Confesso que não assisti à partida entre São Paulo e Goiás, que aconteceu no estádio do Morumbi. Aliás, não acompanhei nenhum jogo dessa rodada esportiva.
O motivo é obvio: fui ao cinema para assistir, enfim, o filme Soberano. Por sinal, um filme que mostra outro momento do clube paulista. Um momento que não condiz com a realidade que vive o São Paulo.
Aproveito, inclusive, para dar os parabéns ao diretor e ao criador dessa obra fantástica que reúne os seis emocionantes títulos brasileiros (77, 86, 91, 2006, 2007 e 2008), embora resumida, claro, pois seria impossível retratar seis grandes títulos, conquistados de forma aguerrida, suada, mas leal e merecida, em apenas pouco mais de 1 hora e meia de filme.
E enquanto o filme rolava nas salas de cinemas da capital mostrando gols, lances, jogadas, dribles e conquistas maravilhosos, no Morumbi o São Paulo enfrentava um dos lanternas da competição nacional de 2010 e apanhava por 3 a 0, com uma equipe que não conseguia sequer ver a cor da bola.
Dizer que o São Paulo não jogou nada seria generosidade da minha parte. Segundo Daniel Perrone, blogueiro do site Globo Esporte, foi "uma das derrotas mais vergonhosas dos últimos anos".
É verdade que o São Paulo não pôde contar com sete atletas (Fernandão, Ilsinho, Wellington e Júnior César machucados, Richarlyson e Miranda cumprindo suspensão e Fernandinho recuperando a forma física), mas isso não é desculpa para uma equipe grande que pensa em pelo menos chegar à zona de classificação para a Libertadores da América. Time grande tem que ter banco.
Já o Goiás fez o que chamam de "feijão com arroz". Não teve nenhuma atuação esuberante, mas aproveitou, com eficácia, três das cinco oportunidades que teve.
As cobranças ao comandante Baresi, que a diretoria ainda não definiu se é interino ou se já é efetivo, voltaram a estampar as matérias dos principais sites esportivos do Brasil.
Acho essa questão bastante complicada. Pelo que andei lendo, Baresi errou mais uma vez na escalação e, para piorar, equivocou-se nas substituições durante a partida, caracterizando certa imaturidade para assumir o comando de uma equipe grande.
O mais engraçado nessa história é que Juvenal Juvêncio, presidente do tricolor, não se pronuncia a respeito. Há poucos dias os técnicos Dorival Júnior e Vanderley Luxemburgo foram demitidos de seus clubes (Santos e Atlético-MG, respectivamente), mas nenhum dos dois foi procurado pelo São Paulo.
Dorival Júnior foi contratado junto ao Atlético-MG, mas Luxa continua disponível no mercado. Enquanto isso a diretoria são-paulina se esconde para não ter de dar satisfações ao torcedor que cobra uma explicação pela não contratação de um treinador de ponta.
Neste caso, tenho que concordar com Marcelo Lima, jornalista da Jovem Pan, que disse em seu twitter que só há uma explicação mais plausível para tudo isso: O tricolor deve ter algum acordo com Abel Braga ou Paulo Autuori para o ano que vem, e enquanto isso deverá manter Baresi no comando da equipe.
Hoje, os mais de 18 mil pagantes que estiveram presentes no Morumbi tiveram razões aos montes para deixarem o estádio aos berros e vaias.
Esse não é o time SOBERANO que todos conhecem. Aliás, está muito longe de ser um "time".
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