sexta-feira, 25 de março de 2011

Andrés e Juvenal: a briguinha de criança continua

Acho que realmente as pessoas estão perdendo a noção do que é divertimento, entretenimento, lazer, esporte etc. E mais: não estou falando apenas das pessoas que usufruem desses pontos citados, mas dos que são os responsáveis diretos na organização deles.

O Futebol, antes de ser também uma profissão, é um esporte, não podemos esquecer. E todo esporte tem como princípio fundamental o respeito.

Determinada torcida não suportar a torcida rival, embora seja de uma tremenda ignorância, já que cada um escolhe aquilo que lhe agrada mais, é de se entender. A rivalidade no mundo da bola é algo inexplicável e não sou eu quem vai julgar.

O que não podemos aceitar de forma alguma é que a atitude daqueles que apenas apreciam o futebol do lado de fora das quatro linhas atinja jogadores (dentro e fora de campo) e dirigentes de clubes (nos bastidores do evento) de tal maneira que o esporte deixe de ser esporte e vire uma guerra.

Entre jogadores, dentro de campo, parece que esse espírito tem perdido força e a paz vai ganhando mais espaço. Porém, entre os cartolas que comandam o espetáculo isso tem piorado a cada dia. Piorado a ponto de se tornar o maior exemplo negativo já visto dentro do mundo do futebol.

Andrés Sanches e Juvenal Juvêncio iniciaram uma "guerra política" no qual classifico como algo totalmente desprezível, repugnante, enfim, condenável.

Tudo começou quando o presidente do São Paulo, JJ, resolveu disponibilizar apenas 10% dos ingressos à torcida corintiana no clássico entre as duas equipes, em 2007. Juvenal tinha esse direito, de acordo com as regras estabelecidas pela entidade organizadora do campeonato em questão, porém não poderia ter decidido isso na véspera do jogo. Errou feio.

De lá para cá, Andrés jurou não mais pisar no Morumbi e mandar todos os seus jogos em qualquer estádio, menos no do Tricolor Paulista. Justíssimo. Não poderia ter resposta melhor. Poderia sair com a razão na história se tivesse parado por aí.

Porém, não foi suficiente para presidente corintiano. Ele queria mais. Tão mais a ponto de se filiar cegamente ao "partido" CBF, de Ricardo Teixeira, inimigo nº 1 de Juvenal.

Virou perseguição total. O São Paulo é o único clube brasileiro que enfrenta, sem medo algum, o ditador da entidade máxima do futebol brasileiro. Enquanto isso, Andrés Sanches, embalado pela sua raiva eterna, aproveita a oportunidade para se beneficiar de alguns privilégios.

As provocações entre os dois são constantes. Chega a irritar até quem não tem nada a ver com a briguinha inútil deles.

Ontem à tarde, Sanches disse que fará a apresentação de Adriano, recém contratado pelo clube alvinegro, na próxima terça-feira, no mesmo dia em que o São Paulo já havia marcado um evento grande, com portões abertos, para a chegada de Luis Fabiano.

Tudo para tentar ofuscar a festa de uma contratação que tanto o Corinthians tentou, mas que o jogador preferiu vestir a camisa tricolor, frustrando a diretoria corintiana.

Dá para conceber uma infantilidade dessas? Os dois mal parecem adultos. A atitude de Sanches, em especial, é semelhante a uma criança mimada que quer aparecer mais que os coleguinhas de sala na escola.

Vamos parar com isso, senhores. Não esqueçam que futebol é alegria, é solidariedade, é integração, enfim, é esporte. Sejam homens de verdade e conversam cara a cara. Essa situação está cada vez mais insustentável e patética.

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