sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Liédson muda a cara do ataque corintiano

A princípio, a ideia da diretoria do Corinthians era aposentar a camisa "9" junto com Ronaldo. Desistiram. E desistiram sabiamente.

Liédson é o novo dono da "9" e está dando conta do recado. Aliás o novo atacante do timão chegou muito mais produtivo do que o craque fenômeno. E explico o por quê:

Exceto no Paulistão, que Ronaldo fez um bom campeonato e foi decisivo em algumas partidas, a presença do pentacampeão na equipe do Parque São Jorge foi pra lá de abaixo do esperado. Deixou a desejar.

Tratando-se de marketing Ronaldo foi fundamental. Isso é inegável. Atraiu muitos investidores e fez o Corinthians estourar em ganhar dinheiro com patrocínios. Recheou os cofres do clube que estavam "mau das pernas". Esse ponto é importante ressaltar.

Mas o torcedor não quer saber se o clube está ganhando dinheiro. O torcedor é 100% paixão. Ele prefere ver o clube na "pindaíba", mas com títulos na mão. Não há nada mais frustrante para o torcedor do que ver o seu time investir em tantos craques e jogadores renomados e não conquistar um só título, virando, inclusive, motivo de chacotas para os torcedores adversários.

O maior exemplo disso é que bastou a equipe alvinegra ser eliminada da Pré-Libertadores da América para que todo o amor que os "fieis" tinham sobre Ronaldo se transformassem num profundo ódio.

O Corinthians tinha um elenco "caro" e favorito a todos os títulos que disputou (Paulista, Brasileiro e Libertadores), mas não venceu nenhum.

Agora, sem Elias, Roberto Carlos, Ronaldo, além da possível saída de Jucilei, a equipe se torna novamente comum. Não estou dizendo que deixa de ser "grande", mas que volta a ser um clube dentro da realidade do próprio clube. E não sendo o centro das atenções as coisas ficam muito mais fáceis porque a pressão diminui. O trabalho é feito com mais tranquilidade.

A troca de Ronaldo por Liédson no ataque é benéfica porque ganha mais velocidade e pouco perde no que diz respeito à técnica.

Além disso, o Fenômeno centralizava todas as jogadas nele mesmo. Ele era mais do que um ponto de referência. Era, na verdade, o que muitos chamavam de "o principal", como se fosse um salvador, um messias do futebol. E, convenhamos, isso não existe.

Uma coisa é certa: toda equipe que joga em função de um único jogador, não tem sucesso e acaba sem conquistar nada. Foi assim com Adriano no São Paulo, com Valdívia no Palmeiras (no seu retorno ao clube) e, portanto, com Ronaldo no Corinthians. Lembrando, meus amigos, que o clube em si é muito maior do que um simples jogador que "vem e vai" dentro do esporte, independente se é um craque, um apaixonado pelo clube, um mito ou até mesmo uma lenda...

3 comentários:

Maria Olívia disse...

Eu acredito que um time precisa ser um conjunto. Por isso o Corinthians sofreu tanto, também acho que o Ronaldo deveria ter parado no ano passado.

Um abraço

Fernando Richter disse...

Maria,

Também acho que Ronaldo passou do limite. Na minha opinião, quando o jogador perde sua condição de "atleta", as coisas se tornam muito mais difíceis.

Ronaldo já não conseguia representar nas pernas aquilo que seu cérebro pediu.

Obrigado pelo comentário.
Será sempre bem-vinda.

Fernando Martins disse...

De acordo...

Acredito que Jucilei deve mesmo ir embora, pois já está com a cabeça lá e segurar é pior.

O Corinthians sentirá falta de Roberto Carlos, Elias, Jucilei e Ronaldo, mas basta a diretoria agilizar e trazer substitutos, principalmente alguém para fazer um segundo volante, acho que Cristian volta, porém ele faz mais a primeira função. Quanto ao Ronaldo, dentro de campo já foi esquecido, tanto pelo pouco número de jogos que jogava, tanto pelo sucesso de Liedson nesses primeiros jogos.

Com esse time vai ser difícil brigar pelo Brasileiro, mas se reforços vierem e o time encaixar dá pra pescar uma vaguinha na Liberta...