O Internacional de Porto Alegre fez a lição de casa: Venceu o São Paulo por 1 a 0, no Beira-Rio, e está com uma mão na classificação para a final da Taça Libertadores da América.
Diferentemente do São Paulo, que entrou em campo apenas para se defender, o Inter foi quem impôs o ritmo da partida. Teve em torno de 70% da posse de bola e criou os lances mais perigosos do jogo.
Ao estilo Ricardo Gomes, o tricolor se limitou a fazer uma boa marcação no meio de campo, mas sequer ousou um chute ao gol do goleiro Renan, que ontem vestiu a camisa um. Assistiu a quase 90 minutos de pura pressão. Rogério Ceni, mais uma vez fazendo bem seu papel de guardião do clube, saiu de campo nervoso. E com razão.
Enquanto Taison, Andrezinho e Alecsandro infernizavam a defesa adversária, do outro lado Dagoberto abusava em errar o último passe, aquele que colocaria Fernandão na cara do gol. Sem contar que exagerou nas tentativas de jogadas individuais, enquanto Fernandão nem apareceu. Claro, a bola não chegava.
No meio de campo, a máquina que dá movimentação e criatividade ao tricolor esteve apagada. Hernanes jogou como um autêntico volante e não se preocupou em subir para criar as jogadas. Pareceu-me ordem do técnico.
As laterais, com Júnior Cesar na esquerda e Jean na direita, atuaram apenas defensivamente. Pouco apoiaram o ataque. Aliás, qual ataque?
Enfim, o São Paulo entrou no esquema 5-4-1 (claro que esse esquema não existe. Principalmente para uma equipe que quer avançar à final de uma competição Intercontinental). E um time que atua dessa forma merece, sem dúvida, a derrota. Aliás, seria muito injusto se o São Paulo, pelo que apresentou ontem, chegasse pelo menos ao empate. Deu sorte que não sofreu mais gols. Ponto positivo para o único setor que funcionou: A zaga.
E o técnico colorado, Celso Roth, tanto criticado pela imprensa e torcedores, sacou Andrezinho e colocou Giuliano que, minutos depois de entrar, marcou o gol da vitória. Uma substituição que pode ter definido a classificação do Inter para a final.
Na próxima quinta-feira, haverá uma partida muito diferente. O São Paulo será obrigado a entrar ofensivamente, o que de certa forma dará espaços para o Inter contratacar. Mas será a única, e última, esperança. Ricardo Oliveira, que "reestreou" ontem, deve ser titular. É o momento de Ricardo Gomes "ousar".
E que fique claro que não há nada definido. Tudo pode acontecer. Mas o Inter vai a São Paulo como grande favorito.
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