A equipe do Chivas do México foi ao Chile e derrotou o Universidad por 2 a 0, dentro do Estádio Nacional de Santiago, num jogo pra lá de eletrizante.
Surpreendeu a todos, já que na primeira partida, que aconteceu na casa dos mexicanos, o Universidad do Chile arrancou um importante empate (1 a 1), e levava pinta de que passaria com tranquilidade sobre o Chivas.
E como o Chivas é apenas convidado da Confederação Sul-Americana de Futebol, mesmo que vença a final da Libertadores não representará a América do Sul no Mundial de Clubes da FIFA, por ser uma equipe norte-americana. O que garante a presença de um brasileiro no Mundial, no final do ano em Dubai. É obvio que tal regulamento é absurdo, mas não entrarei nessa polêmica.
O fato é que São Paulo ou Internacional, que disputarão amanhã uma vaga na final no torneio Intercontinental, estão muito próximos de repetir o vexame de 2000, quando o convidado Corinthians venceu o primeiro Mundial da FIFA sem ao menos conquistar a Libertadores.
Muitos corintianos, os mais coerentes e menos fanáticos, têm vergonha absoluta em dizer que seu time é Campeão Mundial. É, de fato, inaceitável que uma equipe represente um continente sem tê-lo conquistado.
O que dirá o torcedor do Inter ou do São Paulo caso seu clube conquiste o Mundial nessas condições? Abrirá mão da "tiração" de sarro ao rival Corinthians, legitimando seu título de 2000 para comemorar, mesmo que moralmente irregular, a conquista do seu clube ou terá a hombridade e a personalidade de ignorar o caneco?
Eu, como são-paulino incontestável, digo de antemão que sentirei vergonha caso isso aconteça. Se bem que acho quase impossível que isso se concretize, pois primeiro o São Paulo teria que avançar à final do torneio, mas para isso terá pela frente um Internacional forte, arrumado, entrosado e motivado.
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