quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Outro vexame

O São Paulo foi ao Rio Grande do Sul enfrentar o Grêmio, no estádio Olímpico, e tomou outro chocolate. Perdeu por 4 a 2 numa partida que parecia mais um jogo "varzeano", com muitas faltas violentas e excesso erro de passes das duas equipes.

Embora o placar tenha sido elástico para cima do clube paulista, o Grêmio também não fez lá uma grande partida. A diferença, e essa sim pode ter sido fundamental para a vitória da equipe gaúcha, é que o São Paulo teve uma atuação desastrosa, pífia, horrorosa, enfim.

Dias atrás, defendi a permanência do técnico interino Sérgio Baresi no comando do Tricolor, pois acreditava que os erros que ele havia cometido nas partidas contra o Guarani (na qual o São Paulo venceu com tremendo sufoco) e na partida contra o Goiás (na qual o São Paulo perdeu por 3 a 0 dentro de sua casa) teriam servido de lição para consertar a equipe.

Mas, ontem, ele voltou a errar,  comprometendo não apenas essa partida, mas um campeonato inteiro. Começou pela escalação que teve uma formação no mínimo estranha, para não dizer "burra".

Baresi insiste em deixar Lucas como meia. Acho que só ele não percebeu que o garoto rende no ataque. Provou isso em outras partidas em que foi decisivo, inclusive contra o rival Palmeiras.  

Além disso, fiquei tentando entender o porquê da não entrada de Dagoberto no jogo. O São Paulo, após sofrer o terceiro gol, precisava tentar todas suas forças no ataque. Dagoberto não é nenhum salvador, longe disso, mas era uma opção já que Ricardo Oliveira estava praticamente sozinho no ataque. Marlos esteve apagado. Marcou um belo gol no início do segundo tempo empatando a partida e só.

Mas não é apenas um técnico que esse elenco necessita. A falta de um lateral que apoia e um meia armador para ser o articulador, o cérebro da equipe, tem deixado o elenco cada vez mais vulnerável. A ponto de a classificação para a Libertadores de 2011 não passar de um sonho distante na cabeça do torcedor.

E enquanto tudo isso acontece, o presidente Juvenal Juvêncio fecha os olhos e finge que nada está ocorrendo. Não quis trazer um treinador de ponta, e olha que ainda isso é possível, já que Luxemburgo continua disponível no mercado, e sequer se habilita a dar uma explicação ao torcedor. Quando resolve falar, se limita a dizer que as coisas vão melhor e que isso é apenas um fase.

Que fase, sr. Juvenal! Que fase!

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