sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Medo de continuar no país

Roberto Carlos, lateral-esquerdo do Corinthians, anunciou ontem que pode deixar o clube devido às constantes ameaças de morte que vem sofrendo, principalmente após a eliminação da equipe na fase "pré" da Taça Libertadores da América.

Mais uma vez o futebol, que deveria ser levado como puro e simples meio de diversão, é canal para atuações de bandidos e ignorantes infiltrados na nossa sociedade.

Como disse o amigo Jota Junior, narrador do canal SporTV, " o ser humano, um ser pensante, e que se diz inteligente, cai ao último grau de inteligência e de dignidade quando apela para tal. E principalmente quando o assunto é futebol, algo tão menos importante do que muitas coisas das nossas vidas".

A paixão que envolve o esporte é tão grande que é capaz de cegar o indivíduo, ignorando raça, sexo, cor, cultura, condição social, enfim. Dentro de um estádio de futebol todos são iguais. E muitos desses torcedores se sentem no direito de agredir, seja o torcedor adversário, seja o juiz da partida, ou até mesmo o jogador do próprio clube pelo qual jura "amor eterno".

Aliás, será mesmo amor? 

Segundo o saudoso Nelson Rodrigues, "a base sentimental da torcida é o ódio, e não o amor. Sem o ódio não há torcida possível". Talvez isso explique os tantos atos de violência causados pelas "organizadas" do mundo todo.

O que Roberto Carlos e sua família estão passando, não é o primeiro e nem será o último caso. Infelizmente existe algo ainda maior do que apenas o "amor e ódio". Como disse, há bandidos e ignorantes infiltrados em nossa sociedade, e o futebol, por lidar com sentimentos pessoais, não está isento desses atos criminosos. Uma pena.

O futebol brasileiro perde muito com isso, já que mais um jogador de nome decide deixar o País por medo.

Enquanto isso, as autoridades assistem tudo de camarote sem tomar as devidas providências. Preocupante...

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