Domingo foi dia de muita rivalidade no campeonato paulista. No Morumbi, houve violência dentro de campo e como já era esperado, novamente o clássico entre São PAulo e Corinthians marcou-se como palco de guerra das organizadas.A decisão tomada pela diretoria do São Paulo em liberar apenas 10 % dos ingressos aos torcedores adversários, gerou insatisfação não apenas para os diretores do Corinthians, mas também aos torcedores alvi-negros que foram ao estádio revoltados, afim de criar um protesto (tumulto).
Dentro de campo, um jogo bem conturbado, com erro de arbitragem e muita violência, foram três expulsões e nove cartões amarelos. Fora de campo, a batalha mostrou-se não ter fim. Dessa vez não houve confronto entre torcidas rivais, pois, com apenas 6.000 corintianos a polícia conseguiu controlar a chegada e a saída dos torcedores. Isso prova que a nova lei que autoriza a redução de torcedores adversários é bastante benéfica, mesmo não sendo entendida ou aceita por alguns diregentes ou pessoas diretamente envolvidas no futebol. A batalha dessa vez foi entre integrantes das organizadas do Corinthians e policiais, ao término da partida.
Segundo torcedores do Corinthians, a polícia, sem motivos, soltou bombas e distribuiu pancada nos alvi-negos. Já o comandante da Polícia Militar, Ervando Velozo, diz em sua versão que tudo começou quando os corintianos, ainda não satisfeitos com a questão dos ingressos, começaram a depredar o estádio e o estacionamento do Morumbi, quando deixavam as dependências do estpadio. Com isso a polívia precisou agir. Uma bomba de efeito moral foi lançada para intimidar os rebeldes. Mas ao invés de recuar os torcedores preferiram partir para cima da polícia, o que resultou em 39 feridos.
Concordo que muitas vezes a polícia mostra-se totalmente despreparada. Mas convenhamos que o grande problema é a ignorância de muitos torcedores. Não é à toa que o amigo Flávio Prado (Mesa Redonda), refere-se às organizadas como bandidos. Eles agem como verdadeiros
gangster´s. Se comportam como animais e seus gritos são de apologia à violência.
O que fazer para acabar com isso? Proibir as organizadas de permanecerem nos estádios? Não é a solução. No ano de 1995, o ex-promotor público de São Paulo, Fernando Capez, conseguiu junto ao ministério público, proibir a entrada dos “torcedores organizados”, porém, camufladamente, eles davam um jeito de entrar nos estádios e praticar seus atos violentos.
De acordo com o atual Promotor de Justiça, Paulo Castilho, a única solução é reduzir o número de torcedores visitantes para apenas 5% nos estádios, o que facilitaria muito mais no controle da violência. Tanto que neste último clássico entre São Paulo e Corinthians não houve nenhuma ocorrência de brigas nos metrôs, nas vias de acesso e ao redor do estádio.
Eu oncordo com a ideia do promotor, e digo mais, acho até que o correto é optar pelo chamado “Jogo de uma torcida só”. Na minha opinião, grandes clássicos deveriam ter, presente no estádio, somente a torcida da equipe mandante. Tenho certeza que dessa forma reduziria quase 100% da violência.
É um verdadeiro absurdo. Em 2014 teremos Copa do Mundo no Brasil. De que jeito? Deveriamos estar nos preocupando com a infraestrutura dos estádios, com a preparação para melhor receber cada delegação, mas não conseguimos nem resolver a questão da violência. Fica a pergunta, temos competência para sediar uma Copa?