terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Parabéns, Zetti, eterno camisa 1 Tricolor

Posso dizer que sou um cara privilegiado.

Vivi a fase mais gloriosa do São Paulo Futebol Clube que começou a partir da chegada do mestre Telê Santana, em 1991.

Ele conseguiu construir uma "super-equipe" que, um ano depois, atingiu metas incríveis, principalmente ao conquistar os títulos da Libertadores da América e do Mundial de Clubes.

E foi justamente nessa "super-equipe" que surgiu um dos maiores goleiros que o Tricolor Paulista já teve: Armelino Donizetti Quagliato, mais conhecido como Zetti.

Zetti teve uma passagem pra lá de brilhante no São Paulo.

Conquistou diversos títulos de grande importância e ainda vestiu a camisa da Seleção Brasileira.

Injustamente, foi reserva de Taffarel na Copa do Mundo de 1994. Injustamente porque estava no ápice de sua carreira. Era o melhor goleiro do Brasil e o quinto melhor do mundo, enquanto Taffa atravessava uma fase muito ruim no Parma, da Itália.

Como o técnico era o teimoso Carlos Alberto Parreira, Zetti teve de se contentar com o banco de reservas ouvindo os argumentos do treinador de que apostaria em um goleiro que já tinha respirado os ares de uma Copa - Taffarel foi o titular do Brasil em 1990 - e, sendo assim, daria nova chance a Taffarel.

A sorte é que Taffarel surpreendeu a todos e, justiça seja feita, representou muito bem a seleção canarinho.

Mas foi antes disso, lá em 1992, que Zetti mostrou seu verdadeiro potencial.

Além de ter feito uma campanha incrível durante toda a Libertadores da América, ele foi o grande responsável pela vitória do clube na final da competição ao defender a cobrança de pênalti, batida por Gamboa, que fez o Tricolor sagrar-se campeão sobre o Newell´s Old Boys, da Argentina.

Sem dúvida alguma, a partir desse memorável capítulo na história do São Paulo é que decidi que seria goleiro (amador, claro).

Zetti passou a me inspirar. Ele representava uma figura que estava acima do bem e do mal. Era, sem dúvida, mais do que simplesmente um ídolo, mas um super-herói para mim. Era, na verdade, o cara que eu gostaria de ser.  

E não apenas como goleiro, já que, naquele momento, como já citei, ocupava a posição de melhor goleiro do Brasil, mas também como pessoa, como cidadão.

Não foram poucas as vezes em que vi Zetti abandonar o gol para separar uma briga, acalmar os ânimos dos adversários, conversar com o árbitro para resolver um problema, enfim. Ele sempre foi a imagem perfeita de um atleta disciplinado e comprometido com o trabalho.

Eu ficaria horas escrevendo a respeito do grande goleiro. Aliás, a vida dele daria um livro de conquistas e de ensinamentos.

Hoje, 10 de janeiro de 2012, o grande detentor da camisa 1 da "era Telê" completa seus 47 anos de idade.

E, com certeza, eu não poderia deixar de homenageá-lo.

PARABÉNS, grande Zetti.

Obrigado por tudo que fez, e ainda faz, pelo futebol.

Quem dera o futebol tivesse no mundo todo pelo menos metade de atletas do bem como você.

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