Deve ter sido desesperador... não apenas aos torcedores, mas para as equipes de reportagens, locutores!

SÃO PAULO -> A derrota por 2 a 0, no Engenhão, diante do Botafogo, não foi nenhuma surpresa. Também não convenceria se vencesse, pois, nitidamente o tricolor joga com um homem só: Rogério Ceni! Deveria ser técnico, presidente, médico... enfim! Depois do retorno da Copa do Mundo, o São Paulo não demonstrou empenho nenhum no Campeonato Brasileiro. O time pensa apenas na Libertadores, mas se não correr atrás dessa vaga, alguém fatalmente passará a perna nos tricolores... Acorda São Paulo!!!

SANTOS -> Ah... o Santos! Que começou o ano arrebentando com seus meninos... terminou o jogo de ontem, contra o CEARÁ, no Castelão, praticamente arrebentado, na derrota por 2 a 1!

A situação do time não está tão ruim na tabela, mas perder pontos nunca é uma coisa boa.

Triste foi ver Neymar perder a cabeça, irritado com as provocações dos adversários e de tanto apanhar em campo. Mas sempre dá pra piorar um pouco: ver policial agredir um jogador (Marquinhos) e sair de fininho foi demais!

Enfim, foi um fim de semana desastroso aos times paulistas... salvo o time do GUARANI, que venceu por 1 a 0 o ATLÉTICO-PR, no Brinco de Ouro.

domingo, 12 de setembro de 2010

Apático, São Paulo perde para Botafogo

O Botafogo venceu o São Paulo por 2 a 0, no Engenhão, foi a 37 pontos e assegurou a terceira colocação na tabela. Aliás, o fogão segue invicto como mandante. São cinco vitórias e seis empates.

Para que não viu o jogo, posso dizer que o São Paulo entrou em campo apagado e assistiu os donos da casa comandarem a partida desde o começo.

Nem mesmo a nova revelação da equipe paulista, o Marcelinho, ao lado de Dagoberto e Fernandão, conseguiu resolver a parada no ataque.

No primeiro tempo o tricolor sofreu pressão, mas até conseguiu equilibrar a partida. Já no segundo, parecia que o Botafogo enfrentava um time de segunda divisão. Só deu Botafogo.

Se não fosse Rogério Ceni, mais uma vez, o tricolor teria sofrido uma de suas piores goleadas. Apenas 2 a 0 saiu barato.

Os mais chatos torcedores voltaram a criticar o técnico interino, Sérgio Baresi, principalmente pela substituição de Marlos, que não fez absolutamente nada, no lugar de Marcelinho.

Sinceramente não acho que Baresi tenha culpa por essa derrota. Concordo que a substituição não foi a mais adequada, mas Marcelinho também não estava bem em campo e alguma coisa precisava ser feita para tentar uma reação.

A verdade é que o São Paulo voltou a entrar em campo para se defender, e toda vez que isso acontece o time perde.

Na próxima quarta-feira, a equipe do Morumbi enfrenta outra pedreira: O Internacional. E na sequência, no domingo, o adversário é o rival Palmeiras, que hoje empatou em casa com o Vasco da Gama.

sábado, 11 de setembro de 2010

Nem Flu, nem Timão. Deu zebra na cabeça

O Fluminense, ainda líder do Brasileirão, perdeu fora de casa para o Atlético-GO, por 2 a 1. Embora pareça mentira, esse mesmo Atlético já tirou pontos importantes de outras equipes fortes, uma delas é o Corinthians.

Aliás, por falar em Corinthians, essa seria a ocasião perfeita para o timão voltar à liderança da competição, porém a equipe alvinegra não contava com o chute certeiro de Douglas, ex-atleta do clube, que teve o ângulo superior direito de Júlio César como alvo. Como se diz no futebol, a bola foi morrer lá onde a coruja dorme.

Mas o problema do timão foi ter entrado em campo achando, com toda a certeza, que venceria fácil a equipe gaúcha, e se deu mal.

Além de o Grêmio ter sido superior, o Corinthians não jogou absolutamente nada. E quando teve as duas melhores oportunidades de virar o jogo, contou com a displiscência de Iarley.

Primeiro foi o pênalti mal batido sobre o gol de um goleiro que merece todo respeito. Victor teve personalidade, caiu no canto certo e praticou a defesa. Depois, o atacante do Parque São Jorge recebeu a bola na linha da pequena área, com Victor já batido no lance, e chutou fraco em direção ao gol. Mas o zagueiro gremista, Rafael Marques, com muito mais garra que Iarley, tirou a bola em cima da linha e salvou os três pontos do tricolor gaúcho.

Agora, com Fluminense e Corinthians perdendo, o Santos tem uma chance incrível de encostar novamente e voltar à briga pela liderança da competição nacional. Se vencer o Ceará amanhã, em Fortaleza, chegará aos 34 pontos, apenas 4 a menos que o Timão e 7 a menos que o Flu.

Sem dúvida teremos um Brasileirão pegando fogo na parte de cima da tabela!

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

A mesma velha história

O "poderoso", "maioral" e "chefão", Ricardo Teixeira, presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e Jérome Valcke, secretário geral da Fifa, parecem viver uma intensa relação de cumplicidade.

O sorriso de ambos não esconde tamanha felicidade pelo projeto da próxima Copa do Mundo que acontecerá no Brasil, em 2014 (A foto não me deixa mentir).

Tudo isso porque Ricardo, com sua cúpula que conta inclusive com Marco Polo Del Nero, presidente da FPF (Federação Paulista de Futebol), conseguiu criar uma forma de acabar com "seu" problema.

E qual seria esse problema? Talvez você entenda meu raciocínio.

O Brasil é um país no qual o futebol está embutido no sangue de cada cidadão. Em cada canto há um estádio de futebol, mesmo que com alguns problemas a serem resolvidos.

Por questões até de infraestrutura, a capital de São Paulo não poderia jamais ficar fora do evento esportivo mais importante do Mundo, a Copa. E a abertura da competição é motivo de honra ao Estado considerado a maior economia do País.

Sendo assim, A CBF tinha algumas cartas na manga para oferecer à Fifa: O Palestra Itália, que mesmo passando por reformas seria pequeno demais e não atenderia as exigências da Fifa para sediar a abertura; o Pacaembu, um estádio Municipal e que possui a mesma dificuldade do estádio do Palmeiras; e por último o Morumbi, que não é lá essas coisas, mas que poderia atender às necessidades de uma Copa sem nenhuma dúvida, desde que uma reforma acontecesse de imediato.

O São Paulo Futebol Clube, proprietário do estádio, se prontificou a reformar o Morumbi para que as exigências fossem supridas e assim o Estado de São Paulo realizaria seu sonho de ter uma abertura de Copa do Mundo.

Pois aí começou o drama.

De repente, Ricardo Teixeira lembrou que há pouco tempo o São Paulo Futebol Clube, representado pelo presidente Juvenal Juvêncio, tomou uma atitude que jamais um clube de futebol teve peito para tomar: Bater de frente com a CBF e com o "chefão".

Como assim um simples presidente de clube resolve romper relações morais e se voltar contra o "grande maioral" (sim, é um pleonasmo) do futebol mais importante do mundo?

Pois isso aconteceu. E Juvenal Juvêncio manteve, e ainda mantém, sua postura de não recuar. Devido há algumas atitudes inconvenientes por parte do "maioral" e sua entidade, houve um momento em que o São Paulo cogitou deixar o Campeonato Brasileiro. Mas isso não seria nada interessante para os cofres da CBF, já que há muito dinheiro envolvido por patrocinadores e pela própria televisão que praticamente manda no futebol.

Além disso, o São Paulo foi um dos que, nas votações para a presidência do Clube dos 13, votou na chapa de oposição ao que Ricardo Teixeira apoiava. E realmente a chapa do "chefão" perdeu. O problema é que muito dos que votaram contra, hoje tiveram de pedir a benção do "poderoso". O São Paulo, por ter independência financeira e se manter com suas próprias pernas, além de ter dignidade, manteve sua postura.

Mas o tempo passou e o troco de Ricardo Teixeira veio com a história da Copa. Ele conseguiu dar um jeito de tirar o Morumbi da parada. Mais de cinco relatórios de mudanças no projeto "Morumbi 2014" foram enviados à Fifa e, consequentemente reprovados.

O São Paulo teria de pegar emprestado com o BNDES uma quantia alta para financiar as obras, mas a recusa foi imediata. Segundo agentes do banco, o tricolor não tinha garantias suficuentes para a negociação acontecer.

A CBF pulou de alegria. Sem estádio, o jeito seria construir um novo utilizando um dinheiro que sabe lá de onde viria.

Aí vem a parte mais curiosa, irônica ou engraçada. Avalie e considere como quiser.

Em uma partida entre São Paulo e Corinthians, que aconteceu no estádio do Morumbi, em 2009, e que o mando pertencia ao São Paulo, a diretoria tricolor resolveu seguir o que a regra lhe permitia. Oferecer apenas 10% dos ingressos ao visitante, no caso o Corinthians.

O presidente do timão, Andrés Sanches, ficou revoltado e jurou uma eterna briga com o tricolor. Jurou também que não mais pisaria no solo são-paulino, a não ser quando o mando fosse do dono da casa, no qual seria obrigado a jogar.

Pois bem. Irritados com o São Paulo, e com motivos de sobra para um plano mirabolante, os presidentes da CBF e do Corinthians uniram o útil ao agradável. No mais vulgar das expressões, "juntaram a fome com a vontade de comer".

O timão tem 100 anos de história e é gozado por torcedores rivais por não ter um estádio. E a CBF, por sua vez, estava definitivamente disposta a "não ajudar" o São Paulo, seja lá qual fosse o problema. Foi assim que a cúpula ganhou um novo integrante, e dessa vez com um "peso popular".

De repente, Andrés Sanches ganhou até um pequeno cargo na CBF. Foi um dos integrantes da comissão dos cartolas que acompanhou a seleção Brasileira na última Copa do Mundo, na África do Sul.

Depois disso, Andrés recebeu a melhor notícia de sua vida: O Corinthians, enfim, teria um estádio para se gabar e não mais depender do São Paulo ou do Pacaembu, considerado por muitos torcedores, a casa corintiana. De onde virá o dinheiro para o estádio ser erguido? Boa pergunta.

Não bastasse a boa notícia, a alegria maior ainda estava por vir. Esse estádio, batizado como "Itaquerão", até mesmo porque será no bairro de Itaquera, zona leste de São Paulo e que melhor se identifica com o clube do povão, foi anunciado que será também a arena que proporcionará a abertura da Copa de 2014. Que beleza!

Preciso concluir?

Mas, segundo notícias de um programa da rádio Jovem Pam, o Esporte em Discussão, comandado pelo jornalista Wanderley Nogueira, o local onde será construído o estádio do timão foi vetado, temporariamente, pelo Ministério Público por haver algumas irregularidades no terreno.

Dessa mesma forma aconteceu com o Piritubão que seria a primeira opção de construção de estádio em São Paulo para atuar no lugar do vetado Morumbi, mas ele também não pôde ser levado adiante por conter um solo contaminado e que para recuperá-lo estrapolaria o prazo estipulado pela Fifa para as obras ficarem prontas. Assim foi descartado.

E aí fica a pergunta: Se por acaso o "Itaquerão" não vingar, o que acho muito difícil já que muitas forças políticas estão envolvidas, como ficará o Estado de São Paulo nesta questão? Ficará fora da Copa? ou será que Corinthians, FPF e CBF terão de engolir o estádio do Morumbi que, como já falei, não é lá essas coisas, mas é o que temos e que pode ser melhorado?

A verdade é que essa situação só denigre a imagem do Brasil. A politicagem perdeu, de fato, a vergonha na cara. E é por isso que o Brasil é sempre mal falado e mal visto aos olhos estrangeiros.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Fogão frita o peixe no Pacaembu

Quem diria heim...

O Santos, invencível, incrível, inabalável, intocável, com seu futebol alegre e irreverente, dono de uma marca de cinco jogos sem sofrer um revés, entrou em campo esta noite para enfrentar o Botafogo, no Pacaembu, e sofreu o gol da derrota aos 45 minutos da etapa complementar.

E a rede foi balançada pelo injustiçado Loco Abreu, que tem ficado as partidas do fogão no banco de reservas. Hoje, ele entrou e arrancou três pontos dos meninos da vila. Alías, essa vitória colocou a equipe carioca na terceira colocação na competição e empurrou o peixe para o quinto lugar.

Nem mesmo a volta do craque Neymar, que cumpria suspensão, foi suficiente para desbancar a equipe comandada pelo craque das pranchetas, Joel Santana.

Mas não pense você, torcedor, que o Botafogo jogou um bolão. Pelo contrário. Foi uma partida feia e que merecia, no máximo, um 0 a 0. As duas equipes fizeram um tremendo esforço para isso acontecer. A sorte dos botafoguenses é que Loco Abreu entrou no segundo tempo com uma inspiração diferente dos demais 21 atletas em campo.

Agora o peixe vai a Fortaleza enfrentar o Ceará, no próximo domingo, às 18h30. Enquanto isso o Fogão recebe o São Paulo no Rio de Janeiro, também no domingo, mas às 16h.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

São Paulo bate Flamengo sem dificuldade

No jogo que marcou a entrega de um troféu a Rogério Ceni pelos seus 20 anos de dedicação ao São Paulo Futebol Clube, eis que o tricolor paulista conquista uma vitória importante, dessa vez sobre o Flamengo, no estádio do Morumbi. Venceu fácil por 2 a 0 .

Ainda é cedo para dizer se a equipe comandada pelo interino Sérgio Baresi realmente encontrou o caminho das vitórias e vai deslanchar na competição nacional. Mas o fato é que uma aparente mudança paira sobre o clube do Morumbi.

Diferentemente de alguns meses atrás, essa equipe mostra mais garra e vontade de vencer. Tudo melhorou na equipe, desde a zaga, as laterais, o meio de campo, até o ataque, que voltou a marcar gols.

A marcação são-paulina tem feito a diferença junto a velocidade que Marcelinho introduziu ao time depois de sua permanência como titular.

Embora a equipe do Flamengo não seja parâmetro para fazer uma análise mais profunda, as mudanças feitas pelo novo treinador têm dado certo. Ele (Baresi) está apostando em garotos que vieram da categoria de base e que não foram aproveitados, e nem tiveram a chance de mostrar futebol, por Ricardo Gomes, o antigo técnico.

Na partida de hoje, tanto São Paulo quanto o Flamengo iniciaram de forma veloz e ofensiva, mas foram os donos da casa que aproveitaram as oportunidades.

Prova disso foi que aos 8 minutos de bola rolando, Marlos abriu o placar para o São Paulo depois de um inteligente passe de Marcelinho, que viu o atacante livre entrando na grande área adversária. Marlos ameaçou, com muita categoria driblou o goleiro do Mengo e chutou de perna esquerda para balançar a rede.

O Flamengo não se abalou e continuou dando trabalho para o São Paulo, principalmente pelo lado direito com Léo Moura, que abusou da velocidade. Mas a marcação forte do tricolor impediu que as jogadas flamenguistas resultassem em gol.

O São Paulo passou a tocar a bola e deixar a equipe carioca perdida no meio de campo. A pressão sobre os visitantes aumentou. Aos 27, Jorge Wagner cobrou escanteio da esquerda, Fernandão subiu alto e cabeceou a bola que explodiu no travessão de Marcelo Lomba.

Neste momento a superioridade são-paulina era evidente. E se há algo que possa ter prejudicado ainda mais o Flamengo foi a expulsão de Diogo. Aos 38 minutos ele fez uma falta dura e desnecessária em Richarlyson e minutos depois, aos 39, simulou grotescamente um pênalti e levou o segundo cartão amarelo, exigindo consequentemente o vermelho.

O São Paulo aproveitou o momento de fraqueza do Flamengo e ampliou com Fernandão, aos 41. Se na primeira tentativa de cabeça ele acertou o travessão, na segunda marcou um belo gol.

No segundo tempo, o Flamengo entrou em campo com pinta de que daria muito trabalho ao São Paulo. Teve lá seus momentos de pressão, mas não conseguiu furar a meta dos anfitriões. Já o São Paulo administrou a vitória explorando apenas os contra-atques, que por sinal foram sempre rápidos e perigosos. Não fosse o goleirão rubro-negro, o jogo poderia ter terminado com goleada tricolor.

Os destaques da partida vão para dupla Marlos e Marcelinho que, aliás, jogaram uma barbaridade.

A vitória levou o São Paulo ao 8º lugar na tabela, com 28 pontos. Já o Flamengo fica numa situação delicada. Com apenas 22 pontos, cai para a 16ª colocação, beirando a zona de rebaixamento.



OUTROS JOGOS DA RODADA

No Barradão o Palmeiras arrancou um empate diante do Vitória. A partida terminou em 1 a 1.

1 a 1 também foi o placar da partida entre Atlético-PR e Corinthians, na Arena da Baixada. Os dois gols (um para cada equipe) saíram de pênaltis "inexistentes". 0 a 0 seria o resultado mais justo.

1ª Rodada do Segundo Turno

Alguns jogos já estão encerrados nesta 1ª rodada do segundo turno do Campeonato Brasileiro de 2010. Veja:

O Fluminense continua líder após bater o Ceará por 3 a 1.

O Cruzeiro segue numa boa toada. Venceu o Inter por 1 a 0.

O Grêmio não teve problema algum para atropelar o Atlético-GO. Venceu por 2 a 0 no estádio Olímpico.

Mas o destaque foi a "zebra da noite". O Goiás, último colocado, venceu com muita tranquilidade a equipe do Guarani, por 3 a 1. Lembrando que esse mesmo Guarani ganhou do Fluminense no último domingo. Coisas do futebol.

Daqui a pouco mais três jogos completam a rodada:

São Paulo x Flamengo
Atlético-PR x Corinthians
Vitória x Palmeiras

Ele joga ou não?

Depois de um longo tempo se recuperando de uma lesão, Ronaldo deve voltar ao ataque do Corinthians esta noite, contra o Atlético-PR, na Arena da Baixada.

Mas nem bem o jogo iniciou e o treinador corintiano, Adilson Batista, já começou suas explicações para justificar uma possível "sumida" do Fenômeno. Pelo menos é o que ficou claro em entrevista ao site GloboEsporte.com.

"É difícil ficar prevendo. Você faz um planejamento, mas acontecem “n” situações no jogo. Temos que respeitar a individualidade do atleta. A intenção era usar contra o Goiás e segurar em Curitiba. Temos que aguardar o jogo. Primeiro, vamos pensar no Atlético-PR e depois resolver lá na frente", afirmou Adilson.

Parece que a diretoria do Timão deve poupar Ronaldo contra o Grêmio, no Pacaembu, para tê-lo em boas condições contra o líder Fluminense, na próxima quarta-feira, no Engenhão.

Sinceramente, se Ronaldo jogar contra o Flu será muito. Pela forma física ele já deveria ter parado há tempos. Aliás, o amigo André Rizek, do canal Sportv, disse algo no qual eu estou 100% de acordo: "O Corinthians aprendeu a jogar sem atacantes. Isso está dando muito certo. E a entrada de Ronaldo pode atrapalhar a boa fase do timão".

Todos nós sabemos, pois ninguém é bobo, que a vinda do fenômeno ao Parque São Jorge tinha uma finalidade diferente daquilo que o torcedor esperava. A ideia era melhorar a imagem do clube no mundo e fortalecer o caixa com uma forte ação de marketing. E isso aconteceu.

Assim mesmo, Ronaldo foi peça fundamental nas conquistas do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil. Saindo no lucro. A torcida corintiana tem de dar Graças a Deus por isso. Mas concordo que essa enganação de que Ronaldo está lutando para voltar a jogar acaba com a paciência de todos.

"Pizzada à italiana"

Peço, mais uma vez, licença aos seguidores deste blog para quebrar o protocolo. Principalmente porque algumas notícias não podem ficar de fora de uma boa discussão. E dessa vez o assunto é Fórmula 1.

A equipe italiana Ferrari foi julgada nesta tarde pelo plenário do Conselho Mundial, na Place de la Concorde, em Paris, e conseguiu se livrar de uma punição mais severa, como de fato deveria ter acontecido.

Parece que as coisas dentro do mundo automobilístico estão caminhando para uma bagunça parecida ao que estamos acostumados dentro da esfera do futebol.

Para quem não se lembra, no último GP da Alemanha, em Hockenheim, A Ferrari ordenou que Felipe Massa desse passagem a Fernando Alonso, cedendo, consequentemente, a vitória ao espanhol. A tal ordem foi dada através de um rádio no qual os pilotos conseguem manter comunicação com suas equipes. E para "azar" da equipe vermelhinha, as palavras foram mostradas ao vivo na transmissão oficial de TV.

Segundo diz o comunicado oficial da entidade divulgado nesta quarta-feira,"no dia 25 de julho de 2010, no GP da Alemanha, os comissários de prova decidiram que a Ferrari infringiu a proibição às ordens de equipe que interfiram em um resultado de corrida. Eles aplicaram uma multa de US$ 100 mil (R$ 172 mil) e enviaram o caso para apreciação do Conselho Mundial de Esporte a Motor. O julgamento foi marcado para uma reunião extraordinária em Paris, no dia 8 de setembro de 2010. Após uma análise profunda nos documentos, relatos e depoimentos, foi decidido que a decisão dos comissários - a multa - seria mantida pela infração ao artigo 39.1 do regulamento esportivo. Além disso, a Ferrari terá de pagar os custos da audiência organizada pela FIA".

Saiu barato. Ou seja, a punição ficou apenas nisso. Melhor dizendo, acabou em pizza. Aliás, ela (Equipe Ferrari) saiu mais do que satisfeita porque além poder competir normalmente sem ter de cumprir uma suspensão ou qualquer outra sansão adicional, ainda ouviu da FIA que a proibição ao jogo de equipe será revisto em uma nova reunião do órgão.

Para a Ferrari a notícia é ótima, já que sempre praticou esse tipo de "jogo". E o sr. Rubinho Barrichello que o diga.

Qual será o próximo esporte a se manchar mundialmente com atitudes duvidosas?

terça-feira, 7 de setembro de 2010

20 anos de glórias


Dia 7 de Setembro de 1990.

Para muitos, uma data aparentemente normal, no qual se comemoraria, como em todos os anos, o dia da Independência do Brasil.

Já para aqueles que gostam de futebol e que possuem um conhecimento mais apurado sobre o assunto, essa data representa algo especial no esporte mais querido do mundo.

Surgia neste dia uma figura que anos depois se tornaria um guerreiro, um vencedor, uma lenda, um mito, enfim... Surgia Rogério Ceni no São Paulo Futebol Clube.

Ceni chegou ao São Paulo com apenas 17. Geralmente, garotos que chegam para jogar em clube grande nesta idade permanecem apenas o tempo suficiente para adquirirem experiência na categoria de base e depois vão tentar a sorte em clubes não tão grandes. Poucos, de tantos, são aproveitados.

Mas algo diferente aconteceu entre Ceni e São Paulo Futebol Clube. Uma sintonia muito forte, uma paixão incontestável, uma identificação enorme, tomou conta de ambos.

Decidido a aprender e ser um futuro vencedor, Rogério teve paciência e ficou 6 anos como reserva de Zetti, outro fenômeno no esporte.

E foi dos bancos de reserva que o goleiro pôde acompanhar a fase mais gloriosa da equipe do Morumbi. Uma época em que o tricolor, comandado por Telê Santana, o maior técnico de todos os tempos, encantava o mundo com o seu futebol bonito, mágico, alegre, leal. Com o time jogando por música, o São Paulo atingiu o ápce, e conquistou duas vezes seguidas a Libertadores e o Mundial, em 1992 e 1993.

Provavelmente isso ficou gravado na cabeça de Ceni. Aliás, foi o que o motivou a trabalhar mais e mais para buscar seu espaço no tricolor e conquistar, como titular, os mesmos títulos que um dia participou como "coadjuvante".

Em 1996, Zetti chegou a um acordo com o São Paulo e decidiu que sairia do clube. Até hoje não foi comprovado, mas tenho certeza que Zetti, percebendo a evolução do Rogério Ceni, optou por deixar o clube paulista para dar a merecida chance a Ceni.

A chance foi dada e Ceni agarrou com as duas mãos. Fez da oportunidade uma história repleta de conquistas e recordes.

Listar aqui todos os títulos que ele possui é desnecessário. Alguns torcedores de outras equipes iniciariam o mesmo discurso de sempre: "são-paulino é arrogante". Por isso, prefiro citar apenas os mais importantes e os que ele atuou como titular:

Campeonato Paulista: 1998, 2000 e 2005
Campeonato Brasileiro: 2006, 2007 e 2008
Taça Libertadores da América: 2005
Mundial da Fifa: 2005

Por falar em títulos, Rogério Ceni merece todo o respeito inclusive de torcedores rivais. Ele conseguiu fazer, nesses 20 anos como goleiro profissional do São Paulo, o que muitos clubes não conseguiram com mais de 100 anos de história.

Não bastasse um currículo de causar inveja, Ceni ainda bateu dois grandes recordes que ao longo de sua carreira estabeleceu como meta pessoal: o de se tornar o jogador que mais atuou com a camisa das três cores (foram 924 jogos até o momento) e o de se tornar o maior goleiro-artilheiro da história do futebol (são 90 gols até o momento e esse valeu o registro no Guinness book, o livro dos recordes).

Mas isso tudo ainda é pouco para Ceni. Nem mesmo todos os prêmios que recebeu como atleta, e olha que não foram poucos, é tão grandioso perto do sentimento de amor que ele demonstra pelo São Paulo.

Poucos jogadores no mundo jogam por amor à camisa. Mas Rogério é diferente. Rogério é gênio, Rogério é mito, Rogério é vitória, Rogério é são-paulino...

Parabéns, craque Rogério Ceni, pelos seus 20 anos de amor e dedicação ao São Paulo Futebol Clube. Que sua história sirva de exemplo a outros jogadores de futebol ou de qualquer outro esporte.

domingo, 5 de setembro de 2010

Tricolor vence Galo no Ipatingão

Atlético-MG e São Paulo se enfrentaram no Ipatingão, em Minas Gerais, e fizeram uma das melhores partidas desta 19ª rodada. O tricolor do Morumbi levou a melhor. Venceu por 3 a 2 e conseguiu sua segunda vitória consecutiva.

Além de bastante corrido, o primeiro tempo foi muito equilibrado, com as duas equipes criando boas jogadas de ataque.

Logo aos 09 minutos, um chute de fora da área de Dagoberto e quase a bola entra, não fosse o Fábio Costa espalmar para a linha de fundo. Na cobrança do escanteio, a bola sobra para Casemiro empurrar para o fundo do gol. ( 1 a 0 )

Se teve alguém mal nesta partida, foi o árbitro André Luis de Freitas Castro que aos 17 minutos assinalou um pênalti inexistente de Miranda em cima de Obina. O próprio Obina bateu e marcou para o Galo. (1 a 1)

O jogo seguia pegado e tanto Atlético-MG quanto São Paulo tiveram chances de ampliar o placar, mas pecaram no momento da finalização. Pelo Galo, Obina subiu sozinho e cabeceou à esquerda de Ceni, porém o bola foi para fora. Pelo São Paulo, Dagoberto e Marcelinho desperdiçaram em jogadas de contra-ataque.

Mas aos 37, outra penalidade, essa sim bem marcada, a favor dos donos da casa. Novamente Obina foi para a cobrança e colocou o Atlético na frente. (2 a 1)

E se o primeira etapa foi movimentada, a segunda então nem se fala.

Na volta ao gramado, o tricolor entrou com outra formação. Richarlyson foi para a lateral esquerda no lugar de Júnior César e Cléber Santana entrou na meia com a função de ligar o setor de meio campo ao ataque. E deu certo.

Logo aos 10 minutos, Richarlyson, "pela esquerda", cruza para Marcelinho marcar seu primeiro gol como profissional do São Paulo. Novamente tudo igual em Ipatinga.

Aliás, esse gol de empate motivou a equipe de Baresi a pressionar o Galo. Foi assim que o tricolor chegou ao seu terceiro gol, com Fernandão chutando cruzado para balançar a rede de Fábio Costa.

Em seguida, Dagoberto sentiu câimbras e deixou o campo para a entrada de Jorge Wagner, que ajudou na marcação.

Naturalmente, dessa forma o São Paulo teve de recuar e segurar a forte pressão do Atlético-MG.

Aos 43, um baita susto para a torcida são-paulina. Serginho chutou forte e cruzado, mas parou em Rogério Ceni que defendeu com a ponta da chuteira.

O São Paulo ainda não estabeleceu um padrão tático. Isso é visível. Mas é importante deixar claro que uma mudança no espírito dos jogadores mudou a cara dessa equipe. Vale lembrar também que as alterações de Baresi na partida de hoje surtiram efeitos.

O tricolor pode, e deve, melhorar ainda mais, até porque o elenco não é fraco. Mas precisa manter a mesma pegada se ainda pretende uma classificação para a Taça Libertadores da América de 2011, já que título passa ser um sonho mais distante.

Missão difícil, mas ainda possível.

Foto: Pedro Vilela / Agância Estado / Site GloboEsporte.com

E nada de vencer

Quando a fase não é boa, não adianta...

O Palmeiras poderia até estar com os jogadores da famosa "academia", dos anos 70, que não venceria o Cruzeiro nesta tarde fria de domingo no estádio do Pacaembu. Nem mesmo o grande Ademir da Guia seria capaz de fazer milagre.

Aliás, milagre foi ver o verdão, ainda no primeiro tempo, abrir 2 a 0 sobre a raposa. E se eu disser que não acreditei numa vitória da equipe paulista, estarei mentindo. Pensei que o time de Felipão enfim deslancharia na competição. Errei.

Mal começou o segundo tempo para o Cruzeiro mostrar sua força. Foi para cima do Palmeiras e virou a partida que, ao meu ver, parecia ganha.

E se não bastasse a derrota, o verdão ainda teve Marcos machucado. Mais uma vez o goleiro pentacampeão do mundo ficará afastado para se recuperar de lesão. Não seria esse o momento de Marcos repensar sobre sua carreira profissional?

O Palmeiras está na 11ª colocação com 24 pontos. Já o Cruzeiro avança para 5ª colocação, com 31 pontos.

sábado, 4 de setembro de 2010

Lição de casa feita

No Pacaembu, o Corinthians recebeu o Goiás, último colocado no Campeonato Brasileiro, e venceu por 5 a 1, fora o baile.

E bastou o jogo terminar para as piadinhas começarem a circular na internet. Ouvi, de um próprio corintiano, que "bater em bêbado é fácil".

Sim, acho que todos concordam com isso. Mas vejo muitos times grandes enfrentarem equipes fracas, cuja segunda divisão parece ser o caminho certo, e sofrerem para arrancar pelo menos um empate.

Geralmente, o "bem colocado" quando enfrenta o "lanterna" entra desmotivado, fora de foco, ou até mesmo menosprezando o adversário.

Mas o Corinthians entendeu o espírito do Campeonato Brasileiro. Percebeu que a cada jogo é uma final e que um vacilo bobo, como eles mesmos tiveram diante do penúltimo colocado, o Atlético-GO, pode ser fatal lá na frente, quando um pontinho pode definir o campeão.

A verdade é que o Corinthians é, sem dúvida, um dos maiores candidatos ao título e impõe uma pressão enorme sobre o Fluminense (líder) que enfrenta amanhã o Guarani, no Brinco de Ouro da Princesa. Neste momento, a diferença entre os tricolores cariocas e os alvinegros é de apenas 1 ponto, sem contar que o timão tem um jogo a menos!

Essa é a única chance de o Corinthians salvar o ano em que a diretoria investiu muito devido ao seu centenário (comemorado no dia 1 de setembro). Acho difícil o timão deixar escapar essa oportunidade.

E eu quero mais é que o campeonato pegue fogo!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

De vilão a herói...

Graças a ele, tão criticado no último Campeonato Paulista e "eleito" pela torcida como um dos maiores responsáveis pela eliminação do clube na Libertadores da América, a equipe do São Paulo se livrou de outro vexame neste Brasileirão.

Estou falando de Dagoberto. É incrível como no futebol tudo acontece muito rápido. Neste mesmo ano, a torcida são-paulina fez protestos e pediu à diretoria do clube a cabeça do atacante tricolor. A situação era tão crítica que bastava Dagoberto tocar na bola para as vaias tomarem conta do estádio.

De repente, com saída de Ricardo Gomes, outro "crucificado", e com a entrada de Baresi no comando são-paulino, Dagoberto perdeu seu posto de titular que até então parecia inabalável.

As derrotas vieram à tona e o tricolor despencou violentamente. Com o time quase beirando a zona do rebaixamento, a torcida resolveu fazer uma manifestação na frente do CT da Barra Funda e, acredite se quiser, um dos principais pedidos foi o retorno de Dagoberto ao elenco.

Sim, realmente não dá para entender nada. De repente passa de vilão a herói.

E com uma conversa aqui, outra ali, o técnico Baresi repensou e fez a vontade da torcida, ou quem sabe do presidente, trazendo Dagoberto de volta à titularidade.

Mas o atacante andou machucado e na partida de hoje começou no banco de reservas.

O São Paulo venceu o primeiro tempo por 1 a 0, com um gol do zagueiro Xandão. E Fernandinho, que se machucou no último minuto da primeira etapa, deu lugar a "Dagol".

Mas o velho cochilo de sempre pairou sobre Miranda e Jorge Wagner que facilitaram a vida para Juninho empatar a partida para o Atlético-GO.

Daí para frente, o São Paulo entrou num desespero total. Afinal de contas, se não vencer do Atlético, vencerá quem? (Com todo respeito que o Atlético merece).

Mas o tão contestado resolveu salvar a vida do time das três cores. Foi da cabeça dele que a bola partiu para balançar a rede de Márcio - que por sinal defendeu até vento - e colocar o São Paulo novamente à frente no marcador.

Sorte para a torcida do tricolor, sorte para Dagoberto, enfim, sorte para o São Paulo se livrou de entrar no grupo dos quatro piores da competição.

Ah! Só uma aviso a Corinthians e Fluminense: O Santos bateu o Avaí por 2 a 1 e já é o terceiro colocado na competição. "Segura os meninos da Vila!"

FOTO: Site GloboEsporte.com

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Empate justo

O Fluminense recebeu o Palmeiras no Maracanã e a partida terminou em 1 a 1.

Mas o duelo entre os dois melhores técnicos do País, Muricy e Felipão, esteve abaixo do que se espera de Fluminense, líder do campeonato, e Palmeiras, que não está lá essas coisas na competição, mas que tem "camisa" e tradição no que diz respeito a Campeonato Brasileiro.

Se dependesse apenas do primeiro tempo, diria que apresentação das duas equipes ficou próximo de um jogo de segunda divisão (Não querendo fazer uma alusão às equipes de Palmeiras e Fluminense que já estiveram na segundona).

Só nesse primeiro tempo foram 16 erros de passes do Fluminense contra 15 do Palmeiras.

Ainda na primeira etapa, aos 15 minutos e depois de uma daquelas famosas atrapalhadas de Washington, Emerson aproveita e abre o placar para os donos da casa.

O Palmeiras teve uma única boa chance, com Kléber, mas o assistente assinalou, corretamente, posição irregular. E para o verdão foi só.

O tricolor carioca ainda chegou com perigo aos 46 minutos, novamente com Emerson, depois de uma arrancada no contra-ataque em que Julio Cesar cruzou para o atacante que chutou muito rente a trave.

O Segundo tempo melhorou bastante aquilo que estava difícil de assistir. As duas equipes passaram a tocar mais a bola e criar mais oportunidades. A equipe comandada por Felipão teve seu momento de pressão, fazendo o goleiro Fernando Henrique trabalhar em pelo menos quatro chutes ao gol. Principalmente nos minutos finais em que o verdão encurralou o Flu. Foi assim que chegou ao gol de empate, aos 49 minutos, com Everton que havia entrado na segunda etapa.

Diferentemente do Flu , que também criou boas situações com velocidade, mas nada que assustasse Marcos.

O tricolor cometeu 25 faltas e o alviverde 21. Ou seja, a partida foi bastante equilibrada. Não se sabe se o Palmeiras jogou de igual para igual contra o líder da competição ou se o Fluminense nivelou seu futebol ao desnorteado verdão.

O que se pode dizer, sem receio, é que o empate ficou de bom tamanho para as duas equipes.