quarta-feira, 27 de julho de 2011

Fifa anuncia data da Copa de 2014 e Europa se revolta

A Fifa já anunciou as datas da Copa do Mundo de 2014, que será no Brasil.

A abertura está prevista para o dia 12 de junho e o encerramento para o dia 13 de julho. Dessa forma, alguns dos principais clubes europeus ameaçam se revoltar contra a "entidade máxima" do futebol (Fifa), segundo o jornal The Guardian.

Leia aqui a matéria original na íntegra

Abaixo, segue o texto traduzido (retirado do blog do Juca Kfouri)

Karl-Heinz Rummenigge, presidente da Associação Européia de Clubes (ECA, em inglês),convocou uma “revolução” liderada pelos clubes contra as “pessoas corruptas” que governam o futebol e pediu para que seus membros tenham voz nos processos de decisões da Fifa.

O diretor executivo de 55 anos do Bayern de Munique disse que se desesperou com o que ele descreveu como o “processo diário de corrupção na Fifa” e questionou às autoridades do futebol “para que reconheçam que agora é a hora de democracia, transparência e equilíbrio na família do futebol”.

“Eu não aceito mais que nós sejamos guiados por pessoas que não são sérias e limpas”, disse. “Agora é o momento de intervir. Porque sabendo que algo está errado é uma obrigação mudar”.

A ECA substituiu o G-14 como órgão que representa os principais clubes europeus e figuram entre seus membros Manchester United, Chelsea, Arsenal e Liverpool. Rummenigge disse que havia uma onda de apoio público por sua posição na esteira dos escândalos recentes, o banimento de Mohamed bin Hammam e “as questões sobre a Copa do Mundo do Qatar”.

“Não são apenas os maiores clubes, são todos os clubes”, disse ele adicionando que a sensação de descontentamento é grande na Alemanha, Suíça e Inglaterra, onde ele se encontrou recentemente com o ministro dos esportes, Hugh Robertson, e representantes dos clubes.

A Fifa é incapaz de mudar a si mesma, ele disse. “Sepp Blatter está dizendo (que ele está limpando a casa), mas o fato é de que ninguém acredita que ele diga tudo o que precisamos saber. Eu não estou otimista porque eles acreditam que o sistema está funcionando prefeitamente da forma que está. É uma máquina de fazer dinheiro, Copa após Copa. E para eles isso é mais importante do que uma governança séria e limpa”.

A chance de que as associações nacionais pressionem por mudanças, na sua opinião, é pequena. “Eu não acredito (que eles venham a se envolver). O sistema atual é feito sob medida para as associações e é votado pelas associações. Eles não irão contra (a Fifa)”. Ter um representante dos clubes no Comitê Executivo da Fifa não é o suficiente, diz ele. “Eu iria mais longe. Todas as partes envolvidas – clubes, associações, jogadores, árbitros, e o futebol feminino – tem o direito de se envolver nas tomadas de decisões”.

Rummenigge também pronunciou-se insatisfeito com a quantidade de jogos internacionais entupindo o calendário. “Quando eu conquistei o Campeonato Europeu (em 1980), havia oito equipes nas finais. Esse número triplicará até 2016. Na Copa do Mundo, que costumava ter 16 times, agora são 32. Os clubes pagam os jogadores mas eles não fazem parte do processo de decisão. Não somos tratados com respeito”.

Rummenigge insinua a possibilidade de um rompimento com as associações internacionais se as queixas da ECA sobre o congestionamento do calendário não venhaa a ser discutidos. “Vou dar-lhes uma chance, mas estou pronto para uma revolução se essa for a única forma de chegar à uma solução”, disse.

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