Não me lembro de ter visto uma seleção brasileira tão criticada, antes mesmo de começar a Copa do Mundo. Há quem diga, e isso eu não posso afirmar ou discordar, mesmo porque à época eu tinha apenas sete anos, que a equipe formada por Lazaroni, em 1990, sofreu os mesmos insultos que a equipe do atual técnico da seleção canarinho, comandada por Dunga.
Não veremos uma equipe de estrelas, nem muito menos grandes craques, com exceção de Kaká, claro. Sendo assim, não apenas o torcedor, mas quase 100% da mídia esportiva têm pressionado Dunga desde que surgiram os rumores de que não haveria mudanças no "esquadrão" idealizado pelo técnico e toda sua comissão.
Ao torcedor, sempre cabe um tanto de esperança. E não foi à toa que o Brasil parou no dia em que lista oficial foi divulgada. Essa divulgação aconteceu por volta do meio dia, talvez um horário estratégico, já que a maioria dos trabalhadores do País aproveita este mesmo horário para fazer sua refeição.
Mas a lista saiu e o comandante da equipe brasileira mostrou que tem palavra. Chegou, inclusive, a garantir a presença de alguns jogadores. A torcida esperava por três nomes, Ronaldinho Gaúcho, Ganso e Neymar, mas nenhum deles fez parte dos 23 convocados.
A partir daí, o que se ouve pelas ruas é que Dunga é teimoso, assim como foi chamado Parreira, em 1994, quando o Brasil quebrou um jejum de 24 anos sem vencer uma Copa do Mundo - a última havia sido em 1970, com Pelé -, e assim conquistou o Tetra.
A matéria de capa do Jornal Placar, da Editora Abril, de hoje traz um assunto bastante interessante, cujo o título é "Temos time, mas não temos seleção". De acordo com Ricardo Perrone e Arnaldo Ribeiro, redator-chefe da publicação, o Brasil é muito mais um time do que uma seleção propriamente dita, já que a equipe não será formada pelos melhores, mas sim pelos que mais se encaixam no esquema de jogo e no sistema criado por Dunga. Para eles, Dunga "preferiu aqueles que se entenderam bem durante os quatro anos em que ele treina a equipe nacional".
De fato é uma equipe muito fechada e que apoia demais o treinador. Isso a gente não vê há tempos no futebol. O que se assiste por aí é jogador mandando em técnico, passando pela hierarquia e até mesmo fazendo complô para derrubar o comandante. Tempos bons foram aqueles em que o treinador ordenava e o atleta dizia amém. Telê Santana poderia nos dizer isso se estivesse entre a gente ainda.
E é por isso que acredito que Dunga possa levar o Brasil adiante nesse mundial. Não estou dizendo que o caneco virá para o nosso país. Mas pelo que se pôde observar as equipes nas Eliminatórias, o Brasil não está tão abaixo tecnicamente e fisicamente do que as outras grandes seleções. Creio que será uma Copa do Mundo recheada de "zebras", com equipes retrancadas. Mas que, em algum momento, veremos a diferença de um grande craque.
Se querem saber para quem estou torcendo, eu digo: Brasil.
Se querem saber em quem aposto, eu digo também: Argentina.
Foto: Globo Esporte. com
Não veremos uma equipe de estrelas, nem muito menos grandes craques, com exceção de Kaká, claro. Sendo assim, não apenas o torcedor, mas quase 100% da mídia esportiva têm pressionado Dunga desde que surgiram os rumores de que não haveria mudanças no "esquadrão" idealizado pelo técnico e toda sua comissão.
Ao torcedor, sempre cabe um tanto de esperança. E não foi à toa que o Brasil parou no dia em que lista oficial foi divulgada. Essa divulgação aconteceu por volta do meio dia, talvez um horário estratégico, já que a maioria dos trabalhadores do País aproveita este mesmo horário para fazer sua refeição.
Mas a lista saiu e o comandante da equipe brasileira mostrou que tem palavra. Chegou, inclusive, a garantir a presença de alguns jogadores. A torcida esperava por três nomes, Ronaldinho Gaúcho, Ganso e Neymar, mas nenhum deles fez parte dos 23 convocados.
A partir daí, o que se ouve pelas ruas é que Dunga é teimoso, assim como foi chamado Parreira, em 1994, quando o Brasil quebrou um jejum de 24 anos sem vencer uma Copa do Mundo - a última havia sido em 1970, com Pelé -, e assim conquistou o Tetra.
A matéria de capa do Jornal Placar, da Editora Abril, de hoje traz um assunto bastante interessante, cujo o título é "Temos time, mas não temos seleção". De acordo com Ricardo Perrone e Arnaldo Ribeiro, redator-chefe da publicação, o Brasil é muito mais um time do que uma seleção propriamente dita, já que a equipe não será formada pelos melhores, mas sim pelos que mais se encaixam no esquema de jogo e no sistema criado por Dunga. Para eles, Dunga "preferiu aqueles que se entenderam bem durante os quatro anos em que ele treina a equipe nacional".
De fato é uma equipe muito fechada e que apoia demais o treinador. Isso a gente não vê há tempos no futebol. O que se assiste por aí é jogador mandando em técnico, passando pela hierarquia e até mesmo fazendo complô para derrubar o comandante. Tempos bons foram aqueles em que o treinador ordenava e o atleta dizia amém. Telê Santana poderia nos dizer isso se estivesse entre a gente ainda.
E é por isso que acredito que Dunga possa levar o Brasil adiante nesse mundial. Não estou dizendo que o caneco virá para o nosso país. Mas pelo que se pôde observar as equipes nas Eliminatórias, o Brasil não está tão abaixo tecnicamente e fisicamente do que as outras grandes seleções. Creio que será uma Copa do Mundo recheada de "zebras", com equipes retrancadas. Mas que, em algum momento, veremos a diferença de um grande craque.
Se querem saber para quem estou torcendo, eu digo: Brasil.
Se querem saber em quem aposto, eu digo também: Argentina.
Foto: Globo Esporte. com
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