domingo, 7 de setembro de 2008

Fim da novelinha

Já era mais do que esperado. A novela “Espanhola” terminou em pizza. Depois de tanta resistência por parte da diretoria do Real Madrid, parece que “mais uma vez”, o dinheiro mostrou-se superior a qualquer vaidade ou qualquer paixão que possa existir entre o ser humano para com o futebol. O Real não pensou duas vezes ao receber a proposta irrecusável do Manchester City, 42 milhões de Euros (100 milhões de reais) foi o valor da negociação. A intenção de Robinho era ser transferido para o Chelsea, o que não aconteceu. Agora, resta ao jogador muito treino e muita dedicação já que o investimento feito pelo clube não foi pouco e, com certeza as cobranças serão pesadas. As expectativas em cima de jogadores brasileiros são sempre maiores em relação aos jogadores de outros países, com Robinho não será diferente, e se essa aposta feita pelo M C não for correspondida, com certeza vira contra o próprio jogador. A mesma vitrine que possibilita ao jogador uma projeção mundial, também tem força para derrubá-lo e o colocar na posição de pior jogador ou até mesmo como a “decepção do ano”. Exemplos claros de que isso acontece: Ronaldo, Ronaldinho Gaucho e Adriano. Em um determinado momento eram tratados como Deuses, os nomes mais falados do mundo, os mais vistos na mídia, mas de repente, passaram a ser os mais criticados. Adriano chegou a ser chamado de “O pior do Mundo”, após uma péssima temporada na Itália, jogando pela Inter de Milão. Não vejo a possibilidade de Robinho ser o melhor do mundo, pelo menos não agora, acredito que dentre os quesitos, o que mais falta para ele é maturidade. Claro que ele já não é mais aquele garotinho da vila, que jogava e encantava a todos com seu futebol “moleque” de ser, mas naquela época ele tinha algo que hoje não tem mais, humildade, o que não é um defeito exclusivo de Robinho. O que me deixa mais indignado é a comparação que alguns jornalistas e até certos torcedores fazem entre Robinho e o Rei Pelé, dizendo “Surgiu o novo Pelé”. Isso sim é um verdadeiro absurdo. Prefiro não comentar sobre tamanha besteira. E por falar em Pelé, às vezes fico pensando, eu gostaria muito de ter sido da época em que se assistia um bom futebol, com emoção de verdade. Notava-se claramente a raça e o suor da camisa de cada atleta. Um título não conquistado era como perder um ente querido, os prantos derramados vinham da alma. Pois é, tempos gloriosos que não voltam mais, posso estar parecendo muito pessimista, mas é a realidade. Quem viu, “felizardo”, quem não viu, contente-se com o futebol “comercial” de hoje.

Um comentário:

futebol e esporte disse...

É Fernando, mais uma vez o novo "Pedala Robinho", foi mau assessorado pelo seu enpresário Wagner Ribeiro mais uma vez. O Robinho vai ter que suar muito pra mostrar a ser o menino travesso no Santos, que no Real teve os seus relanpejos, mas quem sabe jogar nunca desaprende