sábado, 14 de agosto de 2010

Zetti, ex-goleiro, lança site

Um dos maiores goleiros do futebol brasileiro, Armelino Donizette Quagliato, mais conhecido como Zetti, lançou no dia 09 de agosto o seu próprio site: http://www.zetti1.com.br/.

O site traz vídeos, fotos, notícias e curiosidades sobre a carreira do ex-jogador que marcou história, principalmente para a torcida do São Paulo Futebol Clube, debaixo das traves.

Um detalhe bastante interessante neste site é a abertura: Um vídeo, com narração de Galvão Bueno, da final da primeira Libertadores da América que o Tricolor Paulista conquistou no ano de 1992 e que, por sinal, foi definido pela belíssima defesa de Zetti na cobrança de pênalti de Gamboa.

Além da página na Web, Zetti criou também um perfil no twitter, @zettioficial, para ficar mais próximo de seus fãs e divulgar seu site. (Clique na foto abaixo para entrar no site)

Conheça mais sobre o grande homem e atleta chamado Zetti:

A história de Zetti como jogador de futebol começou em 1983, quando foi para o Palmeiras. À época, a equipe palestrina tinha uma quantidade enorme de goleiros no elenco e assim Zetti foi transferido para o Toledo, do Paraná, onde realmente conseguiu fazer sua estreia como profissional.

Em 1984, voltou ao Palmeiras, mas, mais uma vez, não teve chance no time e acabou emprestado ao Londrina. Até que, em 1986 o goleiro retornou ao verdão, como terceiro goleiro, onde atuou por mais de um ano e meio como reserva até substituir Mastorelli, que havia sido expulso.

A confiança como titular da equipe alviverde veio com a chegada do saudoso e falecido Minuca. O técnico interino acreditou em seu potencial e o manteve na posição. O Palmeiras engrenou na competição paulista e Zetti construiu uma marca incrível. Ficou mais de 1238 minutos sem sofrer um gol sequer.

Mas foi no ano seguinte, em 1987, que Zetti encerrou definitivamente seu ciclo com o Palmeiras. Numa disputa de bola com o atacante Bebeto, do Flamengo, Zetti quebrou a perna e foi obrigado a ficar afastado dos gramados por mais de 8 meses. Quando voltou às atividades, seu posto havia sido tomado por Velloso e Zetti retornou ao banco de reservas do verdão.

Alguns grandes clubes, percebendo que seria um tremendo desperdício deixar um talento desses no banco, tentaram tirar Zetti do Palestra, mas o Palmeiras não o liberou. Aliás, o goleiro precisou comprar o próprio passe para, enfim, decidir qual seria seu futuro no esporte.

Teve uma passagem muito rápida pelo futebol europeu e logo acertou seu contrato com o São Paulo Futebol Clube, onde teve a melhor fase de sua carreira, conquistando títulos nacionais e internacionais de grande porte (Campeonato Brasileiro, 91; Bicampeonato Paulista, 91 e 92; Taça Libertadores da América, 92 e 93; e Bicampeonato Mundial, 92 e 93.

Mas, sem dúvida, um dos momentos mais inesquecíveis para Zetti foi a final da Libertadores de 92, contra o Newell’s Old Boys, da Argentina, quando praticou a defesa de um pênalti que deu a vitória ao São Paulo. Aliás, um título que até hoje causa inveja a torcedores de clubes rivais como o Corinthians, por exemplo.

A fase esplêndida levou o arqueiro à Seleção Brasileira, em 1993. Infelizmente, um episódio muito triste cercou Zetti durante uma partida válida pelas eliminatórias da Copa do Mundo. Antes da partida contra a Bolívia, em La Paz, ainda no Hotel, Zetti tomou um chá preparado com a folha de coca, o que é absolutamente natural no país. Por muito azar, após o jogo o goleiro foi sorteado para o exame anti-doping e o tal chá apareceu em sua urina.

A notícia surpreendeu a todos, inclusive ao próprio jogador que sempre foi conhecido como um "exemplo do esporte". Obviamente o arqueiro ficou chateado, principalmente porque a Fifa o suspendeu das atividades para investigar o caso. Poucos dias depois, sabendo da inocência de Zetti, a entidade o liberou para voltar a integrar a Seleção Brasileira.

Por falar em Seleção, Zetti foi o camisa 12, mas há quem diga que só não foi titular porque o técnico Carlos Alberto Parreira preferiu dar um voto de confiança a Taffarel, que vivia uma fase ruim na Itália. Segundo o que dizem, Parreira fez uma reunião com a comissão técnica e definiu de última hora que "Taffa" seria o número 1, pois ele (Parreira) procurava dar preferência a quem já tinha experiência em Copa do Mundo - Taffarel foi titular da seleção de Lazaroni, em 1990.

Além de Palmeiras e São Paulo, Zetti teve uma passagem por outro clube considerado "grande" da capital paulista: O Santos, no qual conquistou o Torneio Rio-São Paulo, em 97, e a Copa Conmebol, em 98. Passou também pelo Fluminense, União Barbarense e Sport, onde encerrou sua carreira vitoriosa depois de 18 anos na profissão de goleiro.

Mas a figura do ex-goleiro não poderia desaparecer assim do futebol. Pouco depois de se despedir dos gramados, pintou uma proposta do São Paulo para ser treinador da categoria de base. Com um trabalho bem feito na base são-paulina, o Paulista de Jundiái o convidou para ser o treinador da equipe que disputava o Campeonato Paulista. Zetti aceitou o convite e foi vice-campeão da competição.

Além de técnico, Zetti experimentou a sensação de comentarista esportivo na rádio CBN e no canal SporTV, que pertence às organizações Globo.

O ex-goleiro é pioneiro no que diz respeito à escola para goleiros. Em 2008 Zetti lançou a primeira academia do Brasil especializadas na preparação de goleiros: o Fechando o Gol


Enfim, como goleiro, como treinador ou como comentarista, onde Zetti atua seu trabalho aparece de forma competente e honesta. O bom caráter somado ao talento o tornou uma lenda "viva" do esporte mais querido do mundo.

Fotos: Site do Zetti


9 comentários:

Anônimo disse...

O Zetti, sem dúvida, foi um dos melhores goleiros da história do futebol brasileiro. Ele, com o seu jeito educado, simples e profissional, deixou um ótimo legado para os atuais goleiros.
Mas, infelizmente, na época que jogava além dele, existiam vários profissionais do futebol que jogavam com paixão: "qualidade que infelizmente em um grupo de 11 jogadores, é quase impossível ver 1 que a tenha".

Fernando Richter disse...

Olá, anônimo.

Concordo com o que disse, mas fiquei co uma dúvida. Por que disse "Mas, infelizmente, na época que jogava além dele, existiam vários profissionais do futebol que jogavam com paixão" ??? Isso não é bom? Quem dera todos os profissionais de hoje tivessem no mínimo a metade da hombridade, honestidade, dentro milhares de qualidades que Zetti tinha (e ainda tem. Não acha?

Obrigado pelo comentário.

sônia disse...

oi fernando tudo bem adorei a reportagem sobre o zetti realmente ele e dos melhores goleiros da historia do spfc.abs
ps, vc me sugue no twitter

Unknown disse...

eu era completamente apaixonada pelo zetti adorava o jeito dele, otimo goleiro que deixou discipulo, rogerio que eu tb amo muito.

Anônimo disse...

O Zetti jogou no Verdão. O Palmeiras cometeu a maior injustiça com ele. Daí ele foi brilhar no SPFC onde ganhou tudo. Fez barba, cabelo e bigode!

Abração Fernando.

Marco Tullyo

Ivy Praciano disse...

Perfeito!
Eu sou e sempre fui apaixonada por goleiros. Acompanho o meu time do coração (SPFC) por meio dos goleiros e confesso que me lembro com muito saudosismo da fase em que eu jogava na escola e, uma vez na posição de goleira, caía e gritava: Zeeeeeeettiii!!
O cara era fantástico!!
Mas me doeu bastante vê-lo sair do Tricolor. Eu gostaria que ele tivesse permanecido lá até o fim da carreira.

@IvynaDiaz

Fernando Richter disse...

Sonia, Lili, Marco e Ivy.

Concordo com todos!

Obrigado pelos comentários. VocÊs sempre serão bem-vindos aqui.

Abs,

F.Richter.

Anônimo disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Anônimo disse...

Grande Zetti, não sou são-paulino, mas o Zetti foi sem sombra de duvidas, um dos melhores goleiros da historia do futebol mundial. E melhor inclusive, que o goleiro-artilheiro Rogério Ceni que também foi um monstro.